Liderança na OMC? Por favor _Juca_.
A "Rodada de Doha" fala por mim.
Caro _Juca_
Acho que voce quis dizer a "Rodada
fracassada de Doha", não é isto?
Segundo fontes diplomáticas, o principal motivo do fracasso foi a falta de consenso entre China, Índia e Estados Unidos sobre um mecanismo de salvaguarda que permitiria aos países em desenvolvimento voltar a subir tarifas frente a um aumento excessivo nas importações.
Todos os "links" que eu acessei apontam os Estados Unidos (principalmente), a União Européia (França, em particular), a China e a Índia como os principais protagonistas das negociações:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/07/29/rodada_doha_entenda_impacto_do_fracasso_das_negociacoes-547470704.asphttp://br.ibtimes.com/articles/20060724/rodada-de-doha.htmhttp://www.correiocidadania.com.br/content/view/2155/http://www.bunge.com.br/downloads/campo/BNC_33_SET08.pdfE este "link" é deste ano:
http://ictsd.org/i/news/pontesquinzenal/72727/Devido ao fracasso da "Rodada de Doha" é que muitos países optaram por acordos bi-laterais ou regionais.
Casos de sucessos em relação a países de primeiro escalão _Juca_!
Além disto, o persidente deposto retornou ao seu país e foi reconduzido ao poder? Não!
Honduras foi isolada, perdeu muito na diplomacia com os países latino americanos e duvido muito que outro país seja da América Latina tente outro golpe de estado.
O presidente voltou e foi re-empossado? Não!
Foi feita nova eleição? Não!
Onde está o sucesso da diplomacia? No embargo político da OEA?
Voce acha que não haverá outro golpe por causa da atuação do Brasil ou mesmo por causa de uma eventual desaprovação por parte dos Estados Unidos? Isto pode ser verdade em relação aos EUA, mas certamente não o é para o Brasil.
Casos de sucessos em relação a países de primeiro escalão _Juca_!
O acordo militar entre o Brasil e a França é um caso de sucesso entre países de primeiro escalão,...
São comuns acordos militares, principalmente nos casos de países com forte assimetria de poder. Basta analisar o acordo EUA-Colômbia.
E o Brasil não é um país de primeira linha do ponto de vista militar.
Casos de sucessos em relação a países de primeiro escalão _Juca_!
... o acordo com o Irã também, conseguiu junto com a Turquia exatamente o acordo que queriam os EUA e a Europa.
O acordo que o Brasil e a Turquia conseguiram foi semelhante ao assinado pelo Irã em 2.009 junto à AIEA e que não foi cumprido!
Além disto este acordo foi amplamente rejeitado pelos principais países do mundo:
No entanto, o acordo foi rejeitado pela maior parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos. Segundo eles, o programa nuclear do Irã é suspeito de esconder a produção de armamentos. Ahmadinejad nega as acusações. Segundo ele, os fins do programa são pacíficos.
Apesar das negativas das autoridades iranianas, em 9 de junho, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou as sanções ao Irã. Apenas o Brasil e a Turquia votaram contra a adoção das restrições. O Líbano se absteve.
Se for este um critério objetivo, então há muitos outros países de primeiro nível, com real capacidade de influência: Coréia do Sul, Austrália, Grécia e Espanha.
E nenhum deles é realmente um "player" de primeiro nível.
Ninguém está falando de player de primeiro nível, e sim de sucesso na escala diplomática.
Quantas olimpiadas foram disputas na Europa e EUA? Poder é isso.
Para voce, a escolha de um país para recepcionar os Jogos Olímpicos é demonstração cabal de poder deste mesmo país?
Então pela sua análise sou obrigado a deduzir que a Grécia, a Espanha e a Coréia do Sul são poderosos.
Mas eles não são!
Acho que o seu critério necessita de uma reavaliação.
Este plano foi aceito pela comunidade internacional? Não!
Pela ONU, pela OIEA? Não!
O Irã foi re-admitido como sendo um país com diplomacia confiável? Não!
Primeiro se criticava o Lula a se meter onde não devia, depois de que ia sair com o rabo entre as pernas, agora que os países não aceitaram o mesmo acordo que eles mesmos propunham... Oposição por oposição, é só isso.
Para voce os EUA, a França, a China, a Russia, a Inglaterra, entre outros, agiram como uma "criança birrenta" com cíumes do Brasil porque o presidente Lula foi ao Irã e conseguiu um acordo?
Será que estes países cujas experiências diplomáticas são muito mais vastas que as do Brasil realmente agiriam de forma amadora?
Será que os respectivos departamentos de análises de conjunturas internacionais por regiões, dos quais no Brasil não passam de mero enfeite, apenas apresentaram informações equivocadas ou ficaram "vermelhos de inveja" do Itamaraty?
Eu acho que não!
Porque este é o mais importante? Porque o Brasil será forte militarmente?
Mesmo quando (e SE) o Brasil tiver um submarino OPERACIONAL, ainda assim não o tornará um poder de primeiro nível.
Porque sozinho ele pode ganhar uma guerra. É uma força de dissuasão é incomparável nos mares.
Nenhum equipamento militar convencional ganha conflitos sozinho, principalmente entre países com poderes semelhantes.
Submarinos nucleares de ataque, que é o tipo que o Brasil almeja possuir, foram projetados como armas de interdição e supremacia naval. Portanto seu melhor desempenho ocorre em mar aberto, perdendo muito de sua capacidade operacional em águas rasas ou confinadas.
E mesmo em mar aberto, um submarino nuclear fica vulnerável após o primeiro disparo de um torpedo ou um míssil, principalmente se forem considerados os meios de detecção hoje disponíveis (sonares embarcados ou rebocados; sistemas de radares do tipo OTH; sensores de rastreio de esteiras e ondas por satélite; sensores de escuta do tipo SOSUS; sensores de anomalias magnéticas).
E uma vez detectado, as possibilidades de um submarino sair ileso diminuem dramaticamente, sem considerar a tremenda perda de capacidade operacional dele.
Assim como a bomba atômica não tornou a Coréia do Norte e o Paquistão em países respeitáveis.
Respeitáves eles não são, mas ninguém vai entrar em guerra com eles, pode ter certeza.
Aqui eu me expressei mal. Eu quis usar a palavra "respeitável" no sentido de "temido" e não no sentido de "honrado" ou "confiável". Perdoe-me.
Voltando ao assunto. Hoje nem o Paquistão e nem a Coréia do Norte são "temidos" porque, ainda que tenham explodido uma bomba atômica, eles não possuem armas nucleares operacionais, seja pelo tamanho enorme dos dispositivos, seja pela ausência de vetores adequados.
Em um futuro próximo, talvez 10 anos ou menos, eu acho que o Paquistão resolverá estes problemas. A Coréia do Norte irá precisar um pouco mais de tempo.
Mas mesmo que a Coréia do Norte consiga uma arma nuclear operacional, o uso dela contra um alvo da Coréia do Sul ou do Japão significaria um tremendo problema, pois a resposta seria muito forte.
E se for um ataque contra um alvo dos EUA, representaria o suicídio nacional da Coréia do Norte, pois a resposta seria devastadora.
Memória e conhecimento de História recente deste país não é ranço ideológico.
São oito anos de governo do PT e de Lula, oito anos de sucesso, protagonismo internacional, distribuição de renda, crescimento econômico, investimentos recordes, etc, tudo ao melhor estilo capitalista ,e mesmo assim quase toda crítica parte da premissa PT=esquerda=radical=comunismo=Lula=analfabeto.
Em momento algum deixei de reconhecer os méritos deste governo. Mas acho propaganda, manobra de fachada mesmo, afirmar que o Brasil se tornou um grande protagonista internacional sob a administração Lula.
Os investimentos e as taxas de crescimento não são recordes pois estes ainda pertencem ao governo militar no período de 1.965 a 1.976.
Afirmar que o PT é (foi!) de esquerda é algum absurdo? Não!
Afirmar que no PT existe uma ala bolchevique é algum absurdo? Não!
Afirmar que o Lula não tem conhecimento erudito e que, muitas vezes, comete gafes próprias de alguém inculto, é algum absurdo? Não!
E se voce ler as minhas postagens com cuidado verificará que eu não usei a alcunha de "comunista" para o PT com sentido pejorativo, talvez com uma única exceção.
Aliás convido-o a rever as minhas postagens e encontrar alguma crítica ao PT, aos petistas e ao presidente; que não esteja, em sua essência, relacionada aos desmandos políticos, às falhas morais e aos erros administrativos cometidos nesta administração: "Mensaleiros", "aloprados", "caixas 2", superfaturamentos de obras, loteamentos políticos de cargos sem meritocracia, aliciamento de partidos por meio de troca de favores, assistencialismo sem contrapartida, etc.