Cite um caso de sucesso relevante, objetivo e concreto, que tenha tido o Brasil como protagonista principal em termos de diplomacia e ou re-arranjo do poder mundial.
São vários, liderança na OMC, G20, América Latina, no Haiti. Pragmatismo nas relações com vizinhos problemáticos, como a Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela, sem cair na tentação da retórica populista e conservando o prestígio do Brasil, sem perder um centavo de divisas.
Eu pedi um caso concreto de protagonismo diplomático, econômico ou militar mundial.
Voce me deu exemplos de Haiti, Bolívia, Colômbia e outros latinos. Qual é a real importância deles em termos de poder mundial?
"Sem perder divisas"? Será que voce esqueceu o caso da refinaria na Bolívia (mais de 300 milhões de dólares) e da represa no Equador (esta financiada pelo BNDES).
Liderança na OMC? Por favor _Juca_.
Defesa incondicional contra o golpe em Honduras, da qual todos os países da AL, tirando a Colômbia por motivos óbvios, apoiaram o Brasil, inclusive retirando Honduras da OEA.
Casos de sucessos em relação a países de primeiro escalão _Juca_!
Além disto, o persidente deposto retornou ao seu país e foi reconduzido ao poder? Não!
Olimpíadas.
Se for este um critério objetivo, então há muitos outros países de primeiro nível, com real capacidade de influência: Coréia do Sul, Austrália, Grécia e Espanha.
E nenhum deles é realmente um "player" de primeiro nível.
O recente acordo com o Irã.
Este plano foi aceito pela comunidade internacional? Não!
Pela ONU, pela OIEA? Não!
O Irã foi re-admitido como sendo um país com diplomacia confiável? Não!
Submarino Nuclear ( esse na minha opinião o mais importante).
Porque este é o mais importante? Porque o Brasil será forte militarmente?
Mesmo quando (e SE) o Brasil tiver um submarino OPERACIONAL, ainda assim não o tornará um poder de primeiro nível. Assim como a bomba atômica não tornou a Coréia do Norte e o Paquistão em países respeitáveis.
O aumento das relações comerciais e diplomáticas com um maior número de países, muitos periféricos, o que proporcionou uma certa independência das políticas comerciais dos países ricos, e que acabou por ser o colchão do Brasil contra a crise financeira, sem que isso significasse o decréscimo das relações com esses países, pelo contrário.
A diversificação comercial brasileira era inevitável em função do porte e potencialidade do país. Além disto o crescimento da economia mundial como um todo e principalmente a expansão do comércio após a queda dos países socialistas e à ascensão da China como país manufatureiro permitiram condições excepcionais para a alavancagem do Brasil, após o príodo de estabilização econômica (1.995 a 2.000).
E esta política de expansão comercial que foi iniciada pelos militares nos anos 70 foi muito bem conduzida pelos governos subsequentes, incluindo o do PT.
Digno de nota foi o PT não ter aplicado o seu discurso político-econômico quando assumiu o poder, seja para o bem (que foi a manutenção da política econômica), seja para o mal (se tornando o mesmo tipo de partido que ele antes criticava como sendo supostamente corruptos).
A política deste governo é a política do Lula e dos esquerdistas anti-americanos históricos (os "amorins da vida").
Não tenho dúvida que há uma certa dose de pragmatismo na política externa, mas o apoio dado a figuras da estirpe de Chaves, Morales e Ahmadinejad, típica de uma 'realpolitik' não condiz com o "blá-blá-blá" retórico que moldou a formação do PT (a última fortaleza de entes angelicais na política, segundo o próprio partido).
Volto para a minha primeira questão: Cite um só caso relevante na política mundial em que o Brasil foi o protagonista e não o coadjuvante, e que tenha tido sucesso.
Esse é o problema do seu julgamento, o ranço ideológico. O problema é sempre o PT e não deixará de ser seja lá o que o PT fizer ou não.
Memória e conhecimento de História recente deste país não é ranço ideológico.