Autor Tópico: Copa 2014  (Lida 127624 vezes)

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Offline Gabarito

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Re:Copa 2014
« Resposta #1925 Online: 10 de Julho de 2014, 08:26:39 »
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"Padrão Felipão"
10/07/2014 02h00

BRASÍLIA - Da presidente e candidata Dilma Rousseff, tentando cutucar a Fifa depois dos 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha e a vitória na Copa das Confederações: "Meu governo é padrão Felipão".

E agora, depois dos 7 e o fim do sonho do hexa em pleno solo brasileiro? Dilma continua dando entrevistas sobre a Copa e, se já não comparava o padrão do seu governo à malfalada Fifa, não pode mais compará-lo ao do Felipão. Mas não vai faltar quem faça a comparação...

Política é curiosa, vai e vem, vem e vai, sempre sujeita aos humores da grande e difusa massa de eleitores. Dilma ganhou quatro pontos com a Copa, mas tende a estacionar agora.

O que ocorreria com a candidata Dilma se o Brasil fosse campeão e a presidente Dilma entregasse a taça para o capitão Thiago Silva? Imagem fortíssima, de imensa simbologia.

Mas o que ocorrerá com a candidata Dilma se a Argentina for campeã e a presidente Dilma for obrigada a entregar a taça para o capitão Messi em pleno Maracanã? Imagem igualmente fortíssima, de imensa simbologia, mas em sentido oposto.

Já que foi a própria Dilma quem fez o casamento entre o seu governo e o "padrão Felipão", estão unidos na alegria e na tristeza. Já que ela certamente tiraria louros político-eleitorais se a taça fosse nossa, a premissa contrária é igualmente verdadeira: tem agora de dividir os prejuízos da derrota vexaminosa.

Com crescimento medíocre e indicadores destrambelhados, é óbvio que a oposição, em algum momento, mais ou menos subliminarmente, vai colar a tática, a estratégia e a preparação do governo ao "padrão Felipão". Sobretudo na economia.

Eleição, porém, não é campeonato de futebol entre PT e PSDB. Se FHC dizia que a vitória do Brasil não impediria derrota de Dilma, a premissa contrária vale igualmente para ele: a derrota do Brasil também não impedirá a vitória da petista.

A Copa acabou para o Brasil, mas a eleição está apenas começando.

Offline Gabarito

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Re:Copa 2014
« Resposta #1926 Online: 10 de Julho de 2014, 13:58:17 »
Será que ela adivinhou o placar?


Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Copa 2014
« Resposta #1927 Online: 10 de Julho de 2014, 14:04:20 »
Será que ela adivinhou o placar?



Acho que isso acaba com aquela coisa toda de que o Brasil tinha comprado a Copa.

E pelo resultado, se comprou descobriram com antecedência que pagou com cheque sem fundo.

Offline Gabarito

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Re:Copa 2014
« Resposta #1928 Online: 10 de Julho de 2014, 14:09:24 »
"Copa para argentino nenhum botar defeito". Nem diga!

<a href="https://www.youtube.com/v/f8VHY3yHAG0" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/f8VHY3yHAG0</a>

Porque pode ser que no domingo, Dilma tenha que entregar uma taça a Messi.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Copa 2014
« Resposta #1929 Online: 10 de Julho de 2014, 14:15:54 »
Eu já tinha pensado nisso...

Dá para imaginar a cena com o Dilmão entregando a taça aos ermanos argentinos sob um sonoro "Dilma, vai tnc....Dilma, vai tnc...." :lol:

Offline Pregador

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Re:Copa 2014
« Resposta #1930 Online: 10 de Julho de 2014, 14:23:15 »
Eu já tinha pensado nisso...

Dá para imaginar a cena com o Dilmão entregando a taça aos ermanos argentinos sob um sonoro "Dilma, vai tnc....Dilma, vai tnc...." :lol:

Acho que ela não vai...vai ficar doente ou algo do tipo. Se eu fosse ela ficaria...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Skorpios

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Re:Copa 2014
« Resposta #1931 Online: 10 de Julho de 2014, 15:29:34 »
Estava demorando...
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Governo quer intervir mais no futebol: agora é que não ganhamos nem da seleção do Butão!

O comunista quer controlar até o nosso futebol. Fonte: Estadão

“Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.” - Milton Friedman

Parece piada. Mas no Brasil as coisas são assim mesmo: você começa duvidando, achando que é uma brincadeira, e depois recolhe o queixo no chão ao descobrir que falavam a sério. Foi minha sensação ao ler no Estadão que Aldo Rebelo, o ministro dos Esportes, acha que é papel do estado cuidar do futebol brasileiro:

Dois dias depois da humilhação do Brasil na Copa, o governo anuncia que quer assumir parte das funções de legislar sobre o futebol, exige mudanças na estrutura do esporte e rejeita a ideia de que a CBF pode, sem participação estatal, administrar o setor.

A Fifa proíbe que governos promovam qualquer intervenção nas federações nacionais, sob a ameaça de expulsar o país das Copas. Mas Brasília estima que existe espaço para agir.

“Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol”, disse Aldo Rebelo, ministro dos Esportes. “É uma intervenção indireta”. Segundo ele, existe áreas de “interesse público”  e uma mudança pode alcançar até mesmo a CBF.

“Isso se houver uma reforma na lei que de ao estado a atribuição de regular. A Lei Pelé tirou do estado qualquer tipo de poder de atribuição e poder de intervenção. Ela determinou a prática do esporte como algo privado, atribuição do mundo privado e isso só pode ser modificado se a legislação também for modificada”, declarou.

“Se depender de mim, não teríamos tirado o estado completamente dessa atribuição. Se depender de mim, parte dessa atribuição deve voltar”, defendeu Aldo Rebelo.

Se há um “esporte” nacional que tem ainda mais fãs do que o futebol, é a estatolatria, a arte de delegar tudo ao estado, visto sempre de forma idealizada, como um ente formado por santos clarividentes, abnegados e onipotentes. Há um problema? Então a solução é uma nova lei, ou mais intervenção estatal. Isso é uma doença, uma patologia nacional.

A “lição” que o ministro comunista tirou da goleada foi essa: faltou estado! Nada a ver com a falta de treinos, com o estilo “paternalista” do técnico, com a negligência, a esperança acima do trabalho árduo, a escalação equivocada, etc. O problema é que o estado não estava tomando conta da coisa! Qual o próximo passo? Criar o programa “Mais Jogadores” e importar atletas cubanos?

Curiosamente, o estado alemão não se mete na seleção do país, mas isso não a impediu de meter a humilhante goleada na nossa. Outra curiosidade bastante irônica: todas as áreas em que o Brasil é lanterna mundial são justamente aquelas com mais controle estatal, como educação, saúde, infraestrutura e segurança. Coincidência?

Aldo quer rever até mesmo essa coisa de “exportar” jogadores: ”Precisamos discutir a legislação do ponto de vista de trabalho de menores. Somos exportadores de matéria prima e somos importadores de produto acabado”. Ora, ministro da foice e do martelo, isso se deve aos incentivos em jogo! Os atletas migram para onde há melhores condições de carreira.

Assim como há o “brain drain” quando se trata de atividades intelectuais, com os melhores cérebros atraídos pelas universidades de ponta dos países desenvolvidos, há também o “body drain”, quando atletas são convidados para jogar em países cujo ambiente esportivo é melhor.

Sabe qual a solução, ministro? Melhorar as condições internas! E sabe como se faz isso? Dica: não passa por mais intervenção estatal ou medidas “protecionistas”, que apenas retirariam as liberdades básicas dos jogadores; e sim pela redução de tantos obstáculos criados pelo próprio governo!

De certa forma, o nosso futebol é um microcosmo de nosso país: tomado por bandidos, cartolas, incompetentes, com raras exceções. O jeitinho e a malandragem imperam, e falta profissionalismo. Acreditar que a estatização vai resolver isso é realmente tão absurdo, mas tão absurdo, que só poderia sair da caixola de alguém que ainda pertence a um partido que tem comunista no nome, em pleno século 21!

Por favor, ministro, vamos aprender realmente alguma lição com isso tudo. Chega de “soluções mágicas”, de sensacionalismo, demagogia, intervencionismo estatal. Essa mania de querer controlar tudo de cima para baixo é bizarra. Está na hora de valorizar mais a liberdade.

Incluir até o futebol no discurso nacionalista, para justificar intervenções estatais com base no argumento de “interesse nacional” e “setor estratégico”, seria hilário, não fosse trágico. Se o estado realmente se intrometer no assunto, aí é que não ganharemos mais nada. Nem da seleção do Butão!

Fonte

Offline Gabarito

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Re:Copa 2014
« Resposta #1932 Online: 10 de Julho de 2014, 17:33:18 »











Skorpios

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Re:Copa 2014
« Resposta #1933 Online: 10 de Julho de 2014, 17:45:13 »
Resumo do jogo.

Skorpios

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Re:Copa 2014
« Resposta #1934 Online: 10 de Julho de 2014, 17:45:58 »

Offline _Juca_

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Re:Copa 2014
« Resposta #1935 Online: 10 de Julho de 2014, 17:50:28 »

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Re:Copa 2014
« Resposta #1936 Online: 10 de Julho de 2014, 18:58:12 »
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

Offline Moro

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Re:Copa 2014
« Resposta #1937 Online: 10 de Julho de 2014, 22:35:50 »
Estava demorando...
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Governo quer intervir mais no futebol: agora é que não ganhamos nem da seleção do Butão!

O comunista quer controlar até o nosso futebol. Fonte: Estadão

“Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.” - Milton Friedman

Parece piada. Mas no Brasil as coisas são assim mesmo: você começa duvidando, achando que é uma brincadeira, e depois recolhe o queixo no chão ao descobrir que falavam a sério. Foi minha sensação ao ler no Estadão que Aldo Rebelo, o ministro dos Esportes, acha que é papel do estado cuidar do futebol brasileiro:

Dois dias depois da humilhação do Brasil na Copa, o governo anuncia que quer assumir parte das funções de legislar sobre o futebol, exige mudanças na estrutura do esporte e rejeita a ideia de que a CBF pode, sem participação estatal, administrar o setor.

A Fifa proíbe que governos promovam qualquer intervenção nas federações nacionais, sob a ameaça de expulsar o país das Copas. Mas Brasília estima que existe espaço para agir.

“Eu sempre defendi que o Estado não fosse excluído por completo do futebol”, disse Aldo Rebelo, ministro dos Esportes. “É uma intervenção indireta”. Segundo ele, existe áreas de “interesse público”  e uma mudança pode alcançar até mesmo a CBF.

“Isso se houver uma reforma na lei que de ao estado a atribuição de regular. A Lei Pelé tirou do estado qualquer tipo de poder de atribuição e poder de intervenção. Ela determinou a prática do esporte como algo privado, atribuição do mundo privado e isso só pode ser modificado se a legislação também for modificada”, declarou.

“Se depender de mim, não teríamos tirado o estado completamente dessa atribuição. Se depender de mim, parte dessa atribuição deve voltar”, defendeu Aldo Rebelo.

Se há um “esporte” nacional que tem ainda mais fãs do que o futebol, é a estatolatria, a arte de delegar tudo ao estado, visto sempre de forma idealizada, como um ente formado por santos clarividentes, abnegados e onipotentes. Há um problema? Então a solução é uma nova lei, ou mais intervenção estatal. Isso é uma doença, uma patologia nacional.

A “lição” que o ministro comunista tirou da goleada foi essa: faltou estado! Nada a ver com a falta de treinos, com o estilo “paternalista” do técnico, com a negligência, a esperança acima do trabalho árduo, a escalação equivocada, etc. O problema é que o estado não estava tomando conta da coisa! Qual o próximo passo? Criar o programa “Mais Jogadores” e importar atletas cubanos?

Curiosamente, o estado alemão não se mete na seleção do país, mas isso não a impediu de meter a humilhante goleada na nossa. Outra curiosidade bastante irônica: todas as áreas em que o Brasil é lanterna mundial são justamente aquelas com mais controle estatal, como educação, saúde, infraestrutura e segurança. Coincidência?

Aldo quer rever até mesmo essa coisa de “exportar” jogadores: ”Precisamos discutir a legislação do ponto de vista de trabalho de menores. Somos exportadores de matéria prima e somos importadores de produto acabado”. Ora, ministro da foice e do martelo, isso se deve aos incentivos em jogo! Os atletas migram para onde há melhores condições de carreira.

Assim como há o “brain drain” quando se trata de atividades intelectuais, com os melhores cérebros atraídos pelas universidades de ponta dos países desenvolvidos, há também o “body drain”, quando atletas são convidados para jogar em países cujo ambiente esportivo é melhor.

Sabe qual a solução, ministro? Melhorar as condições internas! E sabe como se faz isso? Dica: não passa por mais intervenção estatal ou medidas “protecionistas”, que apenas retirariam as liberdades básicas dos jogadores; e sim pela redução de tantos obstáculos criados pelo próprio governo!

De certa forma, o nosso futebol é um microcosmo de nosso país: tomado por bandidos, cartolas, incompetentes, com raras exceções. O jeitinho e a malandragem imperam, e falta profissionalismo. Acreditar que a estatização vai resolver isso é realmente tão absurdo, mas tão absurdo, que só poderia sair da caixola de alguém que ainda pertence a um partido que tem comunista no nome, em pleno século 21!

Por favor, ministro, vamos aprender realmente alguma lição com isso tudo. Chega de “soluções mágicas”, de sensacionalismo, demagogia, intervencionismo estatal. Essa mania de querer controlar tudo de cima para baixo é bizarra. Está na hora de valorizar mais a liberdade.

Incluir até o futebol no discurso nacionalista, para justificar intervenções estatais com base no argumento de “interesse nacional” e “setor estratégico”, seria hilário, não fosse trágico. Se o estado realmente se intrometer no assunto, aí é que não ganharemos mais nada. Nem da seleção do Butão!

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Isso é o que chamo de visão esquerdista latino americana.  Como o cara pode pensar em uma coisa dessas sem olhar o que o estado faz muito mal hoje (SUS,  educação,  segurança, tudo)  e propor uma besteira dessas!  Querer ferrar a CBF Ok, mas faça através de investigação e legislação.  Isso é um ministro!  Conheço um cara que teve uma audiência com ele,  se ele cair no chão e tiver grama, rumina.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline 3libras

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Re:Copa 2014
« Resposta #1938 Online: 11 de Julho de 2014, 03:23:22 »
Os interesses dos empresários ligados aos desportos mais populares nos EUA estarão por trás destas declarações ou será pura ignorância pessoal da senhora?

Pelas palavras dela, há uma mistura de ignorância e de ressentimento chauvinista.

E eu acho que os empresários de qualquer um dos esportes nacionais coletivos do EUA estão pouco interessados nisto basicamente por duas razões. A primeira é que o interesse pelo futebol no EUA NÃO está crescendo na proporção que a FIFA quis (e quer) dar a entender, ao contrário do que alguns pensam. E, segunda, é que mesmo que o esporte cresça em popularidade, ainda há espaço para ele sem que afete os demais, porque é comum um cidadão estadunidense torcer por uma esquipe em mais de um esporte. Tenho um amigo que mora em Des Plaines (uma pequena cidade que dista 27Km a noroeste de Chicago) e ele torce para o Bulls no basquete, para o Bears no american football e para o Cubs no baseball.

Quanto ao interesse dos eua, não para ESSA COPA realmente a mobilização foi imensa, pra ter uma idéia a audiencia da estréia dos eua, que foi em horario comercial teve mais audiencia que a final da NBA. até uns 15 anos era comum nas eliminatorias mexico x eua ser dividida a torcida.


hoje a seleção americana lota facilmente qualquer estádio de 70 mil lugares, praticamente em qualquer cidade que tenha time da MLS.

a MLS sim, não cresce o esperado, mas já é uma das 8 ligas mais ricas do mundo, mas o USMNT como eles chamam está na vibe do momento.

If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline 3libras

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Re:Copa 2014
« Resposta #1939 Online: 11 de Julho de 2014, 03:34:28 »
If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline Geotecton

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Re:Copa 2014
« Resposta #1940 Online: 11 de Julho de 2014, 11:33:47 »
Os interesses dos empresários ligados aos desportos mais populares nos EUA estarão por trás destas declarações ou será pura ignorância pessoal da senhora?

Pelas palavras dela, há uma mistura de ignorância e de ressentimento chauvinista.

E eu acho que os empresários de qualquer um dos esportes nacionais coletivos do EUA estão pouco interessados nisto basicamente por duas razões. A primeira é que o interesse pelo futebol no EUA NÃO está crescendo na proporção que a FIFA quis (e quer) dar a entender, ao contrário do que alguns pensam. E, segunda, é que mesmo que o esporte cresça em popularidade, ainda há espaço para ele sem que afete os demais, porque é comum um cidadão estadunidense torcer por uma esquipe em mais de um esporte. Tenho um amigo que mora em Des Plaines (uma pequena cidade que dista 27Km a noroeste de Chicago) e ele torce para o Bulls no basquete, para o Bears no american football e para o Cubs no baseball.
Quanto ao interesse dos eua, não para ESSA COPA realmente a mobilização foi imensa, pra ter uma idéia a audiencia da estréia dos eua, que foi em horario comercial teve mais audiencia que a final da NBA. até uns 15 anos era comum nas eliminatorias mexico x eua ser dividida a torcida.

hoje a seleção americana lota facilmente qualquer estádio de 70 mil lugares, praticamente em qualquer cidade que tenha time da MLS.

a MLS sim, não cresce o esperado, mas já é uma das 8 ligas mais ricas do mundo, mas o USMNT como eles chamam está na vibe do momento.

O evento da "copa" teve uma audiência bem expressiva (em termos de EUA) muito mais por causa do nacionalismo (neste caso dos estadunidenses) que se manifesta quando há a participação de uma seleção nacional do que por causa do gosto pelo futebol. Isto fica claro quando se constata que a média de audiência de todas as partidas transmitidas de todos os países foi de 4,1 milhões de pessoas, que é muito menor que aquelas das partidas do EUA. E arrisco afirmar que isto ocorre em todos os países e em todos os esportes.

Outro aspecto equivocado é comparar sensu latu a média de audiência das finais (da NBA, neste caso) de um campeonato de um esporte nacional que tem todo ano e em que participam apenas duas equipes de duas cidades diferentes com a audiência de uma só partida ou até de três partidas de uma seleção que representa todo o país, em um evento de proporções gigantescas que ocorre de quatro em quatro anos.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Copa 2014
« Resposta #1941 Online: 11 de Julho de 2014, 13:06:53 »
Achei esse link por causa de um comentário que vi na internet, o que vcs acham?

http://sports.yahoo.com/soccer/world-cup/brazil-germany-7429/

Está em inglês, mas pelo que disseram o ponto vermelho em campo é a movimentação do tal Fred durante o jogo.

É sério mesmo?

Offline Diegojaf

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Re:Copa 2014
« Resposta #1942 Online: 11 de Julho de 2014, 14:08:53 »
Os interesses dos empresários ligados aos desportos mais populares nos EUA estarão por trás destas declarações ou será pura ignorância pessoal da senhora?

Pelas palavras dela, há uma mistura de ignorância e de ressentimento chauvinista.

E eu acho que os empresários de qualquer um dos esportes nacionais coletivos do EUA estão pouco interessados nisto basicamente por duas razões. A primeira é que o interesse pelo futebol no EUA NÃO está crescendo na proporção que a FIFA quis (e quer) dar a entender, ao contrário do que alguns pensam. E, segunda, é que mesmo que o esporte cresça em popularidade, ainda há espaço para ele sem que afete os demais, porque é comum um cidadão estadunidense torcer por uma esquipe em mais de um esporte. Tenho um amigo que mora em Des Plaines (uma pequena cidade que dista 27Km a noroeste de Chicago) e ele torce para o Bulls no basquete, para o Bears no american football e para o Cubs no baseball.
Quanto ao interesse dos eua, não para ESSA COPA realmente a mobilização foi imensa, pra ter uma idéia a audiencia da estréia dos eua, que foi em horario comercial teve mais audiencia que a final da NBA. até uns 15 anos era comum nas eliminatorias mexico x eua ser dividida a torcida.

hoje a seleção americana lota facilmente qualquer estádio de 70 mil lugares, praticamente em qualquer cidade que tenha time da MLS.

a MLS sim, não cresce o esperado, mas já é uma das 8 ligas mais ricas do mundo, mas o USMNT como eles chamam está na vibe do momento.

O evento da "copa" teve uma audiência bem expressiva (em termos de EUA) muito mais por causa do nacionalismo (neste caso dos estadunidenses) que se manifesta quando há a participação de uma seleção nacional do que por causa do gosto pelo futebol. Isto fica claro quando se constata que a média de audiência de todas as partidas transmitidas de todos os países foi de 4,1 milhões de pessoas, que é muito menor que aquelas das partidas do EUA. E arrisco afirmar que isto ocorre em todos os países e em todos os esportes.

Outro aspecto equivocado é comparar sensu latu a média de audiência das finais (da NBA, neste caso) de um campeonato de um esporte nacional que tem todo ano e em que participam apenas duas equipes de duas cidades diferentes com a audiência de uma só partida ou até de três partidas de uma seleção que representa todo o país, em um evento de proporções gigantescas que ocorre de quatro em quatro anos.

O choro é livre.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

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Re:Copa 2014
« Resposta #1943 Online: 11 de Julho de 2014, 14:12:54 »
Achei esse link por causa de um comentário que vi na internet, o que vcs acham?

http://sports.yahoo.com/soccer/world-cup/brazil-germany-7429/

Está em inglês, mas pelo que disseram o ponto vermelho em campo é a movimentação do tal Fred durante o jogo.

É sério mesmo?

Bacana. Muito interessante esse site. Você filtra e vê o que cada jogador fez.

O Júlio César se movimentou mais do que o Fred... :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Geotecton

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Re:Copa 2014
« Resposta #1944 Online: 11 de Julho de 2014, 14:18:25 »
Os interesses dos empresários ligados aos desportos mais populares nos EUA estarão por trás destas declarações ou será pura ignorância pessoal da senhora?

Pelas palavras dela, há uma mistura de ignorância e de ressentimento chauvinista.

E eu acho que os empresários de qualquer um dos esportes nacionais coletivos do EUA estão pouco interessados nisto basicamente por duas razões. A primeira é que o interesse pelo futebol no EUA NÃO está crescendo na proporção que a FIFA quis (e quer) dar a entender, ao contrário do que alguns pensam. E, segunda, é que mesmo que o esporte cresça em popularidade, ainda há espaço para ele sem que afete os demais, porque é comum um cidadão estadunidense torcer por uma esquipe em mais de um esporte. Tenho um amigo que mora em Des Plaines (uma pequena cidade que dista 27Km a noroeste de Chicago) e ele torce para o Bulls no basquete, para o Bears no american football e para o Cubs no baseball.
Quanto ao interesse dos eua, não para ESSA COPA realmente a mobilização foi imensa, pra ter uma idéia a audiencia da estréia dos eua, que foi em horario comercial teve mais audiencia que a final da NBA. até uns 15 anos era comum nas eliminatorias mexico x eua ser dividida a torcida.

hoje a seleção americana lota facilmente qualquer estádio de 70 mil lugares, praticamente em qualquer cidade que tenha time da MLS.

a MLS sim, não cresce o esperado, mas já é uma das 8 ligas mais ricas do mundo, mas o USMNT como eles chamam está na vibe do momento.

O evento da "copa" teve uma audiência bem expressiva (em termos de EUA) muito mais por causa do nacionalismo (neste caso dos estadunidenses) que se manifesta quando há a participação de uma seleção nacional do que por causa do gosto pelo futebol. Isto fica claro quando se constata que a média de audiência de todas as partidas transmitidas de todos os países foi de 4,1 milhões de pessoas, que é muito menor que aquelas das partidas do EUA. E arrisco afirmar que isto ocorre em todos os países e em todos os esportes.

Outro aspecto equivocado é comparar sensu latu a média de audiência das finais (da NBA, neste caso) de um campeonato de um esporte nacional que tem todo ano e em que participam apenas duas equipes de duas cidades diferentes com a audiência de uma só partida ou até de três partidas de uma seleção que representa todo o país, em um evento de proporções gigantescas que ocorre de quatro em quatro anos.

O choro é livre.

Sim, sem dúvida.

Não querer entender contextos também é uma escolha do livre-arbítrio.
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Offline Diegojaf

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Re:Copa 2014
« Resposta #1945 Online: 11 de Julho de 2014, 14:44:04 »
 ::)

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Barata Tenno

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Re:Copa 2014
« Resposta #1946 Online: 11 de Julho de 2014, 15:07:22 »
Passei links de diversas fontes demonstrando claramente o aumento de torcedores do futebol nos EUA, o aumento da audiência entre as copas passadas e a atual é uma demonstração clara do aumento do interesse pelo esporte, assim como a média de torcedores em estádios durante o campeonato sempre crescente, aumento do investimento e do valor total na liga nacional, aumento do valor pago para transmissão de jogos e ao invés de  responder ao posto com novos argumentos, ele fica de mimimi, insistindo na teimosia infantil. E novamente, pra não gerar dúvida, ninguém esta dizendo que o futebol passou ou vai passar qualquer outro esporte agora ou num futuro próximo, o que estamso todos dizendo é que sim, sem dúvida nenhuma, o futebol esta crescendo bastante nos EUA e a tendência indica que vai crescer ainda mais depois dessa copa.

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In recent years, the league has been growing steadily, and, with about six million fans attending matches during the 2013 season, it is already the world’s eighth-most-popular soccer league. (The leagues ahead of it are in England, Germany, Spain, Italy, Mexico, Holland, and France.) Some U.S. teams attract really big crowds. Last year, for example, the Seattle Sounders, which recently signed Clint Dempsey, Team U.S.A.’s star forward, away from Tottenham Hotspur for nine million dollars, had an average attendance of forty-three thousand, which is more people than the Yankees are drawing this year at their home games.

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According to the Census Bureau, about thirteen million Americans play soccer regularly, making it the third-most-popular participant sport behind basketball and baseball.

http://www.newyorker.com/online/blogs/johncassidy/2014/07/how-far-can-soccer-go-in-the-usa.html
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Re:Copa 2014
« Resposta #1947 Online: 11 de Julho de 2014, 15:34:40 »
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Re:Copa 2014
« Resposta #1948 Online: 11 de Julho de 2014, 15:59:38 »
Passei links de diversas fontes demonstrando claramente o aumento de torcedores do futebol nos EUA, o aumento da audiência entre as copas passadas e a atual é uma demonstração clara do aumento do interesse pelo esporte, assim como a média de torcedores em estádios durante o campeonato sempre crescente, aumento do investimento e do valor total na liga nacional, aumento do valor pago para transmissão de jogos e ao invés de  responder ao posto com novos argumentos, ele fica de mimimi, insistindo na teimosia infantil. E novamente, pra não gerar dúvida, ninguém esta dizendo que o futebol passou ou vai passar qualquer outro esporte agora ou num futuro próximo, o que estamso todos dizendo é que sim, sem dúvida nenhuma, o futebol esta crescendo bastante nos EUA e a tendência indica que vai crescer ainda mais depois dessa copa.

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In recent years, the league has been growing steadily, and, with about six million fans attending matches during the 2013 season, it is already the world’s eighth-most-popular soccer league. (The leagues ahead of it are in England, Germany, Spain, Italy, Mexico, Holland, and France.) Some U.S. teams attract really big crowds. Last year, for example, the Seattle Sounders, which recently signed Clint Dempsey, Team U.S.A.’s star forward, away from Tottenham Hotspur for nine million dollars, had an average attendance of forty-three thousand, which is more people than the Yankees are drawing this year at their home games.

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According to the Census Bureau, about thirteen million Americans play soccer regularly, making it the third-most-popular participant sport behind basketball and baseball.

http://www.newyorker.com/online/blogs/johncassidy/2014/07/how-far-can-soccer-go-in-the-usa.html

Eu não quero (e não irei) mais tocar neste assunto a partir desta postagem.

Então para esclarecer, eu:

a) Fiz uma crítica para a maneira que a FIFA e a "imprensa esportiva", que reproduz os seus press releases, mostram números, fora do contexto, em títulos de notícias que beiram a manipulação.

b) Não afirmei que o futebol não está crescendo na audiência e no público televisivo no EUA desde o final dos anos 90.

c) Mostrei que no próprio link fornecido pelo forista Barata Tenno, o articulista estadunidense concluiu que o nacionalismo explica a audiência muito maior dos jogos do EUA na 'copa' do que a audiência dos jogos dos demais países na 'copa' e dos jogos anuais da MLS no EUA.

d) Expliquei que é equivocado usar apenas o parâmetro "público total" sem conhecer os contextos distintos em que tal parâmetro foi gerado e utilizado.

e) Conversei com os vários amigos que tenho no EUA e todos reportaram a mesma coisa que o forista Madiba, embora isto seja uma evidência puramente anedótica.
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Skorpios

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Re:Copa 2014
« Resposta #1949 Online: 11 de Julho de 2014, 16:08:27 »
 :histeria: :histeria: :histeria:

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Exclusivo: A negociação política por trás da derrota da seleção



Vi vários colegas circulando correntes conspiratórias pela internet após “A Queda'', como ficou conhecido o episódio 7×1 do dia 8 de julho. Tolos. Mal sabem eles que a realidade é muito mais terrível do que essas tentativas falsas de causar burburinho político. Então, decidi contar.

Tomei um café, na noite desta quinta, com uma amiga que ainda estava com ressaca moral por conta do jogo no Mineirão. Ficamos conversando até tarde. Quando retornei, já a altas horas da madrugada, havia um envelope pardo na soleira da minha porta. Por estar cheio, o entregador não conseguiu passá-lo por baixo e ele estava lá, de pé, sem remetente, apenas com meu nome grafado de forma incorreta com “c'' ao invés de “k''. Um erro comum, a bem da verdade.

Ao abrir, uma série de documentos, planilhas, cópias de ingressos da Copa, fotos de Fernando de Noronha, algumas fitas K7 (pensei, aliás, que elas estavam extintas), mapas em que a Zona Oeste do Rio de Janeiro aparece destacada do resto do país e um DVD.

Uma carta impressa de quatro páginas, provavelmente em um ordinário Times New Roman 12, explicava que aquele material deveria ser usado com sabedoria. O remetente afirmou que confiava a mim o embrulho por causa dos anos em que venho cobrindo, com dignidade, o futebol.

O que não fez sentido. Porque nunca cobri futebol na vida.

Ao lê-la até o final, senti um frio subir pela espinha – daqueles que nós jornalistas sentimos quando estamos diante de nitroglicerina pura. As pernas bambearam e desabei em uma cadeira. A carta explicava que aquilo se tratava do maior escândalo do futebol mundial de todos os tempos. Minha mão tremeu e deixou cair o papel. Fiquei uns bons minutos sem ter forças para abaixar e apanhá-lo.

O DVD traz imagens de um homem alto e calvo entregando uma mala de dinheiro a outro homem também alto e totalmente careca. As planilhas traziam números de contas em paraísos fiscais e as fotos exibiam pessoas de terno rindo enquanto falavam de “goleada histórica''.

Não consegui ler todo o material ainda, mas acho que o povo brasileiro tem direito a saber que a pior derrota futebolística de sua história pode ter sido fruto de uma conspiração. Só assim, talvez, possamos voltar a dormir à noite, trocando a tristeza de um impossível 7 a 1 pela revolta contra as maracutaias políticas. Quiçá acordar o gigante.

Por isso, resumo a explicação trazida na carta. Ela deixa vários buracos, eu sei, mas, por ora, é o que posso revelar:

Uma semana antes de começar a Copa do Mundo, um emissário do Palácio do Planalto reuniu-se com a cúpula da CBF, a comissão técnica e um representante dos jogadores da seleção a portas fechadas em um escritório na praia do Botafogo. Trazia uma oferta presidencial: de que cada um deles teria isenção de impostos pelo resto de suas vidas se ganhassem a Copa, o que – segundo ele – ajudaria a reeleição. O PT iria não apenas aprovar uma lei garantindo isso aos “campeões do Hexa'' como também depositaria um adicional de R$ 10 milhões na conta de cada jogador, além de um Honda Civic preto. Por fim, cada um também teria direito a um aperto de mão, um autógrafo e uma foto com o ex-presidente Lula.

Ninguém especificou de onde viriam os recursos. A frase “dane-se que é dinheiro de creches'' foi ouvida de relance em uma das conversas reservadas ao final da reunião. Quando saíram, a assistente do emissário palaciano avisou que o senhor Yuich Nishimura estava assobiando impacientemente enquanto aguardava.

A oposição percebeu (graças à alta definição das TVs em HD) que havia algo errado ao constatarem que Dilma Rousseff sorriu de canto de boca quando mandaram que ela tomasse naquele lugar na estreia da seleção no Itaquerão. Leitura labial do mesmo técnico contratado pela Globo conseguiu captar algo como “Sabem de nada, inocentes''.

Descobriu, em pouco tempo, a existência da “mala branca''. E no dia 16 de junho, dois representantes das campanhas de Aécio Neves, do PSDB, e de Eduardo Campos, do PSB, ligaram para o representante dos jogadores. Pediram uma reunião rápida.

Nela, em um boteco pé-sujo ao lado de onde a seleção estava concentrada, solicitaram uma caracu com ovo e canela e dois uísques. Acreditando que um vexame prejudicaria a reeleição, ofereceram sua “mala preta'': o dobro do que o PT prometeu, desde que não houvesse classificação para as oitavas. E que, uma vez eleitos, Aécio ou Campos, não apenas dariam isenção tributária vitalícia, mas também permitiriam a nacionalização de quaisquer valores depositados no exterior sem imposto algum. Por fim, ofereceram fotos com Fernando Henrique e Marina Silva – mas o representante dos jogadores rapidamente dispensou essa parte da proposta.

Na concentração da seleção, os jogadores não sabiam o que fazer. Parte achou que deveria honrar o acordo com o governo. Parte viu na proposta da oposição uma chance maior. E com um time dividido, a seleção entrou para o jogo do México, quando empataram em 0 a 0.

O único a não querer participar do esquema foi Jô e, por isso, ganhou a antipatia do técnico. Felipão chegou a revelar a jornalistas mais próximos que havia se arrependido de convocar um jogador – que seria, claro, ele.

O pânico se instalou no Planalto. Dilma, em um acesso de raiva, teria mandado sustar o cheque-caução que tinha deixado com a CBF, mas foi demovida por Gilberto Carvalho.

Vendo o risco de ficar fora do mundial precocemente, o governo federal aumentou o cacife, acrescentando um churrascão com Lula com a presença de grupos de pagode da década de 90. O que foi comemorado na Granja Comary.

Em meio às negociação e com medo de ser inquirido sobre o assunto, o técnico da seleção brasileira passou a usar os serviços de um sósia – Wladimir de Castro Palomo – que assumiu seu lugar em aparições públicas. O jornalista Mario Sérgio Conti foi o primeiro a encontrá-lo em um avião entre o Rio e São Paulo, mas não o único. A última vez que Palomo foi usado foi na coletiva dada à imprensa no dia 09 de julho, um dia após a derrota no Mineirão, em que o sósia não falou coisa com coisa. Felipão foi visto, no mesmo horário, em um Centro de Tradições Gaúchas de São Borja.

No intervalo do jogo do Chile, veio uma bomba: um jornalista estava apurando o “leilão'' com base em uma denúncia anônima. O time se desestruturou. Com muita dificuldade, conseguiram levar a disputa para as penalidades. Com medo de ser descoberto, Thiago Silva era o mais abalado e chorava compulsivamente a ponto de pedir para não bater. Coube a Júlio César, que participa de um célula do partido comunista revolucionário canadense em Toronto, ir para o sacrifício e garantir que o país passasse às quartas.

O nervosismo latente no ônibus da seleção só desapareceu quando chegou o recado que esse problema estava “resolvido''. Houve calma, mas também temor, pois ninguém sabe como isso de fato foi resolvido. A notícia de acidentes de carro envolvendo jornalistas e da deportação de alguns deles deixou todos apreensivos. Sentiram que a mão invisível do Estado era mais terrível do que imaginavam. Podia estar em todos os lugares.

Para desviar a atenção pública, o governo lançou a Operação Jules Rimet. Sob a justificativa de acabar com um esquema ilegal de venda de ingressos envolvendo a própria Fifa, a Polícia Federal, na verdade, jogou uma cortina de fumaça sobre o caso. Uma isca perfeita para os jornalistas investigativos esportivos que se entreteriam com as descobertas e nem olhariam para a negociação. Figurantes do Zorra Total e de A Praça é Nossa foram contratados para serem “presos'' na frente das câmeras como executivos de empresas que nunca ninguém ouviu falar.

Ao mesmo tempo, a carta insinua que o time da Colômbia teria recebido recursos para, uma vez que sua derrota se desenhasse próxima, incapacitar Neymar. O acordo teria sido fechado com o chefe de Estado daquele país, sob a promessa da importação de café colombiano e de DVDs da Shakira a partir de 2015 – caso a oposição seja eleita. Não diz quem teria articulado isso com os colombianos e quanto Zuñiga, que teria executado o plano, ganhou. Também não há documentos tratando do assunto, o que leva a crer que essa parte da história não está embasada em fatos reais.

Dois dias antes da semifinal, chegaram as últimas propostas. Um ministro da República ofereceu a concessão, por 100 anos, de Fernando de Noronha, Lençóis Maranhenses e um terceiro destino turístico à escolha dos envolvidos – que fariam com eles o que quisessem, nos mesmos moldes da antiga administração de Hong Kong pelos britânicos. E afirmou que atuaria diretamente junto ao Vaticano para a beatificação dos jogadores ainda em vida – além, é claro, das promessas financeiras já acordadas, fotos e churrascão com pagode.

Um ex-ministro tucano trouxe a proposta da oposição: a independência da Barra da Tijuca como um país a ser administrado pelos presidentes da CBF. O próprio Brasil articularia junto à ONU a admissão desse membro e firmaria um acordo para que esse novo país continuasse cuidando do futebol do vizinho. Os jogadores também teriam direito a uma porcentagem nos royalties do pré-sal, determinada por lei, como é com a educação, e uma foto com o Luciano Huck. Mais uma vez a oferta da foto foi declinada.

Estranhamente, já no final da carta apareceu uma proposta do presidenciável e pastor Everaldo, prometendo que todos iriam para o céu se perdessem e para inferno caso não dessem uma prova contumaz de sua dedicação ao Senhor, largando o futebol no meio do campeonato.

Muito, muito assustada com a possibilidade de herdar os moradores da Barra da Tijuca, ao que tudo indica a CBF optou pela proposta governamental. Enfim, os jogadores fariam de tudo para golear a Alemanha.

A carta se encerra de maneira abrupta, com uma frase sem nexo sobre racionamento de falta de água e de energia elétrica no segundo semestre e a presença de Teletubbies.

Contudo, na cópia do contrato assinado entre governo, jogadores, comissão técnica e CBF, documento que compõe o dossiê a mim confiado, a última cláusula exige que, para o acordo ter valor, a entrada de Mick Jagger deveria ser terminantemente proibida no Mineirão.

Caso contrário, jogadores e técnico não teriam como se responsabilizar com o que poderia acontecer.

Fonte

 

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