Autor Tópico: Copa 2014  (Lida 127560 vezes)

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Offline Mr. Mustard

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Re:Copa 2014
« Resposta #325 Online: 07 de Novembro de 2011, 17:52:07 »
Será que Chico-X-Avier foi inspiração para a logomarca da Copa 2014?



:hehe:

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Re:Copa 2014
« Resposta #326 Online: 24 de Novembro de 2011, 14:09:43 »
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Pasta das Cidades adultera documento e eleva em R$ 700 milhões projeto da Copa

O Ministério das Cidades, com aval do ministro Mário Negromonte, aprovou uma fraude para respaldar tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Com a fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original. A mudança para o novo projeto foi publicada no dia 9 de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.

Para tanto, a equipe do ministro operou para derrubar o estudo interno de 16 páginas que alertava para os problemas de custo, dos prazos e da falta de estudos comparativos sobre as duas mobilidades de transporte.

O novo projeto de Cuiabá foi acertado pelo governo de Mato Grosso com o Palácio do Planalto. A estratégia para cumpri-lo foi inserir no processo documento a favor da proposta de R$ 1,2 bilhão. Numa tentativa de esconder a manobra, o 'parecer técnico' favorável ficou com o mesmo número de páginas do parecer contrário e a mesma numeração oficial (nota 123/2011), e foi inserido a partir da folha 139 do processo, a página em que começava a primeira análise.

O analista técnico Higor Guerra foi quem assinou o parecer contrário. Ele era o representante do ministério nas reuniões em Cuiabá para tratar das obras de mobilidade urbana da Copa - a última, em 29 de junho. O parecer dele, do dia 8 de agosto, mostrava que os estudos do governo de Mato Grosso 'não contemplaram uma exaustiva e profunda análise comparativa'. Os prazos estipulados, alertou, 'são extremamente exíguos'. Além do mais, o BRT já estava com o financiamento equacionado.

Em reunião com assessores na última segunda-feira, no sexto andar do Ministério das Cidades, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, disse que a ordem para mudar o parecer partiu de Cássio Peixoto, braço direito de Negromonte, e Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014 do Ministério do Planejamento. 'Ambos me telefonaram', disse. O Estado teve acesso a uma gravação da reunião.

No dia 6 de outubro, atendendo a essas ordens superiores, Luiza Vianna pediu para Higor Guerra alterar seu parecer. O funcionário negou-se a assinar o outro documento e pediu desligamento há duas semanas por escrito ao secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima.

Ao lado da nova gerente de projetos, Cristina Soja, a diretora Luiza Viana deflagrou a fraude. As duas assinaram o novo documento, aproveitando as primeiras páginas do documento anterior, mas alterando a conclusão. 'Nós fizemos outra nota técnica, com o mesmo número sim, e mudamos o conteúdo', confessou Luiza Vianna na reunião de segunda-feira passada.

A diferença entre ambos os pareceres está na conclusão. Onde havia a expressão 'não contemplaram' - uma referência do primeiro documento, de 8 de agosto, à falta de estudos para mudar o projeto -, no parecer técnico forjado ficou apenas com a palavra 'contemplaram'. 'O estudo indica fatores mais favoráveis à implantação do VLT', diz o segundo documento, forjado.

Acordo
A troca do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 489 milhões e com financiamento contratado, pelo VLT, de R$ 1,2 bilhão, passou por uma negociação política entre o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), o ministro Mário Negromonte, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o vice-presidente da República, Michel Temer, do mesmo partido do governador.

Tomada a decisão política, que esbarrava nos estudos técnicos do próprio governo federal, o Ministério das Cidades desencadeou a operação da fraude.

O projeto do BRT já havia sido assinado pelo governador anterior, o hoje senador Blairo Maggi (PR). O 'sim' da União ao aumento de R$ 700 milhões foi dado por Miriam Belchior em reunião com Sinval Barbosa no dia 24 de agosto. A reunião foi intermediada por Temer. No dia 27 de outubro, Barbosa esteve no Planalto, onde assinou com Dilma o aval para captar os empréstimos. O financiamento sairá da Caixa Econômica Federal.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=31479197
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Gravação revela pressão da cúpula do ministério

Na reunião a portas fechadas ocorrida na segunda-feira no Ministério das Cidades, a diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Gomide Vianna, mandou um recado, em tom de ameaça, aos assessores: 'Nota técnica de ninguém aqui é como música, não tem direito autoral. Nosso trabalho é para o governo, a nota técnica de vocês é para o governo'.

O Estado teve acesso ao áudio da reunião, que durou mais de duas horas. O encontro tratou da manobra que derrubou uma nota técnica contrária à mudança do projeto de transporte público de Cuiabá, orçado em R$ 1,2 bilhão, valor R$ 700 milhões maior que a proposta original.

Apesar de o ministério avaliar que tecnicamente não havia como aprovar essa mudança de maneira imediata, o Palácio do Planalto aceitou o pedido do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). 'Qualquer decisão tomada no governo, a gente faz parte dessa decisão', afirmou Luiza Vianna, na reunião.

Na conversa com os assessores, ela afirmou que 'ficou sem saída' depois que o chefe de gabinete do ministro Mário Negromonte, Cássio Ramos Peixoto, pediu para ela 'rever' a nota técnica contrária à mudança imediata do projeto. 'A gente ficou numa situação sem saída', disse.

Segundo a diretora, Cássio Peixoto e uma pessoa de nome Guilherme consideraram uma 'análise dura' o parecer do analista de infraestrutura Higor Guerra, servidor de carreira, contrário à troca imediata do modelo BRT pelo VLT em Cuiabá.

De acordo com assessores ouvidos pela reportagem, trata-se de Guilherme Ramalho, coordenador-geral de Infraestrutura da Copa de 2014 do Ministério do Planejamento.

Luiza Vianna relatou aos assessores o episódio, que teria ocorrido em agosto: 'Considerando que aquela semana, acho que o governador veio aí falar com o ministro, não sei exatamente o que aconteceu, mas foi exatamente a semana que aprovaram o VLT de Cuiabá, todo mundo se interessou pelo assunto, o ministro deve ter pedido algum material relacionado a Cuiabá, eu não me lembro. Esse material foi parar nas mãos do dr. Cássio e o material, do Higor né, também foi parar nas mãos do Guilherme'.

E continuou: 'Recebi ligações tanto do Guilherme quanto quase que, simultaneamente, no mesmo dia, do dr. Cássio, eles entendendo que a nota do Higor continha palavras um pouco, continha uma análise dura, não só somente dura, como algumas questões que ele, mesmo como técnico, não tem a menor condição de decidir, que não era uma boa ideia fazer o parecer do Mato Grosso baseado na análise do Higor'. 'Ambos me telefonaram: 'Luiza, você dê uma apurada numa nota técnica assinada pelo Higor, que ela contém palavras fortes, palavras que a gente precisa rever em relação ao processo'.'

Luiza confirmou que pediu para o assessor Higor Guerra rever seu parecer. Como ele resistiu, a saída, segundo ela, foi partir para uma nova nota técnica, mas com o mesmo número da anterior. 'Considerando a posição do Higor, não vou discutir a posição dele, de não querer mudar a nota técnica que ele tinha feito, nós fizemos outra nota técnica, com o mesmo número sim, e mudamos o conteúdo', afirmou.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=31479203
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Pasta defende decisão, mas não explica existência de 2 pareceres

Em nota enviada ontem ao Estado, o Ministério das Cidades não respondeu por que existem duas notas técnicas de número 123/2011 sobre o projeto de Cuiabá para a Copa do Mundo. Afirmou apenas que há um parecer com esse número, assinado pela diretoria e gerência de Mobilidade Urbana da pasta, 'concordando com a defesa técnica do Estado e aprovando a mudança na matriz de responsabilidade apresentada pelo governo do Estado'.

A nota, porém, admitiu que houve divergência interna por parte dos técnicos. 'Seguindo o rito processual da administração pública, os técnicos envolvidos no trabalho discutiram, analisaram e reavaliaram a pertinência ou não do novo modelo de transporte proposto pelo governo do Estado, tendo manifestado opinião divergente ao parecer final, opinião essa que foi revisada e refutada tecnicamente no momento da conclusão da análise'.

Segundo o ministério, os documentos assinados pela direção de Mobilidade Urbana, a favor do projeto de R$ 1,2 bilhão, 'consideraram alguns pontos positivos como o fato de o VLT ser menos poluente, causar menos desapropriações e remoções involuntárias de famílias, com menos impacto econômico e social na área urbana, além de apresentar maior capacidade de transporte de pessoas e possibilidade de expansão quando atingido o limite, deixando um melhor legado à população'.

'Ressalte-se que, no âmbito das informações constantes no Ministério das Cidades, não houve qualquer mudança no valor do financiamento a ser disponibilizado pelo governo federal nesse projeto e o fato de serem recursos para empréstimo com contrapartida do governo do Estado', disse a nota.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=31479196
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'Pedi apoio a todo mundo para o projeto'

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), defende o VLT e diz que contou com a ajuda do primeiro escalão do governo federal.

Por que o sr. decidiu trocar o projeto do BRT pelo VLT?
A realidade de Cuiabá é diferente da de Brasília, ou de qualquer outra cidade que nasceu planejada. Temos que usar canteiros, aproveitar o espaço. Temos que tentar implantar um transporte de massa que seja moderno e atenda ao futuro. O do BRT já nasce saturado. O VLT é um dos mais modernos do mundo.

Mas está na Matriz da Copa. Ficará pronto até a Copa?
Está na Matriz da Copa porque nós insistimos para alterar. O projeto é de 24 meses. Eu tenho 100% de certeza de que ficará pronto.

O que o sr. fez para convencer o Ministério das Cidades?
Não fiz nada. Quem define o planejamento das cidades ou do Estado é o prefeito ou o governo.

Um parecer do ministério diz que não havia estudo do governo...
Teve estudo, eu mandei contratar estudo.

Em agosto, o sr. reuniu-se com a ministra Miriam Belchior, o ministro Negromonte. Logo depois, o sr. anunciou que conseguiu o projeto.
E conseguimos. Eu venho trabalhando o projeto do VLT há mais de seis meses. Eu fiz um trabalho na Miriam Belchior e no Ministério das Cidades. Eu fiz esse trabalho para alterar a Matriz de Responsabilidade da Copa, porque a decisão de fazer outro sistema de transporte eu já havia tomado.

O vice-presidente Michel Temer também ajudou?
Eu pedi para todo mundo. Quando você quer viabilizar um projeto para a cidade, precisa de apoio político. A presidente Dilma Rousseff foi a primeira a quem pedi. Trabalhei com todos, com meu partido. Sentei com Dilma, com a Caixa Econômica Federal, com o Ministério das Cidades. De ministro ao terceiro escalão.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=31479205

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Offline uiliníli

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Re:Copa 2014
« Resposta #327 Online: 24 de Novembro de 2011, 14:43:10 »
Mais um ministro para cair?

Offline DDV

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Re:Copa 2014
« Resposta #328 Online: 24 de Novembro de 2011, 17:10:46 »
Mário Negromonte, é bom lembrar, foi um dos sanguessugas.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Luiz F.

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Re:Copa 2014
« Resposta #329 Online: 24 de Novembro de 2011, 17:55:32 »
Como é fácil gastar o dinheiro dos outros, não?
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
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Offline TMAG

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Re:Copa 2014
« Resposta #330 Online: 25 de Novembro de 2011, 01:19:27 »
Já que ainda dá tempo estou torcendo para que FIFA desista e transfira a copa para outro país.
''O objetivo dos Governos é sempre o mesmo: limitar o indivíduo, domesticá-lo, subordiná-lo, subjugá-lo.'' - Max Stirner

Offline Unknown

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Re:Copa 2014
« Resposta #331 Online: 25 de Novembro de 2011, 09:10:27 »
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CGU reprovou obra de R$ 1,2 bi que teve aval de pasta das Cidades após fraude

Operada de maneira fraudulenta no Ministério das Cidades, conforme revelou o Estado ontem, a mudança do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi reprovada pela Controladoria-Geral da União em relatório datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta. A CGU alerta que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, um linha rápida de ônibus (BRT). A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT é 'intempestiva'.

A análise da CGU tem pontos coincidentes com a primeira nota técnica do ministério que era contrária ao VLT, mas que foi adulterada pela equipe do ministro, Mário Negromonte, para favorecer o projeto de interesse do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), em Cuiabá.

Um estudo incluído no relatório da CGU mostra também que o VLT de Cuiabá pode ser um dos mais caros do mundo, superando obras iguais na França e nos Estados Unidos.

A análise da CGU - relatório de número 2344 - foi feita a pedido do Ministério das Cidades e consta do processo da pasta que culminou na mudança do projeto de Cuiabá, cidade-sede da Copa, por meio de um documento forjado pelo chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto, e pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna. Ou seja, o ministério deu aval a uma obra na qual o órgão de controle do governo federal apontou sérios problemas de avaliação, planejamento, preço e execução.

O parecer da CGU foi enviado ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, pela diretoria de auditoria de Infraestrutura do órgão de controle.

No texto, a controladoria afirma: 'Quanto ao cronograma previsto para implantação e início de operação do VLT, esta controladoria o considera por demais otimista, haja vista que algumas fases que podem ter grande impacto nos prazos de implantação não foram devidamente consideradas. Dessa forma (...), constata-se que o cronograma já se encontraria inviabilizado com vistas ao evento da Copa'.

A CGU ressalta que a proposta original do BRT é mais 'madura' porque já havia sido aprovada pelo governo federal, além de os contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal terem sido assinados.

'Quanto propriamente à decisão do Estado de Mato Grosso de alterar a opção do sistema BRT para o VLT cabe destacar sua intempestividade, tendo em vista que as propostas originais foram elaboradas pelo próprio Estado, passaram por um processo formal de seleção, com regras e critérios próprios, resultando nos contratos de financiamento já firmados', diz o relatório. A nota técnica da CGU aponta problemas na fase de desapropriação e lembra que o VLT custa mais do que o dobro do BRT.

O órgão de controle interno alerta para o fato de que o governo de Mato Grosso não detalha os custos de infraestrutura do novo projeto, já publicado na nova Matriz de Responsabilidades da Copa no dia 9 de novembro, no Diário Oficial da União.

Quilômetro caro. O relatório apresenta, por exemplo, um quadro comparativo em que coloca o VLT de Cuiabá com potencial para ser o mais caro do mundo. Pela estimativa do governo de Mato Grosso, em dólares, o quilômetro custaria US$ 40 milhões, contra, por exemplo, US$ 18,9 milhões em Lyon, na França. Ao todo, o projeto prevê a construção de 23 quilômetros. Para a CGU, a despesa pode superar o valor de R$ 1,2 bilhão previsto, chegando a R$ 1,5 bilhão.

No dia 6 de outubro, o analista do Ministério das Cidades Higor Guerra fez uma nota técnica em que comentou o relatório da CGU e ressaltou que a posição da controladoria coincidia com o parecer que ele havia feito no dia 8 de agosto. Essa nota, de número 123/2011, foi a fraudada.

Após um acordo político entre o Planalto e o governo de Mato Grosso, Higor Guerra recusou-se a rever sua posição contrária ao VLT. Diante disso, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, adulterou o documento, usando o mesmo número da nota técnica anterior (123/2011), na mesma página 139 do processo onde estava o primeiro documento, mas alterando o conteúdo e a conclusão a favor do projeto.

Em nota, a pasta das Cidades negou a existência de fraude e disse que o caso 'seguiu os trâmites legais de todos os outros processos'. 'Houve discussão dos prós e contras do projeto, pontos que ao final tornaram-se pacificados no parecer definitivo. Qualquer outra análise ou nota técnica que tenha sido produzida dentro dessa dinâmica ao longo do tempo pertence a um momento anterior à conclusão da análise que seguiu o trâmite legal.'

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/cgu-reprovou-obra-de-rdollar-12-bi-que-teve-aval-de-pasta-das-cidades-ap%c3%b3s-fraude-1
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Denúncia fragiliza Negromonte e PP deflagra 'fritura'

A situação do ministro das Cidades, Mário Negromonte, ficou ainda mais frágil depois da denúncia publicada ontem pelo Estado. Abandonado pela cúpula do PP, ele está sendo 'fritado' pelos próprios colegas de partido. Os pepistas reivindicam a manutenção da pasta, mas querem substituir Negromonte por outro correligionário durante a reforma ministerial, que a presidente Dilma Rousseff pretende fazer no início de 2012.

Negromonte está isolado dentro do PP há, pelo menos, seis meses. A maioria da bancada no Congresso não o apoia, o acusa de incompetência e quer vê-lo fora do ministério. Além disso, deputados e senadores argumentam que ele não foi uma escolha da bancada, mas uma indicação do governador Jacques Wagner (BA).

Em conversas de bastidores, os adversários do ministro no PP não escondem a satisfação com seu envolvimento em denúncias e até torcem para o surgimento de novas irregularidades que o atinjam diretamente. Nesse cenário e sem respaldo político, Negromonte é dado como carta fora do baralho dentro do partido.

Mas assim como fez com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), a presidente Dilma está disposta a manter Negromonte até a reforma ministerial. Foi com esse intuito que o Planalto tentou minimizar a denúncia.

Para abortar uma nova crise na Esplanada, o governo afinou o discurso com o ministério e responsabilizou o governo de Mato Grosso pela mudança do parecer que permitiu trocar o BRT pelo VLT, em Cuiabá, tornando a obra R$ 700 milhões mais cara.

O próprio governador Silval Barbosa (PMDB) esteve no Palácio do Planalto defendendo o VLT e propondo a substituição, inclusive com nova linha de financiamento para o novo projeto. 'Ele fez o lobby e isto é natural porque é o interesse do Estado que está em jogo', disse uma fonte. Para esta mesma fonte, o valor proposto pelo financiamento para o projeto era o mesmo inicial e não houve alteração.

Embora tenha tentado minimizar a denúncia, o Planalto reconhece que houve um 'malfeito' no processo de substituição do parecer, mas entende que este assunto deve ser resolvido pelo próprio ministério. O fato de o parecer técnico ter substituído o 'não contempla' por 'contempla' foi considerado 'grave', pela forma como foi feito, mantendo o mesmo número de parecer. Mas, mesmo considerando esta forma errada, auxiliares da presidente tentaram justificar o ocorrido alegando que, 'talvez', a manutenção do número do parecer tenha sido usado para apressar o andamento do processo e não precisar começar do zero, atrasando a sua execução.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/den%c3%bancia-fragiliza-negromonte-e-pp-deflagra-fritura
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Nota técnica foi forjada para também enganar MP

Num ato deliberado, o Ministério das Cidades forjou a nota técnica a favor do projeto de transporte público de Cuiabá para também enganar o Ministério Público Estadual. É o que revelou a diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna, na reunião com assessores na segunda-feira.

A gravação da conversa, obtida pelo Estado, mostra que a diretora, a mando do chefe de gabinete do ministro Mário Negromonte, Cássio Peixoto, avaliou que não poderia mandar para os promotores de Mato Grosso a nota técnica preparada pelo analista de infraestrutura do ministério Higor Guerra. A nota de Higor era contrária à troca do projeto de linha rápida de ônibus (BRT), estimado em R$ 489 milhões, pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), orçada em R$ 1,2 bilhão. 'Considerando a minha prerrogativa de diretora, a gente cancelou o envio desse material', disse a diretora Luiza Vianna na segunda.

E ela continuou: 'Ele (Higor) não quis mudar nenhuma vírgula. A gente ficou numa situação sem saída. Se ele não quer mudar uma vírgula, não vai poder assinar a nota técnica que nós vamos mandar para o Ministério Público de Mato Grosso. Porque na verdade o que estou entendendo é que ele gostaria que o trabalho dele tivesse sido enviado para o Ministério Público de Mato Grosso. E nós entendemos que, daquela maneira como estava escrito, o trabalho do Higor não poderia ser mandado para o Ministério Público do Estado porque certamente sobraria para mim e para a Cristina, que temos cargo de confiança', disse a diretora do ministério.

No diálogo, ela se refere a Cristina Soja, a gerente de projetos do ministério com quem assinou a nota técnica fraudada a favor do projeto de Cuiabá. Conforme revelou ontem o Estado, numa tentativa de esconder a manobra, o 'parecer técnico' favorável ficou com o mesmo número de páginas do contrário e a mesma numeração oficial (nota 123/2011) e foi inserido a partir da folha 139 do processo, a página em que começava a primeira análise. O promotor Clóvis de Almeida Júnior, do MP de Mato Grosso, confirmou ontem ao Estado que recebeu a segunda versão, favorável ao VLT.

No encontro com os assessores na segunda-feira, Luiza Vianna não esconde que manobrou para mudar o texto que vetava o projeto de Cuiabá.

'A gente só tirou alguns termos e algumas maneiras tendenciosas', explicou. 'A gente não queria coagir ninguém. Não agimos de maneira sorrateira e disfarçada. A gente fez uma nota técnica e assumimos a responsabilidade por ela.'

Incomodado com a postura dela, um funcionário desabafou na reunião: 'Um analista tem o direito de deixar a posição contrária. Daqui a alguns anos, nós vamos estar aqui e vamos ser cobrados por essa decisão'.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/nota-t%c3%a9cnica-foi-forjada-para-tamb%c3%a9m-enganar-mp
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Diretora afirma que só 'revisou' parecer e culpa o colega

No papel de porta-voz do ministro Mário Negromonte, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Vianna, anunciou a abertura de uma sindicância, não para apurar a fraude na aprovação do modelo de transporte público de Cuiabá, mas para identificar como a nota técnica original, contrária ao projeto, foi parar no processo.

O problema é que a assinatura da própria Luiza aparece com a expressão 'de acordo' no verso desta nota. 'De jeito nenhum houve fraude', disse durante entrevista coletiva à imprensa.

Segunda ela, a nota técnica original, que vetava a troca do BRT pelo VLT, foi apenas 'revisada porque continha vícios de linguagem e de opinião pessoal', A diretora apontou o analista técnico Higor Guerra como o responsável por quaisquer irregularidades no documento. Escorada no discurso de que a mudança foi pedida pelo governo de MT, disse que 'estudos técnicos' embasaram a decisão. Ela culpou o analista técnico Higor Guerra pelo teor do conteúdo do parecer que, posteriormente, foi alterado para justificar a troca.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/diretora-afirma-que-s%c3%b3-revisou-parecer-e-culpa-o-colega
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MP abre investigações em Brasília e Cuiabá; obra pode ser embargada

A revelação de que o Ministério das Cidades fraudou um processo para alterar o projeto de transporte público de Cuiabá (MT) para a Copa do Mundo de 2014 provocou a reação do Ministério Público em Mato Grosso e no Distrito Federal.

Uma investigação foi aberta ontem em Brasília pelo procurador da República Paulo Roberto Galvão, integrante do grupo de trabalho do MP que acompanha a Copa do Mundo. Galvão vai apurar se houve improbidade administrativa, podendo responsabilizar gestores do ministério pela fraude revelada ontem pelo Estado.

Em Mato Grosso, o procurador Thiago Lemos e o promotor estadual Clóvis de Almeida Júnior anunciaram que, se a adulteração for confirmada, poderão pedir o embargo da obra do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT) em Cuiabá.

'Vamos investigar a responsabilização das pessoas, improbidade, possíveis crimes de responsabilidade, inclusive crimes comuns, como subtração de documentos', disse ao Estado o procurador Thiago Lemos.

Por ser do MP Federal, Thiago Lemos tem a prerrogativa de investigar a atuação do Ministério das Cidades no episódio. Seu colega Clóvis de Almeida Júnior, do MP Estadual, pode agir em relação ao governo local.

O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), é o autor do pedido para aumentar o projeto de mobilidade urbana em R$ 700 milhões. 'Se confirmamos a denúncia, vamos pedir a paralisação das obras aqui no Estado', disse o promotor.

Os dois já tinham aberto em Cuiabá investigações para apurar o projeto do governo de Mato Grosso. Cada um na sua esfera, estadual e federal, investiga os motivos que levaram o governo local a trocar a proposta original, uma linha rápida de ônibus (BRT), estimada em R$ 489 milhões, por uma construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos, orçado em R$ 1,2 bilhão.

O Ministério Público de Mato Grosso se ampara, entre outras coisas, num estudo técnico feito por uma empresa de consultoria, a pedido do próprio governo local, que deu parecer favorável ao BRT, o projeto original.

Agora, o procurador e o promotor pretendem atuar em conjunto para apurar se a fraude do Ministério das Cidades beneficiou a mudança para o VLT. 'A informação noticiada é extremamente relevante porque mostra que a alteração foi feita de forma fraudulenta. E se for isso mesmo, vamos utilizar essa informação para questionar essa escolha', disse Thiago Lemos. Para Clóvis de Almeida Júnior, Cuiabá não precisa, neste momento, gastar dinheiro com nenhum dos dois modelos de transporte. 'A cidade tem outras necessidades, na educação, saúde, não precisa disso agora'.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/mp-abre-investiga%c3%a7%c3%b5es-em-bras%c3%adlia-e-cuiab%c3%a1-obra-pode-ser-embargada

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Re:Copa 2014
« Resposta #332 Online: 28 de Novembro de 2011, 10:51:42 »
Poder público perde controle de obras da Copa, que já estão R$ 2 bi mais caras

A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O levantamento feito pelo Estado nas obras de mobilidade urbana não considera três capitais - Salvador, Natal e Curitiba -, que não aparecem na última matriz de responsabilidades divulgada pelo governo, em novembro passado. Segundo o Ministério do Esporte, esses projetos ainda estão sob análise.

No universo dos estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo, as variações porcentuais foram ainda mais expressivas, devido a aditivos e mudanças nos próprios projetos.

Em vez de reformar o Morumbi por R$ 240 milhões, os organizadores de São Paulo optaram pela construção de uma nova arena, o Itaquerão, que deve custar R$ 820 milhões (+241,6%).

A última cifra do Maracanã é 47,25% - ou R$ 283 milhões - mais alta que a inicialmente prevista, puxada pela mudança de cobertura do estádio.

O custo do Beira Rio, de Porto Alegre, mais que dobro: foi de R$ 130 milhões para R$ 290 milhões. O caso de Brasília é curioso devido à ficção orçamentária: o valor da obra do novo Mané Garrincha caiu de R$ 745,3 milhões para R$ 688,3 milhões. A conta, no entanto, não inclui itens como cobertura, catracas, gramado nem as traves, excluídos do projeto porque serão licitados à parte. Ou seja: o valor final dessa arena é um mistério.

Justificativas. Em resposta ao Estado sobre o estouro de custos nas obras da Copa, o Ministério das Cidades disse que 'está em andamento a revisão da matriz de responsabilidades' dos projetos de mobilidade. Afirmou, ainda, que as alterações nos valores das obras devem-se ao 'desenvolvimento dos projetos' e ao 'detalhamento das desapropriações'.

O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, 'em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração', informou a pasta.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/poder-p%c3%bablico-perde-controle-de-obras-da-copa-que-j%c3%a1-est%c3%a3o-rdollar-2-bi-mais-caras

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Re:Copa 2014
« Resposta #333 Online: 30 de Janeiro de 2012, 09:57:43 »
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30/01/2012 - 08h23
Ministro defende venda de cerveja nos estádios da Copa, mas com restrições
Do UOL, em São Paulo



Comentários2

Ministro Aldo Rebelo recorreu a exemplos da Europa sobre venda de cerveja em estádios

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, se mostrou confiante em relação à aprovação da Lei Geral da Copa no Congresso em março, logo após retomada dos trabalhos pós-Carnaval. Segundo ele, “restam apenas três pequenas discussões”, e entre elas está a da liberação da venda de cerveja nos estádios.

Em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira, Aldo Rebelo defendeu mudança na legislação brasileira a fim de respeitar os patrocinadores da Copa de 2014, e falou sobre algumas restrições que podem servir de exemplo para as autoridades brasileiras contornarem o impasse.

“O país se comprometeu a respeitar as marcas dos patrocinadores, e essa prerrogativa da venda dentro dos estádios está assegurada. A tendência é aceitar essa interpretação, ou seja, a venda de cerveja com restrições, para não comprometer a nossa legislação. Por exemplo, restringir a venda de bebida a bares e restaurantes e não permitir a circulação de bebidas nas arquibancadas durante os jogos”, declarou o ministro.

“Em alguns países da Europa, só se permite a venda de cerveja nos intervalo. Essas medidas o Congresso deve analisar para chegar a um intermediário”, acrescentou Aldo Rebelo.

Outro ponto polêmico da Lei Geral da Copa é sobre a meia-entrada. Quanto a isso, a opinião de Aldo Rebelo é a mesma: tentar resolver a situação sem desrespeitar a legislação.

“A nossa ideia é preservar a legislação brasileira, e ela é clara no que diz respeito à terceira idade. Não tem uma legislação para os estudantes, teria que fazer um acordo a parte, mas não vai haver pressão da Fifa. O congresso vota aquilo que é da convicção que e da maioria”, destacou o ministro.

Aldo Rebelo vai participar de uma vistoria de rotina no estádio do Corinthians em Itaquera, palco da abertura da Copa. Segundo ele, “não há nenhum calendário problemático com a construção das arenas”.

“Tínhamos o caso do Rio Grande do Sul comum certo atraso, mas o Internacional retomou as obras e creio que todas as 12 sedes estarão em condições de receber a Copa. Em Natal, não haverá estádio para a Copa das Confederações, mas para o Mundial eu tenho certeza de que a arena estará pronta também”, completou.

http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2012/01/30/ministro-defende-venda-de-cerveja-nos-estadios-da-copa-mas-com-restricoes.htm

Apesar da criminalidade ter caído 70% por aqui após a proibição de bebidas no Mineirão e entorno, acho que o público da Copa, com ingressos custando o olho da cara não será de torcidas organizadas e bagunceiros, mas sim de quem gosta de futebol e vai aproveitar a oportunidade pra levar a família e tudo o mais. E sem fanatismo, acho que não haverá problemas com quebra-quebra.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Copa 2014
« Resposta #334 Online: 30 de Janeiro de 2012, 11:38:35 »
O Internacional retomou as obras???!?!?!?! Em que mundo esse cidadão vive??

HAUhuahUAHUahuHAUhauhUAHuahuHAUhua!!
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Re:Copa 2014
« Resposta #335 Online: 28 de Fevereiro de 2012, 11:08:16 »
Maior parte das cidades da Copa tem hotéis de qualidade ruim

Segundo IBGE, do total de 5 mil estabelecimentos 85% são de médio e baixo padrão de qualidade; apenas 1,3% possui estrutura para deficientes

As 27 capitais brasileiras contavam com 5.036 estabelecimentos de hospedagem em 2011, sendo que apenas quatro cidades concentravam mais de 40% do total. A maior concentração está na capital paulista, 19,3% do total, com 972 estabelecimentos entre hotéis, motéis, apart hotéis, pousadas, pensões e albergues segundo dados da Pesquisa de Serviços de Hospedagem de 2011, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Rio de Janeiro com 429 estabelecimentos, seguido de Salvador, com 358 e Belo Horizonte, com 291, completam o grupo de cidades com maior oferta de leitos para hospedagem no País.

Mas de acordo com o IBGE, a grande maioria dos estabelecimentos de hospedagem, 85,5% do total, foram considerados como de padrão médio ou baixo no quesito de conforto e qualidade.

Somente 14,5% dos estabelecimentos estão no segmento luxo ou superior com padrão elevado de conforto e qualidade de serviços levando-se em conta na análise dos padrões de decoração, mobiliário, aparelhos, instalações sociais e esportivas e o padrão de atendimento aos clientes.

Além disso, apenas 1,3% dos estabelecimentos possuem estrutura adaptada para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Esses dados apontam que os desafios são enormes para o País que vai sediar importantes eventos internacionais como a conferência das Nações Unidas sobre crescimento sustentável, a Rio+20, em junho, além da Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e o Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Em 2011, o setor de turismo registrou o ingresso de 5,4 milhões de estrangeiros, que gastaram US$ 6,775 bilhões no país, ultrapassando a meta de US$ 6,4 bilhões projetada pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). O valor é recorde e representa um crescimento de 14,4% em relação a 2010, quando o resultado havia ficado em US$ 5,919 bilhões.

Mas apesar do incremento, o turismo no Brasil ainda segue considerado baixo quando comparado com outros países como a França, com 76,8 milhões de turistas estrangeiros em 2010, Estados Unidos com 59,7 milhões, China com 55,7 milhões e Espanha com 52,7 milhões segundo dados da Organização Mundial de Turismo.

Distribuição por segmento

Segundo os dados da pesquisa do IBGE, a distribuição dos tipos de estabelecimento mostra que Brasília é a capital com a maior proporção de hotéis na sua rede de hospedagem, com 67,1% dos estabelecimentos nesta categoria, seguida por Curitiba, com 62,4%, São Paulo, com 59,1%, e Rio de Janeiro, com 58,3%.

Já a maior concentração de motéis encontra-se em Fortalzeza, que possui 39,3% de sua rede composta por este tipo de hospedagem. As pousadas, segundo o IBGE, são mais numerosas, em termos relativos, em Florianópolis, com 40,2% do total, e nas principais capitais do Nordeste com destque para Natal, com 30,2%, e Salvador, com 26%.

A análise do IBGE aponta ainda que a com relação ao porte dos estabelecimentos de hospedagem nas capitais, segundo o número de unidades habitacionais, 27,3% possuem até 19 unidades, 21% entre 20 e 29 unidades, 23,1% entre 30 a 49 unidades e 28,6% com 50 ou mais unidades.

Entre as capitais, o Rio de Janeiro se destaca como a cidade com a maior proporção de estabelecimentos com 50 ou mais unidades habitacionais, cerca de 50% do total, sendo que 18% contam com 100 ou mais unidades, segundo o levantamento do IBGE.

http://economia.ig.com.br/apenas-4-capitais-concentram-mais-de-40-da-estrutura-hoteleira-d/n1597654824368.html

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Re:Copa 2014
« Resposta #336 Online: 28 de Fevereiro de 2012, 20:25:19 »
Comissão aprova Lei Geral da Copa, mas ainda votará bebida

Temas contestados serão debatidos à parte nesta quarta e, para relator, liberação de álcool em estádios é assunto mais complexo

A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta terça-feira, em Brasília, o parecer do relator Vicente Cândido (PT-SP) para a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. A última versão fora protocolada na segunda-feira e a votação foi adiada no último dia 14 a pedido do relator. O texto ainda poderá ser modificado pelo relator antes de ir ao plenário da Câmara e ao Senado. A questão mais polêmica é a da liberação da bebida alcoólica nos estádios durante as Copas do Mundo e das Confederações.

Diversos deputados se mostraram contrários à liberação e representantes do Ministério Público entregaram ao presidente da comissão, deputado Renan Filho (PMDB-AL), um pedido para que a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios seja mantida durante a Copa. O tema, bem como as demais proposições, incluindo regras específicas para compra de ingressos por deficientes físicos, será votado em nova sessão marcada para 10h da manhã desta quarta-feira.

Renan Filho afirmou ao iG ser favorável à liberação das bebidas e crê que a comissão especial aprovará isso na sessão desta quarta. "A discussão foi boa, de forma tranquila, o relatório foi aprovado praticamente por unanimidade. Acredito que será liberada a bebida somente na Copa, o que na minha opinião é certo, já que o Brasil firmou acordos com a Fifa no sentido de que os patrocinadores poderiam vender seus produtos nas praças esportivas. A Copa do Mundo é um evento diferenciado, de segurança diferenciada, e não houve problemas com violência por conta disso em outras edições".

Cândido, por sua vez, disse ao iG que a questão da bebida é a mais complexa, mas ressaltou que trabalhará pela manutenção do texto. Do contrário, será "muito ruim" para a relação do governo com a Fifa. "O resto é tranquilo é a bebida. O complicado é a bebida, sempre gera muita paixão. Eu vou trabalhar para manter o texto, até porque há o compromisso com a Fifa. Seria muito ruim para a relação se essa questão da bebida não for aprovada", explicou.

Em suas considerações finais na sessão, o relator se mostrou favorável em relação à questão dos deficientes, levantada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), um dos poucos a orientar os partidários a, neste momento, votar contra o parecer. Em relação à bebida, Cândido foi evasivo: "Com relação aos deficientes, acho que merecem um tratamento diferenciado. Vamos trabalhar isso com carinho, podemos trabalhar essa redação antes que vá ao plenário. Sobre a bebida, o Brasil precisa tomar uma decisão, ou contra ou a favor. O dispositivo do Estatuto do Torcedor é dúbio. E o Congresso é o local ideal para fazermos isso".

Veja abaixo os principais pontos do relatório:

Ingressos populares e meia-entrada
No texto aprovado pela comissão especial, fica estabelecido um mínimo de 300 mil entradas de categoria 4 para a Copa do Mundo de 2014 e de outras 50 mil para a Copa das Confederações de 2013. Esta quantidade mínima acordada deverá ser obrigatoriamente vendida com 50% de desconto apenas após realização de sorteio priorizando estudantes e beneficiários de programas federais de transferência de renda. Estima-se que o preço será de US$ 25 (cerca de R$ 43 na cotação atual). Se a Fifa colocar mais entradas de categoria 4 à venda além da quantidade mínima, esta prioridade de compra não se aplica e o preço não terá o desconto, sendo estimado portanto em US$ 50 (R$ 86).

Os idosos terão direito à meia-entrada para compra de ingressos das categorias 1 (a mais cara), 2 e 3, benefício que não se aplica a estudantes. Entradas para indígenas e portadores de armas de fogo que aderirem à campanha do desarmamento serão "objeto de acordo entre o Poder Público e a Fifa". O texto afasta ainda a incidência de outras leis sobre as normas estabelecidas para venda de ingressos dos dois eventos: "As disposições constantes de lei federal, estadual ou municipal referentes a descontos, gratuidades ou outras preferências aplicáveis aos ingressos ou outros tipos de entradas para atividades esportivas, artísticas ou culturais e de lazer não se aplicam aos eventos".

Bebidas alcoólicas em estádios
De acordo com o relatório, em todos os locais oficiais de competição, bebidas, especialmente alcoólicas, só poderão ser vendidas em embalagens de plástico. Essa restrição, porém, não se aplica a centros de hospitalidade. A permissão para venda de bebidas nos estádios vale apenas para o período das Copas do Mundo e das Confederações. O documento determina que os locais oficiais de competição abrangem "não apenas os estádios, mas também os centros de treinamento, centros de mídia, centros de credenciamento, áreas de estacionamento, áreas para a transmissão de partidas, áreas oficialmente designadas para atividades de lazer destinadas aos fãs, localizados ou não nas cidades que irão sediar as competições, bem como qualquer local no qual o acesso seja restrito aos portadores de credenciais emitidas pela Fifa ou de ingressos".

Benefício para campeões mundiais
O relatório determina ainda benefício para os campeões mundiais de 1958, 62 e 70, observando que "foi constatado que alguns de nossos heróis esportivos encontram-se financeiramente em condições indignas, desamparados e sem uma aposentadoria que proporcione uma perspectiva de vida àqueles que tantas alegrias nos deram". Com isso, fica estabelecido prêmio único de R$ 100 mil para cada jogador, reserva ou titular, ou seus sucessores, livre de imposto de renda ou contribuição previdenciária. Esta conta será paga pelo Ministério do Esporte. Está previsto ainda um auxílio mensal da Previdência Social com valor máximo de R$ 3.691,64.

União se responsabiliza por acidentes
A União assume a responsabilidade por acidente ou incidentes de segurança relacionado aos eventos da Fifa. O texto, contudo, não cita atentados terroristas e catástrofes naturais, como queria a entidade. A presidente Dilma Rousseff não admite que a União seja responsabilizada por estes tipos de incidente e segundo o deputado Renan Filho (PMDB-AL) o texto pode ser "aperfeiçoado" até a aprovação final. Diz o relatório: "A União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a Fifa, seus representantes legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos eventos, exceto se e na medida em que a Fifa ou a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano".

http://esporte.ig.com.br/futebol/comissao-aprova-lei-geral-da-copa-mas-ainda-votara-bebida/n1597656291766.html

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Re:Copa 2014
« Resposta #337 Online: 28 de Fevereiro de 2012, 20:43:36 »
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[...]
Benefício para campeões mundiais

O relatório determina ainda benefício para os campeões mundiais de 1958, 62 e 70, observando que "foi constatado que alguns de nossos heróis esportivos encontram-se financeiramente em condições indignas, desamparados e sem uma aposentadoria que proporcione uma perspectiva de vida àqueles que tantas alegrias nos deram". Com isso, fica estabelecido prêmio único de R$ 100 mil para cada jogador, reserva ou titular, ou seus sucessores, livre de imposto de renda ou contribuição previdenciária. Esta conta será paga pelo Ministério do Esporte. Está previsto ainda um auxílio mensal da Previdência Social com valor máximo de R$ 3.691,64.
[...]

Só pode ser uma brincadeira.

Primeiro que nenhum deles é "herói" p... nenhuma. Foram jogadores de futebol por opção e nunca correram risco de vida pela pátria ou pela população.

Segundo que dos que ficaram na m... em boa parte foi por causa de suas próprias ações, com gastos com mulheres (prostitutas inclusive), festas e viagens. Eles nunca se preocuparam com o respectivo futuro.

Terceiro. Porque privilegiar estes indivíduos com R$ 100.000,00 e mais uma aposentadoria (ou pensão) vitalícia no valor de R$ 3.691,64 em detrimento de quem realmente construiu e constrói este país?
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Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #338 Online: 03 de Março de 2012, 13:26:44 »
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03/03/2012 - 10h33

Ministro vai pedir que Fifa afaste Valcke das negociações sobre Copa de 2014

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo



O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, vai pedir à Fifa que afaste seu secretário-geral, Jérôme Valcke, das negociações sobre a Copa do Mundo de 2014 com o Brasil. A decisão foi anunciada pelo ministro neste sábado, um dia depois de Valcke fazer duras críticas à preparação do país para o Mundial.

"O secretário-geral da Fifa não pode ser nosso interlocutor", afirmou Rebelo, em entrevista coletiva convocada após as críticas de Valcke. "As declarações do secretário da Fifa são inaceitáveis."

Segundo Rebelo, as declarações de Valcke sobre a preparação do Brasil são intempestivas e infundadas. São também ofensas ao país. Por tudo isso, na opinião do ministro, ele não pode ser mais o interlocutor entre a Fifa e o governo brasileiro.

Na sexta-feira, Valcke elevou o tom das críticas ao Brasil. Ele disse que "não há muita coisa se mexendo" e que os organizadores precisavam levar "um chute no traseiro".

"Não podemos receber um comentário de ofensa pessoal. Imagina alguém dizer que vai fazer isso [chute no traseiro] com sua família, com seu clube, com sua sociedade. Imagina com um país", respondeu Rebelo. "Não pode."

Rebelo ainda afirmou que o Brasil está se empenhando para honrar os compromissos que assumiu com a Fifa para receber o Mundial. Disse também que não vê chance de a Copa do Mundo de 2014 não acontecer no país.

"Não há razão e motivo pra isso [uma possível transferência da Copa]", disse o ministro. "O Brasil tem infraestrutura e logística. Temos aeroportos internacionais em todas as capitais."

A partir de terça-feira, inclusive, Valcke estará no Brasil justamente para checar o andamento de obras nas cidades-sedes. O secretário da Fifa deve passar por São Paulo (na terça), Porto Alegre (quarta), Curitiba (quinta), Cuiabá (sexta), Manaus (sábado) e Natal (segunda, dia 12).

O racha entre a Fifa e o governo também acontece poucos dias antes da votação da Lei Geral da Copa na comissão especial da Câmara dos Deputados. A demora na aprovação do projeto já foi criticada por Valcke em suas visitas anteriores ao Brasil. As declarações do secretário-geral da Fifa podem prejudicar o clima político para a tramitação da proposta no Congresso Nacional.

De acordo com o Blog do Perrone, o líder do governo da Câmara dos Deputados, deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), também não gostou das declarações de Valcke e quer o afastamento do secretário-geral da Fifa. O blog informou ainda que a presidente Dilma Rousseff deu carta branca para governistas peitarem a Fifa.

É verdade que está tudo atrasado, mas é verdade também que é um absurdo as exigências que a FIFA vem fazendo. Soube que em Curitiba, os comerciantes no entorno do Estádio do Atlético-PR vão ter que fechar as portas durante a Copa, pois somente certos produtos "licenciados" pela FIFA poderão ser vendidos.
Ainda, nessa lei da Copa, querem obrigar o país a permitir venda de bebidas alcólicas durante o evento dentro dos estádios.

Não dá para dizer amém para tudo.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #339 Online: 03 de Março de 2012, 13:50:24 »
O Brasil não sabia das exigencias antes deaceitar a vinda da copa?
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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #340 Online: 03 de Março de 2012, 14:05:35 »
O Brasil não sabia das exigencias antes deaceitar a vinda da copa?

É isso que me irrita. Até parece que o Brasil está fazendo um favor e a FIFA está abusando da nossa boa vontade...

TODAS as condições já eram sabidas antes de se candidatar, são as mesmas para TODAS as sedes em TODAS as Copas anteriores. Se você não concorda com alguma das condições, não se candidate, caramba.
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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #341 Online: 03 de Março de 2012, 14:11:18 »
Também vejo assim. Quer ir à missa, então reze!
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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #342 Online: 03 de Março de 2012, 14:37:44 »
Já houve problemas semelhantes entre a FIFA e países organizadores de copas passadas?

Se o Brasil se mostra assim tão problemático para trabalhar com organizações internacionais, temo pela má impressão que isso pode causar em outras organizações que porventura poderiam fazer trabalhos conjuntos com o país.


Esse caso entre Brasil e FIFA parece ser mais um choque cultural. É quando o jeito brasileiro de fazer as coisas pela primeira vez é confrontado com exigências e expectativas estrangeiras sérias e inadiáveis. A FIFA está preocupadíssima com a situação dos transportes e hotelaria daqui, mas os políticos locais ainda tentam empurrar as coisas com a barriga e entregar trabalho feito "nas coxas", como sempre fizeram.



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #343 Online: 03 de Março de 2012, 14:48:22 »
O Brasil não sabia das exigencias antes deaceitar a vinda da copa?
Não. A FIFA primeiro faz a escolha (baseada em um caderno mínimo de disposição do país em se candidatar) e depois que o país foi escolhido ela mostra o que o país tem que fazer para sediar a Copa. Só que as exigências podem mudar Copa a Copa e até mesmo durante a preparação do país .Vide trocentos estádios onde haviam certas condições a serem cumpridas pelo projeto e, após o cumprimento, aparecerem várias outras. E a FIFA acha isso normal. Em suma, ninguém sabe exatamente quais serão as exigências da FIFA para a Copa antes que ela escolha o país e comece a conversar com ele sobre isso.

Aliás, como a FIFA não aceita ingerência governamental sobre o futebol, a candidatura não é do país mas sim da federação de futebol do país. Mas quem tem que pagar a conta é o país.


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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #344 Online: 03 de Março de 2012, 15:06:48 »
Então AINDA É POSSÍVEL? Uau!

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Eu quero que a Copa do Mundo 2014 vá para a Inglaterra

O Brasil não é o país do futebol. O país do futebol é a Inglaterra, pois foi lá que o esporte nasceu. Claro que o Brasil pode ter orgulho de ser um grande campeão mundial, mas isto não é motivo para que a Copa 2014 seja realizada aqui. Aliás, a única vez em que isto ocorreu, em 1950, sofremos uma derrota histórica. No entanto, o grande motivo para mandar a Copa de 2014 para a Inglaterra é que não temos dinheiro, não temos competência e não temos honestidade para realizar um evento deste porte.

O Brasil é o país da corrupção no futebol. A presidência da Confederação Brasileira de Futebol é praticamente vitalícia e nem com CPI, que comprovou dezenas de ilícitos, conseguiu ser mudada. Os clubes, na sua grande maioria, são dirigidos por políticos corruptos ou por agentes de jogadores, usados como currais eleitorais ou como fonte de bilionários negócios pessoais. A estrutura para a prática do futebol é um fiasco, tanto é que a realização da Copa está exigindo investimentos de mais de U$ 3 bilhões apenas em estádios. Tudo com financiamento a fundo perdido pelo BNDES ou dá para acreditar que os clubes, maiores devedores de INSS e FGTS, vão pagar estes empréstimos? E o BNDES vai fazer o quê com um estádio de futebol confiscado para pagamento de dívida?

Além disso, o Brasil não possui nem mesmo aeroportos decentes para receber os torcedores do mundo inteiro e, mesmo que o governo arranje dinheiro para construir e reformar, nenhum deles ficará pronto para 2014, segundo relatório do IPEA, órgão público federal. Este é apenas um exemplo. O custo para realizar a Copa do Mundo 2014 no Brasil está orçado em U$ 15 bilhões, sem contar com os U$ 30 bilhões destinados a construir um trem-bala para ligar São Paulo com o Rio de Janeiro, um projeto fadado à falência, por ser economicamente inviável. Aliás, o trem-bala também não ficará pronto para o evento.

O mais grave de tudo, no entanto, é que com a desculpa de agilizar as obras, o governo federal quer fazer todas as obras ao arrepio da lei, eliminando licitações e afrouxando a fiscalização. Será uma roubalheira generalizada. Lembram do Pan de 2007, que deveria custar R$ 400 milhões e acabou custando R$ 4 bilhões, sendo que até hoje o Tribunal de Contas da União não aprovou as contas? Senhores e senhoras, o custo orçado de U$ 25 bilhões acabará sendo de U$ 50 bilhões.

O Brasil é um país rico pela própria natureza, mas pobre, muito pobre pela ineficiência do seu governo, pela má gestão, pela corrupção. Temos 30 milhões de miseráveis. Temos 20 milhões de analfabetos. Temos 1 milhão de viciados em drogas. 50.000 brasileiros morrem por ano em acidentes nas péssimas estradas federais. Há mais de 100.000 assassinatos por ano. Não temos boas escolas. Não temos bons hospitais. Não temos penitenciárias suficientes. Não temos clínicas de recuperação de drogados. Não temos creches. Não temos, em resumo, U$ 25 bilhões,que acabarão sendo U$ 50 bilhões por causa da corrupção, para gastar em 30 dias de um evento esportivo.

Por isso, estamos lançando a campanha “Eu quero a Copa 2014 na Inglaterra”. A Inglaterra é o país que inventou o futebol. Está realizando os Jogos Olímpicos 2012 que, ao final deste ano, com seis meses de antecedência, vai entregar todas as obras exigidas e uma infra-estrutura espetacular. Lá está tudo pronto e não haverá prejuízos para o mundo do futebol. O Brasil tem outras prioridades. O Brasil precisa de escolas, não de estádios de futebol. O Brasil precisa de ônibus e metrô, não de trem-bala. O Brasil precisa de ferrovias, estradas,pontes, viadutos, ruas calçadas e asfaltadas. O Brasil precisa respeitar o dinheiro dos brasileiros, que pagam a maior carga tributária do mundo e os maiores juros do planeta. Vamos mandar a Copa do Mundo de 2014 para a Inglaterra.

Assine, divulgue, participe.


Do Blogueiro Coronel (coturnonoturno.blogspot.com) e seus Amigos
Sincerely,

The Undersigned



http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?Copa2014



Quero ver todos torcendo para as coisas andarem no mesmo ritmo! Vamos lá, Brasil! Você consegue deixar de satisfazer os requerimentos para a copa! Bra-zil-zil-zil-zil!

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #345 Online: 03 de Março de 2012, 15:15:37 »
Esse tipo de opinião comumente evidencia um dos vários paralelos entre a esquerda brasileira e a direita americana: críticas como essa são tomadas quase como um insulto pessoal, tudo contestado apenas com apelo ao "pensamento positivo", otimismo, e, previsivelmente, quem expressa essa opinião é atacado por falta de patriotismo, por não querer que o Brasil [do PT]/EUA [dos republicanos] "dê certo".

Offline Pregador

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #346 Online: 03 de Março de 2012, 16:54:49 »
O Brasil não sabia das exigencias antes deaceitar a vinda da copa?

É isso que me irrita. Até parece que o Brasil está fazendo um favor e a FIFA está abusando da nossa boa vontade...

TODAS as condições já eram sabidas antes de se candidatar, são as mesmas para TODAS as sedes em TODAS as Copas anteriores. Se você não concorda com alguma das condições, não se candidate, caramba.

É isso é fato. Eu jamais aceitaria o fato dos comerciantes locais serem forçados a fechar as portas. Isso é antidemocrático.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Gaúcho

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #347 Online: 03 de Março de 2012, 17:00:55 »
Eu não tinha ouvido falar disso antes. Se for verdade, é muita sacanagem.

Um comentarista local escreveu um bom texto sobre o assunto, no qual eu concordo inteiramente.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #348 Online: 03 de Março de 2012, 17:37:26 »
O Brasil não sabia das exigencias antes deaceitar a vinda da copa?

Acho que sabia, mas o importante era fechar muitos contratos...

Offline HSette

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Re:Fecha o tempo entre Brasil e FIFA.
« Resposta #349 Online: 03 de Março de 2012, 17:55:41 »
Tudo conversa pra boi dormir.

No final, fica tudo pronto, rolam os jogos, a galera se diverte, e um monte de gente aumenta alguns milhões de dólares em suas contas bancárias,

E la nave va.....
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"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

 

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