Autor Tópico: Copa 2014  (Lida 127562 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #375 Online: 08 de Março de 2012, 18:30:43 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada. Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

Offline 3libras

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.119
    • http://sidis.multiply.com
Re:Copa 2014
« Resposta #376 Online: 08 de Março de 2012, 18:32:10 »
nunca entendi a proibição da bebida nos estádios.

violencia e baderna tem a ver com falta de educação.

If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #377 Online: 08 de Março de 2012, 18:33:01 »
O problema não é eles terem esses direitos, mas que eles existem na legislação e devem ser aplicados. A legislação não deve ser mudada ou ser exceção apenas por causa de um evento esportivo.

Pelo contrário. Este é o exato momento de mudar esta legislação tosca, que não passa de um anacronismo assistencialista.
Não, Geo. Esse debate pode ser feito em outro momento e não durante o evento da copa. Independente disso, a suspensão do direito de meia entrada é válido apenas durante os jogos da copa.

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #378 Online: 08 de Março de 2012, 18:33:38 »
nunca entendi a proibição da bebida nos estádios.

violencia e baderna tem a ver com falta de educação.



E com um bando de marmanjos entupidos com cerveja.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Copa 2014
« Resposta #379 Online: 08 de Março de 2012, 18:59:36 »
nunca entendi a proibição da bebida nos estádios.

violencia e baderna tem a ver com falta de educação.

Reduziu a violência em mais de 70% nos nossos estádios e ainda assim você não entende a proibição?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Copa 2014
« Resposta #380 Online: 08 de Março de 2012, 19:02:37 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada.

Não sei. Não vi níveis de depredação assim de forma tão constante nas copas anteriores.

Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

NESTES casos, eram regras conhecidas anteriormente pelo Brasil quando quis sediar o evento. Se não me engano, todas as copas tiveram essa mesma regra e o Brasil criar polêmica quanto a isso é o fim da picada.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #381 Online: 08 de Março de 2012, 19:06:50 »
O problema não é eles terem esses direitos, mas que eles existem na legislação e devem ser aplicados. A legislação não deve ser mudada ou ser exceção apenas por causa de um evento esportivo.

Pelo contrário. Este é o exato momento de mudar esta legislação tosca, que não passa de um anacronismo assistencialista.
Não, Geo. Esse debate pode ser feito em outro momento e não durante o evento da copa. Independente disso, a suspensão do direito de meia entrada é válido apenas durante os jogos da copa.

Desculpe Derfel, mas esta idiossincrasia de postergar o debate de assuntos importantes não mais deve prevalecer. Que se discuta e (se possível) se elimine esta excrescência agora. Não depois.
Foto USGS

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re:Copa 2014
« Resposta #382 Online: 08 de Março de 2012, 22:50:54 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada.

Não sei. Não vi níveis de depredação assim de forma tão constante nas copas anteriores.

Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

NESTES casos, eram regras conhecidas anteriormente pelo Brasil quando quis sediar o evento. Se não me engano, todas as copas tiveram essa mesma regra e o Brasil criar polêmica quanto a isso é o fim da picada.

Acontece que toda lei tem que passar pelo congresso, cedo ou tarde, e não é fácil alguma coisa ser aprovada sem anos de debates e conflitos de interesses intermináveis, a FIFA deveria saber isso antes de entregar a Copa ao Brasil, agora não adianta ficar de mimimi, aqui não é a China onde o governo resolve tudo numa canetada, nem os EUA onde só existem dois partidos e os dois com interesses quase comuns, nem a Alemanha que é super organizada. Agora fica peitando o governo porque a Copa não vai sair conforme ela quer; a Copa tem que ser feita respeitando as leis do Brasil, não as leis da FIFA.

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #383 Online: 08 de Março de 2012, 23:17:32 »
Na verdade, acho que nos EUa seria ainda mais complicado, já que envolve uma legislação mais estadual que federal.

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re:Copa 2014
« Resposta #384 Online: 08 de Março de 2012, 23:22:18 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada.

Não sei. Não vi níveis de depredação assim de forma tão constante nas copas anteriores.

Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

NESTES casos, eram regras conhecidas anteriormente pelo Brasil quando quis sediar o evento. Se não me engano, todas as copas tiveram essa mesma regra e o Brasil criar polêmica quanto a isso é o fim da picada.

Acontece que toda lei tem que passar pelo congresso, cedo ou tarde, e não é fácil alguma coisa ser aprovada sem anos de debates e conflitos de interesses intermináveis, a FIFA deveria saber isso antes de entregar a Copa ao Brasil, agora não adianta ficar de mimimi, aqui não é a China onde o governo resolve tudo numa canetada, nem os EUA onde só existem dois partidos e os dois com interesses quase comuns, nem a Alemanha que é super organizada. Agora fica peitando o governo porque a Copa não vai sair conforme ela quer; a Copa tem que ser feita respeitando as leis do Brasil, não as leis da FIFA.
E o Brasil não sabia de todas essas exigencias antes de aceitar receber a copa? Se sabia, e deveria saber, afinal a maioria das copas tem os mesmos tipos de regras, não devia ficar de mimimi agora. Se não quer mudar nada, cancelem a copa e acaba-se o problema.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #385 Online: 08 de Março de 2012, 23:27:26 »
O problema não é eles terem esses direitos, mas que eles existem na legislação e devem ser aplicados. A legislação não deve ser mudada ou ser exceção apenas por causa de um evento esportivo.

Pelo contrário. Este é o exato momento de mudar esta legislação tosca, que não passa de um anacronismo assistencialista.
Não, Geo. Esse debate pode ser feito em outro momento e não durante o evento da copa. Independente disso, a suspensão do direito de meia entrada é válido apenas durante os jogos da copa.

Desculpe Derfel, mas esta idiossincrasia de postergar o debate de assuntos importantes não mais deve prevalecer. Que se discuta e (se possível) se elimine esta excrescência agora. Não depois.
Não sei se meia entrada é um assunto tão importante assim que não possa ser adiado. Quando se discute determinados temas em momentos errados ("estão tentando acabar com nossa soberaria!"; "não podem ficar mudando nossas leis!"; "não podem tirar nossos direitos"), o que ocorre é que a emenda fica muito pior que o soneto. E como disse, a discussão no congresso não é a meia-entrada em si, mas a suspensão temporária apenas durante os jogos

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #386 Online: 08 de Março de 2012, 23:34:05 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada.

Não sei. Não vi níveis de depredação assim de forma tão constante nas copas anteriores.

Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

NESTES casos, eram regras conhecidas anteriormente pelo Brasil quando quis sediar o evento. Se não me engano, todas as copas tiveram essa mesma regra e o Brasil criar polêmica quanto a isso é o fim da picada.
Por outro lado eram, ou deveriam ser, conhecidas pelo comitê que escolheu o Brasil. Em uma dessas reportagens fala justamente do caso da Holanda que perdeu de sediar a copa por causa da legislação tributária de lá.

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re:Copa 2014
« Resposta #387 Online: 08 de Março de 2012, 23:51:41 »
Torcedor é torcedor, sempre arruma um time para torcer (lembra-se da época do Camarões?). Ainda assim, a questão central é outra: por que se deve modificar a legislação de um país apenas por causa de um evento esportivo? E não é somente a questão das bebidas nos estádios e da meia entrada.

Não sei. Não vi níveis de depredação assim de forma tão constante nas copas anteriores.

Também há a suspensão do Código de Defesa do Consumidor, proibição de venda de bebidas diferentes dos patrocinadores nas imediações do estádio (e mesmo fechamento desses locais nos dias dos jogos), mudanças na remessa de divisas e na lei de tributação e parece que até um tribunal diferenciado para estrangeiros.

NESTES casos, eram regras conhecidas anteriormente pelo Brasil quando quis sediar o evento. Se não me engano, todas as copas tiveram essa mesma regra e o Brasil criar polêmica quanto a isso é o fim da picada.

Acontece que toda lei tem que passar pelo congresso, cedo ou tarde, e não é fácil alguma coisa ser aprovada sem anos de debates e conflitos de interesses intermináveis, a FIFA deveria saber isso antes de entregar a Copa ao Brasil, agora não adianta ficar de mimimi, aqui não é a China onde o governo resolve tudo numa canetada, nem os EUA onde só existem dois partidos e os dois com interesses quase comuns, nem a Alemanha que é super organizada. Agora fica peitando o governo porque a Copa não vai sair conforme ela quer; a Copa tem que ser feita respeitando as leis do Brasil, não as leis da FIFA.
E o Brasil não sabia de todas essas exigencias antes de aceitar receber a copa? Se sabia, e deveria saber, afinal a maioria das copas tem os mesmos tipos de regras, não devia ficar de mimimi agora. Se não quer mudar nada, cancelem a copa e acaba-se o problema.

E a FIFA não sabia dos trâmites legais e da lenga-lenga para se aprovar uma lei no Brasil? Não tem santo nessa história. E eu quero mais é que a FIFA e seus comparsas se danem. Não fosse a força de divulgação de uma Copa e seu efeito positivo para a auto-estima popular, essa merda deveria ou ser extinta, ou ser tirada da mão dessa gente.

Offline Barata Tenno

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 16.283
  • Sexo: Masculino
  • Dura Lex Sed Lex !
Re:Copa 2014
« Resposta #388 Online: 08 de Março de 2012, 23:55:40 »
Que se danem a FIFA e o governo brasileiro, os dois tem culpa no cartório.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Vento Sul

  • Nível 34
  • *
  • Mensagens: 2.728
  • Sexo: Masculino
  • Os lábios são as primeiras barreiras
Re:Copa 2014
« Resposta #389 Online: 09 de Março de 2012, 00:52:40 »
Aonde vai ser a Copa mesmo? :?: :biglol:
.
.
Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
 .

Offline Lucks

  • Nível 15
  • *
  • Mensagens: 386
  • Sexo: Masculino
  • <no comments>
Re:Copa 2014
« Resposta #390 Online: 09 de Março de 2012, 01:06:08 »
Penso que o Brasil tem de resolver problemas MUITO mais complexos antes de se permitir questionar essas questões...
"Falta tudo para a copa"..."então" "vamos mudar as regras da FIFA"!??
:)

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #391 Online: 10 de Março de 2012, 19:24:09 »
[...]
Por outro lado eram, ou deveriam ser, conhecidas pelo comitê que escolheu o Brasil. Em uma dessas reportagens fala justamente do caso da Holanda que perdeu de sediar a copa por causa da legislação tributária de lá.

E voce realmente acha que a FIFA escolheu o Brasil por suas idiossincrasias?
Foto USGS

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Copa 2014
« Resposta #392 Online: 10 de Março de 2012, 19:31:27 »
[...]
E a FIFA não sabia dos trâmites legais e da lenga-lenga para se aprovar uma lei no Brasil? Não tem santo nessa história.

É óbvio que ela sabia. E ainda assim o Brasil foi escolhido porque tem muita gente ganhando dinheiro de forma aparentemente legal, tanto no Brasil como na FIFA. Há necessidade de citar nomes?


E eu quero mais é que a FIFA e seus comparsas se danem.

Concordo.


Não fosse a força de divulgação de uma Copa e seu efeito positivo para a auto-estima popular,...

Este torneio é totalmente dispensável como propaganda de um país e a auto-estima do povo, neste caso, que se f..., pois não passa de alienação.


essa merda deveria ou ser extinta, ou ser tirada da mão dessa gente.

Extinta. Apenas extinta.
Foto USGS

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Copa 2014
« Resposta #393 Online: 10 de Março de 2012, 19:32:54 »
Por outro lado eram, ou deveriam ser, conhecidas pelo comitê que escolheu o Brasil. Em uma dessas reportagens fala justamente do caso da Holanda que perdeu de sediar a copa por causa da legislação tributária de lá.

"A legislação brasileira deve ser respeitada, mas também é verdade que, quando nos apresentamos para sediar a Copa do Mundo de 2014, assumimos o compromisso de aceitar as regras aplicáveis impostas pela FIFA."
 - Pelé, sobre as discussões a respeito da legislação brasileira durante a realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014
http://pt.fifa.com/worldcup/organisation/secretarygeneralcolumn/newsid=1541051/index.html

Completo:

Citar
“A legislação brasileira, conforme votada pelo povo soberano, deve ser respeitada”, disse Pelé à agência italiana de notícias, ANSA. “Mas também é verdade que, quando nos apresentamos para sediar a Copa do Mundo de 2014 e recebemos o Mundial, assumimos o compromisso de aceitar as regras aplicáveis impostas pela FIFA, que se sobrepõem às leis nacionais dos países-sede. Portanto, não podemos agora culpar a FIFA, porque o que ela está pedindo que façamos está escrito claramente na lista de obrigações a ser cumprida pelo país escolhido para organizar a Copa do Mundo”, completou. [;quote]
« Última modificação: 10 de Março de 2012, 19:35:25 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Copa 2014
« Resposta #394 Online: 10 de Março de 2012, 20:36:48 »
Mas, a não ser que eu esteja enganado, quem apresenta a candidatura é a confederação local e não o país, visto que a FIFA tem horror a ingerência estatal no espote.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Copa 2014
« Resposta #395 Online: 10 de Março de 2012, 20:44:01 »
Mas, a não ser que eu esteja enganado, quem apresenta a candidatura é a confederação local e não o país, visto que a FIFA tem horror a ingerência estatal no espote.



Citar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (30), após o anúncio da escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, que o Brasil vai se esforçar para cumprir os requisitos para realizar a competição. "O Brasil saberá orgulhosamente fazer sua lição de casa, realizar Copa do Mundo para argentino nenhum botar defeito", brincou o presidente.

[...]

Uma comitiva de 12 governadores, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), acompanha Lula no evento. São eles: Binho Marques (Acre), Eduardo Braga (Amazonas), Jaques Wagner (Bahia), Cid Gomes (Ceará), José Roberto Arruda (Distrito Federal), Alcides Rodrigues (Goiás), Blairo Maggi (Mato Grosso), Aécio Neves (Minas Gerais), Ana Júlia Carepa (Pará), Eduardo Campos (Pernambuco), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e José Serra (São Paulo).

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL163350-5601,00-BRASIL+FARA+LICAO+DE+CASA+DIZ+LULA+SOBRE+COPA+DE.html

Horror a esse tipo de ingerência? :|
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Copa 2014
« Resposta #396 Online: 10 de Março de 2012, 20:52:46 »
Mas, a não ser que eu esteja enganado, quem apresenta a candidatura é a confederação local e não o país, visto que a FIFA tem horror a ingerência estatal no espote.



Citar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (30), após o anúncio da escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, que o Brasil vai se esforçar para cumprir os requisitos para realizar a competição. "O Brasil saberá orgulhosamente fazer sua lição de casa, realizar Copa do Mundo para argentino nenhum botar defeito", brincou o presidente.

[...]

Uma comitiva de 12 governadores, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), acompanha Lula no evento. São eles: Binho Marques (Acre), Eduardo Braga (Amazonas), Jaques Wagner (Bahia), Cid Gomes (Ceará), José Roberto Arruda (Distrito Federal), Alcides Rodrigues (Goiás), Blairo Maggi (Mato Grosso), Aécio Neves (Minas Gerais), Ana Júlia Carepa (Pará), Eduardo Campos (Pernambuco), Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e José Serra (São Paulo).

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL163350-5601,00-BRASIL+FARA+LICAO+DE+CASA+DIZ+LULA+SOBRE+COPA+DE.html

Horror a esse tipo de ingerência? :|
Sim. Veja só que essa notícia se deu após a escolha do país como sede. Em alguns outros países onde o governo local quis investigar a federação de futebol por corrupção a FIFA estrilou e inclusive ameaçou com expulsão de competições internacionais.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:Copa 2014
« Resposta #397 Online: 10 de Março de 2012, 21:11:42 »
Mas Lula, Obama e outros líderes discursaram pela Copa em seus respectivos países e no caso específico do Brasil, a presença de Lula pesou como um aval para garantir que as coisas seriam exatamente como combinadas. Não dá pra negar o peso político do Presidente do país quando pede em meio a lágrimas por um evento.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Copa 2014
« Resposta #398 Online: 13 de Março de 2012, 14:30:07 »
Manaus receberá R$ 6 bi para Copa, mas times amazonenses minguam sem dinheiro

Uma das sedes da Copa, Manaus sofre com times amadores, sem estádios e com federação omissa

O programa da ESPN Histórias do Esporte acompanha o que está acontecendo nas sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Uma das cidades que receberá os jogos do Mundial, Manaus sofre com um futebol que mingua um pouco mais a cada dia.

A situação na sede amazonense é paradoxal: de um lado, um futebol com técnicos e jogadores que lutam pela sua sobrevivência esportiva, e do outro, investimentos monstruosos para mostrar o Amazonas ao mundo durante o evento. Dos R$ 6 bilhões que o governo prevê investir em Manaus inicialmente, nenhum centavo irá para os times da região.

O único estádio de grande capacidade que o estado tinha foi derrubado para dar lugar a Arena da Amazônia, mais um provável 'elefante branco'. Enquanto as obras não forem finalizadas, os pequenos times seguem sem estádio, apenas com pequenos campos para jogarem.

"É inadmissível termos essas ditaduras no esporte do Brasil. É inadmissível uma federação da qual a gente não vê prestação de contas, organização interna, tudo é arcaico. Ninguém sabe de nada", protestou Cláudio Nobre, vice-presidente do Fast Ulbra, clube amazonense.

Entretanto, o governador do Amazonas, Omar Aziz, parece não ver incoerências. "Qualquer Copa do Mundo deixa um grande legado. Você vai ter financiamentos para mexer com mobilidade urbana, você vai ter uma arena multiuso, vamos ter de dois a quatro centros de treinamentos que ficam como legado para a cidade, fora o conhecimento que o Brasil e o mundo terão de Manaus", disse.

http://esportes.br.msn.com/futebol/manaus-receber%c3%a1-rdollar-6-bi-para-copa-mas-times-amazonenses-minguam-sem-dinheiro

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Copa 2014
« Resposta #399 Online: 16 de Março de 2012, 09:29:05 »
Citar
Lei Geral da Copa explicita fracasso da articulação política da presidente

A fragilidade do diálogo do governo com o Congresso e os descompassos da articulação política da presidente Dilma Rousseff ficaram ainda mais evidentes nos debates que antecederam a tentativa de votação da Lei Geral da Copa. Bastaram 12 horas para a recauchutada articulação política do Planalto entrar em curto com a base e promover um vaivém em relação à proposta de liberação de venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os jogos da Copa de 2014.

Na noite de quarta-feira, comandado pelo Palácio, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), novo líder na Câmara, bancou a decisão de que o governo vetaria a liberação de bebidas. Um comando que na manhã de ontem já se tornara letra morta e escancarou uma séria de trapalhadas que começou na Presidência e se estendeu ao Congresso.

O núcleo da confusão envolveu a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e os novos líderes, que buscam um acordo em torno do projeto de Lei Geral da Copa.

As duas ministras garantiram aos líderes da base que o governo não assumira o compromisso com a Fifa de permitir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, vetada pelo Estatuto do Torcedor. A posição destoou do que já havia sido negociado antes, quando o projeto estava na comissão especial. 'Ficamos perplexos com a nova situação', resumiu o relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP).

O novo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fechou um acordo com a base para retirar o artigo do projeto que permitia a bebida. Horas depois, uma reunião de emergência na Casa Civil reverteu a orientação. 'Só chamando neurologista, um psicólogo para entender o que aconteceu', reagiu o relator.

O ministro Aldo Rebelo confirmou o compromisso brasileiro com a Fifa. Perante o novo entendimento, o relator confirmou, ontem, que manterá no texto a permissão para a venda de bebidas. 'Foi uma trapalhada', disse, após ter ouvido a ministra Gleisi admitir que fora 'induzida' ao erro por assessores.

Fracasso. O Planalto reconheceu que não passou pelo primeiro teste de sua liderança com a questão da votação da Lei Geral da Copa. 'A Casa Civil entendeu tudo errado, achou que poderia mudar este artigo da lei e isso não é possível porque a venda de bebidas faz parte do acerto da Fifa com o Brasil', disse ao Estado um interlocutor de Dilma.

O episódio se soma ao tropeço do início da semana, quando a presidente destituiu os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), surpreendendo toda a base.

Logo cedo, Dilma mandou o erro ser imediatamente corrigido. 'Contrato é contrato, tem de ser respeitado. Não há o que negociar nisso. A venda de bebidas estava explícita e o Brasil concordou', disse outro interlocutor.

A presidente rechaçou ainda a existência de crise na base. 'Crise, que crise?', desabafou, em conversa com auxiliares, acrescentando que ela tem o direito de mudar os líderes para oxigenar a relação com o Congresso.

Ontem à tarde, Aldo, em nota, esclareceu que 'não existem nem existirão restrições legais ou proibições sobre a venda, publicidade ou distribuição de produtos das afiliadas comerciais, inclusive alimentos e bebidas, nos estádios'. Nesse vaivém, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), admitiu a dificuldade de liquidar a votação do projeto na próxima semana.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/lei-geral-da-copa-explicita-fracasso-da-articula%c3%a7%c3%a3o-pol%c3%adtica-da-presidente-1
Citar
Sul-africana questiona 'legado social' deixado por megaeventos esportivos

Eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada devem ser encarados com mais realismo e menores expectativas. A opinião é da consultora sul-africana Liepollo Pheko, que ainda questiona a ideia do 'legado social' deixado às cidades-sedes.

Diretora de uma consultoria de desenvolvimento social em Joannesburgo, Four Rivers, Liepollo é cética quanto à herança deixada pela Copa de 2010 em seu país.

Segundo ela, grande parte dos empregos gerados foram extintos após o Mundial e a infraestrutura de transporte construída para o evento hoje não atendem bem a população. Ela citou como exemplo o BRT, espécie de metrô sobre rodas que está sendo adotado no Rio.

'Estamos vendo uma repetição. As expectativas são muito altas, evento após evento. Mas temos sempre que olhar para os números por trás do entusiasmo', afirma Liepollo.

A consultora lembra que os altos investimentos na Olimpíada de Atenas, em 2004, podem ter contribuído para colocar a Grécia 'no buraco em que está agora'.

Voz dissonante

Liepollo participou de um debate sobre os benefícios sociais gerados por megaeventos esportivos, na 2a Conferência Internacional de Segurança em Esporte, em Doha, promovida pelo Centro Internacional de Segurança no Esporte (ICSS).

Ela estava ao lado do Secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, e de três debatedores que ressaltavam o potencial desses eventos para gerar benefícios sociais para a população.

A sul-africana foi uma voz dissonante ao questionar os benefícios gerados na África do Sul. Segundo ela, as altas cifras anunciadas como dinheiro gerado pela Copa de 2010 foram em grande parte consumidas na organização do evento.

'Deveríamos ter olhado mais para uma análise custo-benefício', afirma Liepollo, defendendo que as populações avaliem se querem gastar tantos tributos com megaeventos ou se preferem alocá-los de outras maneiras.

Ela defendeu que os países que se propõem a sediar tais eventos façam uma avaliação de impacto criteriosa para saber se de fato têm condições de levar o projeto adiante.

'Olhando para trás, talvez se a Grécia soubesse da situação em que estaria hoje, talvez preferissse adiar a realização do evento', argumentou.

Segurança no Rio

Liepollo não fez críticas ao evento em si, elogiando o clima na África do Sul durante a Copa do Mundo, quando as coisas ficaram 'cor de rosa' e os problemas melhoraram, inclusive a segurança.

'Mas estamos mais preocupados com a segurança dos visitantes do que com a nossa própria?', questionou.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, contestou a sul-africana e afirmou que os benefícios já estão sendo sentidos no Rio. 'O legado não tem que começar depois, o legado tem que continuar antes', disse.

Ele apresentou brevemente à plateia internacional do evento o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, iniciado no Rio em 2008.

Através dos megaeventos 2014 e 2016, afirmou, o Rio estabeleceu uma política de segurança pública clara, algo que não existia.

O secretário afirmou que com as UPPs o Estado 'retomou' áreas de favelas que estavam ligadas ao tráfico de drogas, e que a presença da polícia está possibilitando a entrada de serviços que vem reintegrando esses espaços à cidade.

Incisivo, o moderador do debate cobrou do secretário garantias sobre a continuidade do programa após a Olimpíada de 2016.

'Como o senhor vai garantir que essa mudança de longo prazo quando os holofotes não estiverem mais sob o Rio e a vontade política talvez não esteja mais lá', quis saber Tim Sebastian, ex-apresentador da BBC.

Beltrame afirmou que a continuidade está garantida porque a 'sociedade já tomou para si' o projeto e não vai mais admitir voltar atrás; porque o estabelecimento do projeto virou lei; e porque o orçamento está pronto para a execução do projeto até a sua conclusão, em 2014.

http://noticias.br.msn.com/mundo/sul-africana-questiona-legado-social-deixado-por-megaeventos-esportivos-1
Citar
Anfitriões de Copas passadas relembram atritos na relação com a Fifa

As recentes desavenças entre a Fifa e o governo brasileiro sobre a Copa do Mundo de 2014 têm provocado polêmica, mas os atritos com a entidade que regula o futebol também fizeram parte da relação com os organizadores de Mundiais passados.

Tanto a África do Sul, sede da Copa de 2010, como a Alemanha, que organizou o Mundial em 2006, tiveram problemas com a Fifa em algumas das mesmas questões que vêm sendo temas de divergência no Brasil.

Em entrevista à BBC Brasil, especialistas e ex-membros dos Comitês Organizadores Locais (COL) das duas últimas Copas apontam que, embora tenha havido concessões - mais do lado dos ex-anfitriões do que da entidade sediada em Zurique - a solução para driblar os confrontos é o consenso.

A crise entre o governo brasileiro e a Fifa ganhou destaque no início do mês, quando o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, disse que o os organizadores deveriam levar um 'chute no traseiro' para agilizar as obras necessárias e a aprovação da Lei Geral da Copa, e questionou o motivo de as coisas 'não estarem andando'.

O comentário foi mal recebido pelo Ministério do Esporte, que chegou a rejeitá-lo como interlocutor, mas após um pedido de desculpas o episódio se dissipou.

Para tentar retomar as relações e acelerar a organização do Mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, se reúne nesta sexta-feira, ao lado de Pelé, com a presidente Dilma Rousseff.

A visita ocorre um dia após o Congresso ter mais uma vez adiado a votação da Lei Geral da Copa e pouco mais de uma semana após renúncia de Ricardo Teixeira do comando da CBF e do COL.

Cerveja

A venda de bebidas nos estádios, que agora é motivo de disputa e confusão no Congresso brasileiro, também criou divergências comerciais e de preferência tanto na Alemanha como na África do Sul.

'Sempre foi possível comprar cerveja nos estádios sul-africanos. O problema é que os parceiros da Fifa bateram de frente com os patrocinadores locais', diz o jornalista Peter Stemmet, da emissora sul-africana ETV News, que cobriu os jogos.

Ele afirma que, no país, as marcas dão nome aos estádios. 'O Soccer City na verdade chama-se FNB Stadium. Ellis Park é o Coca-Cola Park, e o Free State Stadium, na realidade, é o Vodacom Park. Nossos estádios tiveram que mudar de nome por exigência da Fifa.'

'Além disso, entre os torcedores houve insatisfação quando descobriram que a única cerveja disponível nos estádios seria americana. As cervejas sul-africanas são muito boas', avalia.

No país da cerveja, o lobby dos fabricantes foi mais eficiente. Por iniciativa do Parlamento do Estado da Baviera, no sul do país, a Alemanha acabou firmando um acordo com a Fifa: 40% da cerveja vendida nos estádios foi alemã, mas servida em copos transparentes para que sua marca não ficasse visível.

Consenso e 'conto de fadas'

Primeiro vice-presidente do COL alemão e braço gerencial de Franz Beckenbauer na chefia da organização da Copa de 2006, Horst Schmidt diz que não houve uma Lei Geral da Copa na Alemanha.

Embora a Fifa inicialmente tenha cobrado o país a respeito, o governo alemão entendeu que não havia a necessidade de criar novas leis e que a legislação existente já cobria os compromissos assumidos.

Já a África do Sul aprovou a sua rapidamente, cinco anos antes do evento. De acordo com Schmidt, que hoje em dia é consultor do subcomitê de ingressos da Fifa, a legislação sul-africana da época tornava essencial a criação de uma lei geral para o Mundial.

Ao recordar a experiência com os preparativos para a Copa de 2006, o gerente do COL alemão afirma que há margem de negociação com a Fifa, mas somente por meio de acordos.

'Não dá para chegar para a Fifa e dizer 'não vamos fazer isso'. Ambos os lados têm que concordar', disse Schmidt à BBC Brasil em Doha, onde participou da 2ª Conferência Internacional em Segurança no Esporte.

Jens Grittner, atual diretor de comunicações da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) e ex-membro da diretoria de mídia do COL em 2006, diz que a preparação de uma Copa é desafiadora e que os alemães também foram alvo de pressão da Fifa, embora em um contexto diferente do Brasil.

'Dois anos antes da Copa do Mundo de 2006, também enfrentamos duras críticas. Por exemplo, a construção do estádio de Frankfurt só foi finalizada pouco antes da Copa das Confederações, em 2005. Mesmo assim, ninguém se lembra disso. O que fica é a ideia do 'conto de fadas' do verão do ano seguinte', diz.

'Dona da Copa'

No caso da África do Sul, o ex-diretor de comunicações do COL 2010, Rich Mkhondo, diz que a Fifa também pressionou os organizadores locais, mas agora avalia que é necessário perceber o papel da entidade em relação aos jogos.

'Os brasileiros precisam entender que a Fifa é a dona da Copa do Mundo e vai fazer as coisas do jeito que ela quer, e não do jeito que o Brasil quer. Mesmo que não concordássemos com alguns aspectos, sabíamos que eram eles que estavam tomando as principais decisões', afirmou Mkhondo à BBC Brasil.

'A Fifa não compartilha a estratégia dela com você', acrescenta o sul-africano. 'No caso do Brasil, o que importa para a Fifa é que os jogos precisam começar em junho de 2014, e eles querem os estádios e tudo o que é necessário para isso aprovado e pronto.'

Mesmo assim, ele admite que em alguns pontos foi preciso insistir. 'Quanto à venda dos ingressos, a Fifa não concordava com alterações em seu sistema, basicamente online. Eles não entendiam que a maioria dos sul-africanos não tem computador em casa. Foi um processo de educação, tivemos que explicar', relembra.

Mas se bater de frente não é o melhor caminho, ceder demais também pode causar problemas. Peter Stemmet diz que muitos em seu país criticaram a posição das autoridades sul-africanas, que teriam sido condescendentes demais com a entidade.

'Os sul-africanos achavam que nós tínhamos vendido nossa alma para a Fifa. Eles nos diziam o que fazer e nós obedecíamos sem titubear. Eu duvido que um membro do comitê da África do Sul teria tido coragem de dizer não à Fifa na época'.

Rich Mkhondo lembra que outra motivo de frustração entre a população foi a impossibilidade de atuação de ambulantes em um raio de 1 quilômetro ao redor dos estádios. 'Muitos sul-africanos acharam que iam ganhar dinheiro durante as partidas, o que não aconteceu.'

http://noticias.br.msn.com/mundo/anfitri%c3%b5es-de-copas-passadas-relembram-atritos-na-rela%c3%a7%c3%a3o-com-a-fifa

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!