Hum.. tinha de ser da globo...
Olha acho bem forçado comparar uma piada (bem infeliz) feita em um momento de descontração e intimidade com declarações públicas de ojeriza a que parcela da sociedade for ou apologia ao crime pelo estado.
Acho que policial deve combater duramente o crime, com arma em punho e atirando... o que NÃO É o que o Bolsonaro defende, que é tornar os policiais juizes e carrascos.
O estado é que vai decidir quem vive ou morre (informalmente ou não).
......
Uma piada sobre “viadinhos” não tem o mesmo peso de publicamente falar que “consertaria” o filho com porrada e tortura... imagina se não fosse filho dele?
E quem escuta... não vê um monte de gente para “consertar”?
Como já disse liberdade de expressão não exclui a responsabilidade pelo que é dito.
Concordo com ele sobre cotas, pois acho que é atestado de reconhecimento de incompetência do cotista, mas as manifestações de desprezo para uma parcela da sociedade não está de acordo com o cargo, não e para mim são ate piores do que desvio de dinheiro público pois incentiva a violência e principalmente a justifica (afinal “se levou tiro de polícia é bandido” ou estavam apenas “consertando um viadinho”... ou um indigente... ou um índio... ou outro ser inferior).
E se essa desculpa que “se tem gente que rouba eu posso fazer o que quiser” não cola para a população até estranhos os foristas aprovarem isso para quem deveria ser exemplo.
Pela amor de Odim... uma piada as escondidas tem o mesmo peso de uma defesa da tortura?
E se abertamente é declarado que o estado tortura por que o cidadão não pode fazer o mesmo com a mulher e os filhos?
Que moral os outros tem para criticá-lo?
Está apenas “consertando”.
O pior nas declarações e discursos do Bolsonaro é que deixa claro haver 2 tipos de pessoas na sociedade.
Nós e os de “segunda classe”
Uns podem ser mortos, podem ser espancados, podem ser perseguidos e “sumirem”.
E os “nós” são “eles” (os policiais, o legislativo e o judiciário) e não “nós”.
http://noticias.uol.com.br/politica/2011/04/06/neonazistas-ajudam-a-convocar-ato-civico-pro-bolsonaro-em-sao-paulo.jhtmNeonazistas ajudam a convocar "ato cívico" pró-Bolsonaro em São PauloUma manifestação de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) está sendo convocada na internet para o próximo sábado (9), às 11h, no vão do Masp, em São Paulo. O protesto, batizado de “ato cívico”, está sendo divulgado em rede sociais como o Orkut e no fórum “Stormfront.org”, administrado pelo movimento neonazista “White Pride World Wide” .
No fórum, o tópico utilizado para divulgar a manifestação foi aberto ontem e apagado hoje, mas o cache do Google que indexa as páginas apagadas registrou as mensagens.
A convocatória, publicada por um membro denominado “Erick White”, diz: “Vamos dar o nosso apoio ao único Deputado que bate de frente com esses libertinos e Comunistas!!! Será um manifesto Cívico, portanto, levem a família, esposas, filhos e amigos... (sic)”.
O autor finaliza a mensagem com os números “14/88”, simbologia nazista que faz referência a Adolfo Hitler e ao nacionalista norte-americano David Lane, defensor do mito da supremacia branca.
No Orkut, onde não há referências racistas ou nazistas explícitas, o ato foi divulgado em comunidades de apoio a Bolsonaro. São elas: “Sou fã do dep. Jair Bolsonaro”, com 4.086 membros; “Jair Bolsonaro para Presidente” (2.469 membros); “Bolsonaro é o cara” (71). Entre todas as comunidades no Orkut sobre o deputado, as três mais numerosas demonstram apoio a Bolsonaro.
Declarações
As recentes polêmicas envolvendo o parlamentar começaram com um quadro do programa humorístico “CQC” exibido no último dia 28. Nele, a cantora Preta Gil perguntou ao deputado: “se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”
A resposta, considerada racista por Preta Gil e por colegas de Bolsonaro no Congresso Nacional, foi a seguinte: “ô, Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu".
O deputado afirmou que se confundiu com a série de perguntas feitas no quadro e não se referiu aos negros em sua resposta.
Desde o episódio, Bolsonaro deu uma série de entrevistas nas quais fez criticas a homossexuais e elogios a ditadura militar.