Eu não coloquei essa opção porque o comando da operação foi culpado ao planejar de maneira irresponsável a ação, colocando os policiais numa situação onde deveriam esperar o melhor e preparar-se pro pior, e só. Assim, entendo que a culpa foi compartilhada.
Penso de modo semelhante.
Mas, a despeito do que muitos defendem, não tinha como evitar o confronto. Os policiais foram lá para expulsar os invasores. Como talvez dissesse o Cap. Nascimento

, ia dar merda de qualquer jeito.
Assim, a culpa não é compartilhada, mas toda da polícia que não se preparou adequadamente.
Ah, antes que me esqueça, votei em 3, "A culpa é compartilhada, mas a posição dos policiais é mais justificável.", já que a partir do momento em que os caras foram pra cima, creio que dificilmente se esperaria qualquer outra conduta dos policiais.
Aqui já penso de modo oposto.
Quando “os caras foram pra cima”, mesmo sem armas não-letais (será que não tinha nem “bala de borracha”?), os policiais poderiam ter optado por atirar pra cima, recuar (se se sentiam em desvantagem) ou, antes do comandante mandar a tropa pra cima (é bom lembrar que a tropa avançava), deveria ter avaliado melhor e mantido posição.
De novo, de um lado, uma tropa treinada (mesmo que fosse mal treinada, era treinada, sabia usar o armamento que possuía) e com um comandante que deveria saber um mínimo de estratégia. Do outro, uma turba sem treinamento, e mesmo de posse de umas poucas armas de fogo, com certeza com menos capacidade de agressão que a polícia.
Nessas situações, cabe ao Estado ser ponderado.
Lembro que um movimento dos sem terra invadiu o Salão Verde do Congresso. Foi uma balburdia danada. Optou-se por deixar a turba ficar lá um tempo, mas todos saíram do Salão para um ônibus que os levou pra delegacia onde ficaram, cada um dos mais de cem, devidamente fichados e os identificados como líderes foram presos.
Houve um segurança (policial legislativo) da Câmara que ficou ferido, mas não houve cenas de manifestantes apanhando ou levando tiro. Nada que eles pudessem usar para posar de vítimas. Ao contrário. O episódio pegou mal pra eles, tanto que nunca mais tentaram essa gracinha de novo.
Resumir a coisa a “de um lado bandidos que merecem porrada por desobedecerem a lei” e do outro a policiais “que devem revidar sempre que partirem pra cima deles” é deixar tudo mais simples (e simplório) do que de fato é.