Enquete

O que aconteceu em Eldorado do Carajás?  Porque?

Um massacre, sem dúvida. Atirar em manifestantes a esmo não pode ser interpretado de outra maneira.
Auto-defesa. Policias encurralados só poderiam agir dessa forma ao avanço da turba
Nem um, nem outro. Os dois lados são igualmente culpados.
A culpa é compartilhada, mas a posição dos policiais é mais justificável.
A culpa é compartilhada, mas a posição dos sem-terra é mais justificável.

Autor Tópico: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?  (Lida 20166 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #75 Online: 14 de Abril de 2011, 18:26:18 »
Você não é evoluído o suficiente para entender. Os revolucionários escrevem certo por linhas tortas.
Palavra da salvação... glória a deus, senhor. :P
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Chemistry

  • Nível 12
  • *
  • Mensagens: 245
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #76 Online: 14 de Abril de 2011, 18:52:03 »
 :histeria:
"O que me preocupa não é o grito dos maus,

é o silêncio dos bons."

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #77 Online: 14 de Abril de 2011, 21:16:21 »
Citação de: Mabumbo
Quem ataca policiais com facões, foices e armas de fogo é bandido até que se prove o contrário.
Eles todos me pareceram bem crescidinhos para já saberem disso.

Via de regra, sim. A polícia está lá, se resolverem agredir, reprime.
Mas eu não vejo o grupo em si como um grupo criminoso.
Que eles comentem crimes, é óbvio que sim.
Agora, grupo guerrilheiro... Usando uma definição qualquer de dicionário,

Quem ataca policiais que estão cumprindo ordem judicial em um Estado de Direito é criminoso sim. É previsto no Código Penal.

E se, segundo você forem "guerrilheiros", a situação é ainda pior, pois deixariam de ser criminosos "comuns" e passariam a condição de "inimigos" atacando o país. A situação fica pior ao invés de melhor.

Eu não neguei isso...
O que eu quis dizer é que se todos ali, em todas as suas ações cometerem crimes, sem dúvida que teremos um grupo criminosos. Fora isso, obviamente que não! Teríamos somente um grupo com interesses em comum. E lógicamente, em todo grupamento de pessoas, existem os que cometem e os que não cometem crimes. Neste caso, eu estava falando do conjunto MST, não daquele grupo específico. Mas se você acha que todos do MST, sem exceção, são criminosos por que você sabe que todos cometem crimes, perfeito!, eu simplesmente não sei...

Outra, eu não disse que eles são guerrilheiros, quem disse foi o Strange... Na verdade eu neguei isso. Se minha postagem anterior ficou confusa, espero que essa não tenha ficado. Certo?

Offline Titoff

  • Nível 23
  • *
  • Mensagens: 967
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #78 Online: 14 de Abril de 2011, 21:43:15 »
No caso do carajas, aquela terra não era de grilagem, ou seja, de um pobre fazendeiro que simplesmente pegou na mão grande o que não era dele?

Offline Fabrício

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.318
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #79 Online: 17 de Abril de 2011, 13:51:10 »
Votei que a culpa é compartilhada, mas a posição dos policiais é mais justificável. Claro, estou me referindo ao confronto, quando policiais mal preparados foram colocados em uma situação dificílima e tiveram uma multidão armada com foices e facões partindo para cima deles. Se depois houve execução a sangue frio, aí a culpa já é 100% da polícia.

Mas a princípio, não teria como os policiais não atirarem quando foram atacados.
"Deus prefere os ateus"

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #80 Online: 17 de Abril de 2011, 14:05:40 »
No caso do carajas, aquela terra não era de grilagem, ou seja, de um pobre fazendeiro que simplesmente pegou na mão grande o que não era dele?

Nao sei, mas acho que para a discussão é irrelevante.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #81 Online: 17 de Abril de 2011, 17:22:41 »
Por que o governo não promove uma colonização de terras estatais e da Amazônia brasileira? Não faz sentido a esquerda brasileira querer reforma agrária nas terras alheias, sendo que há vastas terras virgens para serem habitadas.

Porque seria só desmatamento e favelização rural. O movimento dos trabalhadores sem terra não é composto por trabalhadores rurais.


Citação de: Xico Graziano
[...] Portal - Em entrevista recente ao programa Jô Soares, o senhor disse que muitas famílias depois de assentadas, não ficam na propriedade, vendem, alugam ou repassam a terra. Por que isso ocorre?

Graziano: Isso ocorre, primeiro, porque muitas famílias não têm aptidão e nem cultura rural para lidar com a terra. Ou já perderam os vínculos que tinham com o campo ou nunca tiveram sequer um vínculo com a agricultura, com a terra. Para ser agricultor é necessário cultura, aptidão, não é qualquer um que pode virar agricultor. A atividade agrícola não é como essas profissões urbanas, em que as pessoas podem ser treinadas para desempenhar o trabalho. O trabalho de quem mexe com a terra é no sol, isolado, é distante, não tem sábado, não tem domingo. Então é tudo diferente. E todos esses fatores determinam uma certa cultura, uma forma de viver. Essa é a principal razão. A segunda razão é que muitas dessas pessoas assentadas são colocadas em projetos que não possuem finalidade econômica, isto é, o projeto não se destina a alguma coisa, não tem um propósito senão colocar, simplesmente, essas pessoas assentadas para ver o que acontece. Não existe começo, meio e fim; não tem a parte seguinte, a parte final, que é o mercado. Então se os assentados já não têm aptidão, não encontram mercado e não sabem como e o quê produzir, eles se sentem desarticulados de uma agroindústria ou de uma cooperativa, por exemplo. Não há uma perspectiva animadora de quem sabe vender ou exportar a produção. O que acontece, então, é que o sujeito fica lá um ou dois anos e não agüenta. Vende, abandona, aluga a propriedade. E o governo não tem como controlar esse movimento porque muita coisa já foi feita neste contexto. Só no governo Fernando Henrique foram assentadas mais de 500 mil famílias. A estrutura governamental não dá conta de cuidar disso. E também não quer muito.

http://www.fazendeiro.com.br/noticias/Entrevista_Neto.asp


Citação de: Xico Graziano
[...] O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazom), referência internacional entre as ONGs ambientalistas, mostra que os agricultores assentados pelo Incra, no Norte do país, foram responsáveis pela devastação de 106 mil quilômetros quadrados de mata nas últimas três décadas. As preocupações do Imazon são compartilhadas pela conhecida World Wildlife Foundation (WWF).


Durante a realização do 5° Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado recentemente em Foz de Iguaçu, o impacto ambiental da reforma agrária provocou intenso debate. Estudo apresentado pelo ecologista Fábio Olmos indica que a taxa de desmatamento promovida por assentamentos rurais é quatro vezes superior à média da região amazônica. Conclusão: não há floresta nativa que resista aos sem-terra.

 


O problema não está restrito à Hiléia. No Paraná, a antiga Fazenda Araupel, com 33 mil hectares de Mata Atlântica, repleta de centenárias araucárias, está agonizando nas mãos do MST. Em 18 anos de história, foi o maior desmatamento identificado pela SOS Mata Atlântica. Culpa do Incra.
 [...]




Citar

14/10/2009 às 5:55
Mal-aventurados os miseráveis de João Pedro Stedile. Porque eles não serão consolados.

<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-1-producao-na-propriedade2-480x313.png" target="_blank" class="new_win">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-1-producao-na-propriedade2-480x313.png</a>

Há quase 15 anos, fiz uma reportagem sobre o MST para a revista República e afirmei que o movimento havia se transformado no maior produtor de… IDEOLOGIA do país! Isto mesmo. O MST não produzia arroz, feijão, milho, batata ou soja. Produzia miséria e mistificação, mas resistência — ao capitalismo, bem entendido, e, portanto, à civilização. Uma década e meia depois, a realidade é rigorosamente a mesma, mas ampliada. O movimento se transformou no maior latifúndio improdutivo do país. E num poderoso multiplicador da pobreza.

Não se trata de chute, gosto ou discurso ideológico para confrontar a Teologia da Invasão. O que se tem é uma pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária. Mais uma vez, a senadora Katia Abreu (DEM-TO), que preside a entidade, faz a coisa certa. Em vez de bater boca com mistificadores; em vez de contestar o coitadismo da violência, decidiu revelar a realidade em números. E eles são estarrecedores&nbsp;&nbsp;(Clique aqui com o botão direito e salve a pesquisa Ibope na íntegra ou Clique aqui e confira o resumo)

<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-10-renda-compos-480x350.png" target="_blank" class="new_win">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-10-renda-compos-480x350.png</a>

Nada menos de 37% dos assentados não produzem rigorosamente nada. Apenas 27,7% fazem o bastante para sustentar a família e vender algum excedente. Não conseguem o suficiente nem para as bocas da casa 10,7% dos assentados, e só 24,6% dão ao menos o que comer aos seus com o que extraem da terra. Isso faz com que 49% da renda dos assentados não tenha origem na terra, sendo necessárias as mais variadas formas de complementação: Bolsa Família, seguro-desemprego, trabalho assalariado fora da propriedade etc.

Tudo mais ou menos explicado quando se constata que apenas 15% dispõem de trator. Na MSTelândia, os instrumentos de trabalho predominantes ainda são a enxada, a pá e a foice. Os padres de invasão tentam enfiar um martelo ali, mas só conseguem multiplicar a pobreza sob o signo de sua cruz vilipendiada.

<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-2-ferramentas1-480x455.png" target="_blank" class="new_win">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-2-ferramentas1-480x455.png</a>

O descontrole do governo é tal, que, a rigor, boa parte das propriedades são ilegais: 46% compraram a terra de terceiros. Ou seja: o assentado original a vendeu - e é bem provável que alguns tenham voltado a se abrigar sob os plásticos pretos de Stedile.

<a href="http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-3-propriedade-480x354.png" target="_blank" class="new_win">http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/files/2009/10/mst-3-propriedade-480x354.png</a>

Mas o governo zeloso, tão dedicado a repassar uma grana preta às entidades do MST, ao menos cuida do crédito, certo? Errado! Nada menos de 75% não têm financiamento do Pronaf; 21% têm e estão em dia, e 4%, em atraso.

E aquele estupendo trabalho de alfabetização do MST, naquela mistura ensandecida de Jesus Cristo com Mao-Tse Tung? Há trabalho infantil em 19% dos assentamentos, e 68% dos entrevistados — com mais de 18 anos sempre — são analfabetos. As condições sanitárias mostram o desastre do Brasil nesta área: 14% dos domicílios não têm banheiro ou qualquer instalação sanitária. Entre os outros 86%, 63% utilizam fossa rudimentar.

Paraíso da miséria
 Eis aí a sociedade que estes monopolistas da bondade — Stedile e seus sacerdotes da Teologia da Invasão — estão construindo. A miséria dos assentamentos e a abjeção dos acampamentos é sua matéria-prima. Quando eu contestava, no passado, certo padre aqui em São Paulo que fazia dos miseráveis o seu porta-estandarte e das crianças que moram nas ruas o seu abominável “vinde a mim os pequeninos”, acusei-o de privatizar os pobres. É isto: Stedile precisa parar de privatizar a miséria rural, de transformá-la em poesia revolucionária. Sociologia e teologia bastardas se juntam para tentar tomar o lugar de políticas públicas.

É evidente que o modelo de reforma agrária é um desastre. Aliás, o seu fracasso é um enorme sucesso, não é mesmo? Ainda ontem, falando no Congresso, Guilherme Cassel, o patético ministro do Desenvolvimento Agrário, fez a&nbsp;defesa dos “movimentos sociais” — como se alguém estivesse contra eles. Não! O que se combate é esta formidável máquina de torrar dinheiro público e produzir pobreza em que se transformou a união de MST, Teologia da Invasão e governo federal. Criem vergonha na cara, senhores! Libertem os pobres!

E por que as coisas estão nesse pé? Porque à privatização da miséria comandada por Stedile correspondeu a terceirização da reforma agrária. O governo a entregou ao MST. É ele quem decide tudo — incluindo o uso dos recursos que deveriam servir de incentivo aos assentados. Esse controle se dá por meio de cooperativas e das tais entidades de fachada. Ocorre que o propósito do movimento é invadir e não consolidar a posse da terra e a produção. Explica-se: cada assentado é, potencialmente, um invasor a menos. Segundo as leis do MST, quem obtém a posse da terra está obrigado a continuar no movimento em benefício dos companheiros acampados. É um ciclo que se auto-alimenta; não tem fim. Quando falta mão-de-obra invasora, o MST vai buscá-la na periferia das cidades médias. Há sem-terra que nunca plantou um pé de couve. Não por falta de terra. É que não saberia distinguir a verdura de um pé de língua-de-vaca (é uma planta, leitor!).

Os oito mil assentamentos no Brasil ocupam 80,6 milhões de hectares. É terra para chuchu. Abrigam 875 mil famílias. Apenas 240 deles conseguiram alguma autonomia. E, atenção!, nem assim conseguem gerar a renda necessária para os assentados.

Mas Stefile, o PT e as esquerdas de modo geral não querem mexer no modelo. Os assentados são os seus miseráveis de estimação. E, em muitos casos, o seu ganha-pão. O pão que falta àqueles que ele pretendem “libertar”! Por Reinaldo Azevedo




Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #82 Online: 17 de Abril de 2011, 21:51:49 »
Cade o Juca?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #83 Online: 17 de Abril de 2011, 22:18:00 »
Cade o Juca?

Pra que, comentar mais um post tendencioso? Ibope, CNA, Kátia Abreu. Tem até coisas que são verdadeiras, mas a distorção é evidente.

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #84 Online: 17 de Abril de 2011, 22:25:16 »
OT: Uma curiosidade minha: Juca, qual dessas opções hipotéticas você consideraria como capaz de dar o maior benefício ao Brasil:

a) Assentar imediatamente todos os sem-terra, com financiamento e infra-estrutura?
b) Dar emprego imediatamente a todos os sem-terra nas cidades, nos setores de serviços e indústria?

You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #85 Online: 17 de Abril de 2011, 22:26:38 »
Cade o Juca?

Pra que, comentar mais um post tendencioso? Ibope, CNA, Kátia Abreu. Tem até coisas que são verdadeiras, mas a distorção é evidente.

Como o quê, por exemplo?
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #86 Online: 17 de Abril de 2011, 22:33:30 »
Citar
OS CEM DIAS DE DILMA
Sem diálogo com governo Dilma, MST programa cem invasões

Publicada em 03/04/2011 às 23h16m
Silvia Amorim

 
SÃO PAULO - Com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) programa para este mês cerca de cem invasões de propriedades por todo o país. A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, popularmente apelidada de "Abril Vermelho", começou no fim de semana, tendo a Bahia como foco. No sul do estado, três fazendas foram invadidas entre sexta-feira e ontem.

Sem diálogo com o governo Dilma nesses primeiros três meses de gestão, o movimento cobra para este mês a abertura de negociações.

- Já fizemos pedido de reunião com a presidente, mas não houve nenhuma resposta. Esperamos ser recebidos, ao menos, por ministros agora - afirma um dos integrantes da direção nacional do MST, Gilmar Mauro.

Além de invasões de terra, o MST promete para abril ocupações e protestos em órgãos públicos e marchas de trabalhadores em alguns estados. As ações estão sendo articuladas pelas coordenações regionais da entidade.

- Desde o fim da eleição, o tema reforma agrária sumiu da pauta, e precisamos que ele seja retomado. Garantimos que a pressão social vai aumentar- afirmou Mauro.

O auge do "Abril Vermelho" está previsto para o dia 17, quando o massacre de sem-terra de Eldorado dos Carajás (PA) completa 15 anos. O episódio entrou para a História como um dos mais sangrentos embates pela posse de terra no país. Dezoito sem-terra foram assassinados por policiais no confronto.

Leia a reportagem completa no GLOBO Digital (somente para assinantes)


http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/04/03/sem-dialogo-com-governo-dilma-mst-programa-cem-invasoes-924147854.asp

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #87 Online: 17 de Abril de 2011, 23:03:14 »
OT: Uma curiosidade minha: Juca, qual dessas opções hipotéticas você consideraria como capaz de dar o maior benefício ao Brasil:

a) Assentar imediatamente todos os sem-terra, com financiamento e infra-estrutura?
b) Dar emprego imediatamente a todos os sem-terra nas cidades, nos setores de serviços e indústria?



São perguntas simples para uma questão que envolve questões mais complicadas. A primeira questão que teríamos que resolver é a questão da grilagem e das terras devolutas, que são onde estão os verdadeiros invasores de terras no Brasil ( que estão escorados na CNA da senadora Kátia Abreu). Mas isso só viria com um sistema judiciário competente e totalmente reformado e reformulado. A segunda seria promover uma distribuição dessas terras de forma criteriosa e de modo a que a produção fosse comercialmente viável, via Cooperativas e assistência técnica e profissional ( Isso e´perfeitamente aplicável e muito rentável, exemplos nós temos). A terceira seria promover o fim da ideologia e promover o pragmatismo do desenvolvimento e da distribuição de riquezas que beneficiaria todas as pessoas do Brasil, com exceção dos megagrileiros e dos líderes socialistas dos sem-terra. Mais ou menos assim, talvez não numa ordem definida mas sim com um todo.

Mas falando da realidade, continuaremos por anos a fio, talvez décadas, convivendo de forma ideologizada com a questão da reforma agrária. Não existe uma solução rápida, e aos poucos e resolvendo os conflitos a conta-gotas, vai demorar muito para que a realidade da concentração medieval de terras no Brasil mude para algo um pouco mais satisfatório, se continuarmos assim.

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #88 Online: 17 de Abril de 2011, 23:24:19 »
A questão dos grileiros é uma questão de justiça nao dos sem terra. Há tempos todos nós sabemos que os assentamentos não dão em nada, isso é uma questão para os sem terra resolverem.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #89 Online: 17 de Abril de 2011, 23:45:32 »
A questão dos grileiros é uma questão de justiça nao dos sem terra. Há tempos todos nós sabemos que os assentamentos não dão em nada, isso é uma questão para os sem terra resolverem.

Sabemos de assentamentos que não dão em nada e sabemos de assentamentos que deram muito certo. E ideologia a parte, são os sem-terra que trazem o debate para mesa, seja por via certa ou tortas, da maior concentração latifundiária do mundo e das super-mega-fazendas em terras devolutas. O judiciário sempre foi omisso nessa questão. 

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #90 Online: 17 de Abril de 2011, 23:51:48 »
Qual a porcentagem de assentamentos que dão em algo?

Na verdade os sem terra prestamum deserviço a causa ao associar a solução de uma questao criminal ao fim do capitalismo e do estado de direito, o que consequentemente gera animosidade contra os sem terra e deixando o assunto, como deveria ser tratado, em segundo plano. 

A causa e a estrutura dos sem terra é uma tosqueira pura.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #91 Online: 17 de Abril de 2011, 23:57:33 »
Vou dar pesquisada, embora eu é quem deveria estar pedindo para você que fez a afirmação primeiro. E opinião pessoal não corroba os fatos, já deveria saber.

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #92 Online: 18 de Abril de 2011, 00:01:32 »
Tem os números postados pelo buck.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne


Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #94 Online: 20 de Abril de 2011, 00:40:58 »
Eu tava pensando numa situação hipotética em que os fazendeiros de uma determinada região se juntassem para criar um grupo armado que seria usado em caso de invasão de uma propriedade do grupo. Se consideram o MST legítimo, por que não?

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #95 Online: 20 de Abril de 2011, 00:53:13 »
Por que já não consideram legítimo ter seguranças armados para começar.

O que tinham que fazer é um MST de fachada que invade antes, mas sem causar problema :D

Offline Titoff

  • Nível 23
  • *
  • Mensagens: 967
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #96 Online: 20 de Abril de 2011, 08:51:28 »
Eu tava pensando numa situação hipotética em que os fazendeiros de uma determinada região se juntassem para criar um grupo armado que seria usado em caso de invasão de uma propriedade do grupo. Se consideram o MST legítimo, por que não?

Acho q isso sempre tiveram. Usam até quando a terra nem deles é (grilagem).

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #97 Online: 20 de Abril de 2011, 09:51:31 »
Eu tava pensando numa situação hipotética em que os fazendeiros de uma determinada região se juntassem para criar um grupo armado que seria usado em caso de invasão de uma propriedade do grupo. Se consideram o MST legítimo, por que não?

Acho q isso sempre tiveram. Usam até quando a terra nem deles é (grilagem).

É, faltou originalidade...

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #98 Online: 22 de Abril de 2011, 21:51:22 »
Qual é a diferença entre os grileiros e hipotéticos sem-terra que tivessem feito uma ocupação/assentamento em latifúndios públicos e prosperado?

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Eldorado de Carajás: Massacre ou auto-defesa?
« Resposta #99 Online: 22 de Abril de 2011, 22:01:43 »
Grileiros não falam palavras de ordem socialistas e portanto não conseguem apoio dos esquerdalóides
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!