A propósito, RobertoSaf, se o comércio com os EUA e demais países ricos é uma espécie de "suicídio econômico" como você coloca, porque os países que exportam commodities (como o Brasil) fazem uma grita danada contra as barreiras de importação a suas commodities impostas pelos países ricos?!
Porque Cuba reclama do embargo econômico, já que fazer comércio com países capitalistas ricos é suicídio econômico?!
Se fazer comércio com países pobres é um negócio da china, porque os países ricos ficam criando barreiras contra importação de produtos agrícolas e outras commodites?
O deficit comercial americano é alto porque quase nada é fabricado nos EUA,as multinacionais americanas preferem instalar suas fábricas em paises de terceiro mundo,aonde a mão de obra é barata,os impostos são baixos e quase não existem direitos trabalhistas.
O que é ruim para os trabalhadores americanos, pois perdem esses empregos para seus concorrentes mais "competitivos" dos países pobres.
A única parte da renda das multinacionais que pode voltar para a economia americana são os lucros. Lucros dificilmente ultrapassam 10 ou 20% do total de renda gerada pela atividade da empresa. O restante fica com os trabalhadores e fornecedores, que em sua maioria são do país onde a empresa está instalada.
E os trabalhadores americanos (e europeus) perderiam ainda mais se não fossem as barreiras de importação contra as commodities e outros produtos agropecuários dos países mais pobres.
A Intel,por exemplo,fabrica seus chips na Costa Rica e depois os exporta para os EUA.Isso faz com que os Estados Unidos tenham aparentemente um saldo comercial negativo, mas na verdade o lucro gerado com a venda dos chips não fica na Costa Rica;ele volta pros EUA.
Como dito acima, o lucro de uma atividade raramente é maior do que 10 a 20% do total de renda que a atividade gera para os seus envolvidos. Mesmo se a Intel remetesse todo o lucro para ser gasto nos EUA, ainda sobraria 80% da renda nas mãos dos demais envolvidos na atividade da empresa que recebem remuneração ou pagamentos (trabalhadores e fornecedores, sejam diretos ou indiretos).