Vou fazer um resumo:
Em todos os países em que aumentaram a tolerância a drogas, criaram espaços para uso, etc...houve uma explosão de crimes relacionados a drogas, aumento no número de viciados, continuou existindo tráfico e lavagem de dinheiro que está sempre relacionado...
E estão voltando atrás.
Então os argumentos de que diminuiriam o tráfico, a violência e tal, não funcionaram no mundo real onde já foi tentado, por sinal em países onde o nível cultural é muito mais alto que o do brasileiro.
Imagine então se liberarem o uso de maconha aqui onde pivete de sexta série nem sabe escrever o próprio nome.
É? Bem, não sei onde. Nos estados dos EUA tem tido bens resultados, a Suíça depois de equilibrar e repensar o sistema também tem bons resultados, Portugal que só descriminalizou conseguiu diminuir os índices negativos, Holanda, apesar de produção ainda ser marginalizada, o consumo é menor que os países que arrocham mais... Não sei que lugares são esses q vc cita.
O que foi tentado no mundo real é a proibição e não funciona. Criou danos piores, que nem existiam, no mundo inteiro onde foi implementada.
Pois é, eu também não conheço essa história de lugares onde aumentou a tolerância e ocorreram efeitos negativos. Na Espanha também não teve impacto negativo. A república tcheca também legalizou, mas é recente.
Números de Portugal
5 anos depois
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=portugal-drug-decriminalization
10 anos depois
http://www.comunidadesegura.org/files/greenwald_whitepaper_Portugal2.pdf
Arcanjo, se você puder exemplificar onde e mostrar alguma fonte com números...
http://www.joaodefreitas.com.br/experiencia-fracassada.htmLIBERAÇÃO DE DROGAS JÁ É EXPERIÊNCIA FRACASSADA -- 22/12/2003
Quando se fala em liberação de drogas hoje proibidas, devia-se pensar em experiência anterior que fracassou, antes de argumentar que traria resultado positivo.
“O primeiro supermercado de drogas a céu aberto durou quase seis anos. Em 1991, a prefeitura de Zurique, na Suíça, transformou a estação de trens desativada de Letten em "território livre" para o consumo de heroína e cocaína. O lugar logo se tornou conhecido como Parque das Agulhas. Diariamente, centenas de pessoas iam até lá para conseguir a droga e se picar. Nos fins de semana, o número de freqüentadores chegava a 5 000. As seringas eram distribuídas pela própria prefeitura, preocupada com a disseminação do vírus da Aids. Os policiais vistoriavam o centro três vezes por dia, mas não conseguiam inibir o tráfico. Em 1995, a área foi fechada. A experiência havia fracassado. A idéia de liberar as drogas para controlar seu uso resultou no aumento do consumo e da criminalidade. Sobraram as imagens chocantes de gente injetando heroína nos braços, pernas, mãos, axilas e pescoço, em meio a seringas usadas, chumaços de algodão, sangue e excrementos” (Superinteressante Especial de setembro/1998, pág. 40).
Se na Suíça a liberação das drogas deu errado, aqui daria certo? Diz-se que "contra fatos não há argumento". E, nesse caso, tem havido muitos argumentos, mas prefiro acreditar nos fatos.
Pode achar outras fontes se não acredita nessa.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3364828-EI6580,00-Em+referendo+Suica+rejeita+uso+livre+da+maconha.htmlEm referendo, Suíça rejeita uso livre da maconha
Wálter Fanganiello Maierovitch
Especial para Terra Magazine
Nos 26 cantões (estados) da Confederação Helvética, ontem (domingo), realizou-se um referendo onde foram colocadas aos suíços duas questões: 1. Nenhuma sanção, penalização, àquele que, para uso próprio, compra, cultiva e consome erva canábica. 2. Revogação da lei que contempla distribuição controlada de heroína a toxicodependentes e permite o uso de erva canábica para fins terapêuticos, medicinais.
O mencionado referendo resultou de proposta, acompanhada por 600 mil assinaturas, nascida nos denominados cantões suíços germânicos.
» Opine aqui sobre a liberação da maconha
Segundo dados oficiais, 63,2% dos consultados reprovaram a primeira questão, relativa ao não sancionamento do uso, posse e cultivo da erva canábica, para uso pessoal, lúdico-recreativo.
Os conservadores fizeram forte campanha para reprovar aberturas e endurecer a legislação.
Quanto a liberar cannabis, os suíços foram bombardeados de informações a respeito de passada e falida política liberal sobre locais abertos para consumo (parques das cidades). Os parques, até a revogação da norma de autorização, foram ocupados por imigrantes de várias partes da Europa, que de lá não saíam. Em áreas vizinhas aos parques, traficantes negociavam a droga que seria consumida nos chamados locais abertos.
Nada de seguir o exemplo holandês, como alertavam os conservadores, a ensejar futura abertura de coffeeshop no modelo holandês, ou seja, para venda e consumo de erva canábica a maiores de 18 anos e no próprio estabelecimento comercial.
Sempre consoante lembravam os conservadores, no italiano Ticino, no início de 2000, a abertura de lojas para venda de produtos canábicos. Sabonetes, sacolas de fibra de cânhamo e sachês aromatizantes inundaram o Cantão de incômodos turistas. Estes, a procura do sachê de cannabis, cujo conteúdo acabava por virar cigarro de maconha.
Os liberais e os filiados aos verdes insistiram no discurso de que a liberação seria uma boa medida para se combater a criminalidade organizada, que controla o mercado ilegal. Mais, a manutenção da proibição não inibiria o consumo clandestino e as redes criminais continuariam a se expandir.
Quando ao quesito referendário a respeito da revogação da lei, os suíços mantiveram a aprovação da distribução, por programas e aos necessitados, de heroína ou da metadona, esta droga alternativa para controlar as crises de abstinência.
Com isso, ficou mantida a chamada política dos quatro pilares: (1) prevenção, (2) terapia, (3) redução de danos e (4) repressão policial.PANO RÁPIDO. O resultado do referendo, com relação à disputa entre conservadores e progressistas, acabou empatado. Assim, não haverá liberação para o consumo e permanecerão ativos os programas, com possibilidade de ampliação, (1) de distribuição de heroína ou metadona aos dependentes químicos sujeitos a crises de abstinência e (2) de permissão, para fins terapêuticos, de uso de cannabis, quando não se consegue resultado por meio dos tratamentos convencionais.