Bem, eu não vejo assim. Sempre pensei em arquitetura como algo que tem que ser primeiramente funcional. Melhoras estéticas são bem vindas, mas secundárias e, em muitos casos (não sempre, pode ser parte da função do ambiente), dispensáveis.
E é mais ou menos isso a "realidade" mesmo. Edificações são geralmente erguidas não como esculturas que se aproveita o espaço interno colateralmente, mas como espaços funcionais que, secundariamente são tão esteticamente agradáveis quanto puderem ser, dentro das restrições de verba e capacidade dos arquitetos e engenheiros em conciliarem as coisas.
Exageros com comprometimento da função, ou aumentos de custo, podem não ser considerados problemas se os mecenas assim enxergarem, mas ainda é questionável o mérito. Com verba liberada e carta branca, pode-se fazer qualquer extravagância que se imaginar, e tem-se maiores chances de chamar a atenção de juízes de concursos, e de figurar nos primeiros lugares em listas de blogs como "os 20 prédios mais malucos do mundo".