Autor Tópico: Fim da ocupação na USP  (Lida 27512 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #100 Online: 09 de Novembro de 2011, 21:55:50 »
Alguém já leu isso?

Não, porque não tenho conta no Facebook.
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Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #101 Online: 09 de Novembro de 2011, 22:10:44 »

Offline Diegojaf

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #102 Online: 09 de Novembro de 2011, 22:11:47 »
Alguém já leu isso?

Sim, mas não acho que cole pelas seguintes razões...

- A discussão pelas reformas na segurança estava em andamento? Sim? Não? Em qual pé?

- O convênio com a PM se destinava a reforçar a segurança do campus, não entregar tudo nos braços da PM sem uma contrapartida da USP. Houve essa contrapartida? Investimentos foram feitos? Porque os alunos não se manifestaram antes?

- Ele diz: "No mais, suas decisões são contrárias à autonomia administrativa que é direito de toda universidade. Depois de declarar-se a favor da privatização da universidade pública, suspendeu salários em ocasiões de greve, anunciou a demissão em massa de 270 funcionários e, principalmente, moveu processos contra alunos e funcionários envolvidos em protestos políticos."

Até onde se é dito, estes submetidos a processos administrativos são aqueles que participaram de depredação de patrimônio. Não foram manifestações pacíficas como todo mundo bem se lembra. Além disso, o próprio Lula já disse: "Receber salário estando de greve é a mesma coisa que tirar férias".

- Também diz: "Ao contrário, iniciou um policiamento ostensivo, relugarmente enquadrando alunos, mesmo das unidades nas quais mais estudantes apoiam sua presence, como Poli e FEA."

Oras. E o fato da polícia "enquadrar" mesmo aqueles que a apoiam não demonstra imparcialidade e seriedade nas ações? Se eles enquadrassem somente quem faz oposição, aí sim teríamos problemas. Além disso, a polícia não deve dar tratamento especial a estudantes na USP só porque são estudantes. Crime é crime e deve ser combatido.

Outra ressalva, o gráfico mostra a queda do número de ocorrências a partir de 2009, quando o próprio autor do texto diz que a polícia intensificou o policiamento.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Diegojaf

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #103 Online: 09 de Novembro de 2011, 22:17:32 »
E isso?

Essa é pior ainda. Ela diz que só falou com 4 estudantes e que os outros não queriam conversar com ela. Então, se por que mostrariam a ela as bombas caseiras? Além disso, ela mesma afirma que ficou na frente da reitoria, não tendo entrado no prédio. Como diz que não viu nenhuma depredação?

Outra: Ela fala sobre a "covardia" da PM de ter colocado 400 contra 70. Filhota, polícia trabalha (ou deveria trabalhar) sempre com supremacia de força. A vida não é justa e nós não queremos morrer no exercício de nosso trabalho. Colocar 30 policiais ali pra combater uma turba não identificada e em posse de coquetéis molotov só iria deixar os ânimos ainda mais exaltados e os estudantes, que neste caso já estavam desrespeitando uma ordem judicial, confiantes de que poderiam ir pra cima. A supremacia absoluta e a demonstração de superioridade de força com certeza acabou com qualquer intenção de resistência e com isso, evitou-se violência desnecessária.

Fora isso, nota-se que ela usa um tom bem poético de que ali só havia paz e algodão doce. Bem parcial de qualquer forma.
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Offline Luiz Otávio

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #104 Online: 09 de Novembro de 2011, 22:21:11 »
Postarei aqui para que você possa ler, Geo.

Citar
Somos alunos da ECA-USP e visto a falta de imparcialidade da mídia com referência aos últimos acontecimentos ocorridos dentro da Universidade de São Paulo, cremos ser importante divulgar o cenário real do que realmente se passa na USP. Alguns fatos importantes que gostaríamos de mostrar:

- O incidente do dia 27/10/11, quando 3 alunos foram pegos portando maconha, NÃO foi o ponto de partida das reivindicações estudantis. Aquele foi o estopim para insatisfações já existentes.

- Portanto, gostaíamos de explicitar que a legalização da maconha, seja dentro da Cidade Universitária ou em qualquer espaço público, não é uma reivindicação estudantil. Alguns grupos até estão discutindo essa questão, mas ela NÃO entra na pauta de discussões que estamos tendo na USP.

- Os alunos da USP NÃO são uma unidade. Dentro da Universidade há diversas unidades (FFLCH, FEA, Poli, etc.) e, dentro de cada unidade, grupos com diferentes opiniões. Por isso não se deve generalizar atitudes de minorias para uma universidade inteira. O que estamos fazendo, isso no geral, é sim discutir a situação atual em que se encontra a Universidade.

- O Movimento Estudantil, responsável pelos eventos recentes, NÃO é uma organização e tampouco possui membros fixos. Cada ação é deliberada em assembleia por alunos cuja presença é facultativa. O que há é uma liderança desse movimento, composta principalmente por membros do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e dos CAs (Centros Acadêmicos) de cada unidade. Alguns são ligados a partidos políticos, outros não.

- Portanto, os meios pelos quais o Movimento Estudantil se mostra (invasões, pixações, etc.) não são decisão de maiorias e, portanto, são passíveis de reprovação. Seus fins (ou seja, os pontos reais que são discutidos), no entanto, têm adesão muito maior, com 3000 alunos na assembleia do dia 08/11.

- Apesar de reprovar os meio usados pelo Movimento Estudantil (invasões, depredação), não podemos desligitimar as reivindicações feitas por esses 3000 alunos. Os fatos não podem ser resumidos a uma atitude de uma parcela muito pequena dos universitários.

Sabendo do que esse movimento NÃO se trata, seguem suas reinvidicações: 

DISCUSSÃO DO CONVÊNIO PM-USP / MODELOS DE SEGURANÇA NA USP

A reivindicação estudantil não é: PM FORA DO CAMPUS, mas antes SEGURANÇA DENTRO DO CAMPUS. Os estudantes crêem na relação dessas reivindicações por três motivos:

A PM não é o melhor instrumento para aumentar a segurança, pois a falta de segurança da Cidade Universitária se deve, entre outros fatores, a um planejamento urbanístico antiquado, gerando grandes vazios. Iluminação apropriada, política preventiva de segurança e abertura do campus à populacão (gerando maior circulação de pessoas) seriam mais efeitas. Mas, acima de tudo...

A Guarda Universitária deve ser responsável pela segurança da universidade. Essa guarda já existe, mas está completamente sucateada. Falta contingente, treinamento, equipamento e uma legislação amparando sua atuação. Seria muito mais razoável aprimorá-la a permitir a PM no campus, principalmente porque...

A PM é instrumento de poder do Estado de São Paulo sobre a USP, que é uma autarquia e, como tal, deveria ter autonomia administrativa. O conceito de Universidade pressupõe a supremacia da ciência, sem submissão a interesses políticos e econômicos. A eleição indireta para reitor, com seleção pessoal por parte do governador do Estado, ilustra essa submissão. O atual reitor João Grandino Rodas, por exemplo, era homem forte do governo Serra antes de assumir o cargo.

POSTURA MAIS TRANSPARENTE DO REITOR RODAS / FIM DA PERSEGUIÇÃO AOS ALUNOS

Antes de tudo, independentemente de questões ideológicas, Rodas está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo por corrupção, sob acusação de envolvimento em escândalos como nomeação a cargos públicos sem concurso (inclusive do filho de Suely Vilela, reitora anterior a Rodas), criação de cargos de Pró-Reitor Adjunto sem previsão orçamentária e autorização legal, e outros.

No mais, suas decisões são contrárias à autonomia administrativa que é direito de toda universidade. Depois de declarar-se a favor da privatização da universidade pública, suspendeu salários em ocasiões de greve, anunciou a demissão em massa de 270 funcionários e, principalmente, moveu processos contra alunos e funcionários envolvidos em protestos políticos.

Rodas, em suma: foi eleito indiretamente, faz uma gestão corrupta e destrói a autonomia universitária.

Você pode estar pensando…

MAS E O ALUNO MORTO NO ESTACIONAMENTO DA FEA-USP, ENTRE OUTRAS OCORRÊNCIAS?

Sobre o caso específico, a PM fazia blitz dentro da Cidade Universitária na noite do assassinato. Ainda é bom lembrar que a presença da PM já vinha se intensificando desde sua primeira entrada na USP, em Junho/2009 (entrada permitida por Rodas, então braço-direito de Serra). Mesmo assim, ela não alterou o número de ocorrências nesse período comparado com o período anterior a 2009. Ao contrário, iniciou um policiamento ostensivo, relugarmente enquadrando alunos, mesmo das unidades nas quais mais estudantes apoiam sua presence, como Poli e FEA.

MAS E A DIMINUIÇÃO DE 60% NA CRIMINALIDADE APÓS O CONVÊNIO USP-PM?

São dados corretos. Porém a estatística mostra que esta variação não está fora da variação anual na taxa de ocorrências dentro do campus ( http://bit.ly/sXlp0U ). A PM, portanto, não causou diminuição real da criminalidade na USP antes ou depois do convênio. Lembre-se: ela já estava presente no início do ano, quando a criminalidade disparou.

MAS, AFINAL, PARA QUE SERVE A TAL AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA?

Serve para que a Universidade possa cumprir suas funções da melhor maneira possível. De maneira simplista, são elas:

- Melhorar a sociedade com pesquisas científicas, sem depender de retorno financeiro imediato.

- Formar cidadãos com um verdadeiro senso crítico, pois mera especialização profissional é papel de cursos técnicos e de tecnologia.

Importante: autonomia universitária total não existe. O dinheiro vem sim, do Governo, do contribuinte, porém a autonomia universitária não serve tirar responsabilidades da Universidade, mas sim para que ela possa cumprir essas responsabilidades melhor.

COMO ISSO ME AFETA? POR QUE EU DEVERIA APOIA-LOS?

As lutas que estão ocorrendo na USP são localizadas, mas tratam de temas GLOBAIS. São duas bandeiras: SEGURANÇA e CORRUPÇÃO, e acredito que opiniões sobre elas não sejam tão divergentes. Alguém apoia a corrupção? Alguem é contra segurança? 

O que você acha mais sensato:

- Rechaçar reivindicações justas por conta de depredações e atos reprováveis de uma minoria, ou;

- Aderir a essas mesmas reivindicações, propondo ações mais efetivas?

Você tem a liberdade de escolher, contra-argumentar ou mesmo ignorar.

Mas lembre-se de que liberdade só existe com esclarecimento.

Espero ter contribuído para isso.

Se você se interessa pelo assunto, pode começar lendo este depoimento: http://on.fb.me/szJwJt

Bárbara Doro Zachi

Jannerson Xavier Borges

 PS: Já que a desconfiança é com a mídia, evitamos linkar material de qualquer veículo.

Offline Luiz Otávio

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #105 Online: 09 de Novembro de 2011, 22:34:31 »
Em resposta ao texto que o Tiago postou aqui, eu achei esse:

Citar
Estão ovacionando por aí o texto de uma menina do Jornal do Campus que retrata os invasores da Reitoria como coitadinhos e mimimi.

Algumas observações importantes:

1 - Ninguém lá era santo. São todos (repito: TODOS) membros de grupos (MNN, AJR e LERQI) que abertamente falam em revolução armada e destituição do sistema representativo democrático. Falam que Cuba é um "regime burguês", só pra vocês terem idéia do tamanho da falta de noção.

2 - Mmimimi foram xingados de "maconheiros" nossa, que triste! Vamos fazer greve por isso? Interessante, todas as vezes que eu fui xingado ("burguês", "playba") e socado por votar NÃO em assembléias do DCE ninguém quis entrar em greve por minha causa. E aí como que fica?

3 - Foram tratados como "marginais" mimimi? Tinham coquetel molotv (agora não existe, é invenção da mídia burguesa, certo?) pronto pra ser arremessado nos policiais. Se algum tivesse sido queimado e morto, como que ficaria? A autora desse texto maravilhoso ia ter coragem de olhar para a família do PM morto? Não, não ia. Aposto que ia afogar as mágoas no Quinta I Breja lá na ECA.

4 - Os policiais estavam "fazendo muito barulho e gritando" para amedrontar os invasores? Menina linda do meu coração, existe algo chamado Manual de Controle de Distúrbios Civis (CDC). Você como jornalista deveria saber o que é isso, se até um politécnico supostamente "alienado" como eu sabe. Esse tipo de atitude é usada como recurso psicológico para amedrontar a massa com objetivo de forçar sua rendição sem confronto e derramamento de sangue. Como acabou ocorrendo felizmente, ninguém saiu de lá para o hospital.

5 - Ninguém pode entrar num prédio recém-desocupado por questão legal, isso se chama PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DE CENA DE CRIME. A perícia precisa fazer o seu relatório antes de devolver para o dono (no caso, a USP). Pelo amor do Santíssimo, informe-se melhor. Que tipo de jornalista você vai ser?

6 - "Desumanização da PM"? O que você acha da desumanização das mulheres que foram estupradas na USP graças à ausência da PM no campus mantida todos esses anos pelos invasores da reitoria?

É cada uma.

O pior é que tem bixo desavisado que cai nessa.

Tem um monte de tonto que vai apoiar esses bananas "porque a PM é malvada" exatamente como foi em 2009.

Essa greve ridicula é copy-paste da de 2009, quem presenciou sabe o que eu digo.

Graças ao bom Deus eu sou da Poli e lá a greve não chega nunca e se alguém inventar de fazer barricada (como na Letras) ou pichar (como na FEA) vai sair de lá numa cadeira de rodas.

-- FIM --

Para quem ainda não viu:

Offline Unknown

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #106 Online: 10 de Novembro de 2011, 00:55:38 »
Para quem ainda não viu:

Já está fora do ar.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #107 Online: 10 de Novembro de 2011, 07:10:20 »
Postarei aqui para que você possa ler, Geo.
[...]

Obrigado.
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Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #108 Online: 10 de Novembro de 2011, 07:31:51 »
Citar
Somos alunos da ECA-USP e visto a falta de imparcialidade da mídia com referência aos últimos acontecimentos ocorridos dentro da Universidade de São Paulo, cremos ser importante divulgar o cenário real do que realmente se passa na USP. Alguns fatos importantes que gostaríamos de mostrar:

Agora a "verdade" virá à tona...


Citar
[...]
A PM é instrumento de poder do Estado de São Paulo sobre a USP, que é uma autarquia e, como tal, deveria ter autonomia administrativa. O conceito de Universidade pressupõe a supremacia da ciência, sem submissão a interesses políticos e econômicos 1. A eleição indireta para reitor, com seleção pessoal por parte do governador do Estado, ilustra essa submissão. O atual reitor João Grandino Rodas, por exemplo, era homem forte do governo Serra antes de assumir o cargo 2.
[...]

Um texto bem elaborado e quase impecável. Quase.

Os trechos 1 e 2 desmontam a farsa de neutralidade pretendida pelos dois supostos acadêmicos, com este texto. No trecho 1 eles se equivocam e contradizem de maneira gritante, pois a Ciência não está em discussão e sim a questão da segurança dos frequentadores dos campus. E, muito mais importante, ela (Ciência) está totalmente subordinada aos interesses políticos de um grupo pequeno, barulhento, e cujos interesses são totalmente voltados para uma ideologia de cunho político.

No trecho 2 fica claro que a manifestação é política, porque está voltada contra o atual reitor, que foi escolhido por um governador do PSDB. Haveria este tipo de discórdia se a escolha tivesse sido feita por algum partido mais à esquerda?

E, por fim, sobre a questão da escolha do reitor. Até onde eu sei, não há nenhuma universidade de qualidade, em nenhum lugar do mundo, que deixa o seu corpo discente escolher o reitor e ou os administradores. E os motivos são óbvios, sendo que alguns deles estão exemplificados neste tópico.
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Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #109 Online: 10 de Novembro de 2011, 09:28:57 »
Luiz,

O que tinha no vídeo?

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #110 Online: 10 de Novembro de 2011, 09:31:30 »
O texto da guria pra quem não tem facebook...
Citar
Cheguei na USP às 3h da manhã, com um amigo da sala. Ia começar o nosso 'plantão' do Jornal do Campus. Outros dois amigos já estavam lá. A ideia era passar a madrugada lá na reitoria, ou pelas redondezas. 1) para entender melhor a ocupação, conhecer e poder escrever melhor sobre isso tudo. 2) para estarmos lá caso a PM realmente aparecesse para dar um fim à ocupação.
Conversa vai, conversa vem. O tempo da madrugava passava enquanto ficávamos lá fora, na frente da reitoria, conversando com alunos da ocupação. Alguns com posicionamentos bem definidos (ou inflexíveis), outros duvidando até das próprias atitudes. A questão é: os alunos estavam lá e queriam chamar atenção para a causa (ou as causas, ou nenhuma causa)...e, por enquanto, era só. Não havia nada quebrado, depredado ou destruído dentro da tão requisitada reitoria (a única marca deles eram as pixações). A ocupação era organizada, eles estavam divididos em vários núcleos e tinham medidas pra preservar o ambiente. Aliás, nada de Molotov.
Mais conversa foi jogada fora, a fogueira que aquecia se apagou várias vezes e eu levantei a pergunta pra alguns deles: e se a PM realmente aparecesse lá logo mais? Seria um tiro no pé dela? Ela sairia como herói? Os poucos que conversavam comigo (eram uns 4, além dos amigos da minha sala) ficaram divididos. "Do jeito que a mídia está passando as coisas, eles vão sair como heróis de novo", disse um. "Se ele vierem vai ter confronto e isso já vai ser um tiro no pé deles", disse outra. Mas, numa coisa eles concordavam: poucos acreditavam que a PM realmente ia aparecer.
Eu achava que a PM ia aparecer e muito provavelmente isso que me fez ficar acordada lá. Não demorou muito e, pronto, muita coisa apareceu. A partir daí, meu relato pode ficar confuso, acho que ainda não vou conseguir organizar tudo que eu vi hoje, 08 de novembro.
Muitos PMs chegaram, saindo de carros, motos, ônibus, caminhões. Apareceram helicópteros e cavalaria. Nem eu e, acredito, nem a maior parte dos presentes já tinham visto tanto policial em ação. Estávamos em 5 pessoas na frente da reitoria. Dois estudantes que faziam parte da ocupação, eu e mais 2 amigos da minha sala, que também estavam lá por causa do JC. Assim que a PM chegou, tudo foi muito rápido:
 
os alunos da ocupação que estavam com a gente sugeriram: "Corram!", enquanto voltavam para dentro da reitoria. Os dois amigos que estavam comigo correram para longe da Reitoria, onde a imprensa ainda estava se posicionando para o show. Eu, sabe-se lá por qual motivo, joguei a minha bolsa para um dos meninos da minha sala e voltei correndo para frente da reitoria, no meio dos policiais que avançavam para o Portão principal [e único] da ocupação.
Tentei tirar fotos e gravar vídeos de uma PM que estava sendo violenta com o nada, para nada. Os policiais quebravam as cadeiras no carrinho, faziam questão do barulho, da demonstração da força. Os crafts com avisos dos estudantes, frases e poemas eram rasgados, uma éspecie de símbolo. Enquanto tudo isso acontecia, parte da PM impedia a imprensa de chegar perto da área, impedindo que os repórteres vissem tudo isso. Voltando para confusão onde eu tinha me enfiado: os PMs arrombaram a porta principal, entraram (um grupo de mais ou menos 30, eu acho) e, logo em seguida, fecharam o portão. Trancaram-se dentro da reitoria com os alunos. Coisa boa não era.
Depois disso, o outro grupo de PMs,que impedia a mídia de se aproximar dessas cenas que eu contei , foi abrindo espaço. Quer dizer, não só abrindo espaço, mas também começando (ou fortalecendo) uma boa camaradagem para os repórteres que lá estavam atrás de cenas fortes e certezas.
"Me sigam para cá que vai acontecer um negócio bom pra filmar ali agora", disse um dos militares para a enxurrada de "jornalistas".
A cena era um terceiro grupo de PMs, arrombando um segunda porta da reitoria, sob a desculpa de que queria entrar. O repórter da Globo me perguntou (fui pra perto deles depois da confusão em que me meti com os policiais no início): "os PMs já entraram, não? Por que eles tão tentando por aqui também?". Respondi: "sim, já entraram. E provavelmente estão fazendo essa cena pra vocês terem algum espetáculo pra filmar"
A palhaçada organizada pelos policiais e alimentada pelos repórteres que lá estavam continuou por algumas horas. A imprensa ia contornando a reitoria, na esperança de alguma cena forte. Enquanto isso, PM e alunos estavam juntos, dentro da Reitoria, sem ninguém de fora poder ver ou ouvir o que se passava por lá. Quem tentasse entrar ou enxergar algo que se passava lá na Reitoria, dava de cara com os escudos da tropa de choque, até o fim.
Enquanto amanhecia, universitários a favor da ocupação, ou contra a PM ou simplesmente contra toda a violência que estava escancarada iam chegando. Os alunos pediam para entrar na reitoria. Eu pedia para entrar na reitoria. Tudo que todo mundo queria era saber o que realmente estava acontecendo lá dentro. A PM não levava os estudantes da ocupação para fora e o pedido de todo mundo era "queremos algo às claras". Por que ninguém pode entrar? Por que ninguém pode sair?
Enquanto os alunos que estavam do lado de fora clamavam para entrar, ouvi de um grupo de repórteres (entre eles, SBT): "Não vamos filmar essas baboseiras dos maconheiros não! O que eles pedem não merece aparecer". Entre risadas, pra não perder o bom humor. Além dos repórteres que já haviam decidido o que era verdade ou não, noticiável ou não, tinham pessoas misturadas a eles, gritando contra os estudantes, xingando. Eu mesma ouvi muitas e boas como "maconheirazinha", "raça de merda" e "marginal" .
Os estudantes que enfrentavam de verdade os policiais que faziam a 'corrente' em torno da Reitoria eram levados para dentro. Em questões de segundos, um estudante sumia da minha frente e era levado pra dentro do cerco. Para sabe-se lá o que.
Lá pras 7h30, depois de muito choro, puxões e algumas escudadas na cara, comecei a ver que os PMs estavam levando os estudantes da ocupação para dentro dos ônibus. Uma menina foi levada de maneira truculenta, essa foi a única coisa que meu 1,60m de altura conseguiu ver por trás de uma corrente da tropa de choque. Enquanto eu tentava entrar no cerco, para entender a história, a grande mídia já estava lá dentro. Fui conversar com um militar, explicar da JC. Ouvi em troca "ai, é um jornal da usp. De estudantes, não pode. Complica".
Os ônibus com os alunos presos saíram da USP. Uma quantidade imensa de outros alunos gritavam com a PM. Eu e os dois amigos da minha sala (aqueles da madrugada) pegamos o carro e fomos para a DP.
Na DP, o sistema era o mesmo e meu cansaço e raiva só estavam maiores. Enjoo e dor de cabeça, era o meu corpo reagindo a tudo que eu vi pela manhã. Alunos saiam de 5 em 5 do ônibus para dentro da DP. Jornalistas amontoados. Familiares chegando. Alunos presos no ônibus, sem água, sem banheiro, sem comida, mas com calor. Pelo menos por umas 3h foi assim.
Enquanto a ficha caia e eu revisualizava todo o horror da reintegração de posse, outras pessoas da minha sala mandavam mensagens para gente, de como a grande imprensa estava cobrindo o caso. Um ato pacífico, né Globo? Não foi bem isso o que eu vi, nem o que o JC viu, nem o que centenas de estudantes presenciaram.
 
Enfim, sou contra a ocupação. Sempre tive várias críticas ao Movimento Estudantil desde que entrei na USP. Nunca aceitei a partidarização do ME. Me decepciono com a falta de propostas efetivas e com as discussões ultrapassadas da maioria das assembléias. Mas, nada, nada mesmo, justifica o que ocorreu hoje. Nada pode ser explicação pra violência gratuita, pro abuso do poder e, principalmente, pela desumanização da PM.
Não costumo me envolver com discussões do ME, divulgar textos ou participar ativamente de algo político do meio universitário. Mas, como poucos realmente sabem o que aconteceu hoje (e eu acredito que muita coisa vai ser distorcida a partir de agora, por todos os lados), achei que valeria a pena escrever esse texto. Taí o que eu vi.

Offline Dbohr

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #111 Online: 10 de Novembro de 2011, 09:51:09 »
Como alguém comentou no FB: "uma pena que os estudantes tenham quebrado as câmeras de segurança do prédio, senão saberíamos quem realmente vandalizou a Reitoria..."

Offline Adriano

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #112 Online: 10 de Novembro de 2011, 10:02:06 »
Uma vez fui participar de um protesto na capital, com o pessoal do DCE da Universidade, e acabei caindo de gaiato numa ocupação de um prédio público, acho que num protesto dos sem teto.

Agora imaginem a apreensão de alguém que estava participando do processo de seleção da PM e que via a todo momento tudo poder ir por água abaixo por conta daquela situação, com um possível confronto  :medo:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Dodo

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #113 Online: 10 de Novembro de 2011, 10:12:14 »
De tudo o que me dá mais nojo é a cobertura do Reinaldo Azevedo:

- a qualquer momento irão descobrir uma bomba atômica no Campus, afinal eles são terroristas perigosíssimos (e bem alimentados, o que é pior - afinal Toddynho é bebida das elites - quanta petulância!);
- os alunos e professores adoram Marx ÓÓÓÓÓ;
- isso é um plano orquestrado pelo PT porque as eleições municipais estão se aproximando;
- as assembléias não tem o apoio da maioria (o dia em que uma assembléia estiver lotada com 100% dos interessados, eu saio vestido de noiva na rua - nunca viram o termo grevista de pijama?);
- ah, claro .. ele é o ÚNICO jornalista do universo a estar certo, pois o resto são todos uns petralhas (ou seja, pensam diferente dele... tipo Império Romano: não falam nossa língua? Então são bárbaros.)
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Cumpadi

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #114 Online: 10 de Novembro de 2011, 10:24:13 »
Essa estudante acha mesmo que por serem estudantes, a prisão deveria ser feita na paz e amor, aliás, como será que se faz prisões do jeito dela? "Por favor, entre no ônibus?"

Eles nem usaram algemas, pelo que vi não teve nem feridos.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Luiz Otávio

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #115 Online: 10 de Novembro de 2011, 11:05:18 »
Luiz,

O que tinha no vídeo?

Infelizmente já estava fora do ar quando eu li o texto.

Offline Gaúcho

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #116 Online: 10 de Novembro de 2011, 12:17:32 »
O texto da guria pra quem não tem facebook...

Que horror! Tadinho dos revolucionários, 3h sem toddynhoágua dentro do ônibus. É a ditadura se repetindo.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Diegojaf

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #117 Online: 10 de Novembro de 2011, 13:59:34 »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline EduardoCFF

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #118 Online: 10 de Novembro de 2011, 14:08:46 »
Se ja foi postado minhas desculpas....

<a href="http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk</a>
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

Offline Diegojaf

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #119 Online: 10 de Novembro de 2011, 14:18:24 »
Se ja foi postado minhas desculpas....

<a href="http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk</a>

PQP... e ainda tiveram coragem de dizer que quem depredou foi a PM? Velho, é sem noção a revolta que eu fico com esses playboyzinhos de merda. Direitos eles querem todos, deveres nenhum. E ainda vem os pais passando a mão na cabeça...

E o toddynho não está sendo o suficiente pra eles não, melhor pedirem danoninho pra mamãe também pra um pouco de energia extra. A câmera guerreira resistiu bravamente.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline EduardoCFF

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #120 Online: 10 de Novembro de 2011, 14:24:04 »
Se ja foi postado minhas desculpas....

<a href="http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk</a>

PQP... e ainda tiveram coragem de dizer que quem depredou foi a PM? Velho, é sem noção a revolta que eu fico com esses playboyzinhos de merda. Direitos eles querem todos, deveres nenhum. E ainda vem os pais passando a mão na cabeça...

E o toddynho não está sendo o suficiente pra eles não, melhor pedirem danoninho pra mamãe também pra um pouco de energia extra. A câmera guerreira resistiu bravamente.

È Jaf... tem dias que estou em uma discussão com uma colega (ela é da USP de Ribeirão Preto – SP) eu estou defendendo a ação policial e ela jogando a lenha na policia...

Ela sabe da minha vontade de ser policial e disse que isso me deixou cego e que morrem não sei quantos por ano na mão da policia.... Chamei todo mundo de vagabundo e ela disse que são estudantes... Complicado
“Se a historia da ciência nos ensina alguma coisa, é que não vamos a lugar nenhum chamando nossa ignorância de deus”

Offline Luiz F.

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #121 Online: 10 de Novembro de 2011, 16:49:27 »
O bonito é que os invasores "pacíficos" cobrem a cara. Porque será? ::)
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Skorpios

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #122 Online: 10 de Novembro de 2011, 17:25:59 »
Se ja foi postado minhas desculpas....

<a href="http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/oOhUlEwUPYk</a>

Isso com certeza é uma montagem feita pela polícia só para incriminar os coitados dos estudantes. :rola: :rola: :rola:

Offline pablito

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #123 Online: 10 de Novembro de 2011, 17:47:04 »
A ação dos estudantes foi ridícula.

Agiram, mesmo, como mimadinhos.

O que mais me irritou foi que li em alguns blogs que a "PM não sabe lidar com o público universitário".

Como assim? Universitário é diferente dos outros cidadãos? Tá acima? Não pode ser revistado?

Se a ação dos PM's foi truculenta, gratuitamente agressiva, apresentem-se provas e corrija-se a ação. Com TODOS os cidadãos, não apenas os "intocáveis" universitários.

Agora, li um texto do Maierovitch que parece-me ter alguma razão num ponto. A polícia não está no campus para vigiar os estudantes, mas para protegê-los. Cabe saber se não houve, em algum momento, essa confusão por parte da polícia.
Mesmo assim, a reação dos usuários de cânhamo foi a mais inadequada possível.

Offline LaraAS

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #124 Online: 10 de Novembro de 2011, 18:18:12 »
A ação dos estudantes foi ridícula.

Agiram, mesmo, como mimadinhos.

O que mais me irritou foi que li em alguns blogs que a "PM não sabe lidar com o público universitário".

Como assim? Universitário é diferente dos outros cidadãos? Tá acima? Não pode ser revistado?

Se a ação dos PM's foi truculenta, gratuitamente agressiva, apresentem-se provas e corrija-se a ação. Com TODOS os cidadãos, não apenas os "intocáveis" universitários.

Agora, li um texto do Maierovitch que parece-me ter alguma razão num ponto. A polícia não está no campus para vigiar os estudantes, mas para protegê-los. Cabe saber se não houve, em algum momento, essa confusão por parte da polícia.
Mesmo assim, a reação dos usuários de cânhamo foi a mais inadequada possível.


         A policia em qualquer lugar que esteja ,é tanto para proteger como para vigiar condutas ilegais  com o mesmo peso e a mesma medida para todos que fizerem condutas ilegais ,os estudantes não podem querer ter o privilegio de desobedecer a lei e transformar a policia nos seus jagunços privados.

 

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