Isso está se alongando bem. O que deve gerar certos questionamentos. Por quê, realmente?
Tome isso que digo agora como um aparte em meio a qualquer comentário que eu faça aqui. Enquanto eu lia esse tópico, me ocorreu um detalhe muito importante que deve ser observado por você, Jetro. Diferentemente de mim, a grande maioria que está aqui a debater com você, tenha certeza disso, anseia pela possibilidade de que você ou alguém seja capaz de dar algum sentido racional para a existência de alguma divindade para eles. Eles querem acreditar, e muito. Logo, disso você não pode acusá-los -- de que eles realmente se contrapõem a você com obstinação inflexível.
Que se faça justiça ao fato de que quando debatem com alguém como você estão indo realmente contra si próprios. Eles querem acreditar no que você acredita, voltar a acreditar, com liberdade e sem contradições, mas isso não é mais possível para eles. Então, você poderia, no mínimo, reconhecer que se eles não reconhecem a validade das suas argumentações não é por teimosia intratável, mas porque há nítidas e escancaradas falhas nelas que eles não conseguem mais engolir. Muitos já o fizeram durante um período da vida, mas pensaram bem, munidos de recursos intelectuais mais refinados e, de alguma forma, reconheceram a invalidez da crença.
Eu quis mencionar isso porque me ocorreu e achei que seria interessante você considerar esse ponto. Até acho que seria mais interessante ainda vocês, que têm em comum o já ter crido pelo menos em algum tempo da vida, tentarem discutir as diferenças entre vocês. Comparar idades, aquisições intelectuais, circuntâncias diversas e tentar entender porque uns "deixam de crer" e outros não em, possivelmente, circunstâncias equivalentes ou similares.