Agora eu estou lembrando do que eu escrevi nesse fórum sobre o inglês ser uma língua sem graça por supostamente ter pouca liberdade de palavras na frase, aí me responderam que não é bem assim. Agora, pensando melhor eu até estou concordando que não é bem assim, e estou achando que até que dá para ter certa liberdade no inglês sim.
Para começar, na prática no inglês também há o objeto pleonástico com o objeto principal indo no começo da frase para dar ênfase, eu já vi em textos em inglês e letras de músicas. A costrução O+S+V+pron.pess.obj.pleo, no caso do inglês é assim, no caso do português a rigor, já deixou de ser um objeto pleonástico e já virou uma nova posição, se fala O+S+V sem nenhum pronome pessoal objeto mesmo quando sem preposição acusativa, e todo mundo entende certo, não há nenhuma confusão. E essa afinal é a ordem indireta mais comum no português, e também existe no Inglês, embora no inglês ainda obrigatoriamente pleonástica. No espanhol também se usa o objeto pleonástico (nesse caso que eu vou citar tem que ser o pleonástico mesmo para antecipar o objeto mesmo com o verbo no meio, ficando O+pron.pess.obj+V+S, verdade que no Espanhol em se tratando de pessoas, de seres humanos é obrigatório preposição acusativa em todas as situações, inclusive na ordem direta, e ela também é comum ao se falar de animais de estimação aos que se têm carinho, sendo permitida para coisas na ordem indireta, ou quando há muitas palavras seguidas na ordem direta para evitar repetir o verbo, no entanto ela não é obrigatória para coisas em se tratando do objeto pleonástico antecipado com o verbo no meio da frase, então quer dizer, não é só isso, é que dá para fazer um objeto antecipado pleonástico com o verbo no meio e no português não se usa isso, exceto em poesias enquanto em espanhol é comum na prosa e inclusive na linguagem coloquial.
Na verdade tanto o Inglês quanto o português para dar essa nuança e sem ser misturado com a nuance da passiva, usam expressões do tipo: "O lápis quem pegou foi o Paulo". (no inglês esse tipo de expressão é meio pleonástica também, mas não tão direta como no Espanhol e às vezes ela pode ser meio pleonástica no português mas igualmente não de um modo tão direto como no Espanhol). E esse tipo de expressões são comuns no português e no Inglês.
Também se pode dar ênfase ao pronome sujeito no inglês do mesmo modo que dar ênfase no sujeito em geral, com expressões do tipo: "Fui eu que paguei por essa casa" (no inglês tenho a impressão de que isso se faz com "It" como sujeito formal, mas na prática a expressão "It was me" equivale a um pronome sujeito de enfase e no fundo no português é mais a expressão "Fui eu", Foi você", etc..."Sou é que fiz", "Foi você" etc....que serve como pronome sujeito de ênfase e não é o pronome sujeito que é usado em uma proporção muito alta de vezes, não é como no Espanhol peninsular ou como no português renascentista e no latim, em que o pronome sujeito é (e era) usado só como pronome de ênfase, no português com só 4 ou 3 variantes do verbo por pessoa gramatical sendo realmente usados não dá para ser assim, é preciso haver de 6 ou pelo menos 5 variantes do verbo realmente usadas por pessoa gramatical para dar para o pronome sujeito ser só usado para ênfase. No inglês também se usa as vezes a expressão "I, myself" "You, yourself" para fazer essa ênfase.
No caso da maior rigidez da posição do adjetivo no Inglês, no fundo se pode fazer expressões para mudar formalmente o tipo de adjetivo, colocando o verbo ser no meio, mas de um modo, que não modifique o sentido.
Então quer dizer, aquilo que eu falei no outro tópico desse fórum, realmente não tem muito a ver.