Com o maior período de crescimento do PIB mundial do pós-SGGM, voce ainda esperaria que os números da economia e das "políticas sociais" (incluindo o assistencialismo) estariam iguais (ou apenas pouco melhores) comparando 2002 com 2010?
É sério isto?
Tipo assim a economia cresceu 12 vezes mais num período do que no outro para se criar tantos empregos a mais, ou a economia cresceu 200 vezes mais forte para passarmos de -30 bi para 350 bi de reservas internacionais nesse período, ou a economia cresceu 5 vezes mais rápido para que as exportações passassem de 60 para 250 bi, ou para o PIB percapita saltar de 2,8 mil dólares para mais de 12 mil, ou 4 vezes mais investimentos estrangeiros diretos ( sem as maracutaias da privatização), com IPCA 3 vezes menor, com a pobreza reduzida a um terço, com a dívida externa caindo pela metade, com a classe média passando a ser ampla maioria... Sim isso é sério, não há comparação que resista de um período para o outro. O governo do PT deu de lavada, os números, as eleições, e a aprovação demonstram os fatos. E só pra te lembrar, além do crescimento a mais, ( não foi tanto a mais não) esse governo passou ( continua passando) pela pior crise econômica pós-SGGM, sem deixar que os indicadores caíssem. Portanto se o crescimento foi maior, as crises que um e outro passaram então, não tem nem comparação.
Sem dúvida nenhuma.
Isto foi "entreguismo" e crime de lesa-pátria produto de uma política externa ideologizada e tacanha.
Dor de cotovelo ideológico. Porque as refinarias não foram dadas, foi a Bolívia quem desapropriou e o Brasil deu um gelo no investimento no gás boliviano depois disso.
A política monetária era o único instrumento adequado do país no segundo meado dos anos 90 porque este acabara de sair de uma hiperinflação (e que ainda teve reflexos nos dois primeiros anos do Plano Real, no que se chama de "inflação inercial") e passou por 3 grandes crises (1997, 1999 e 2002). Ao que parece voce ignora (ou desconhece por sua pouca idade) a influência psicológica que teve a inflação no imaginário popular e na estratégia empresarial.
E, reconheço, houve um equívoco (em parte foi proposital) em manter uma taxa de câmbio irreal no período de 1997 a 9.
Não ignoro porque vivi muito bem o período de inflação, e você está muito certo. Mas não houve planejamento, não houve investimentos, a única política para combater a inflação que utilizavam naquela época era a monetária. Deu no que deu, o Brasil não cresceu e a inflação não cedeu nem depois de 9 anos do plano real. Só quando o governo mudou, a estratégia mudou é que a inflação, começou a dar tréguas, na maior parte por causa dos investimentos, porque o juros baixaram, mas continuaram incompreesivelmente altos, muito talvez pelo pavor da hiperinflação que ainda fazia parte da mentalidade do BC.
Desculpe, _Juca_ mas voce está "viajando". Quem disciplinou e estabeleceu um contato com ONGs foi o governo de FHC.
Quanto aos sindicatos (especialmente os de funcionários públicos) e o MST, o que Lula fez foi elevar a um nível obsceno as despesas com eles, ao ponto de destinar parte do dinheiro da contribuição sindical para as centrais.
Uma coisa que Lula fez muito mais que FHC foi o aumento na provisão de verbas assistencialistas, com claro reflexo eleitoral.
Chame como lhe convir Geo, o Bolsa Família foi modelo contra a pobreza extrema, e não porque a ideia foi boa ( não começou com Lula) ou o dinheiro foi muito ( miséria comparado ao que se paga pelos juros altos praticados) , mas porque a vontade política fez acontecer.
E a formação do PT é naturalmente advinda dos movimentos sociais, é algo natural para o partido o diálogo com com esses movimentos, que os conservadores tanto abominam e tentam defenestrar a qualquer custo.
Eu já postei, há muitas luas passadas, vários links que mostram claramente que, o problema do suprimento de energia no início da década passada ocorreu por uma confluência de falta de chuvas e de um aumento no consumo médio entre o final da década de 90 e início da de 2000, além do previsto .
E isto é muito interessante, porque um aumento no consumo médio somente ocorre por causa de um aumento na demanda industrial, o que é um claro indício de aumento na atividade econômica. Ou seja, é o oposto dos que as luletes e caterva afirmam.
Outro detalhe. Eu posso estar enganado, mas todas as últimas grandes hidroelétricas foram projetadas ou construídas antes do governo Lula, assim como todas as principais termo-elétricas.
Geo, antes você disse que eu era novo, mas nem tanto. Me lembro muito bem dos jornais dizerem desde a época do Collor que o Brasil estava a beira de um colapso energético. O Brasil cresceu pouco no período FHC e os investimentos foram perto de zero. Não se pode jogar com algo tão sério e que custou tanto para a atividade econômica. Tem que haver um mínimo de planejamento para épocas de estiagem, e não houve. ACM fudeu com FHC, porque essa área foi dele durante todo o governo. E você sabe quanto custou as termoelétricas, sabe quanto a energia no Brasil ficou mais cara depois desse episódio? Francamente, você tenta defender algo que nem mesmo os tucanos tentaram alguma vez. Eles nunca tocam nesse assunto.
É mesmo. Cite (mostrando a fonte) apenas uma outra "grande" seca similar e que tenha atingido os principais estados produtores de hidro-eletricidade.
Não sei, mas em 2009 ficou um ano sem chover no RS se não me engano, teve um período longo de estiagem no Centro Oeste e no Sul na década de 80, você é que é o geólogo, diga aí.
Mas não há seca que comprometa toda a reserva energética como você está supondo. Foi incompetência.