Eu posso aceitar isso conceitualmente, daí fechar aqui o fórum, voltar para minha vidinha, sabendo que estamos na ilusão, mas ela é nossa realidade possível, que a ciência é o que melhor descreve sim essa realidade.., Mas se vocês não podem, e acham que isso é pura fantasia, imaginação, precisam começar e demonstrar então a materialidade de todas essas coisas que eu aceito bem que possam ser imaterias e fora de nossa possibilidade de conhecimento...
Eu farei só uns comentários e voltarei a minha vidinha eu mesmo.
Acho que tem muita redundância no decorrer do post anterior então vou tentar resumir.
Primeiramente,
há questões que não são completamente (ou nem minimamente) entendidas, eu não estou dizendo que se tenha explicação para tudo. Meus pontos são apenas que você não realmente explica ou ajuda a explicar nada com a noção de "universo mental", e só chega a ela por argumentos que são simplesmente ridículos. Outras pessoas provavelmente já chegaram a defender a idéia principal, de "só existe uma mente", sem no entanto chegar lá através dessas coisas de "onde está o DNA do átomo", "como o átomo SABE o que fazer se ele nem o universo têm consciência", "as idéias violam a lei da inércia". Possivelmente é o caso do Erwin Schrödinger, conforme as citações que eu fiz anteriormente. Se você abandonar esses argumentos especificamente terá maiores chances de ser levado a sério, porque são muito falhos mesmo.
Os sonhos não provam que "o material pode vir do mental". O sonho está ocorrendo no cérebro da pessoa dormindo, na fase REM, que tem todo seu padrão de atividade e tal. Sem esses estágios de atividade cerebral, não há consciência, tanto quanto se sabe. Durante o sono o cérebro gera estímulos endógenos similares aos estímulos provenientes dos órgãos sensoriais quando em vigília, e o indivíduo tem também uma experiência que parece bastante similar. É isso que se pode dizer que os sonhos mostram. Querer ver mais do que isso é meio como cogitar que somos o mundo do reflexo dos espelhos, e não que os espelhos são os nossos reflexos, dizendo que eles "provam" que poderíamos ser reflexos pois tudo parece muito real lá.
As partículas ou o universo não precisam "saber" o que fazer; apenas "fazer". Saber fazer/ter mente/consciência/ser imaginação apenas acrescenta uma camada de explicação adicional desnecessária. Algo para o qual não só não há qualquer evidência, como vai contra aquilo que se conhece sobre a mente. Nas únicas instâncias comprovadas de "mente", ela está associada a cérebros em dado padrão de funcionamento, e não a partículas fundamentais, ou ao universo inteiro.
Não existe isso que você sempre repete de que o "materialismo cria um problema para ele mesmo", no que concerne a não explicar propriedades fundamentais. O "materialismo" supõe que as propriedades fundamentais dos sistemas são aquelas observadas (até que se encontre algo mais adiante, se ocorrer). Talvez não haja explicação, simplesmente seja assim e pronto.
O que você faz não difere quanto a aceitação de propriedades fundamentais, você meio que as aceita. Ou, aceita outras, inventadas por você, não observadas.
Você rejeita que pode ser "assim e pronto" para o que é observado, e cobraria explicações infinitamente para qualquer explicação que se desse, mas aceita para a hipotética propriedade fundamental não-observada de uma "mente" imaginária, e pode parar aí, arbitrariamente. Não requer explicação "por definição", e não por qualquer lógica melhor que se teria ao propor que é a "mágica" que resolve qualquer mistério. Por definição, a mágica resolve, e é inexplicável, pronto. "Mas a mente ao menos é observada, mágica não". "Você sabe O QUE é a mente? Não? É só um tipo de mágica. Nunca foi provado que poderia existir apenas a mente, enquanto que a mágica, por definição, pode, e é o único fenômeno concebido que pode CRIAR tudo mais que se observa".
Também com propriedades simplesmente inventadas, não deduzidas por qualquer lógica (como que é uma só, é infinita, e etc etal). Ainda tem possíveis contradições como dizer que a regularidade dos fenômenos que requer uma explicação mais profunda, ao mesmo tempo em que invoca vontade/liberdade para explicar isso. Seria algo mais próximo de "lógico" se fosse talvez para explicar a "realidade quântica", sem regras. Mas ainda assim seria um dos piores argumentos a se fazer. Ver "falácia patética".