A renda se concentrará nas mãos de quem cobra mais caro? Sério que você não vê que o supermercado do exemplo ou fecharia em pouco tempo, ou teria que diminuir seus preços, porque as pessoas comprariam nos concorrentes mais baratos?
Sim, a renda se concentrará nas mãos de quem cobra mais.
Evidentemente que vejo que o cenário é insustentável, não vê que eu disse que, justamente pelo fato da empresa ser nova, o Estado não deveria dar nenhuma importância?
Se o cenário é insustentável e, portanto, o mercado logo vai obrigar a empresa a baixar os preços ou fechar as portas, por que então interver?
"Price, delícia, o caso que citei é um exemplo de empresa nova, certo?"
Certo.
"Por que o maravilhoso do Price não acha que o Estado deve intervir?"
Porque a empresa é nova, tem dívidas, está adequando-se ao mercado e etc, o cenário dela é delicado, e deve regular-se para não quebrar, isso implica que ela terá que abaixar os seus preços, falir, ou tentar manter os altos gastos em propaganda para sobreviver. Todos os cenários demonstram que o Estado não deve intervir, pois a empresa aparentemente não durará muito se assim permanecer.
"Por que, ó Price, tão divino que és, não defendes uma intervenção no curto, mas sim no longo prazo?"
Porque uma empresa há um bom tempo de mercado não tem gastos como os das novas empresas, já tem clientela e/ou nome no mercado, já conhece o setor, tem funcionários que dispendem melhor o seu trabalho em sua função e etc. Se a empresa ainda tem altos preços, deve haver algum motivo, se ela é estável por ser competente mas tem altos custos de operação, nada mais justo que ela assim prossiga. Porém, se ela mantém seus preços elevados sem motivo, se aproveitando do cliente (modos já citados), nada mais justo que ela cobre um valor mais baixo, mantendo um bom rendimento e proporcionando aos clientes um maior poder de compra.