Autor Tópico: Bitcoin, a moeda do futuro  (Lida 31125 vezes)

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Offline Gabarito

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #275 Online: 11 de Dezembro de 2017, 19:36:39 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Offline SnowRaptor

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #276 Online: 11 de Dezembro de 2017, 19:41:44 »
taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa

E a taxa de transação do bitcoin, que é praticamente um suborno built-in?
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
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-- François Jacob, 1997

Offline Lorentz

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #277 Online: 11 de Dezembro de 2017, 19:42:39 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Aí você imprime um extrato e paga mais uma taxa. Teve uma época que cobravam pelo serviço de saque de dinheiro.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Lorentz

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #278 Online: 11 de Dezembro de 2017, 19:45:07 »
taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa

E a taxa de transação do bitcoin, que é praticamente um suborno built-in?

o valor pode ser alto se você for usar a moeda para pagar um simples café. Mas compare a taxa do bitcoin com a de um doc ou de uma transferência internacional.
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Offline Gabarito

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #279 Online: 11 de Dezembro de 2017, 19:50:51 »
O negócio é revolucionário.
Na conversa abaixo, cogita-se ampliar o Blockchain para várias outras coisas, Cartórios, registros médicos,etc.
O futuro parece que vai trazer muitas mudanças revolucionárias no jeito de fazer as coisas:

Citar
Gabriel  11/12/2017 15:22
A tecnologia blockchain pode ser usada para armazenar documentos como registros de nascimento e de óbito? Isso tornaria os cartórios (ainda mais) irrelevantes.

Outra coisa: o blockchain permite que o cidadão tenha a "propriedade genuína" sobre esses registros, de modo a não haver riscos de fraude? Tais documentos, assim como nossos registros médicos, são íntimos e pessoas e não deveriam ser acessados sem nossa permissão.


Tasso  11/12/2017 15:30
Sim para tudo. Você será o guardião da sua informação. Alias, isso ja existe e está se materializando neste exato momento.
Para históricos médicos já existe uma coisa chamada medibloc: medibloc.org

Aliás, já dá até para monetizar seus dados de busca para ganhar com publicidade, fornecendo exatamente a quantidade de informações que você deseja. Um bom exemplo disso é o
basicattentiontoken.org/

O futuro é promissor, meus caros. Por isso sugiro estudarem bastante esse assunto, pois é para ali que estamos indo.

Offline Gabarito

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #280 Online: 11 de Dezembro de 2017, 20:04:26 »
Eu não podia deixar de trazer essa resposta do meio do debate lá no Mises:

Citar
Douglas Martins  11/12/2017 16:15
1º) Estude crase.

2º) Seu texto é cheio de achismos e de espantalhos.

Citar
...eu gostaria que você tivesse em mente um velho ranzinza que guarda dinheiro debaixo do colchão, imagine que a família deste velho está passando fome e realmente precisa do dinheiro dele para se alimentar, mas logo o velho afirma: "Eu preciso guardar dinheiro para que no futuro eu fique mais rico."
Primeiro espantalho. Segurar dinheiro significa austeridade, mas ninguém segura dinheiro quando sua família está passando fome. Isso é achismo tirado diretamente do meio de suas nádegas.

Citar
A grande importância da teoria Keynesiana esta na afirmação de que devemos ter uma visão social antes de pensarmos no individuo. Por isso à teoria Keynesiana sempre teve muita aceitação nas politicas públicas; sim é necessário fazer um pouquinho de sacrifico para que ocorra o bem comum, e isso só poderia ocorrer se houvesse antes um estimulo para o consumo, em vez de guardar egoisticamente.
Devemos vírgula. Deva você se quiser, ninguém é obrigado a nada. Querer moldar as atitudes dos indivíduos é uma atitude totalitária.

Citar
Em outras palavras, isso significa que o Banco Central imprimia dinheiro para financiar politica públicas e isso criava um estimulo social para que as pessoas pudessem gastar o dinheiro sem uso.
Estímulo é um bom eufemismo para compulsoriedade. Quem escolhesse não gastar estaria perdendo dinheiro pois o BC está desvalorizando a moeda e criando inflação. Não há valor sendo gerado, é artificial. Picaretagem estatal.

Citar
Só que alguns vagabundos que ficam o dia inteiro na frente do computador acompanhando gráficos, decidiram que isso não era algo bom para o capital financeiro, ou seja, banqueiros e financistas que nunca colocaram a mão na massa
Espantalho feat. ad hominem e dados tirados da bunda.

Citar
É inadmissível que as pessoas sejam tão egoístas como estão sendo agora com essa onda do Bitcoin. Mas isso não é novidade, Há muito tempo que a cultura do capitalismo vem destruindo às pequenas comunidades sociais de consumo.
Inadmissível segundo quem? Por quais padrões? Inadmissível pra você? O livre mercado destrói apenas tentativas de controle sobre dinheiro que não é seu. Se as "comunidades sociais de consumo" não conseguem sobreviver sem tirar dinheiro dos outros, é porque não são nem muito comunitárias, nem muito sociais e principalmente não muito de consumo. Antes do consumo, vem a produção.

Citar
É como se cada investidor estivesse pisando um em cima do outro, e que se ferre os menores. Essa é a cultura do Capitalismo Selvagem. Durante a história do Capitalismo, o Governo sempre teve que intervir no mercado para acabar com esse instinto selvagem e desumano. Ou você vai negar que esta ocorrendo exatamente isso com o Bitcoin?
Os maiores monopólios e corporativismos da história são fruto do governo. O Bitcoin possui a vantagem de ser imune a controle estatal, então todos possuem a mesma chance de competitividade. E é graças ao instinto de competitividade que o mercado se auto-regula.

Citar
Em uma sociedade socialista não iria haver essas loucuras sociais: Todo mundo iria trabalhar duro e se ajudar. Quem fosse pego fazendo atos de egoismo seria rigorosamente castigado. As teorias Keynesianas é apenas uma maneira de remediar o egoismo do sistema financeiro que sempre busca guardar tudo pra si.
Esse trecho me fez pensar se não era alguém apenas querendo trollar mesmo. O socialismo até hoje resultou em fome, distribuição de pobreza e o saqueamento do povo por uma elite governamental. O objetivo do socialismo é sugar dinheiro do povo até quebrar o país e esse objetivo foi alcançado com sucesso em todas as suas experiências.

Citar
Ninguém deveria receber um "premio" por ter informação, pois na escala de valor de uma sociedade justa, àquele que produz algo real, tocável, consumível, deveria ter mais valor do que àquele que apenas gosta de falar e ter bom "network".
O Valor é subjetivo. A teoria do valor-trabalho já foi refutada há muitos anos, o que você escreveu não faz sentido algum.
Ninguém deveria receber um "premio" por ter informação, pois na escala de valor de uma sociedade justa, àquele que produz algo real, tocável, consumível, deveria ter mais valor do que àquele que apenas gosta de falar e ter bom "network".

Citar
Somente em uma sociedade socialista tal realidade, amável ao trabalhador real, seria possível.
Falácia do escocês de verdade. As amáveis sociedades socialistas demonstraram seu amor aos trabalhadores matando eles e suas famílias de fome.

Citar
O erro da atual geração consiste, principalmente, em querer ganhar dinheiro fácil, sem trabalhar. São vagabundos que ficam se escondendo atrás de um notebook com uma carinha de intelectual. Vocês não são nada! Vocês não são ninguém!
Pela primeira vez, concordo. Você descreveu perfeitamente a geração atual: esquerdistas. Querem ganhar dinheiro fácil sem trabalhar (como você defendeu no texto inteiro), são vagabundos que se escondem no notebook com carinha de intelectual (seu texto, novamente) e não são nada, assim como você. Não são ninguém. E agora que vão perder a mamata, estão esperneando muito.

Abraços.
:lol:

Offline Gabarito

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #281 Online: 11 de Dezembro de 2017, 21:32:44 »
Um pequeno histórico de como nasceu o Bitcoin em 2009.
Novamente, há links na fonte do artigo:

Citar
Por que Satoshi Nakamoto merece o Prêmio Nobel de Economia

"Estou trabalhando em um novo sistema de dinheiro eletrônico que é completamente peer-to-peer, sem nenhum terceiro de confiança", anunciou um usuário desconhecido em uma lista de discussão online de criptografia, no dia 1º de novembro de 2008. Seu nome era Satoshi Nakamoto. "A monografia está disponível no link http://www.bitcoin.org/bitcoin.pdf", escreveu o autor.

Até então, Nakamoto jamais havia escrito nada na internet. Jamais havia publicado uma monografia. Tampouco havia participado de qualquer discussão de qualquer espécie. Muito menos projetado ou criado qualquer programa de computação. Era um ilustre estranho, anunciando ao mundo uma ideia não original, já tentada no passado, e cuja taxa de sucesso era bastante questionável. Invariavelmente, quase todos os intentos de moedas privadas digitais fracassaram, cedo ou tarde.

A inovação do Bitcoin, segundo seu criador, estava na rede P2P descentralizada, por meio da qual os usuários validariam as transações e emitiriam novas moedas sem precisar de nenhum intermediário.

Um dia depois da mensagem de Nakamoto, veio a primeira resposta na lista de discussão. "Precisamos muito muito de um sistema como esse", replicou James A. Donald, "mas na forma que entendo a sua proposta, não parece que vá alcancar o tamanho necessário". John Levine, o segundo a contribuir no tópico iniciado por Nakamoto, mostrou igual ceticismo.

Outros usuários passaram a participar da discussão, porém, abundavam as dúvidas, e a descrença era geral. O programador até então desconhecido respondeu a todas, e a troca de mensagens durou mais duas semanas até Nakamoto afirmar: "Acredito que trabalhei todos esses pequenos detalhes ao longo do último ano, enquanto eu escrevia o código, e havia muitos. Os detalhes funcionais não estão cobertos pela mnonografia, mas o código-fonte será disponibilizado logo". No dia seguinte, o moderador da lista de discussão encerrou o thread.

Naquele instante, meados de novembro de 2008, o Bitcoin não passava de uma ideia audaciosa com ínfimas chances de êxito. Nem os especialistas da área levavam fé. A ideia de uma moeda digital não era original, mas a forma pela qual Nakamoto afirmava ter projetado era, sim, um tanto inovadora. Mas será que funcionaria? Se algum programador daquela lista tivesse que apostar, a maioria diria que não.

Mas, contra todas as probabilidades, em janeiro de 2009, Nakamoto cumpriu sua promessa e disponibilizou o software para quem quisesse baixá-lo para começar a construir a rede do Bitcoin. Embora agora já se tratasse de um software de fato, e não apenas uma ideia ousada, o ceticismo ainda prevalecia.

Hal Finney, um dos poucos entusiasmados pela invenção de Nakamoto, levantou pontos pertinentes com relação aos enormes obstáculos que o projeto teria para decolar: "Um problema imediato com qualquer nova moeda é como valorá-la. Mesmo ignorando o problema prático de que virtualmente ninguém a aceitará no começo, ainda há a dificuldade de inventar um argumento razoável em favor de algum valor acima de zero para as moedas".

Mas Hal também especulou algo instigante: "Como um experimento mental divertido, imaginem que o Bitcoin tenha sucesso e se torne o sistema de pagamentos dominante mundo afora. O valor total da moeda, então, deveria ser igual ao valor total de toda a riqueza na Terra. Estimativas recentes situam a riqueza total mundial entre US$ 100 trilhões e US$ 300 trilhões. Com 20 milhões de moedas, daria um valor de US$ 10 milhões por cada bitcoin".

Nakamoto não deu muita atenção para o experimento mental do Hal, mas sugeriu que "Talvez fizesse sentido conseguir alguns [bitcoins] caso a tecnologia ganhe tração".

Durante todo o ano de 2009, não houve preço de mercado para a moeda digital. Uma unidade de bitcoin valia exatamente zero. Mas, mais de um ano depois do início do protocolo —precisamente em maio de 2010 —, o usuário "lazlo" entrou para a história ao comprar uma pizza com bitcoins, realizando assim a primeira troca da moeda digital por um produto real. O preço? Nada menos que 10.000 BTC. Isso colocaria o valor de uma unidade de bitcoin ao redor de US$ 0,001, menos que um centavo de dólar. Pouco? Quase nada, na verdade. Mas já era algo acima de zero.

Usando a cotação de mercado atual — cerca de US$ 380/BTC —, a pizza custaria o equivalente a US$ 3.800.000,00. Será que foi um péssimo negócio? Em retrospectiva, é fácil dizer que sim. Mas a realidade em maio de 2010 era completamente distinta da que temos hoje.

Há seis anos, muitos conseguiam minerar com um simples PC, acumulando algumas centenas ou milhares de bitcoins em questão de semanas. Mas quando um bem digital vale zero, tanto faz ter um saldo de 50 ou 10.000 BTC. A probabilidade de que essa quantia continuasse valendo nada — ou muito pouco — por bastante tempo ainda era muito elevada. Naquele tempo, não se sabia nem sequer se o projeto duraria uma semana mais. Cada dia de vida do blockchain, cada novo bloco minerado, já era uma vitória.

Olhando para trás, lá no início do Bitcoin, em 2009, e colocando em perspectiva o tamanho das barreiras que precisaria superar para ter alguma chance de sucesso, o mais fácil e prudente seria aliar-se aos céticos, "a ideia é genial, mas dificilmente daria certo".

Pois o que era o Bitcoin naquela época? Não passava de um mero projeto criado misteriosamente por um programador desconhecido, provavelmente sem qualquer financiamento formal, sem apoio de nenhum governo, empresa ou qualquer entidade; uma inovação da ciência da computação sem nenhum respaldo acadêmico, cujos princípios econômicos contradizem o que ensina grande parte dos cursos de economia ao redor do globo.  Enfim, era uma obra de tecnologia com quase nada a seu favor, a não ser os méritos da própria invenção.

Contudo, contrariando todas as probabilidades, o Bitcoin decolou.

Sete anos após a publicação da monografia de Satoshi Nakamoto, a tecnologia do Bitcoin agora é apreciada e reverenciada pelas principais instituições financeiras do planeta, as quais têm buscado formas de incorporar a inovação de registro distribuído do blockchain às suas operações. Bolsas como a NYSE e a Nasdaq investem em startups e testam projetos-piloto, reconhecendo o potencial promissor de revolucionar os mercados financeiros.

Iniciado como um obscuro projeto de computação com um punhado de interessados, o Bitcoin é hoje a maior rede de computação distribuída do planeta, com uma força de processamento incomparável de mais de 450 milhões de GH/s (ou 450 PH/s).

Para alguns, o enorme potencial reside no blockchain, a tecnologia de registro distribuído. Para outros, é a moeda digital bitcoin o grande protagonista. Em realidade, essa é uma falsa dicotomia, pois ambos são inseparáveis. Não existe bitcoin sem blockchain, e vice-versa. Ambas as partes são intrínsecas à tecnologia. Bitcoin é o nome da invenção.

É verdade que as aplicações de uma tecnologia de registro distribuído são infindáveis, e por isso o mercado financeiro como um todo tem buscado entender e introduzir o blockchain em seus negócios.

Para alguns entusiastas, o que falta para o Bitcoin realmente decolar e chegar ao mainstream é um killer app. Honestamente, discordo. O killer app do Bitcoin é o grande elefante na sala que todos têm se recusado a enxergar: um dinheiro digital apolítico e sem fronteiras. Essa é a função original do invento de Nakamoto e é a primeira aplicação da tecnologia de registro distribuído.

Mas então por que, a despeito de todas as adversidades, o Bitcoin deu certo?

Porque é simplesmente uma invenção brilhante. Nakamoto não criou os algoritmos usados pelo protocolo. Não concebeu a arquitetura de rede peer-to-peer. Tampouco inventou o sistema de prova de trabalho hashcash, fundamental para a inviolabilidade do registro histórico das transações. Mas ele soube juntar cada uma dessas partes, agregando um conjunto de regras e incentivos — aplicando com maestria conceitos de teoria dos jogos e da ciência econômica —, fazendo do todo um sistema de estrutura simples, porém, incrivelmente robusto e nada frágil.

Inverteu-se o modelo tradicional de segurança de redes — centralizado, fechado e com controle de acesso — por um modelo em que a confiança é alcançada de forma consensual por meio da força computacional, em uma rede aberta e distribuída.

Essa combinação de diversas tecnologias com conceitos de teoria dos jogos e de economia faz do Bitcoin uma invenção revolucionária, sem precedentes e com implicações transformadoras.

Nakamoto idealizou e tornou realidade uma moeda puramente digital, cujo lastro são suas propriedades matemáticas criptográficas, baseada em uma rede global sem fronteiras, que não depende de governos ou instituições financeiras; um sistema aberto, transparente e incrivelmente seguro, em que as transações ocorrem diretamente entre duas partes sem o envolvimento de intermediários.

Pare por um momento e pense no feito de Nakamoto. A ideia em si já é sensacional, mas colocá-la em prática e torná-la real é de arrepiar. E quando consideramos a forma pela qual o projeto foi desenvolvido — anonimamente, sem financiamento, sem apoio formal algum, com base no voluntarismo —, o advento do Bitcoin é uma façanha ainda mais extraordinária.

Não é por menos que a criação de Nakamoto antagoniza tanto muitos economistas, pois se trata de muito mais do que apenas uma teoria, ou de algum modelo econométrico sem uso prático; o Bitcoin é a prova cabal de que uma moeda privada pode surgir do mercado, por meio da livre escolha dos indivíduos, sem a mínima necessidade de um decreto governamental — algo que contraria as teorias monetárias dominantes na academia.

A tecnologia do Bitcoin causa perplexidade inclusive entre os economistas da Escola Austríaca de Economia — muitos deles julgavam inconcebível um dinheiro não material, uma commodity não-física, uma moeda digital, abstrata. A tangibilidade, segundo estes, era um pressuposto inalienável de uma moeda saudável e sólida.

O fato inconteste é que um mero nerd da informática, um programador misterioso, demonstrou que muitos economistas estão equivocados: o dinheiro pode emergir do livre mercado, e a materialidade não é um atributo vital para uma boa moeda.

Em virtude disso tudo, o professor de finanças da UCLA Bhagwan Chowdhry nomeou Nakamoto para o Prêmio Nobel de Economia de 2016. Merecimento definitivamente não falta; o Bitcoin é nada menos que a maior invenção desde a internet. Mas essa distinção dificilmente lhe será concedida; é altamente improvável. Isso em nada apequena a sua obra, porém. Porque Nakamoto não se interessa pelos créditos; ele não almeja a fama ou os aplausos. A sua criação não é para consumo próprio, é um legado para o mundo.

Daqui a uns 10 ou 15 anos, o Bitcoin será visto como uma das grandes invenções deste século, e o nome Satoshi Nakamoto estará ao lado de Johannes Gutenberg, Isaac Newton, Samuel Morse, Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Albert Einstein, Tim Berners-Lee; enfim, na companhia das mentes mais brilhantes da humanidade.


Sempre desconfiei do anonimato de Satoshi Nakamoto.
Achava que podia ser uma lenda da internet, que a moeda surgiu do esforço de um grupo de pessoas.
Mas o que vai acima é mesmo a história de como tudo transcorreu e o cara ainda é uma incógnita dessa equação.
Como Grygori Perelman, o matemático russo que recusou o Nobel de Matemática (Fields) e o prêmio de 1 milhão de dólares, temos Nakamoto também se esquivando de honrarias, fama e dinheiro.

Offline FZapp

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #282 Online: 11 de Dezembro de 2017, 21:37:06 »
Existe a probabilidade do sr Nakamoto não existir e ser um conjunto de pessoas.
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Offline Gabarito

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #283 Online: 11 de Dezembro de 2017, 21:41:29 »
Não tem como saber ao certo.
O meu primeiro palpite era esse mesmo, um grupo de pessoas, mas o Mises acima mostra a monografia em nome de Nakamoto.
Acho que fraudar o autor de uma monografia com um pseudônimo de alguém inexistente poderia ser uma barra forçada demais.
Já não sei o que pode ser, mas estou, agora, mais propenso a acreditar num cara recluso mesmo.
O russo provou que esses seres não são impossíveis de existir.

Offline André Luiz

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #284 Online: 11 de Dezembro de 2017, 23:48:55 »
Não tenho opinião formada sobre isso, ou melhor, mudo ela a cada meia hora

Mas dos críticos vejo os caras dizendo que é bolha porque não da para confiar em moeda que não tenha exército.

Que daqui a 200 anos EUA, Rússia e China ainda estarão por  aí, já o bitcoin não.

Parafraseando Stalin, quantas divisões o bitcoin tem?  :hihi:

Offline homemcinza

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #285 Online: 13 de Dezembro de 2017, 19:40:50 »
isso aqui me lembrou aqueles panfletos de "trago seu amor de volta em 2 dias"

só digo uma coisa queria ter comprado bitcoin la no começo

Ceticismo é para poucos!

Offline Muad'Dib

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #286 Online: 13 de Dezembro de 2017, 19:43:34 »
isso aqui me lembrou aqueles panfletos de "trago seu amor de volta em 2 dias"

só digo uma coisa queria ter comprado bitcoin la no começo



Isso tem cheiro de golpe, igual a panfletos de "trago seu amor de volta". Golpes antigos usando roupinhas novas.

Offline SnowRaptor

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #287 Online: 13 de Dezembro de 2017, 19:47:14 »
"Contato Ventura Credenciado"

Ele é credenciado onde? :biglol:
Elton Carvalho

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Offline FZapp

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #288 Online: 14 de Dezembro de 2017, 08:35:24 »
isso aqui me lembrou aqueles panfletos de "trago seu amor de volta em 2 dias"

só digo uma coisa queria ter comprado bitcoin la no começo



Bitcoin não é pirâmide, mas isto é !
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Offline Fernando Silva

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #289 Online: 14 de Dezembro de 2017, 08:41:36 »
Estão distribuindo estes panfletos nos trens para gente que, provavelmente, nunca ouviu falar em bitcoin ou mal sabe do que se trata.

Offline FZapp

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #290 Online: 14 de Dezembro de 2017, 08:41:48 »
Não tem como saber ao certo.
O meu primeiro palpite era esse mesmo, um grupo de pessoas, mas o Mises acima mostra a monografia em nome de Nakamoto.
Acho que fraudar o autor de uma monografia com um pseudônimo de alguém inexistente poderia ser uma barra forçada demais.
Já não sei o que pode ser, mas estou, agora, mais propenso a acreditar num cara recluso mesmo.
O russo provou que esses seres não são impossíveis de existir.

O Mises? Esse documento é do bitcoin.org

https://bitcoin.org/en/bitcoin-paper

Isso não é prova de existência de alguém. Em todo caso o que digo serem várias pessoas é que pode haver alguém que se preta a testa de ferro mas o código parece ter sido desenvolvido por mais de uma pessoa.

Não lembro onde vi mas houve quem procurou e não encontrou referências claras a ele nas principais universidades (tirando os homônimos porque seria um sobrenome comum).
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Offline FZapp

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #291 Online: 14 de Dezembro de 2017, 08:42:33 »
Estão distribuindo estes panfletos nos trens para gente que, provavelmente, nunca ouviu falar em bitcoin ou mal sabe do que se trata.

Já vi 'palestra' sendo dada em condomínio. Disso sim tem que fugir, é golpe.
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Offline -Huxley-

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #292 Online: 14 de Dezembro de 2017, 20:32:08 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Bitcoin não é uma merda. Mas as previsões sobre o futuro dele, positivas ou negativas, são.

Quantas coisas foram inventadas há poucos anos atrás, atingiram o ápice da popularidade ou levaram a promessas de revolução e sumiram ou caíram no ostracismo? Napster, ICQ, Segway, etc. O ouro, por outro lado, já passou no teste do tempo e cumpre o papel de reserva de valor há milhares de anos. O mesmo pode ser dito da roda, do sapato, etc. Efeito Lindy, meus caros, efeito Lindy: ../forum/topic=30154.0.html

Mesmo que a ideia de criptomoeda vingue, isso não quer dizer que o Bitcoin estará no topo ou terá grande destaque. Uma marca é bem mais perecível do que uma invenção. É bom lembrar isso porque muitas pessoas se esquecem que antes do Google dominar o mercado de motores de busca, a finada Altavista era líder do setor. E o Google nasceu depois da invenção do motor de busca.

A verdade é que o Bitcoin terá que passar no teste do tempo para ser considerado um ativo tão seguro quanto o ouro, por exemplo.
« Última modificação: 14 de Dezembro de 2017, 20:36:55 por -Huxley- »

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #293 Online: 14 de Dezembro de 2017, 20:36:59 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Bitcoin não é uma merda. Mas as previsões sobre o futuro dele, positivas ou negativas, são.

Quantas coisas foram inventadas há poucos anos atrás, atingiram o ápice da popularidade ou levaram a promessas de revolução e sumiram ou caíram no ostracismo? Napster, ICQ, Segway, etc. O ouro, por outro lado, já passou no teste do tempo e cumpre o papel de reserva de valor há milhares de anos. O mesmo pode ser dito da roda, do sapato, etc. Efeito Lindy, meus caros, efeito Lindy: ../forum/topic=30154.0.html

Mesmo que a ideia de criptomoeda vingue, isso não quer dizer que o Bitcoin estará no topo ou terá grande destaque. Uma marca é bem mais perecível do que uma invenção. É bom lembrar isso porque muitas pessoas se esquecem que antes do Google dominar o mercado de motores de busca, a finada Altavista era líder do setor. E o Google nasceu depois da invenção do motor de busca.

A verdade é que o Bitcoin terá que passar no teste do tempo para ser um ativo tão seguro quanto o ouro, por exemplo.

A impressão que tenho é que cada criptomoeda terá seu uso próprio. O bitcoin não é ideal para o uso no dia-a-dia, por exemplo. Já o etherium parece que sim, pois leva segundos para validar uma transação e não é cobrado por isso.
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Offline Lorentz

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #294 Online: 14 de Dezembro de 2017, 20:39:11 »
Citar
http://meiobit.com/376655/bitcoin-por-que-adoro-esta-criptomoeda/

Por que adoro Bitcoin?

Postado Por Gabriela Bia em 06 12 2017 em Artigo, Destaques, Internet

Sou entusiasta de Blockchain-Bitcoin. Divulgo artigos a favor e contra porque gosto da discussão de ideias.

Fiquei fascinada porque trabalho com crédito, cobrança e pagamentos internacionais há mais de 13 anos. Nos últimos 4 anos vi meus clientes na América Latina sofrendo para comprar euros e dólares.

Fechar câmbio no Brasil é D+2 (dois dias úteis para empresas trocarem reais por dólares americanos).

Na República Dominicana e na Argentina, você nunca vai ter certeza quando conseguirão lhe pagar, pois possuem acessos escassos da moeda americana.

Venezuela, então? Há 7 anos, qualquer empresa poderia levar 6 meses para conseguir pagar um fornecedor estrangeiro. Hoje não há previsão.

Acha que o problema é só na América Latina?

O banco sueco da empresa ainda levava de 5 a 7 dias úteis para identificar um pagamento. Mesmo com SWIFT (sigla em inglês para comprovante interbancário de transação financeira) ainda corria o risco de não identificar o pagamento.

Sem contar as taxas! Há bancos que cobram 100 dólares por transação.

Imaginei como meu trabalho poderia ser mais fácil se todos usassem Bitcoins: a transação seria imediata, pública, auditável. As empresas registrariam em seus livros contábeis como já o fazem atualmente.

Então, ao receber hoje a notícia do economista e prêmio Nobel, Joseph Stiglitz, que disse em certa parte do artigo:

    “Por que as pessoas querem bitcoins? Por que as pessoas querem uma moeda alternativa? A verdadeira razão pela qual as pessoas querem uma moeda alternativa é participar de atividades ilícitas: lavagem de dinheiro, evasão fiscal”.

Não posso falar por outras pessoas, mas por mim: essa ideia de que criptomoedas são somente para o crime já cansou minha beleza.

Dinheiro em espécie é a fonte atual mais comum de se lavar dinheiro

Você pode desde comprar uma lata de refrigerante na padaria (que não emite nem cupom nem nota fiscal), comprar equipamento nas lojas da Santa Efigênia…

Pode até mesmo pagar um boleto de baixo valor em nome da sua mãe em qualquer agência sem precisar se identificar, mas experimente comprar um carro em concessionária com dinheiro: levantará suspeitas e a empresa ou banco que receber esse dinheiro deveria informar ao COAF.

Sabemos que o Brasil tem especialistas em roubo, mas que não entendem de guardar dinheiro, vide aquele caso do apartamento do Geddel ou os dólares na cueca de tantos.

Então, por que todo mundo pensa que o Bitcoin é considerado culpado?

Exchanges no mundo todo pedem foto de passaporte ou carteira de identificação e uma foto sua quando se cadastra para trocar sua moeda fiat (termo técnico para moedas fiduciárias) por criptomoeda.

A justificativa do laureado é:

    “é porque eles não querem qualquer tipo de supervisão, como temos em nosso sistema bancário”.

Nessa parte, eu semi-concordo com ele. Não quero expor tudo o que faço, mas estou cansada da burocracia bancária, das fraudes e tentativas de acesso de ladrões e estelionatários, sejam eles mascarados ou de colarinho branco.

Mais do que isso, o Bitcoin permite sobreviver em economias extremamente controladoras, como no Zimbábue.
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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #295 Online: 15 de Dezembro de 2017, 21:20:12 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Bitcoin não é uma merda. Mas as previsões sobre o futuro dele, positivas ou negativas, são.

Quantas coisas foram inventadas há poucos anos atrás, atingiram o ápice da popularidade ou levaram a promessas de revolução e sumiram ou caíram no ostracismo? Napster, ICQ, Segway, etc. O ouro, por outro lado, já passou no teste do tempo e cumpre o papel de reserva de valor há milhares de anos. O mesmo pode ser dito da roda, do sapato, etc. Efeito Lindy, meus caros, efeito Lindy: ../forum/topic=30154.0.html

Mesmo que a ideia de criptomoeda vingue, isso não quer dizer que o Bitcoin estará no topo ou terá grande destaque. Uma marca é bem mais perecível do que uma invenção. É bom lembrar isso porque muitas pessoas se esquecem que antes do Google dominar o mercado de motores de busca, a finada Altavista era líder do setor. E o Google nasceu depois da invenção do motor de busca.

A verdade é que o Bitcoin terá que passar no teste do tempo para ser considerado um ativo tão seguro quanto o ouro, por exemplo.

Além do que falou Lorentz, lembre que o principal ponto do Bitcoin não é a moeda em si, e sim uma infraestrutura de pagamentos não centralizada. É isso que terá que passar pelo teste do tempo.

Talvez o Bitcoin passe a ser mais uma reserva de valor, com a vantagem de seu meio de transação (diferente do ouro).

Muitas criptomoedas morrerão no caminho e algumas vingarão, as que sim tragam vantagens na sua infraestrutura.
--
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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #296 Online: 16 de Dezembro de 2017, 00:38:37 »
taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa

E a taxa de transação do bitcoin, que é praticamente um suborno built-in?

o valor pode ser alto se você for usar a moeda para pagar um simples café. Mas compare a taxa do bitcoin com a de um doc ou de uma transferência internacional.
Depende do banco, sou cliente do Banco Inter e não pago por um pacote de serviços ou por qualquer taxa pelos serviços que utilizo. Tenho direito a saques ilimitados na rede 24 horas; transferências ilimitadas para qualquer banco; consulta de extrato de qualquer período; desconto de cheque por imagem (tira-se uma foto do cheque usando o app do banco e o valor é descontado sem que você precise ir até uma agência); depósitos por boleto bancário (já que o banco é inteiramente digital e para colocar dinheiro nele sem pagar uma taxa de transferência de um outro banco com agência física que você tenha conta, usa-se o depósito por boleto, que custa no máximo o preço de impressão do boleto, mas caso o pagamento for feito pelo app do Smartphone, nem isso) entre outros muitos benefícios inteiramente gratuitos (incluindo cartão de crédito sem anuidade).

Sobre o bitcoin, existe a taxa pela transferência, mas ela é necessária para viabilizar o negócio, caso contrário ninguém se sentiria motivado a disponibilizar um equipamento (que custa dinheiro para ser montado e mantido) com capacidade de processamento suficiente para realizar os cálculos necessários para completar um bloco de transações da blockchain (e ser sorteado por ser aquele que primeiramente encontrou a solução do bloco). O preço elevado da transferência parece ter relação com o valor da moeda segundo a demanda e a procura, que no momento por estar absurdamente desproporcional acabou por elevar este valor a um patamar que inviabiliza o uso da moeda para transações de pequenos valores (no entanto eu posso estar errado, mas foi isso que eu entendi após algumas lidas nas ultimas semanas sobre criptomoedas). E é bom lembrar que existem outras moedas digitais, com custos de transações muito menores, que viabilizam transações de pequenos valores e que podem ser uma boa alternativa ao bitcoin nestes casos. Também li a respeito que transações de pequenos valores não levam 10 minutos para irem de uma carteira a outra, como é dito por ai em relação ao bitcoin. Elas levam 10 minutos para serem confirmadas no bloco que é adicionado a blockchain, mas o valor leva apenas alguns segundos depois de transferido da carteira do pagador para para estar disponível na sua carteira.
« Última modificação: 16 de Dezembro de 2017, 00:41:44 por Skeptikós »
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"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Feliperj

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #297 Online: 17 de Dezembro de 2017, 02:05:34 »
taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa

E a taxa de transação do bitcoin, que é praticamente um suborno built-in?

o valor pode ser alto se você for usar a moeda para pagar um simples café. Mas compare a taxa do bitcoin com a de um doc ou de uma transferência internacional.

Esse problema será resolvido com a implementação do lightning network (resolve a questão de escalabilidade também). Irá reduzir custos de transação e diminuir a concentração do mercado de mineradores! O RSK, já implementado, possibilita agora a criação de smart contracts na chain do Bitcoin.


Offline Feliperj

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #298 Online: 17 de Dezembro de 2017, 02:11:25 »
O bitcoin é uma merda.

Bom mesmo é você ter dinheiro em reais, e pagar taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa, além de esperar um dia, ou até semanas caso seja internacional (e taxas mais abusivas), ter que ficar indo na sua agência (e não em outra do mesmo banco) para cadastrar uma conta para um ted ou atualizar dados cadastrais. Outra coisa legal é pagar caro numa cesta de serviços para ter o privilégio de guardar dinheiro no banco, sendo para para cada coisa que você faz, paga uma taxa a mais.

Mas é o bitcoin que é uma merda e coisa de otário. Os bancos são uma maravilha!

Você esqueceu da melhor parte: aqueles que não têm grande aplicações, pagam só para saber quanto têm no banco ou acesso a um histórico. Uma maravilha!

Bitcoin não é uma merda. Mas as previsões sobre o futuro dele, positivas ou negativas, são.

Quantas coisas foram inventadas há poucos anos atrás, atingiram o ápice da popularidade ou levaram a promessas de revolução e sumiram ou caíram no ostracismo? Napster, ICQ, Segway, etc. O ouro, por outro lado, já passou no teste do tempo e cumpre o papel de reserva de valor há milhares de anos. O mesmo pode ser dito da roda, do sapato, etc. Efeito Lindy, meus caros, efeito Lindy: ../forum/topic=30154.0.html

Mesmo que a ideia de criptomoeda vingue, isso não quer dizer que o Bitcoin estará no topo ou terá grande destaque. Uma marca é bem mais perecível do que uma invenção. É bom lembrar isso porque muitas pessoas se esquecem que antes do Google dominar o mercado de motores de busca, a finada Altavista era líder do setor. E o Google nasceu depois da invenção do motor de busca.

A verdade é que o Bitcoin terá que passar no teste do tempo para ser considerado um ativo tão seguro quanto o ouro, por exemplo.

Além do que falou Lorentz, lembre que o principal ponto do Bitcoin não é a moeda em si, e sim uma infraestrutura de pagamentos não centralizada. É isso que terá que passar pelo teste do tempo.

Talvez o Bitcoin passe a ser mais uma reserva de valor, com a vantagem de seu meio de transação (diferente do ouro).

Muitas criptomoedas morrerão no caminho e algumas vingarão, as que sim tragam vantagens na sua infraestrutura.

E é bom separar, também, o que é somente crytomoeda (BTC, PIVX, Verticoin, Verge, Monero, DASHm etc), plataformas q viabilizam modelos de negócio (Ethereum, Cardano, EOS, etc) e o que são modelos de negócios com seus próprios tokens (OmiseGo, WaBi, etc).

O Ripple é um caso especifico, que está entrando forte num mercado dominado pelo Swift, de transferencia interbancária.

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Re:Bitcoin, a moeda do futuro
« Resposta #299 Online: 17 de Dezembro de 2017, 19:52:30 »
taxas abusivas para o simples serviço de transferir dinheiro para outra pessoa

E a taxa de transação do bitcoin, que é praticamente um suborno built-in?

o valor pode ser alto se você for usar a moeda para pagar um simples café. Mas compare a taxa do bitcoin com a de um doc ou de uma transferência internacional.
Depende do banco, sou cliente do Banco Inter e não pago por um pacote de serviços ou por qualquer taxa pelos serviços que utilizo. Tenho direito a saques ilimitados na rede 24 horas; transferências ilimitadas para qualquer banco; consulta de extrato de qualquer período; desconto de cheque por imagem (tira-se uma foto do cheque usando o app do banco e o valor é descontado sem que você precise ir até uma agência); depósitos por boleto bancário (já que o banco é inteiramente digital e para colocar dinheiro nele sem pagar uma taxa de transferência de um outro banco com agência física que você tenha conta, usa-se o depósito por boleto, que custa no máximo o preço de impressão do boleto, mas caso o pagamento for feito pelo app do Smartphone, nem isso) entre outros muitos benefícios inteiramente gratuitos (incluindo cartão de crédito sem anuidade).

Sobre o bitcoin, existe a taxa pela transferência, mas ela é necessária para viabilizar o negócio, caso contrário ninguém se sentiria motivado a disponibilizar um equipamento (que custa dinheiro para ser montado e mantido) com capacidade de processamento suficiente para realizar os cálculos necessários para completar um bloco de transações da blockchain (e ser sorteado por ser aquele que primeiramente encontrou a solução do bloco). O preço elevado da transferência parece ter relação com o valor da moeda segundo a demanda e a procura, que no momento por estar absurdamente desproporcional acabou por elevar este valor a um patamar que inviabiliza o uso da moeda para transações de pequenos valores (no entanto eu posso estar errado, mas foi isso que eu entendi após algumas lidas nas ultimas semanas sobre criptomoedas). E é bom lembrar que existem outras moedas digitais, com custos de transações muito menores, que viabilizam transações de pequenos valores e que podem ser uma boa alternativa ao bitcoin nestes casos. Também li a respeito que transações de pequenos valores não levam 10 minutos para irem de uma carteira a outra, como é dito por ai em relação ao bitcoin. Elas levam 10 minutos para serem confirmadas no bloco que é adicionado a blockchain, mas o valor leva apenas alguns segundos depois de transferido da carteira do pagador para para estar disponível na sua carteira.

Sim, o tempo de transferência não é o problema e sim a validação do próximo bloco onde sua transação está (numa rede descentralizada).
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
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