Não adianta criar sistema de voto que leve em conta a rejeição ou a predileção intermediária. As pessoas que desejariam eleger o candidato popular e rejeitado mentiriam sobre suas preferências de predileção intermediária, de modo que a regra da minoria acabaria se impondo de um jeito ou de outro.
Isso tem algum amparo "científico"? Pois não parece fazer sentido.
Bolsonaristas e lulistas podem mentir sobre suas predileções a vontade no voto, colocando "falsos" segundos, terceiros e quartos, que não vão com isso ajudar significativamente a eleger Bolsonaro ou Lula, não mais do que se só votassem no preferido. Antes disso estão ajudando um pouco alguns dos menos populares, que deverão apenas se aproximar mais daqueles de menor rejeição, sem essa estranha tentativa de sabotagem.
Há ainda uma alternativa mais simples, votos apenas por aprovação, em que se votaria em todos candidatos que se considera aceitáveis, sem a gradação de preferência. Acho vantajoso em simplicidade com relação ao de ordenação preferencial, talvez ele admita qualquer consideração matemática sobre a ordenação preferencial ser irrelevante, ao mesmo tempo em que também deve conduzir a resultados de menor rejeição geral, portanto mais democráticos.
https://www.youtube.com/v/db6Syys2fmEhttps://www.youtube.com/v/BZiS3U7EG0MPor que a recíproca não é válida?
Apenas os Bolsonaristas dariam 10 para o Bolsonaro e 0 para os demais? Os Lulistas não dariam 10 pro fantoche e 0 pro Bolsonaro e demais direitistas?
E qual seria a influência dessa minoria em uma amostragem totalitária? Qual seria a porcentagem de fanáticos o suficiente para darem 10 em seu candidato predileto e zerar todas as outras opções? 5%? 10%? Se são uma minoria, conforme você mesmo afirma, a nota geral seria corrigida pela maioria, que votou consciente.
Do mesmo modo que candidatos mais populares como Bolsonaro e Haddad possuem legiões de fanáticos, também possuem alta rejeição. Na mesma medida que receberiam nota acima do que a população moderada deu, também receberiam nota abaixa, devido aos fanáticos do lado oposto.
Não acompanhei a discussão toda, mas vocês já estão discutindo sobre
outro sistema de eleição. Naquele explicado no vídeo que coloquei, não há "notas", apenas
ordenação preferencial. Notas realmente me parecem poder favorecer ao tipo de "golpe" que Huxley sugeriu com preferências falsas. Mas apenas ordenação preferencial, não.
O meu voto provavelmente seria algo como: Amoêdo, Meirelles, Marina, Dias, Alckmin. E só. Não tem diferentes "notas" para cada um deles, embora haja implícita essa ordem de preferência, não exatamente quantificada em nota.
Lulistas provavelmente votariam algo nas linhas de Lula/Haddad, Ciro Gomes, Boulos, Marina, Vera Lúcia.
Bolsonaristas algo como Bolsonaro, Daciolo, Ciro Gomes, Alckmin, Dias, Amoêdo.
O melhor que os mais convictos puristas lulo-bolsonaristas podem fazer seria votar SÓ ou no Lula ou no Bolsonaro. Qualquer outro voto adicional não ajuda em nada sua causa.
Ninguém fica no poder de "reduzir" os votos dos menos rejeitados artificialmente. Ao menos não com o voto em si, apenas na base da propaganda mesmo.