Saint Germain/Terry Silver, na possibilidade de você estar sendo sincero, ofereço minha singela opinião.
Logo na sua entrada ao clube, percebi uma grande necessidade de espetáculo.
Você escreveu muito de suas experiências, exaltando quase tudo.
Havia também uma forte inclinação para atrair admiração à sua pessoa.
Nisso eu já me desculpei e expliquei os motivos. São águas passadas.
Pouco depois, você entrou em conflitos com diversos colegas num debate sobre a validade de pertencer à Mensa.
Nesses debates, de fato, você agiu quase como criança.
Mas não o censuro, pois, não só eu, mas para muita gente aquilo tudo foi uma sessão de muito bom humor que há muito não víamos por aqui.
Impossível esquecer os apelidos que você deu a alguns colegas.
Obrigado pela diversão.
Não sei por que cargas d'água minha afiliação à Mensa incomodou tanto alguns foristas aqui, mas se querem entrar para a Mensa, eu criei um método chamado "Silver rápido" onde a regra número 1 é: "se o homem é um mané, ele não pode entrar."
Brincadeiras à parte, sempre que pude eu tentei manter um tom de humor para melhor me comunicar com os companheiros desse fórum.
Ainda bem que você percebeu. Pena que não obtive sucesso em causar empatia com os colegas.
A sequência seguinte foi a sua exposição de trabalhos. Demonstrou um certo requinte na escolha de sons e imagens, mas tudo muito monocórdio e repetido; um tema único. Com a devida orientação, você poderia alcançar maiores voos.
Eu gosto muito do que é chamada no meio erudito de música antiga, que engloba toda música erudita anterior a Beethoven.
Eu tentei compor peças baseadas na literatura do barroco francês para cravo e órgão. São peças inspiradas em Rameau, Couperin, Forqueray e Pancrace Royer.
Não sei se a impressão de monotonia que você teve foi porque eu utilizei muito o timbre do cravo e não optei por instrumentos modernos como guitarra elétrica, bateria ou saxofone, ou se você achou meu trabalho chato e mal feito mesmo.
Gostaria de saber dos colegas que ouviram minhas composições o que acharam também. Se suas impressões destoam ou não das do Gabarito.
E depois, você voltou ao sensacionalismo e o realismo fantástico dos códigos de Da Vinci e outras "descobertas" fenomenais.
O problema é que depois do "Código da Vinci" e das cagadas pseudo-históricas de Dan Brown, está impossível fazer qualquer estudo sobre Leonardo da Vinci sem que alguém cite ceticamente o Dan Brown. O próprio ato de falar a palavra "da Vinci" já desperta hostilidade entre os acadêmicos. Obrigado, Dan Brown e Hollywood!
Outra coisa, você não leu o meu livro, portanto não conheceu o meu trabalho. Não se pode julgar um livro pela capa.
E, por fim, veio a conversa da esquizofrenia.
Eu suspeito que sofra disso, mas não tenho certeza.
Um psiquiatra e três psicólogos chegaram todos ao mesmo diagnóstico de que eu tenho a Síndrome de Asperger, mas eu sempre duvidei disso.
Não discordo da opinião do Pedro Reis e o Gigaview deu uma sugestão muito interessante. A hipótese dos dois foristas já foi aventada por mim. Não sei sé é comum, mas ao 10 anos de idade um dos meus filmes prediletos, além de O nome da Rosa, era do Jack, o estripador com Michael Caine. Eu simplesmente era fascinado pelos crimes do Jack. Ia nas locadoras e alugava todos os filmes do Jack que achava. Isso me rendeu o apelido de Jaquinho pelos funcionários dessa locadora.
Não sei, mas está parecendo que você carece de atenção ou, já tendo-a, indica que ela ainda não é suficiente.
Talvez tenha uma alma de artista com sofreguidão pela ribalta, ou vício pelo aplauso eterno, ou a necessidade de viver permanentemente sob os holofotes do teatro.
Eu acho que isso todo mundo tem um pouco, mas o que define o maior ou menor grau dessas necessidades tem a ver, entre outros fatores, com o lugar que a pessoa vive.
Se sou um cara diferente que tem gostos muitos incomuns da maioria e que vive numa cidade sem atrações culturais, turísticas e com população muito ignorante, claro que vou sofrer os sintomas que você descreveu. Tem muita relação com a geografia, ao meu ver.
No meu caso, posso te adiantar que é um problema sócio-cultural do meio onde vivo, que é muito precário e carente de cultura.
A temática dos fenômenos paranormais, do códigos secretos, da superinteligência, dos alienígenas (do passado ou do presente), das abduções e, enfim, dos roteiros de filmes dessa dimensão alegórica parece ser aquilo que mais lhe interessa e do que você mais se alimenta.
Não sei se foi sua intenção, mas agora você me pintou como um nerd otário e alienado. Obviamente você conhece muito pouco sobre mim.
Tenho uma coleção top dos melhores filmes já feitos. Uma verdadeira preciosidade cinematográfica para nenhum cinéfilo de carteirinha botar defeito.
Os meus filmes prediletos são aqueles de temática histórica e biográfica. Nos de ficção poderia citar alguns que marcaram a minha vida, como o já citado "O nome da Rosa", "O jardim secreto", "O segredo de Mary Reilly", "A Via-Láctea" de Luis Buñuel, "Todas as manhãs do mundo" e "O Conde de Monte Cristo" que, aliás, tenho todas as versões.
Entretanto, assisto muito mais documentários de cunho arqueológico, histórico e científico do que filmes.
Não acompanho blockbusters sobre códigos-secretos ao estilo "A lenda do tesouro perdido". Isso não faz o meu gênero.
De "superinteligência", como você citou, gosto demais de filmes biográficos sobre os cientistas. Já viu o filme sobre a Hipácia que se chama "Alexandria"? É um dos meus prediletos. "Uma mente brilhante" também me agrada muito, mas o livro é incomparavelmente melhor. Na ficção, um que me agradou muito foi "O gênio indomável". Outros foram "Um sonho de liberdade", todos da franquia 007 incluindo também os que não são da franquia como o "Nunca mais outra vez" e o "Cassino Royale" (o de 1954, claro), "Minha amada imortal" e, principalmente, o grande "Amadeus".
Ainda sobre os super-seres, qualquer um do Sherlock Holmes dos mais antigos também está na minha lista, de preferência as da série com o Jeremy Brett.
Já os filminhos sobre super-heróis não fazem o meu gênero, só uma vez ou outra assisto algum como entretenimento básico para passar o tempo e dar aquela relaxada.
Sobre estorinhas de alienígenas e abduções, eu realmente odeio tudo isso. Não sei de onde tirou essa ideia. Naturalmente você conhece muito pouco sobre a minha pessoa. Não gostei da sua análise preconceituosa a respeito dos meus gostos pessoais, mas não estou com raiva.
Como eu já disse, não sei até que ponto você está realmente mergulhado numa psicopatologia, ou tudo não passa de mais uma de suas inúmeras formas de chamar a atenção.
Como existem coisas sérias e uma frase/comentário mal encaminhados podem gerar consequências indesejadas, como já aconteceu em outros fóruns e situações, é prudente prestar apoio no que você necessitar externar e puder receber alguma ajuda, mesmo que via teclado somente.
Caso seja somente mais uma de suas traquinagens, eu assumo o mico de ter caído nela. Mas não deixo passar a oportunidade de oferecer uma mão a quem possa estar precisando.
Se quiser, pode usar de PM.
Espero que melhore.
Muito nobre a sua atitude. Que os outros possam seguir o seu exemplo.
Quanto a esperar que eu melhore, sou muito pessimista quanto a isso. Num impulso de acesso de raiva eu acabei com todo o meu trabalho literário e musical após ler a sua crítica. De todo modo, eu gostaria de saber a opinião dos outros foristas que também chegaram a conhecer um pouco do meu trabalho.