Autor Tópico: Como se faz um país de merda  (Lida 17861 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #175 Online: 09 de Dezembro de 2013, 15:28:05 »
Chega né?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #176 Online: 09 de Dezembro de 2013, 16:24:47 »
Não entendi o que o Defel tem a ver.


O Derfel trabalha no SUS, e o Agnóstico não desiste de incentivar o Derfel a implementar as melhoras que ele vê como necessárias.

Offline _tiago

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #177 Online: 09 de Dezembro de 2013, 18:22:32 »
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Lá no Brasil invisível, por Vinicius Torres Freire

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2013/12/1382461-la-no-brasil-invisivel.shtml

Em uma viagem pelo interior mais pobrezinho do Nordeste, este jornalista deu com uma cena que então parecia meio exótica. Crianças alimentadas, numa barulheira alegre, lotavam um ônibus escolar amarelo como aqueles de filme americano, mas estalando de novo.

De onde saíra aquilo? Na lataria, estava escrito: "Programa Caminho da Escola - Governo Federal". O jornalista confessa com vergonha que até este ano jamais ouvira falar do "Caminho da Escola". Além do mais, tende a desconfiar de que alguns desses programas com nomes marqueteiros sejam ficções, que existam apenas naquelas cerimônias cafonas de anúncios oficiais.

O "Caminho da Escola", porém, financiou quase 26 mil ônibus desde 2009, em mais de 4.700 cidades. Digamos que os ônibus carreguem 40 crianças cada um (deve ser mais). Dá mais de 1 milhão de crianças. Conhecendo a falta de dinheiro e as distâncias das escolas nos fundões do país, isso faz uma diferença enorme.

Daqui do centro rico de São Paulo, o Brasil, esse país longínquo, e muitas ações do governo parecem invisíveis. Quase ninguém "daqui" dá muita bola para programas populares dos governos do PT até que o povo miúdo apareça satisfeito em pesquisas eleitorais.

Juntos, tais programas afetam a vida de dezenas de milhões de pessoas, tanto faz a qualidade dessas políticas, umas melhores, outras nem tanto, embora nenhuma delas seja nem de longe tão ruim quanto a política econômica.

Quem "daqui" conhece o Programa Crescer (Programa Nacional de Microcrédito)? Existia desde 2005, foi reformado por Dilma Rousseff em 2011, quando passou a contar com crédito direcionado e juro baixo, ora negativo (5%, abaixo da inflação).

O Crescer já financiou o negociozinho de 3,5 milhões de pessoas, um terço delas recipientes de Bolsa Família. Tem uma versão rural, mais antiga, mas vitaminada nos governos do PT, o Pronaf, que ofereceu crédito a juro real ainda mais baixo a 2,2 milhões de agricultores pequenos na safra 2012/13.

O Pronatec já é mais falado, mas pouco conhecido (até mesmo pelo governo, que só agora começou a fazer uma avaliação de resultados). Irmão mais novo e em geral grátis do universitário Prouni, trata-se de um conjunto variadíssimo de ações que procura oferecer cursos profissionalizantes e técnicos (ensino médio).

Desde sua criação, foram mais de 5 milhões de matrículas (há evidências esparsas de grande evasão, de uns 20%, mas ainda falta estatística séria). A maioria das vagas é reservada para os mais deserdados dos brasileiros.

Reportagem desta Folha mostrou que os 13 mil médicos do Mais Médicos devem estar ao alcance de cerca de 46 milhões de pessoas no ano que vem. Não é uma política ampla de saúde, está claro. Mas, outra vez, vai resolver muito problema de muita gente deserdada desta terra.

O Minha Casa, Minha Vida já entregou 1,32 milhão de casas; tem mais 1,6 milhão contratadas. Beneficia 4,6 milhões de pessoas.

Junte-se a isso tudo as já manjadas transferências sociais, em dinheiro, crescentes em valor e cobertura. É muita gente "de lá" beneficiada. Goste-se ou não do conjunto da obra, o efeito social e político é enorme.

A gente "daqui" precisa visitar mais o Brasil.


Só pra contrariar a opinião geral do fórum... :P

Offline _Juca_

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #178 Online: 10 de Dezembro de 2013, 09:08:27 »
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Lá no Brasil invisível, por Vinicius Torres Freire

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2013/12/1382461-la-no-brasil-invisivel.shtml

Em uma viagem pelo interior mais pobrezinho do Nordeste, este jornalista deu com uma cena que então parecia meio exótica. Crianças alimentadas, numa barulheira alegre, lotavam um ônibus escolar amarelo como aqueles de filme americano, mas estalando de novo.

De onde saíra aquilo? Na lataria, estava escrito: "Programa Caminho da Escola - Governo Federal". O jornalista confessa com vergonha que até este ano jamais ouvira falar do "Caminho da Escola". Além do mais, tende a desconfiar de que alguns desses programas com nomes marqueteiros sejam ficções, que existam apenas naquelas cerimônias cafonas de anúncios oficiais.

O "Caminho da Escola", porém, financiou quase 26 mil ônibus desde 2009, em mais de 4.700 cidades. Digamos que os ônibus carreguem 40 crianças cada um (deve ser mais). Dá mais de 1 milhão de crianças. Conhecendo a falta de dinheiro e as distâncias das escolas nos fundões do país, isso faz uma diferença enorme.

Daqui do centro rico de São Paulo, o Brasil, esse país longínquo, e muitas ações do governo parecem invisíveis. Quase ninguém "daqui" dá muita bola para programas populares dos governos do PT até que o povo miúdo apareça satisfeito em pesquisas eleitorais.

Juntos, tais programas afetam a vida de dezenas de milhões de pessoas, tanto faz a qualidade dessas políticas, umas melhores, outras nem tanto, embora nenhuma delas seja nem de longe tão ruim quanto a política econômica.

Quem "daqui" conhece o Programa Crescer (Programa Nacional de Microcrédito)? Existia desde 2005, foi reformado por Dilma Rousseff em 2011, quando passou a contar com crédito direcionado e juro baixo, ora negativo (5%, abaixo da inflação).

O Crescer já financiou o negociozinho de 3,5 milhões de pessoas, um terço delas recipientes de Bolsa Família. Tem uma versão rural, mais antiga, mas vitaminada nos governos do PT, o Pronaf, que ofereceu crédito a juro real ainda mais baixo a 2,2 milhões de agricultores pequenos na safra 2012/13.

O Pronatec já é mais falado, mas pouco conhecido (até mesmo pelo governo, que só agora começou a fazer uma avaliação de resultados). Irmão mais novo e em geral grátis do universitário Prouni, trata-se de um conjunto variadíssimo de ações que procura oferecer cursos profissionalizantes e técnicos (ensino médio).

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Reportagem desta Folha mostrou que os 13 mil médicos do Mais Médicos devem estar ao alcance de cerca de 46 milhões de pessoas no ano que vem. Não é uma política ampla de saúde, está claro. Mas, outra vez, vai resolver muito problema de muita gente deserdada desta terra.

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Offline Diegojaf

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #179 Online: 10 de Dezembro de 2013, 09:14:22 »
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Lá no Brasil invisível, por Vinicius Torres Freire

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2013/12/1382461-la-no-brasil-invisivel.shtml

Em uma viagem pelo interior mais pobrezinho do Nordeste, este jornalista deu com uma cena que então parecia meio exótica. Crianças alimentadas, numa barulheira alegre, lotavam um ônibus escolar amarelo como aqueles de filme americano, mas estalando de novo.

De onde saíra aquilo? Na lataria, estava escrito: "Programa Caminho da Escola - Governo Federal". O jornalista confessa com vergonha que até este ano jamais ouvira falar do "Caminho da Escola". Além do mais, tende a desconfiar de que alguns desses programas com nomes marqueteiros sejam ficções, que existam apenas naquelas cerimônias cafonas de anúncios oficiais.

O "Caminho da Escola", porém, financiou quase 26 mil ônibus desde 2009, em mais de 4.700 cidades. Digamos que os ônibus carreguem 40 crianças cada um (deve ser mais). Dá mais de 1 milhão de crianças. Conhecendo a falta de dinheiro e as distâncias das escolas nos fundões do país, isso faz uma diferença enorme.

Daqui do centro rico de São Paulo, o Brasil, esse país longínquo, e muitas ações do governo parecem invisíveis. Quase ninguém "daqui" dá muita bola para programas populares dos governos do PT até que o povo miúdo apareça satisfeito em pesquisas eleitorais.

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O Crescer já financiou o negociozinho de 3,5 milhões de pessoas, um terço delas recipientes de Bolsa Família. Tem uma versão rural, mais antiga, mas vitaminada nos governos do PT, o Pronaf, que ofereceu crédito a juro real ainda mais baixo a 2,2 milhões de agricultores pequenos na safra 2012/13.

O Pronatec já é mais falado, mas pouco conhecido (até mesmo pelo governo, que só agora começou a fazer uma avaliação de resultados). Irmão mais novo e em geral grátis do universitário Prouni, trata-se de um conjunto variadíssimo de ações que procura oferecer cursos profissionalizantes e técnicos (ensino médio).

Desde sua criação, foram mais de 5 milhões de matrículas (há evidências esparsas de grande evasão, de uns 20%, mas ainda falta estatística séria). A maioria das vagas é reservada para os mais deserdados dos brasileiros.

Reportagem desta Folha mostrou que os 13 mil médicos do Mais Médicos devem estar ao alcance de cerca de 46 milhões de pessoas no ano que vem. Não é uma política ampla de saúde, está claro. Mas, outra vez, vai resolver muito problema de muita gente deserdada desta terra.

O Minha Casa, Minha Vida já entregou 1,32 milhão de casas; tem mais 1,6 milhão contratadas. Beneficia 4,6 milhões de pessoas.

Junte-se a isso tudo as já manjadas transferências sociais, em dinheiro, crescentes em valor e cobertura. É muita gente "de lá" beneficiada. Goste-se ou não do conjunto da obra, o efeito social e político é enorme.

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Excelente. Dezenas de programas sociais que financiam tudo, não exigem nenhuma contrapartida e não têm qualquer controle sobre o alcance real, o retorno e os resultados (tradução: milhares de números maquiados e fraudes). E ainda somando aqueles que "irão" proporcionar melhorias, mas jamais saberemos quantas, quem e como... Só ir dando dinheiro e tudo fica por isso mesmo... Muito bom mesmo... :ok:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline _tiago

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #180 Online: 10 de Dezembro de 2013, 09:35:31 »
Excelente. Dezenas de programas sociais que financiam tudo, não exigem nenhuma contrapartida e não têm qualquer controle sobre o alcance real, o retorno e os resultados (tradução: milhares de números maquiados e fraudes). E ainda somando aqueles que "irão" proporcionar melhorias, mas jamais saberemos quantas, quem e como... Só ir dando dinheiro e tudo fica por isso mesmo... Muito bom mesmo... :ok:

Que tipo de contrapartida você espera do Caminhos da Escola, por exemplo? Crianças conseguindo ir à escola deverão apresentar notas boas? Ou do Minha Casa? Eu pensava que nesses dois casos seria interessante que as crianças conseguissem ir a escola e que paguem o financiamento bancário. No primeiro você fiscaliza as prefeituras, o segundo é controle da Caixa. Não sei se isso ocorre, nem se está havendo desvios ou não, você sabe?
Aliás, como você preferiria saber sobre o "controle do alcance real" da coisa?
E o Crescer, o Pronatec e o Prouni: o que você sabe deles que não a existência?

Viu, eu postei uma notícia do SUS aqui com críticas fundamentadas, você tem algo a acrescentar que não apenas seus preconceitos? Porque pra mim a coisa ficou um tanto que improfícua.

Offline Diegojaf

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #181 Online: 10 de Dezembro de 2013, 09:46:56 »
Excelente. Dezenas de programas sociais que financiam tudo, não exigem nenhuma contrapartida e não têm qualquer controle sobre o alcance real, o retorno e os resultados (tradução: milhares de números maquiados e fraudes). E ainda somando aqueles que "irão" proporcionar melhorias, mas jamais saberemos quantas, quem e como... Só ir dando dinheiro e tudo fica por isso mesmo... Muito bom mesmo... :ok:

Que tipo de contrapartida você espera do Caminhos da Escola, por exemplo? Crianças conseguindo ir à escola deverão apresentar notas boas? Ou do Minha Casa? Eu pensava que nesses dois casos seria interessante que as crianças conseguissem ir a escola e que paguem o financiamento bancário. No primeiro você fiscaliza as prefeituras, o segundo é controle da Caixa. Não sei se isso ocorre, nem se está havendo desvios ou não, você sabe?
Aliás, como você preferiria saber sobre o "controle do alcance real" da coisa?
E o Crescer, o Pronatec e o Prouni: o que você sabe deles que não a existência?

Viu, eu postei uma notícia do SUS aqui com críticas fundamentadas, você tem algo a acrescentar que não apenas seus preconceitos? Porque pra mim a coisa ficou um tanto que improfícua.

Quão ausente do fórum você está? Nos últimos 3 meses nós só discutímos aqui fraudes e mais fraudes em todos estes programas, especialmente na (falta de) administração e controle de fundos, repasses e acertos de contas de hospitais e outros serviços públicos.

Aí você posta um comentário otimista, que ignora tudo isso e mais um monte e acha que meu comentário é "improfícuo"? :hein:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #182 Online: 10 de Dezembro de 2013, 13:54:20 »
São fraudes em todos esses programas?

Fraudes nos programas mostram que eles são inerentemente falhos, não deveriam existir? Isso não é mais ou menos equivalente à generalização, "existe corrupção na polícia, logo a polícia é toda corrupta"?


Da mesma forma que não se pode achar que o governo é nosso panteão salvador infalível, não se pode também desprezar absolutamente tudo por reflexo. Apesar disso ser bastante compreensível, ficamos condicionados a esperar sempre o pior, já que o ruim é bastante comum (e, naturalmente/devidamente, desproporcionalmente noticiado, assim como crimes em geral, o que alimenta o nosso viés de amostragem).

Offline Diegojaf

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #183 Online: 10 de Dezembro de 2013, 14:11:26 »
São fraudes em todos esses programas?

Sim.

Fraudes nos programas mostram que eles são inerentemente falhos, não deveriam existir? Isso não é mais ou menos equivalente à generalização, "existe corrupção na polícia, logo a polícia é toda corrupta"?

Primeiramente, responda onde mesmo que eu disse que qualquer destes programas não deveria existir? Apontei os problemas de fiscalização e falta de cobrança de resultados.

Os alegados "bons" resultados do artigo citado não são absolutamente nada se comparados ao enorme monte de ineficiência, corrupção e má administração que existe, enquanto nenhum resultado é esperado ou cobrado. O dinheiro é dado, não existe uma contra-partida e nem acompanhamento pelos órgãos responsáveis.

O texto diz "o efeito social e político é enorme.". E isso é necessáriamente bom?

O efeito social são milhares de pessoas que agora esperam de boca aberta a comida cair na boca, que preferem na informalidade, recebendo parte do salário "por fora" pra poderem continuar recebendo bolsas...

O efeito político? O voto de cabresto, o discurso da situação de "tenha medo, vão tirar sua bolsa família/escola/leite/merenda/teatro/crack" e que faz com que as pessoas se mantenham ali como reféns.

Da mesma forma que não se pode achar que o governo é nosso panteão salvador infalível, não se pode também desprezar absolutamente tudo por reflexo. Apesar disso ser bastante compreensível, ficamos condicionados a esperar sempre o pior, já que o ruim é bastante comum (e, naturalmente/devidamente, desproporcionalmente noticiado, assim como crimes em geral, o que alimenta o nosso viés de amostragem).

O artigo é ridículo. Trata como "vantagem" o fato de ter dinheiro sendo distribuído por aí sem qualquer controle, sem qualquer cobrança de resultados. O fato de programas que "irão" melhorar a vida das pessoas, como se tal melhora fosse certa quando o que vemos na prática é só um monte de oba-oba.
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Offline Gabarito

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #184 Online: 10 de Dezembro de 2013, 15:10:03 »
O colega Diegojaf falou tudo.

O efeito social são milhares de pessoas que agora esperam de boca aberta a comida cair na boca, que preferem na informalidade, recebendo parte do salário "por fora" pra poderem continuar recebendo bolsas...




O efeito político? O voto de cabresto, o discurso da situação de "tenha medo, vão tirar sua bolsa família/escola/leite/merenda/teatro/crack" e que faz com que as pessoas se mantenham ali como reféns.

Alguém já havia alertado para o que isso teria como consequência política.

<a href="http://www.youtube.com/v/YqoS13_g2-k" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/YqoS13_g2-k</a>


O descontrole de gastos e o gigantesco prejuízo social que se obtém com tantos programas assistencialistas a longo prazo são enormes. Está sendo formada uma geração de dependentes crônicos do estado paternalista.

Aquele mesmo que associou a troca do voto por comida para encher a barriga também falou que o assistencialismo faz o pobre não querer mais plantar macaxeira:

Citar
Lula já era presidente em 9 de abril de 2003. Num evento no agreste nordestino, em companhia de Ciro Gomes, afirmou que o Bolsa Família deixava os pobres vagabundos, sem vontade de plantar macaxeira.

http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/83908/

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #185 Online: 10 de Dezembro de 2013, 15:45:51 »
O problema é que o Lula ter dito, ou se achar que acontece, não é prova de que aconteça.

Constatado que acontece pontualmente, ainda fica em questão o quão significativo é, em comparação com os casos que se considere que essa ajuda seja realmente necessária.

Essas críticas generalizadas sempre parecem deixar a sugestão não expressa pairando no ar, "tragam o darwinismo social".


Eu não acho que os programas são uma maravilha, livres de problemas, que não podem ser melhorados (e até reduzidos), e que não tem grande potencial ou uso efetivo para voto de cabresto. E talvez muitas das vezes em que eu mesmo critiquei tenha deixado a aparência dessa sugestão implícita.

Offline Diegojaf

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #186 Online: 10 de Dezembro de 2013, 16:12:27 »
O problema é que o Lula ter dito, ou se achar que acontece, não é prova de que aconteça.

Falar com Juca.

Constatado que acontece pontualmente, ainda fica em questão o quão significativo é, em comparação com os casos que se considere que essa ajuda seja realmente necessária.

E o problema é justamente a falta de dados sobre quanta corrupção, desvio e favorecimento ilícito existem nestes programas, com números furados, sem confiabilidade e sem detalhes sobre como, quando e por quem foram obtidos. A falta de transparência por si só já deveria ser o suficiente para que todos estes programas fossem devidamente investigados.

Essas críticas generalizadas sempre parecem deixar a sugestão não expressa pairando no ar, "tragam o darwinismo social".

Como são generalizadas se estão tratando de casos concretos? As fraudes foram descobertas, provadas e nenhuma providência seguinte foi tomada, sendo que a única posição formal dos responsáveis é "sentimos muito por termos sido descobertos".

Eu não acho que os programas são uma maravilha, livres de problemas, que não podem ser melhorados (e até reduzidos), e que não tem grande potencial ou uso efetivo para voto de cabresto. E talvez muitas das vezes em que eu mesmo critiquei tenha deixado a aparência dessa sugestão implícita.

O autor do artigo ficou feliz em "descobrir" o programa, eu ficarei feliz vendo que todas as prestações de contas foram devidamente analisadas e investigadas.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline _tiago

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #187 Online: 10 de Dezembro de 2013, 16:40:43 »
Quão ausente do fórum você está? Nos últimos 3 meses nós só discutímos aqui fraudes e mais fraudes em todos estes programas, especialmente na (falta de) administração e controle de fundos, repasses e acertos de contas de hospitais e outros serviços públicos.

Aí você posta um comentário otimista, que ignora tudo isso e mais um monte e acha que meu comentário é "improfícuo"? :hein:

Dos 5 programas sociais comentados, você acusa problemas de controle em dois e ignora que talvez, sim, eles tragam resultados sociais positivos? Aliás, eu não duvido que haja problemas de controle, mas o argumento do texto é o resultado social positivo dos programas sociais. Ou você não acha que os citados programas sociais podem trazer resultados positivos, à despeito de fiscalizações que devem sim ocorrer?

E qual a contrapartida do ônibus amarelo? Que os estudantes mostrem seus boletins para fiscais?

Do SUS eu mesmo postei críticas, e daí? Não foi nem citado.




Offline _tiago

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #188 Online: 10 de Dezembro de 2013, 16:49:04 »
Os alegados "bons" resultados do artigo citado não são absolutamente nada se comparados ao enorme monte de ineficiência, corrupção e má administração que existe, enquanto nenhum resultado é esperado ou cobrado. O dinheiro é dado, não existe uma contra-partida e nem acompanhamento pelos órgãos responsáveis.

Sem olhar caso a caso, sem os fatos, você está julgando de acordo com seus preconceitos. Crianças poderem ir pra escola, financiamento barato para pequenos comerciantes, agricultores, estudantes e compradores de casa, apenas pelo fato de propiciarem essa possibilidade a quem do contrário não as teria, é uma coisa boa, não? Do contrário, elas não teriam nada disso. O que não impede falhas de controle que devem ser apuradas e punidas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #189 Online: 10 de Dezembro de 2013, 16:53:45 »
No caso de "crédito barato" há a questão de se isso é economicamente sustentável, já que essas coisas não são "mágicas".

Já quanto a ônibus escolares, acho difícil haver qualquer problema intrínseco à idéia, ainda que sempre possam haver fraudes em licitações e etc.

Offline _tiago

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #190 Online: 10 de Dezembro de 2013, 16:58:10 »
No caso de "crédito barato" há a questão de se isso é economicamente sustentável, já que essas coisas não são "mágicas".

Talvez dependesse de prazo. Atualmente, pode ser que o crédito em conta dê sobrevida ao pequeníssimo empresário e lhe possibilite gastos necessários com seu negócio (e que o alavanque), como aumentar os estoques se necessário, por exemplo.
Mas é uma coisa que, no longo prazo, deveria ser responsabilidade de bancos.

Offline Fabrício

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #191 Online: 10 de Dezembro de 2013, 17:03:14 »
Citação de: Buckaroo Banzai
No caso de "crédito barato" há a questão de se isso é economicamente sustentável, já que essas coisas não são "mágicas".

O crédito rural é subsidiado pelo Governo Federal com recursos do FAT, desde o governo FHC ou até antes. Existe o crédito para médios e grandes produtores, com juros de em média 5% ao ano, e o crédito para pequenos agricultores de base familiar, o PRONAF, com juros de 2% ao ano. O Governo diz que todo ano sobra dinheiro no FAT, ou seja, os agricultores não conseguem usar tudo. Não sei se é verdade, mas se for, neste ponto está tudo bem.

A agricultura é subsidiada no mundo todo. Aliás, o Brasil é um dos países que menos subsidiam e protegem os agricultores, comparado com os países da União Européia, por exemplo. A justificativa é que a agricultura é uma atividade de importância muito grande (produção de alimentos, texteis, etc), de alto risco, muito sujeita a oscilações bruscas de mercado e com um ganho social muito forte.
"Deus prefere os ateus"

Offline Geotecton

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #192 Online: 10 de Dezembro de 2013, 18:12:17 »
Citação de: Buckaroo Banzai
No caso de "crédito barato" há a questão de se isso é economicamente sustentável, já que essas coisas não são "mágicas".
O crédito rural é subsidiado pelo Governo Federal com recursos do FAT, desde o governo FHC ou até antes. Existe o crédito para médios e grandes produtores, com juros de em média 5% ao ano, e o crédito para pequenos agricultores de base familiar, o PRONAF, com juros de 2% ao ano. O Governo diz que todo ano sobra dinheiro no FAT, ou seja, os agricultores não conseguem usar tudo. Não sei se é verdade, mas se for, neste ponto está tudo bem.
[...]

Não tenho certeza de que o crédito rural venha do FAT. O que eu sei é que este é a fonte do seguro-desemprego e do (esdrúxulo e assistencialista) abono salarial.
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Offline Geotecton

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #193 Online: 10 de Dezembro de 2013, 18:22:18 »
Dos 5 programas sociais comentados, você acusa problemas de controle em dois e ignora que talvez, sim, eles tragam resultados sociais positivos? Aliás, eu não duvido que haja problemas de controle, mas o argumento do texto é o resultado social positivo dos programas sociais. Ou você não acha que os citados programas sociais podem trazer resultados positivos, à despeito de fiscalizações que devem sim ocorrer?

Todo "programa social" traz resultados "positivos". Então isto não é diferencial para justificá-los per se.

O que importa é a relação benefício/custo de cada programa e quais são as suas implicações de médio e longo prazo como, por exemplo, a criação de toda uma geração de "dependentes do papai-estado" que se mantém por meio da espoliação dos contribuintes.
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Offline Fabrício

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #194 Online: 10 de Dezembro de 2013, 18:52:19 »
Citação de: Buckaroo Banzai
No caso de "crédito barato" há a questão de se isso é economicamente sustentável, já que essas coisas não são "mágicas".
O crédito rural é subsidiado pelo Governo Federal com recursos do FAT, desde o governo FHC ou até antes. Existe o crédito para médios e grandes produtores, com juros de em média 5% ao ano, e o crédito para pequenos agricultores de base familiar, o PRONAF, com juros de 2% ao ano. O Governo diz que todo ano sobra dinheiro no FAT, ou seja, os agricultores não conseguem usar tudo. Não sei se é verdade, mas se for, neste ponto está tudo bem.
[...]

Não tenho certeza de que o crédito rural venha do FAT. O que eu sei é que este é a fonte do seguro-desemprego e do (esdrúxulo e assistencialista) abono salarial.

Na verdade, o FAT é uma das fontes. Existem outros fundos, além de uma parte dos recursos dos Bancos que obrigatoriamente tem que ser investidos em crédito rural:

Citar
O Banco do Brasil aplica recursos controlados pelo Governo, recursos captados no mercado e recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. Dependendo de resoluções específicas, o Banco poderá aplicar recursos captados no exterior.

http://www.bb.com.br/portalbb/page100,107,10867,9,1,1,2.bb?codigoNoticia=1491&codigoMenu=11629&codigoRet=11671&bread=2_10_1
"Deus prefere os ateus"

Offline Osler

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #195 Online: 11 de Dezembro de 2013, 10:01:23 »
Acho que o questionamento do Diego não é só pela criação de uma casta de estado-dependentes, mas o fato que a maioria desses programas não tem transparência ou gestão adequada.  Qualquer política pública deve ter parâmetros (metas e outros) mensuráveis para possibilitar o acompanhamento e o aperfeiçoamento.
Assim deveria se ter, expresso em números, dados como quantos ônibus existem, aonde, quanto custaram, quantos alunos favorecem, qual a manutenção que sofrem, qual o impacto social (frequência em aula seria um dado grosseiro e incompleto mas já ajudaria).  Sem esses dados não tem como saber se dinheiro gasto X retorno social é válido.
Tão importante quanto é a necessidade de transparência, num mundo ideal qualquer cidadão deveria ter fácil acesso a esses dados, para acompanha a fiscalizar o bom uso do dinheiro público e sua repercussão na sociedade.
Dizer apenas que melhora para alguém é pouco.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Osler

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #196 Online: 11 de Dezembro de 2013, 10:02:13 »
Ah, e eu sou francamente favorável a esses programas de redistribuição de renda, apesar das críticas.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Bolsonaro neles

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #197 Online: 11 de Dezembro de 2013, 10:06:56 »
Acho que o questionamento do Diego não é só pela criação de uma casta de estado-dependentes, mas o fato que a maioria desses programas não tem transparência ou gestão adequada.  Qualquer política pública deve ter parâmetros (metas e outros) mensuráveis para possibilitar o acompanhamento e o aperfeiçoamento.
Assim deveria se ter, expresso em números, dados como quantos ônibus existem, aonde, quanto custaram, quantos alunos favorecem, qual a manutenção que sofrem, qual o impacto social (frequência em aula seria um dado grosseiro e incompleto mas já ajudaria).  Sem esses dados não tem como saber se dinheiro gasto X retorno social é válido.
Tão importante quanto é a necessidade de transparência, num mundo ideal qualquer cidadão deveria ter fácil acesso a esses dados, para acompanha a fiscalizar o bom uso do dinheiro público e sua repercussão na sociedade.
Dizer apenas que melhora para alguém é pouco.
Está errado na premissa, no princípio, no âmago. Sendo bem feito ou mal feito, sendo honesto ou desonesto, o Estado não deve subsidiar o que é responsabilidade de cada um. Por que esses caras querem tanto a ajuda do Estado meu deus, por que???

Viva o liberalismo, a responsabilidade, o Estado mínimo, a livre iniciativa, o lucro e a propriedade privada. Abaixo o estatismo e o incentivo à irresponsabilidade.

Offline _Juca_

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #198 Online: 11 de Dezembro de 2013, 10:51:45 »
Acho que o questionamento do Diego não é só pela criação de uma casta de estado-dependentes, mas o fato que a maioria desses programas não tem transparência ou gestão adequada.  Qualquer política pública deve ter parâmetros (metas e outros) mensuráveis para possibilitar o acompanhamento e o aperfeiçoamento.
Assim deveria se ter, expresso em números, dados como quantos ônibus existem, aonde, quanto custaram, quantos alunos favorecem, qual a manutenção que sofrem, qual o impacto social (frequência em aula seria um dado grosseiro e incompleto mas já ajudaria).  Sem esses dados não tem como saber se dinheiro gasto X retorno social é válido.
Tão importante quanto é a necessidade de transparência, num mundo ideal qualquer cidadão deveria ter fácil acesso a esses dados, para acompanha a fiscalizar o bom uso do dinheiro público e sua repercussão na sociedade.
Dizer apenas que melhora para alguém é pouco.

Eu não procurei agora, mas nos programas sociais que eu já pesquisei, quase toda a informação de gastos está disponível nos sites do governo, além do portal transparência que detalha os gastos governamentais.


Offline Diegojaf

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Re:Como se faz um país de merda
« Resposta #199 Online: 11 de Dezembro de 2013, 10:55:02 »
Acho que o questionamento do Diego não é só pela criação de uma casta de estado-dependentes, mas o fato que a maioria desses programas não tem transparência ou gestão adequada.  Qualquer política pública deve ter parâmetros (metas e outros) mensuráveis para possibilitar o acompanhamento e o aperfeiçoamento.
Assim deveria se ter, expresso em números, dados como quantos ônibus existem, aonde, quanto custaram, quantos alunos favorecem, qual a manutenção que sofrem, qual o impacto social (frequência em aula seria um dado grosseiro e incompleto mas já ajudaria).  Sem esses dados não tem como saber se dinheiro gasto X retorno social é válido.
Tão importante quanto é a necessidade de transparência, num mundo ideal qualquer cidadão deveria ter fácil acesso a esses dados, para acompanha a fiscalizar o bom uso do dinheiro público e sua repercussão na sociedade.
Dizer apenas que melhora para alguém é pouco.

Eu não procurei agora, mas nos programas sociais que eu já pesquisei, quase toda a informação de gastos está disponível nos sites do governo, além do portal transparência que detalha os gastos governamentais.

O detalhamento do valor repassado pelo governo aos programas é diferente do detalhamento de como o dinheiro repassado foi gasto e as prestações de contas sobre licitações e contratos.

O governo federal acha lindo colocar "R$15 bi gastos na saúde" nas propagandas de governo, mas quando se pede os detalhamentos e as prestações de contas, percebe-se que 30% do valor foi desviado em fraudes e que os demais dados "não estão disponíveis". Mas isso é só um mero detalhe... é normal... 15 bilhões... Copa... uhu!!
« Última modificação: 11 de Dezembro de 2013, 10:57:35 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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