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Chega até a ser cômico, pois em 2002 o Lula foi vítima de todo tipo de calúnia quanto ao seu futuro governo, e isso ajudou a desestabilizar a economia do período. E nada do que foi falado se concretizou. O próprio Lula desmentia muita coisa à época. Nunca adiantou.
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Não é nada disto.
O programa partidário original do PT, enquanto 'visão de mundo', era claramente marxista com todas as 'pérolas' do prussiano: Abolição da propriedade privada, especialmente dos meios de produção; eliminação (física se necessário) do patronato; fim da democracia representativa; etc. Ao longo do segundo meado dos anos 80, de toda a década de 90 e início dos anos 2000 o partido foi contra tudo: Eleições indiretas em 1985; Constituição Federal em 1988; Plano Real em 1994; o Proer em 1996; a LRF de 2000; as privatizações; etc.
É natural que boa parte da população e todo o setor produtivo privado estivessem temerosos. Somente quando o Lula assinou um manifesto em 2002, afirmando que não ia fazer nada heterodoxo na economia e nem ia modificar substancialmente as relações sociais, é que os ânimos começaram a serenar. E, o próprio Lula reconhece, que o senhor Cardoso foi fundamental nesta transição, porque ele informou pessoalmente para vários dos agentes econômicos e sociais de que não haveria uma ruptura.