Sim mas você entendeu que não há uma força exógena ao judiciário que faz com que não terminem as dezenas de projetos de aumento de produtividade que eles mesmos iniciaram.
Não existe exigir maior produtividade se não for oferecida uma contrapartida em forma de estrutura. O que ocorre então é a tentativa de resolver o problema na canetada. Já falei sobre isso lá atrás. Simplesmente não dá. Você dá ao seu funcionário uma borracha, uma gominha e diz que quer até o fim do dia um capacitor de fluxo movido a biocombustível?
No poder público você cria metas impossíveis e obriga os funcionários a cumprí-las. Daí você tem homicídios sendo registrados como encontro de cadáveres e arquivamentos de processos que 1 ano depois, serão alvo de desarquivamento porque o primeiro procedimento foi indevido.
Com o que temos hoje, não dá pra melhorar. Simples assim. Se existe melhora, é maquiagem.
A atividade judiciária, mais do que a polícial, é extremamente suscetível a melhorias de produtividade baseado em projetos de revisão de processos internos e tecnologia. Só que não rola nada. Até o fim ao menos.
De que adianta você criar uma estrutura tecnológica que se baseia em procedimentos de 70 anos atrás? De que adianta você ter um processo online se a citação da parte vai precisar ser feita por edital/pessoalmente/Carta com AR, ah sim, e três vezes cada. Cadê a agilidade?
Muitos dos processos modernos adotados irão bater de frente com leis de quase um século de idade que, caso não observados, vão criar nulidades no processo. E isso é algo que o poder legislativo deve resolver.
Então os caras que ralam lá embaixo tem que agradecer aos de cima, de sua própria instituição.
O poder legislativo é de longe o maior responsável pela morosidade de qualquer procedimento. O resto tenta fazer o trabalho APESAR das leis vigentes.