Autor Tópico: Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros  (Lida 15923 vezes)

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #50 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 14:49:36 »
Nada melhor do que começar o dia vendo um vagabundo levando cacete da população.
 :bate: :bate: :bate: :bate:

E ainda foi pouco viu. Esse daí era procurado por homicídio, mas deu pra perceber que quando ameaçado estava se cagando de medo de morrer. Filho da puta!  :twisted:



Nada pior do que ver gente que apoia a barbárie como meio de justiça.  :no:

Quem falou em justiça? Isso é vingança privada mesmo.
E quem não quer apanhar, que não bata.

Então é crime, simples. Você está num fórum de discussão defendendo um ato criminoso.

Não estou defendendo nada, apenas constatando a realidade.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #51 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 14:53:30 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2014, 14:55:43 por West »
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Offline Diegojaf

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #52 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 15:33:02 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Não exija que todo mundo entenda o princípio básico da autotutela quando querem depender do papai Estado pra tudo.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #53 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 15:42:39 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.
« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2014, 15:51:50 por _Juca_ »

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #54 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 16:42:01 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.
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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #55 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 16:52:45 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.

Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.

Offline West

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #56 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 17:00:48 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.

Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.

O vagabundo era procurado pela justiça por homicídio, foi pego em flagrante usando de grave ameaça (ameaça à vida) contra um cidadão de bem no intuito de subtrair coisa alheia e só levou uns safanões da população. Onde está o "olho por olho"?
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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #57 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 17:04:07 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.

Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.
O vagabundo era procurado pela justiça por homicídio, foi pego em flagrante usando de grave ameaça (ameaça à vida) contra um cidadão de bem no intuito de subtrair coisa alheia e só levou uns safanões da população. Onde está o "olho por olho"?

Offline _tiago

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #58 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 17:56:00 »
Nada pior do que ver gente que apoia a barbárie como meio de justiça.  :no:
Sou contra pegar alguém e espancar por algum crime que ele cometeu. Mas que eu acho bonito um e outro caso e fico com a sensação de "bem feito", isso é inegável.
Até o meu sentimento de impotência contra a violência desses dias me é amenizada. Pelo menos alguém deu um safanão no malandro.

Offline Mr. Mustard

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #59 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 18:44:46 »
Não é papel de cidadãos serem justiceiros, mesmo que o Estado seja falho nesse quesito, e também porque linchamento não é justiça.

Eu estou curioso em conhecer uma proposta sua para a falha do Estado.

Offline West

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #60 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 18:53:31 »
Sempre vejo pessoas que ficam de "mimimi" em casos como esse e a primeira coisa que me vem a cabeça é HIPOCRISIA.

É bom ter em mente que até mesmo casos extremos como tirar a vida de outra pessoa pode ser, não somente justificável, mas aceitável. Tudo depende do contexto e das circunstâncias do caso, e nesse caso, dado o atual estado de quase completa ausência do estado, tanto no exercício de sua função preventiva, quanto no de sua função punitiva, de provedor de justiça e, como consequência disso toda essa sensação de impunidade à criminalidade que eu, você e toda a população vivencia; qualquer um que, levando todo esse contexto em consideração, se ache no direito de, em situações como essa, exigir desta população que se comporte de forma diferente estará sendo, no mínimo, hipócrita.

Se vivêssemos num estado onde a justiça funcionasse como devido, eu seria o primeiro a condenar atos desse tipo.

A ausência do estado não apenas justifica, mas legitima a autotutela, da mesma forma que a legitimou durante todo o período anterior à existência do estado-juiz.
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Offline Mr. Mustard

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #61 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 18:59:04 »
Sempre vejo pessoas que ficam de "mimimi" em casos como esse e a primeira coisa que me vem a cabeça é HIPOCRISIA.

Não só é hipocrisia como contraditório também, afinal, numa declaração de guerra, matar seu inimigo é correto e dá direito a medalhas.

Offline West

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #62 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 19:00:39 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.

Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.
O vagabundo era procurado pela justiça por homicídio, foi pego em flagrante usando de grave ameaça (ameaça à vida) contra um cidadão de bem no intuito de subtrair coisa alheia e só levou uns safanões da população. Onde está o "olho por olho"?

Supondo que o vagabundo tenha feito graves ameaças de tirar a vida da vítima enquanto apontava uma arma de fogo, faca, etc,...para sua cabeça, para que houvesse o "olho por olho" a população deveria ter feito algo semelhante. Não ouvi ninguém ameaçando o criminoso de morte, nem mesmo portanto arma. Como disse, apanhou pouco.
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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #63 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 19:15:00 »
Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.

Creio que possa haver pessoas que ainda prefiram a Barbárie ante a Imoralidade, pois um individuo contrário as regras de conduta vigentes a sua época não me parece merecedor de tratamento polido e educado,

E se analisando friamente, prender um individuo atrás das grades -- cerceando sua liberdade -- é tão bárbaro quanto quebrar as pernas de um ladrão, imobilizando-o,

Então, na humilde opinião, é preciso ter cuidado ao defender direitos universais para uma pessoa que se nega a pelo menos compreendê-los, evitando a reincidência de seus próprios crimes cometidos,

Já um cidadão que repete como um hábito as regras vigentes de boa conduta, deveria ser protegido a todo custo, ou vamos inverter os valores e premiar o meliante?

Offline Moro

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #64 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:06:44 »
Nada pior do que ver gente que apoia a barbárie como meio de justiça.  :no:
Sou contra pegar alguém e espancar por algum crime que ele cometeu. Mas que eu acho bonito um e outro caso e fico com a sensação de "bem feito", isso é inegável.
Até o meu sentimento de impotência contra a violência desses dias me é amenizada. Pelo menos alguém deu um safanão no malandro.

Não era o Juca que defendia atos bárbaros do pessoal do MST. Quando é esquerda pode?
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Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #65 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:08:10 »
Nada pior do que ver gente que apoia a barbárie como meio de justiça.  :no:
Sou contra pegar alguém e espancar por algum crime que ele cometeu. Mas que eu acho bonito um e outro caso e fico com a sensação de "bem feito", isso é inegável.
Até o meu sentimento de impotência contra a violência desses dias me é amenizada. Pelo menos alguém deu um safanão no malandro.

É um sentimento normal mesmo.

Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #66 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:09:19 »
Não é papel de cidadãos serem justiceiros, mesmo que o Estado seja falho nesse quesito, e também porque linchamento não é justiça.

Eu estou curioso em conhecer uma proposta sua para a falha do Estado.

Não sou expert para dar uma opinião muito embasada, mas justiça com as próprias mãos não é uma das minhas propostas, tenha certeza.

Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #67 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:10:55 »
Juca, já ouviu falar em legítima defesa?

Agora vão querer também tirar o direito do povo de se defender?

Num situação dessas onde um criminoso é preso em flagrante pela população já cansada de tanto sofrer com a criminalidade, ninguém pode, na posição dessa mesma população, exigir dela conduta diversa.

Meu amigo, não é preciso de um crime para combater outro. Se uma pessoa é pega em flagrante e o bandido é imobilizado, está certo, se a partir do momento em que ele está imobilizado as pessoas começam a lhe bater e ofender, além de uma tremenda de uma covardia, isso é crime, barbárie, e não difere do ato do delito do próprio criminoso. Pra falar a verdade, é algo bem simples, básico.


Princípio da proporcionalidade. Não apanhou de graça. Como disse, se não quer apanhar não bata. Agora não espere que a população dê tratamento vip para um bandido homicida e contumaz. Não vejo covardia nenhuma. Covardia é o que esse tipo de gente faz com o cidadão de bem. Armado é valente que faz gosto, quando acoado é isso que as imagens mostram. Ainda acho que foi pouco.

Esse princípio da proporcionalidade aí era mais conhecido como "olho por olho, dente por dente", próprio da idade média. Você ainda continua defendendo a barbárie como modo de justiça.
O vagabundo era procurado pela justiça por homicídio, foi pego em flagrante usando de grave ameaça (ameaça à vida) contra um cidadão de bem no intuito de subtrair coisa alheia e só levou uns safanões da população. Onde está o "olho por olho"?

Supondo que o vagabundo tenha feito graves ameaças de tirar a vida da vítima enquanto apontava uma arma de fogo, faca, etc,...para sua cabeça, para que houvesse o "olho por olho" a população deveria ter feito algo semelhante. Não ouvi ninguém ameaçando o criminoso de morte, nem mesmo portanto arma. Como disse, apanhou pouco.

Sim, não seria um "olho por olho" radical, mas é algo muito próximo.

Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #68 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:28:56 »
Sempre vejo pessoas que ficam de "mimimi" em casos como esse e a primeira coisa que me vem a cabeça é HIPOCRISIA.

Pode ser, hipocrisia é algo que existe muito mesmo, mas é preciso evidenciar como nesse caso, de quem está com "mimimi" nesse caso, que sou eu, estaria sendo hipócrita.

Citar
É bom ter em mente que até mesmo casos extremos como tirar a vida de outra pessoa pode ser, não somente justificável, mas aceitável.


Sem dúvida nenhuma, em casos de legítima defesa, por exemplo.


Citar
Tudo depende do contexto e das circunstâncias do caso, e nesse caso, dado o atual estado de quase completa ausência do estado, tanto no exercício de sua função preventiva, quanto no de sua função punitiva, de provedor de justiça

Aqui começa o problema todo, a tentativa de justificar o ato, colocando a culpa num terceiro. Primeiro o estado não está completamente ausente, aliás ele é bem presente na vida de todo mundo, todo dia. O que existe são falhas, lacunas, algumas piores outras nem tanto.
No caso da segurança pública, existe polícia, existe justiça e não vivemos num faroeste total, mas existem grandes problemas, problemas que não justificam que outras pessoas queiram fazer justiça própria contra outros. Justiceiros são criminosos, e nunca agem com justiça e respeito às leis.


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e, como consequência disso toda essa sensação de impunidade à criminalidade que eu, você e toda a população vivencia; qualquer um que, levando todo esse contexto em consideração, se ache no direito de, em situações como essa, exigir desta população que se comporte de forma diferente estará sendo, no mínimo, hipócrita.

Pois a hipocrisia é toda sua que acha que diante de um cenário problemático, está acima da própria lei, dos direitos humanos, e do direito inalienável de qualquer pessoa de se defender de uma acusação perante um tribunal, é um autoritarismo de cunho facista. "Vamos amarrar criminosos em postes e espancá-los, já que pra mim o Estado é ausente."

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Se vivêssemos num estado onde a justiça funcionasse como devido, eu seria o primeiro a condenar atos desse tipo.

Adivinha? Todos os dias pessoas são presas, julgadas e condenadas...em massa.



Citar
A ausência do estado não apenas justifica, mas legitima a autotutela, da mesma forma que a legitimou durante todo o período anterior à existência do estado-juiz.

Primeira coisa, prove que o Estado é ausente de tal modo que exista essa legitimidade que você propôs. Segundo, nada justifica a justiça com as próprias mãos.

Offline Moro

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #69 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:33:37 »
Temos que perguntar a qualquer cara que teve sua loja ou posto de gasolina roubados oito vezes somente esse ano, vendo aquele vagabundo no seu estabelecimento sem medo de nada, ainda tomando uns drinks, esculachando os proprietários, e no final, pedindo para o cara guardar mais uma grana pois eles já já voltam.

Existe um limite onde a infâmia deve ter fim. Esse limite pode ser debatido, e cada um pode achar que ele é mais elástico ou menos elástico. Mas existe um limite para a infâmia.

Hoje um conhecido meu foi assaltado em frente ao parque burlemarx, dois carros, cara com fuzil, ele se jogou no chão com o carro em movimento e entrou no parque.. toda a história está la no "moradores do morumbi" e eu posso confirmar a veracidade, porque mais uma vez, conheço ele.

Isso é diário em SP e está se tornando cada vez mais crônico. Você começa a questionar o papel do estado.

O raciocínio é simples
- O estado te rouba
- Te dá serviços nojentos
- Não te dá educação
- Não te dá segurança
- Permite abuso das autoridades
- Cria uma casta de intocáveis privilegiados

Porque precisamos de algo assim? Sério,pense bem. No brasil, o conceito de estado está completamente subvertido, virou uma máquina de opressão financeira irresponsável da qual você não tem como fugir, o pacto estado-cidadão está quebrado no brasil, e o estado é um inimigo e não um instrumento de justiça.

Quando eu realmente entendi o que se passa aqui, que o estado é um parasita que não serve para nada, e que não devemos ter parasitas em nossos corpos sugando nossa energia vital, comecei a ver as coisas sob uma perspectiva distinta..   não tenho conclusões, apenas diagnóstico. Mas o diagnóstico é esse.. o estado é um parasita, que foi potencializado pelo PT.
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Offline Geotecton

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #70 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:38:22 »
A ausência do estado não apenas justifica, mas legitima a autotutela, da mesma forma que a legitimou durante todo o período anterior à existência do estado-juiz.
Primeira coisa, prove que o Estado é ausente de tal modo que exista essa legitimidade que você propôs. Segundo, nada justifica a justiça com as próprias mãos.

Dê uma olhada nas páginas de jornais e de sites de notícia sobre violência contra as pessoas e as propriedades nas últimas, digamos, 8 semanas e depois repita esta mesma solicitação.
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Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #71 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:47:50 »

Creio que possa haver pessoas que ainda prefiram a Barbárie ante a Imoralidade, pois um individuo contrário as regras de conduta vigentes a sua época não me parece merecedor de tratamento polido e educado,

Eu mesmo não acho que um bandido tenha que ser tratado de modo polido e educado, mas tampouco acho que ele deva ser espancado amarrado em um poste.

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E se analisando friamente, prender um individuo atrás das grades -- cerceando sua liberdade -- é tão bárbaro quanto quebrar as pernas de um ladrão, imobilizando-o,

Não mesmo, o cerceamento da liberdade é uma violência sem dúvida, mas não é física, que pode ser irreversível. O cerceamento da liberdade deve ser acompanhada do direito irrestrito da pessoa de habitar o local respeitando-se o direito básico para a sobrevivência, como comida decente, espaço mínimo para sobrevivência adequada, banhos de sol, exercício físico, disciplina e quem sabe trabalho produtivo, sem isso não há controle sobre a violência.

Citar
Então, na humilde opinião, é preciso ter cuidado ao defender direitos universais para uma pessoa que se nega a pelo menos compreendê-los, evitando a reincidência de seus próprios crimes cometidos,

Esse é o principal problema de quem acha que bandidos não devem ter seus direitos humanos respeitados ( não sei se é seu caso, sinceramente). Os direitos humanos não são para garantir vida boa aos criminosos, e sim o meu, o seu, a da sua família e de toda a população, porque cada um pode ter um tipo de moral diferente, religiosos podem achar que ateus são criminosos, esquerdistas podem achar que direitistas são criminosos, e assim fulano pode achar que alguém que trafica drogas tem que ser condenado a pena de morte, ciclano pode achar que tem o direito de espancar um ladrão até a morte, ou até mesmo o esquerdista pode achar que o direitista tem que apanhar porque ele é um explorador capitalista, ou o contrário ( e isso existe você sabe) e assim por diante. E diante de um poder um pouco maior na mão de pessoas que não tem esse entendimento, o facismo, o totalitarismo, ou o linchamento físico puro e simples é um prato cheio.

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Já um cidadão que repete como um hábito as regras vigentes de boa conduta, deveria ser protegido a todo custo, ou vamos inverter os valores e premiar o meliante?

Exatamente por isso que os direitos humanos tem que ser para todos. A proteção do cidadão de boa conduta a todo custo, passa pela pela exigência irrestrita do respeito pleno aos direitos humanos em toda nossa sociedade, e que se prenda e processe quem desrespeitá-lo, seja ele quem for.


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« Última modificação: 24 de Fevereiro de 2014, 21:02:51 por _Juca_ »

Offline Moro

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #72 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:50:01 »
Sempre vejo pessoas que ficam de "mimimi" em casos como esse e a primeira coisa que me vem a cabeça é HIPOCRISIA.

Pode ser, hipocrisia é algo que existe muito mesmo, mas é preciso evidenciar como nesse caso, de quem está com "mimimi" nesse caso, que sou eu, estaria sendo hipócrita.


Talvez quando você proteja depredação do MST?

O Lula só faz o que lhe convém politicamente, sabendo de antemão da opinião publica, não espere outra coisa do presidente. Mas como gosto dos fatos como eles são vamos lá:
1 - A Cutrale ocupa irregularmente a área.
2 - O MST quer isso mesmo, chamar atenção.
3 - Lula avançou pouco na reforma agrária.
4 - O governo repassa um dinheirinho ( cala boca ) pros movimentos sociais, todo mes.
5 - A concentração de terras no Brasil é a segunda maior do mundo.
6 - O MST tem ideologia bem definida.
7 - Os ruralistas tem ideologia bem definida também.
8 - O MST é um movimento social.
9 - Os ruralistas são um movimento empresarial.
10 - Os dois também são um movimento político.

A questão não se resolve nem em 50 anos. Mas o Brasil segue...

Ótimo. Agora o MST é o novo Green Peace.
Não, mas sua colocação de certa forma é bem focada, coisa de quem entendeu mas parece não admitir.

Coisa de quem entendeu sua posição completamente baseada em achismo e sem nenhuma fonte para se amparar.

Lembrando-se que na época da depredação da Aracruz o grito constante das senhoras campesinas era "Ninguém come eucalipto nem papel", o que realmente joga por terra sua posição de "MST ambientalista".

eu concordo 100%

Caraca Juca, você caiu nessa???

Mais uma vez, o Juca se recusa a admitir o óbvio... esses caras querem só fazer barulho, ganhar dinheiro do governo... e instalar o modelo cubano no Brasil. E para isso soltam um discursinho para ser comprado pelos mais desavisados.
...

É evidente que no caso da Aracruz e Vale, o que o MST quis foi chamar a atenção para si. Também o é, quando o MST sempre focaliza grandes muitinacionais, que são o esteio do capitalismo, e também o quanto essas empresas gostariam de ver o MST fora de cena. Não entenderam os casos do eucalipto, pra mim tudo bem, não vou ficar explicando como se fossem crianças, por que não são, mas o que tento, é claro que em vão, é mostrar que há legitimidade na luta pela reforma agrária, e que os unicos que realmente perdem com ela são os supergrileiros que ocuparam terras do estado e que os únicos que lutam por ela são o MST, MSLT e mais alguns gatos pingados, todos de esquerda.
Também ficar dizendo que eles querem implantar o comunismo da ilha aqui é um argumento fraco, me desculpe. Ao ficar dizendo isso, me parece que  se eles conseguirem levar adiante qualquer pauta de suas ações, isso significaria o desastre no nosso modo de vida, fazendo do Brasil, a maior nação comunista da Terra. Ora, você não acha que está superestimando a capacidade de que uma organização minoritária tenha de aplicar tal modelo? Descriminalizar o modo de pensar de um grupo, não serve como uma forma ética de combatê-los, mesmo que estejam ultrapassados em suas idéias.

...

Tem textos mais contundentes antes desse.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline _Juca_

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #73 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 20:54:07 »
A ausência do estado não apenas justifica, mas legitima a autotutela, da mesma forma que a legitimou durante todo o período anterior à existência do estado-juiz.
Primeira coisa, prove que o Estado é ausente de tal modo que exista essa legitimidade que você propôs. Segundo, nada justifica a justiça com as próprias mãos.

Dê uma olhada nas páginas de jornais e de sites de notícia sobre violência contra as pessoas e as propriedades nas últimas, digamos, 8 semanas e depois repita esta mesma solicitação.

Disque 190,192, 193 e faça o teste. Se você não for atendido, eu aceito esse fato. Procure um posto médico, um atendimento num fórum, numa delegacia, prefeitura, etc. Existe uma distância muito grande entre ausência do estado e os problemas que nós vivemos em relação aos serviços públicos. É forçar muito a barra, desculpe.

Offline Fabrício

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Re:Rio de Janeiro: A Ação de Justiceiros
« Resposta #74 Online: 24 de Fevereiro de 2014, 21:00:23 »
Sobre contradições e hipocrisia:

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Um esquerdista pode tudo


Ser de esquerda, no Brasil, significa ter um salvo-conduto para defender todo tipo de atrocidade e cair nas maiores contradições. É o monopólio das virtudes após décadas de lavagem cerebral demonizando a direita liberal ou conservadora.

Um esquerdista pode, por exemplo, mostrar-se revoltado com o regime militar, tentar reescrever a história como se os comunistas da década de 1960 lutassem por democracia e liberdade, tentar mudar o nome até de ponte, e logo depois partir para um abraço carinhoso no mais velho e cruel ditador do continente, Fidel Castro.

Um esquerdista pode, também, repudiar o “trabalho escravo” em certas fazendas brasileiras, o que significa não atender às mais de 200 exigências legais (incluindo espessura de colchão), e logo depois aplaudir o programa Mais Médicos do governo Dilma, que trata cubanos como simples mercadoria.

Um esquerdista pode tentar desqualificar uma médica cubana que pede asilo político, alegando que tinha problemas com bebida e recebia amantes em seu quarto (é proibido isso agora?), para logo depois chamar de preconceito de elite qualquer crítica ao ex-presidente chegado a uma cachaça e a “amizades íntimas”.

Um esquerdista pode culpar o embargo americano pela miséria da ilha-presídio caribenha, ignorando que toda experiência socialista acabou em total miséria, e logo depois condenar a globalização e chamar o comércio com ianques de “exploração” (decidam logo se ser “explorado” pelo capitalismo é bom ou ruim).

Um esquerdista pode execrar uma jornalista que diz compreender a revolta que leva ao ato de se fazer justiça com as próprias mãos, e logo depois aplaudir invasores de terras e outros “movimentos sociais”, que se julgam acima das leis em nome de suas “nobres” causas. Pode até receber os criminosos no Palácio do Planalto!

Um esquerdista pode aliviar a barra do criminoso, tratar o marginal como “vítima da sociedade”, e logo depois posar como defensor dos pobres honestos, ignorando que a afirmação anterior representa uma grave ofensa a todos aqueles que, apesar da origem humilde, mostram-se pessoas decentes por escolha própria.

Um esquerdista pode repudiar a ganância dos capitalistas, condenar o lucro, e logo depois aplaudir socialistas milionários, ou “homens do povo” que vivem como nababos, que cobram fortunas para fazer palestras, ou artistas que negociam enormes cachês com multinacionais para seus filmes ou comerciais.

Um esquerdista pode ser um músico famoso ou um comediante popular, e basta a fama por tais características para fazê-lo acreditar que é um grande pensador político, um intelectual de peso, alguém preparado para opinar com embasamento sobre os mais diversos assuntos sem constrangimento.

Um esquerdista pode insistir de forma patológica na cor do meliante preso ao poste, um rapaz negro, e logo depois ignorar outro bandido amarrado a um poste, pois este tinha a cor “errada”: era branco. Pode, ainda, acusar todos que condenam as cotas raciais de “racistas”, e logo depois descascar Joaquim Barbosa, inclusive por causa de sua cor.

Um esquerdista pode alegar ser a pessoa mais tolerante do mundo, isenta de qualquer preconceito e apaixonada pela diversidade, para logo depois ridicularizar crentes evangélicos, conservadores católicos ou liberais céticos.

Um esquerdista pode surtar com o uso de balas de borracha pela polícia contra “ativistas” mascarados que quebram tudo em volta, para logo depois cair em um ensurdecedor silêncio quando o governo socialista venezuelano manda tanques para as ruas para atirar a esmo em estudantes durante protestos legítimos contra um simulacro de democracia.

Um esquerdista, por fim, pode pintar as cores mais românticas e revolucionárias sobre as máscaras de vândalos e arruaceiros que atacam policiais, para logo depois chamar de “fascista” a direita liberal, ignorando que o fascismo de Mussolini tinha os camisas-negras que agiam de forma bastante similar aos black blocs.

Assim caminha a insanidade na Terra do Nunca, com “sininhos” aprontando por aí enquanto os artistas e “intelectuais” endossam a agressão contra o “sistema”. No fundo, defendem a barbárie contra a civilização. Abusam da dialética marxista, do duplo padrão moral de julgamento, da revolta seletiva, do cinismo, do monopólio da virtude.

Um esquerdista jamais precisa se importar com a coerência, com o resultado concreto de suas ideias, com pobres de carne e osso. Ele goza de um álibi prévio contra qualquer acusação. Afinal, é de esquerda, ou seja, possui as mais lindas intenções. É o suficiente. Um esquerdista pode tudo!

http://oglobo.globo.com/opiniao/um-esquerdista-pode-tudo-11632287#ixzz2tiWa3bSW
"Deus prefere os ateus"

 

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