Justiceiro como entendo é que(m) promove justiça. Pode ser um juiz, policial, promotor, verdugo, o cachorro pluto, uma turba, uma pedra, qualquer coisa. Quem comete crime é criminoso, bandido. Se uma turba "justiça" erroneamente, irrefletidamente, infundadamente, cometeu crime. No estado (presente, e do Estado também) das coisas, o que se há a esperar é que... como exemplo, outra turba, qualquer coisa/quem, promova a justiça contra a primeira; talvez até a mesma puna-se a si própria, autonomamente de alguma forma, ou entregando-se ao julgamento da sociedade restante. Eles, ao menos, querem fazer justiça, embora possam falhar, diferentemente do "sistema oficial de justiça", que erra copiosamente, muito mais, sendo todos os erros da justiça extra-oficial imputáveis a eles inclusive, e nem ao menos quer fazer justiça, até mesmo por terem pervertido o conceito da mesma para algo só cabível em mentes insanas. (Quando falo justiça, falo desde a legislação até a aplicação.)
Inerrância é coisa para crentes. Realistas não constroem seus sistemas contando com essa fantasia. Eu não me preocupo em nada com a vaga possibilidade de familiar meu, qualquer ente humano de meu interesse direto, eu mesmo ou qualquer cidadão inocente seja confundido ou acusado e "punido" indevidamente por justiceiros. Esse 'terrorzinho' não funciona comigo. Já tive mais de um parente e amigos preteridos (incluso um preso) por erros da sacrossanta justiça oficial, nunca por justiceiros paralelos. Assaltados, brutalizados e mortos por bandidos, já tive vários. Não consigo me preocupar com quem possa dar a esses predadores sociais o que lhes é devido, nem mesmo considerando alguma possibilidade de que eu seja confundido e até morto por um erro. Prefiro que façam justiça, que é só abstração e não existe sem justiceiro, sem o que a faça.
E vejo coisas por aqui... que... de onde partiu a ideia de que o "olho por olho" seria algo reprovável?! Do novo testamento do amor e do perdão da bíblia hebreio-cristã? De onde saiu isso?!!! Parece algo de mentes crentes. Até porque o "olho por olho" não é nem mesmo equilibrado. Se um agressor lesiona intencionalmente, criminosamente, um olho de um indivíduo inocente, não basta só arrancar um olho do bandido. Não há como comparar o efeito do dano entre um inocente e um culpado. O inocente não tinha que ficar sem um olho apenas porque uma besta social decidiu destruí-lo. Arrancar um olho do agressor não equilibra nada, não faz justiça. É preciso muito mais, mais até que arrancar-lhe os dois olhos. Que tipo de ideias podem caber em mentes humanas...
Também... santo Proteus! Eu nem preciso considerar bandidos "lixo". Serem bandidos já basta para definir o que são. Que diabos de "argumentos" podem ser esses? Lixo tem valor até; é ofensivo para o lixo!
E... eu tenho que verificar a segurança do perímetro aqui e agora para descansar com um mínimo de tranquilidade (que vai aumentar em mim quanto mais mais dessas turbas exercerem seu papel cidadão) que a coisa tá feia demais mesmo!