Autor Tópico: Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.  (Lida 31829 vezes)

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Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #25 Online: 23 de Julho de 2014, 12:28:57 »
Olha, compartilhando da insatisfação do Donatello, eu também acho absurdo a forma sensacionalista, parcial e pouco rigorosa que estas noticias de crimes contra mulheres são divulgados na mídia, e também a forma como são tratadas pelos pesquisadores, ativistas feministas e governo.

Certo dia me deparei com uma noticia no Portal CNJ que dizia o seguinte: "De 1980 a 2010, o Brasil registrou o assassinato de 91.886 mulheres[...]" Onde pensei comigo, poxa, é até pequeno, visto que no Brasil mais de 55 mil homicídios totais são registrados por ano no país, onde somente nos últimos 2 anos, mais de 100 mil homens foram assassinados no pais1, superando o número de mulher neste mesmo período em mais de 10 vezes.

Logo depois  foi dito: “Lamentavelmente o Brasil tem a sétima taxa do mundo” onde sensatamente pensei novamente, nada anormal nisso ai, visto que o Brasil tem a 5ª maior população do Planeta2.

E então a secretaria Regina Miki, da secretária nacional de Segurança Públicas, em entrevista ao Portal CNJ chega a seguinte conclusão; mais medidas deveriam serem tomadas para resolver este problema:

“O Brasil ainda não tem delegacias especializadas em violência doméstica em todo o País. Além disso, muitas delegacias ficam fechadas no fim de semana, quando ocorrem muitos casos de violência doméstica. Falta maior instrumentalização dos policiais”, disse Regina Miki, exemplificando que os trabalhos de perícia, fundamentais para a Justiça punir os agressores, “são seletivos” e não atendem às necessidades relacionadas à mulher."

 :susto:

E pensei, esta mulher deve estar louca, a taxa de homicídio de mulheres por cada 100 mil habitantes no Brasil, permanece praticamente estável a mais de 10 anos 1. Além disso, apesar dos homens serem 10 vezes mais vitimas de crimes violentos do que as mulheres 1, e ainda sim a maior parte da verba e da atenção do governo são dedicados a elas;

"Lei Maria da Penha", "Delegacia da Mulher", "Centros de Atendimento para Mulheres Vítimas de Violência", "Campanhas de conscientização", "Passeatas e manifestações de protestos", entre outras mil medidas e ações são implantadas e movidas todos os anos a favor da defesa da mulher. E apesar de tudo isso, todo ano mais e mais pressão por parte dos movimentos feministas é feita sobre o o governo, exigindo mais e mais verbas e atenção para a situação das mulheres no país.

Agora, ok, concordo que as mulheres devem serem protegidas dos perigos da sociedade o quanto for possível, mas e enquanto aos pobres homens, apesar de serem as maiores vitimas de crimes violentos, superando as mulheres em quase 10 vezes, nada de efetivo (comparável ao que é feito em favor das mulheres) é feito para ajuda-los.

Não existem "Delegacias do homem" ou "Centros de Atendimento para Homens Vítimas de Violência", apesar de nos casos de violência doméstica eles serem tanto vitimas e agressores em numero total quanto as mulheres3

Além do mais, quando um homem é vitima de agressão doméstica, e chama a polícia para protege-lo de sua parceira e agressora, mesmo ele sendo a vitima e aquele quem chamou a polícia, ele tem três vezes mais chances de ser preso no lugar da mulher4. Além de outras discriminações e injustiças mais, como não conseguir atendimento adequado nas chamadas "Delegacias da Mulher", espaço onde eles são ignorados, e como não possuem um espaço próprio, acabam ficando desamparados perante o estado5. Isso sem contar a forma desigual e descriminatória de como homens em comparação as mulheres, são visto e interpretados pela sociedade em geral, quando estes são vitimas ou autores de crimes6. E apesar de toda esta atitude comum de discriminação e injustiça contra homens, nem mesmo uma única campanha de conscientização sobre a não violência contra os homens fora feita neste país nos últimos de 10 anos (Se vocês souberem de alguma, ficaria feliz que me mostrassem).

Então meu amigo, eu fico sim revoltado com o sensacionalismo e a atitude discriminatória e unilateral de como as mulheres são amparadas pela sociedade, e de como os homens são ignorados pela mesma, apesar de serem estes (os homens) as maiores vitimas em muitos e talvez até mesmo, na maioria dos casos de violência e crimes no país e no mundo.



1 Cf. Mapa da Violência

2 Cf. Wikipedia, Anexo:Lista de países por população

3 Cf. Mais de 200 estudos baseados em levantamentos feitos em casos de agressão doméstica demonstram que as agressões entre casais são mútuas. Onde praticamente todas as evidências apontam que praticamente 50% de todos os casos de violência doméstica envolvem troca de agressões e os outros 50% são igual

4 Cf. LINDA KELLY, DISABUSING THE DEFINITION OF DOMESTIC ABUSE: HOW WOMEN BATTER MEN AND THE ROLE OF THE FEMINIST STATE

5 Cf. Homens, mulheres, violência e daltonismo de gênero

6 Cf. Sexismo, desigualdade e discriminação de gênero
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

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Offline Barata Tenno

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #26 Online: 23 de Julho de 2014, 12:40:29 »
Tem que se diferenciar as mortes de homens e mulheres. Óbvio que morrem muito mais homens, mas quantos desses homens estão envolvidos no mundo do crime? Quantos foram mortos por ex esposas, ex namoradas, cafetinas, estupradoras, etc? Comparar apenas o total e não o motivo e o agente do homicídio cria distorções. É a mesma coisa com homossexuais, não adianta comparar o número de heterossexuais e comparar com o de homossexuais e dizer que heterossexuais morrem mais, logo, sofrem mais. Quantos heterossexuais estão morrendo por serem heterossexuais? Quantos homens estão morrendo nas mãos de parceiros e ex parceiros? Esses são os números que importam.
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Offline Diegojaf

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #27 Online: 23 de Julho de 2014, 12:51:13 »
O não reagir não seria uma resposta oriunda do medo do risco iminente de perder a vida?

Não necessariamente. A falta de meios para reagir é tão comum quanto o medo.

Pelo que conheço de biologia, o medo é um mecanismo de defesa, que se manifesta diante da possibilidade iminente de risco de vida. Três são as reações mais esperadas; a luta, a fuga, e a paralisação total. Agora, se você conhece outra explicação razoável para a paralisação frente a um perigo de morte iminente, como uma tentativa de estupro, ficaria feliz em ouvi-la.

Pelo que conheço de racionalidade, nós fazemos escolhas baseadas na lógica e no custo benefício, não podendo levar em consideração cada escolha humana somente comparando ao que animais fazem instintivamente sem calcular todas as diversas consequências de suas ações.

Eu calculo se minha reação vai atingir outras pessoas, se os meios que disponho são convenientes e próprios para a situação e se minha reação vai ser proporcional. Se você só tem essas 3 maneiras de reagir feito um bicho, fale por si mesmo.


Eu não disse que a reação instintiva é a única possível para um ser humano, eu a apresentei como uma possibilidade plausível e razoável, principalmente diante de uma situação de risco de vida.

Agora, se você consegue se comportar de maneira racional e lógica, mesmo diante de uma situação de vida ou morte, de fato você deve ser um cara com treinamento adequado, ou quem sabe uma exceção a regra. E uma mulher que consegue manter-se calma diante de uma situação de risco, ao ponto de poder planejar uma ação racional e lógica, tal situação de risco (o estupro) não deve ser assim tão impactante para ela afinal.

Além do mais eu lhe pedi uma explicação de comportamento razoável diante de uma situação de risco, e você não me apresentou nenhuma, a não ser a de dizer que além da reação instintiva de fuga ou luta oriunda do medo, pode se usar a lógica e razão numa situação dessas.

Suas ações serão influenciadas por zilhões de variáveis. Você pediu e eu te apresentei a forma como a decisão sobre qual comportamento vai ser tomado. A racionalização, o uso da sua consciência pra tomar uma decisão pensada e calculada. Se bem ou mal calculada, vai depender de cada indivíduo.

Citação de: Diegojaf
Eu duvido muito que se uma pessoa do seu círculo familiar fosse vítima do crime supra, você iria duvidar do quão ferida foi a honra e a integridade física dela se o cara tivesse usado nada mais do que a força física pra cometer o crime. "Porra, vó. O cara não tinha nem uma unha comprida e a senhora deixou? A senhora sempre disse que preferia morrer a ser estuprada!!!".
Você esta extrapolando amigo, ele não disse que o estupro não é violento, e/ou que tal crime não provoque traumas na vitima, e muito menos que a vitima seja a responsável por ele. Todas estas inferências que você vez não o poderiam serem feita de maneira lógica a partir das premissas colocadas pelo amigo Donatello. A única conclusão razoável que você poderia fazer a partir das premissas do Donatello, é como foi concluído por ele próprio; que o estupro seria um crime menos violento do que o homicídio. O Donatello poderia confirmar as minhas palavras, de que esta fora a intenção dele no seu discurso acima.

Ele propôs uma forma de medir a reprovabilidade do crime por parte da vítima a partir da resistência oferecida conforme o meio utilizado pelo autor. Simples assim.
E você concluiu de forma extrapolada que ele não tivesse empatia alguma pelo sofrimento da vitima. Simplesmente por ele concluir que o homicídio é um crime mais violento do que o estupro. Simples assim, sua conclusão não é válida, nem mesmo depois desta sua tentativa ad hoc de salva-la.

Nope. Disse que seria estúpido comparar a gravidade dos crimes pela disposição da vítima em reagir e depois ainda desafiar o que ela teria dito quanto à preferência pela morte.
Não seria tão estupido quanto considerar a opinião de uma pessoa, em uma situação de conforto (como numa entrevista, como imaginada pelo colega Donatello) como de igual valor a opinião e reação que ela de fato teria/apresentaria numa situação de perigo real (como a de um estupro).

O Donna comparou a opinião de uma pessoa numa mesa do bar que diz que prefere morrer a ser estuprada a de uma pessoa desesperada em um sepultamento que quer morrer junto ou no lugar do ente querido dizendo que as duas situações seriam análogas.

É absolutamente insensível questionar uma vítima que teria dito que preferia morrer a ser estuprada e o que eu disse é que duvido muito que ele algum dia faria, especialmente se fosse alguém do círculo familiar dele.
Apelo ao emocional não vale, isso não nos diz nada sobre a verdade. Aqui não esta em jogo a sensibilidade da mulher por nós duvidarmos da sua opinião de que ela de fato preferia morrer ao invés de ser estuprada, se um dia ela se deparasse com este dilema. O que está em jogo é se de fato, no momento exato do ocorrido real, ela assim se comportaria/reagiria.

E isso não é apelo ao emocional. É absoluta falta de empatia, ou até mesmo um certo rancor pessoal, que vem nublando sua visão sobre o tema.

Citação de: Diegojaf
Ou pior ainda, ir na ideia do Sképtikos: "A senhora tava com aquele vestido mostrando a canela e não queria que o cara viesse te chamando de gostosona e pedindo um bola gato? Que isso, vó...".
:susto: Poxa, agora já estão pondo palavras na minha boca! Aonde foi que eu alguma vez aqui no fórum defendi coisa semelhante? Eu nunca culpabilizei uma vitima de estupro, pela maneira como ela se vestia e/ou se comportava.

 :no:
Não falei de estupro. Falei de agressão verbal/injúria, ou como você chama, "cantada".
Ok, ainda sim não afirmei nada disso do que foi atribuído a mim acima. Eu não considero a mulher culpada de receber cantadas na rua, assim como não a considero culpada de ser estuprada, nunca disse isso, ou coisa semelhante, logo sua insinuação de que eu havia dito coisa parecida, continua inválida.

Abraços!

Você disse:
mulheres socialmente destacadas, sejam por sua beleza ou por outros fatores, de serem desejadas em demasia por um número grande de homens, em alguns casos, de forma incômoda, sendo este um preço a se pagar pelo sucesso que fazem.

:)
Sim, e é uma afirmação razoável, mulheres atraentes chamam mais atenção dos homens do que mulheres pouco atraentes, justamente por serem mais socialmente destacadas do que as mulheres pouco atraentes. Não se pode inferir a partir dai, que elas mereçam serem cantadas (de forma grosseira) pelo fato delas serem socialmente destacadas. Isso é apenas um risco a mais que elas correm, justamente por chamar mais atenção. Eu continuo por tanto defendendo a minha opinião, de que eu não disse em nenhum momento que elas mereçam isso, disse apenas que elas estão apenas mais propensas a enfrentarem este tipo de situação, sendo este um preço a se pagar por seu destaque maior destaque social.

Além do mais, a insinuação que você fez supra sobre meus pensamentos, se referia a maneira como as mulheres se vestem e se comportam:

Citação de: Diegojaf
Ou pior ainda, ir na ideia do Sképtikos: "A senhora tava com aquele vestido mostrando a canela e não queria que o cara viesse te chamando de gostosona e pedindo um bola gato? Que isso, vó...".

Você não falou nada especificamente sobre seu destaque social (que era o fator essencial que usei como determinante da atração sexual que um homem sente por uma mulher no exemplo do tópico de cantadas), fator este que pode ser justificado por multi-fatores não relacionados a roupa que esta vista, como simplesmente a aparência desta garota e/ou sua popularidade.

Logo, sua insinuação ainda me parece inválida e equivocada.

Abraços!

 :ok:


Você acha que alguém deve "pagar o preço" de algo sobre o qual não tenha responsabilidade?

Vai fugindo pelas tangentes. Tá ficando lindo isso.
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 13:06:41 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Brienne of Tarth

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #28 Online: 23 de Julho de 2014, 13:16:07 »
Vamos começar pelo início, por uma questão de princípios...

A mulher que se embeleza e se cuida é bem vista pela sociedade e admirada e invejada na mesma proporção, assim como o homem; há diferença entre uma abordagem grosseira e uma inteligente na hora da conquista, causando o mesmo efeito em ambos, seja homem ou mulher, ou seja, agrado ou repulsa.

Entre as populações existe uma muralha de preconceitos, inverdades, lendas, tabus e outros fantasmas da percepção humana, distorcendo comportamentos, vitimizando agressores e tornando vítimas algozes; a agressão, seja verbal ou física, deverá ser coibida e punida, e sempre proporcional aos fatores presentes: idade, gênero, constituição física, pois uma pessoa idosa (80 anos ou mais) a priori não teria condições de reagir a uma agressão perpetrada por alguém mais novo e mais forte, independente do gênero, cabendo então punição ao agressor; assim como um homem forte poderá ser espancado por uma mulher igualmente forte, e a diferença de gênero apenas, não deveria impedir que a justiça se fizesse na mesma proporção se o contrário fosse.

Isto posto, vou relatar duas situações: um estupro e uma tentativa de assalto.

Quando do estupro, ia atravessar uma avenida (já era casada e tinha dois filhos), cheia de documentos da empresa em que eu trabalhava na mão, quando um homem chega perto de mim sem que eu perceba, coloca um braço sobre meus ombros e uma suposta faca na minha garganta; duas observações: ele se aproximou enquanto eu me distraía preocupada com os carros para atravessar a rua e, não consegui ver se era mesmo uma faca. À medida que atravessávamos a rua, ele dizia para eu ficar calma e não reagir, senão me matava ali mesmo, pedia que eu fingisse que ele era meu namorado, que ficasse de cabeça baixa e não olhasse para o rosto dele. Não pensei em gritar ou correr, temia a ele e os carros que passavam. Óbvio que face à ameaça iminente, me preocupei em sair viva dali; enquanto quase me arrastava para um matagal próximo longe de olhares e pessoas (oh, políticas de urbanismo, como sois deficientes!), eu pensava em como me livrar daquela situação: tentei conversar com ele, disse que era casada, que ele não precisava fazer aquilo, que me deixasse ir embora; contrária à opinião comum não conseguia chorar, mas aquela conversa fiada toda quase impediu ele de realizar o ato, pois não conseguia uma ereção. O tempo todo ele me segurava pelo cabelo com a suposta faca no meu pescoço, impossibilitando-me de escapar, e acabei tendo que fazer sexo oral para que ele finalmente pudesse consumar o ato. Não foi agradável para ambos, posso assegurar. Saindo do local avistei o posto de gasolina que ficava perto dali e quando finalmente consegui me sentar, consegui cair no choro por alguns minutos. Alívio, nojo, raiva, foram muitos os sentimentos na hora, e o mais interessante é que ninguém do posto sequer se aproximou para saber o que estava acontecendo; quando me acalmei liguei para minha mãe (tremia demais para dirigir e não quis chamar meu marido com medo que ele saísse na mesma hora para caçar o estuprador), fomos para uma delegacia perto do local (não havia ainda DM, estávamos em 1994), onde os prestativos rapazes policiais militares fizeram perguntas pertinentes como se eu "era" virgem, a descrição do homem que não me deixou ver seu rosto, e quando sugeri que me levassem para fazer o exame de corpo de delito, perguntaram para quê. Muito eficientes, muito prestativos. Registrei um BO e fomos embora. O resto bem podem imaginar: quase duas horas tomando banho, medo de doenças (felizmente os exames médicos deram negativos), uma caçada ao agressor que não deu em nada. Alguns meses depois os noticiários informaram sua prisão depois de mais um atentado, dessa vez foi visto, perseguido e preso. E os senhores sabem o que normalmente acontece com um violador quando este vai preso.

Dez anos depois, estava passando por uma praça no horário de almoço voltando para o trabalho, quando resolvi sentar num banco à sombra e fumar um cigarro, praça movimentada e dia claro, não considerei o risco. Que risco? Duas mulheres com jeito de moradoras de rua (e usuárias de crack) caminhavam e uma delas me pediu um cigarro, meu pai já dizia "pobre não pode ter vício", mas viciados costumam ser complacentes com outros viciados, então dei o tal cigarro. A senhora, demonstrando inaudita gratidão, sentou-se ao meu lado e tentou me dar uma chave de braço ali mesmo no meio da praça e encostar alguma coisa no meu pescoço (podia ser até uma pinça) me ameaçando e dizendo para passar o meu dinheiro para a comparsa. Digo tentou, porque dessa vez minha reação foi segurar e virar o braço que me ameaçava o pescoço e me desvencilhar dela com uma cotovelada no queixo, e então levantamos e começou o UFC. A grata senhora me deu um tapão na cara, cinematográfico, minha bolsa caiu no chão e alguns objetos saíram, fiquei tão indignada, com o tapa e com o abuso, que agarrei a mulher pela blusa e dei-lhe uma rasteira, mas ela segurou-se em mim e fomos as duas para o chão. Dei sorte de cair por cima, com o joelho no peito dela, que perdeu o ar e recebeu um socão na cara antes de pular e sair correndo, com a "amiga" atrás. Deve ter sido um espetáculo, pois sempre trabalhei de saia e salto alto, quando levantei estava toda suja, suada e descabelada, mas com minha bolsa e meus pertences; dois homens e um PM apareceram prestando assistência, mas eu já havia despachado as gentis senhoras, e não quis perder mais tempo com aquilo.

Situações e desfechos diferentes, mesma pessoa. Porquê reagi na segunda e não na primeira agressão?

Eu já trabalhei essa questão e meu foro íntimo já respondeu essa pergunta. E os senhores? O que acham?
GNOSE

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #29 Online: 23 de Julho de 2014, 13:28:09 »
Tem que se diferenciar as mortes de homens e mulheres. Óbvio que morrem muito mais homens, mas quantos desses homens estão envolvidos no mundo do crime? Quantos foram mortos por ex esposas, ex namoradas, cafetinas, estupradoras, etc? Comparar apenas o total e não o motivo e o agente do homicídio cria distorções. É a mesma coisa com homossexuais, não adianta comparar o número de heterossexuais e comparar com o de homossexuais e dizer que heterossexuais morrem mais, logo, sofrem mais. Quantos heterossexuais estão morrendo por serem heterossexuais? Quantos homens estão morrendo nas mãos de parceiros e ex parceiros? Esses são os números que importam.
Independente de causa do crime, mais homens vem morrendo em comparação as mulheres, vitimas de crimes violentos, e nenhuma medida esta sendo tomada para mudar este quadro de tremenda desigualdade, que se não as que por se  focarem somente nas mulheres como vitimas, só tenderam a aumentar ainda mais esta disparidade.


Agora, caso você não tenha percebido, o número de mulheres assassinadas no Brasil divulgado constantemente na mídia, não é o número especifico de mulheres mortas por seus parceiros, e sim o número total de mulheres mortas assassinadas no Brasil, das mais variadas formas. Logo, a minha comparação acima, de número de homens totais mortos no país num determinado período, comparado ao número total de mulheres, divulgado pela mídia, que foram assassinadas no país no mesmo período. É extremamente válido.

A distorção e manipulação da informação neste caso acontece pelos próprios pesquisadores, jornalistas, governantes e demais pessoas envolvidos nos projetos e movimentos feministas, que partindo de intenções parciais e desonestas, contam apenas metade da história, falando o número total de mulheres mortas no país, sem fixar o número de homens mortos no mesmo período como critério de comparação. Ou mesmo soltar afirmações como a de que o país tem a sétima taxa de assassinatos de mulheres do mundo, sem atentar para o fato de que este tem também a 5ª maior população do mundo. Ou sem atentar para o fato de que a maior parte destes assassinados cometidos contra as mulheres, não estão relacionados com violência doméstica e/ou não são praticados por seus parceiros.

Além do mais, os números de homens mortos nunca é usado como critério de comparação, pelo fato deste sempre representar um número absurdamente superior ao das mulheres.

Enquanto cerca de 12 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil (por pessoas de ambos os sexos e por diversas motivações) cerca de 10 vezes mais deste número de homens, é assassinado no Brasil.

Consegue perceber a disparidade entre os números? Isso de fato não surtiria o efeito desejado pelas feministas de conseguirem uma quantidade verba superior destinadas a causas voltadas as mulheres, do que a que deveria corretamente ser destinadas aos crimes de forma geral incluindo os cometidos contra homens, que representam a maior fatia da pizza.

Outro fator é que não existe uma pesquisa que contabilize precisamente o número de mulheres e/ou homens mortos por seus parceiros(as). O que se tem mais aproximado disso, é o número de mulheres e/ou homens assassinados dentro de sua residência, podendo ou não este crime ter sido praticado por seu parceiro(a).

E quando se analisa este número, o resultado que temos é o seguinte: no ano de 2009 no Brasil, segundo a Mapa da Violência, cerca 1,8 mil mulheres foram assassinadas dentro de sua residência, enquanto no mesmo período 2,7 mil homens foram assassinados dentro de sua residência. Ou seja, o número de homens assassinados dentro de sua residência é de cerca de 66% superior ao das mulheres.

Agora, este tipo de informação não pode ser lida explicitamente nem mesmo no relatório do "Mapa da Violência", pois la o que se diz é que o número de mulheres mortas em sua residência é de cerca de 40% do valor de mulheres totais assassinadas no país, enquanto o do homem é de apenas 6%. Mas quando se tira 40% de 4 ou 5 mil, temos evidentemente um número muito menor do que quando se tira 6% de 50 ou 60 mil, não é verdade? Logo fica muito mais útil para ir de encontro a pauta feminista divulgar o valor de 40% em comparação ao de 6%, que certamente causara muito mais impacto na população, favorável aos objetivos do movimento.

Mais o pior de tudo, é que, apesar da forma como a estatística é apresentada no relatório oficial ser tendenciosa e desonesta, o é muito pior a forma como esta chega a mídia. Pois quando chega a mídia o que era 40% mulheres assassinadas em sua residência no ano de 2009, passa a ser divulgado agora como se fosse incríveis 40% de mulheres assassinadas por seus parceiros no ano de 2009, ao caracterizarem o crime como de violência doméstica, que claramente esta associado pelo público leigo como sendo o homem agredindo a sua parceira. Agora, de onde eles tiraram esta informação de que todas os assassinados cometidos contra mulheres em sua residências é cometido por por seus parceiros, ai eu já não sei.

E outra, se considerássemos válido esta lógica tendenciosa e fraudulenta usada acima para divulgar a quantidade de mulheres mortas no ano de 2009 dentro de suas casas, como sendo todos estes casos de parceiros como autores, e aplicássemos esta mesma lógica no caso dos homens, nós simplesmente teríamos um número de homens assassinados por suas parceiras, 66% maior do que o inverso.

Ou seja, divulgar a estatística mesmo de forma meio-correta não basta, pois os homens ainda apareceriam com maiores vítimas, então o que se tem a fazer é estuprar e violentar toda a estatística, de forma que o resultado distorcido represente aquilo que se esperava dele.

E isso sem relembrar que a violência doméstica é praticada em iguais proporções tanto por mulheres quanto por homens, como já mencionado acima. Sendo eles tanto vitimas como autores em cerca da metade dos casos, onde na outra metade, o número de autores unilaterais também se equipara. Logo, seria sensato inferir que, as mulheres são tão agressivas contra seus parceiros, quanto eles o são com elas.

Mas como dito, dizer a verdade aqui não é lá muito útil e desejoso para os objetivos de conseguir verba e atenção do governo e da sociedade em geral, do movimento feminista.

Abraços!
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 13:33:27 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #30 Online: 23 de Julho de 2014, 13:50:47 »
Vamos começar pelo início, por uma questão de princípios...

A mulher que se embeleza e se cuida é bem vista pela sociedade e admirada e invejada na mesma proporção, assim como o homem; há diferença entre uma abordagem grosseira e uma inteligente na hora da conquista, causando o mesmo efeito em ambos, seja homem ou mulher, ou seja, agrado ou repulsa.

Entre as populações existe uma muralha de preconceitos, inverdades, lendas, tabus e outros fantasmas da percepção humana, distorcendo comportamentos, vitimizando agressores e tornando vítimas algozes; a agressão, seja verbal ou física, deverá ser coibida e punida, e sempre proporcional aos fatores presentes: idade, gênero, constituição física, pois uma pessoa idosa (80 anos ou mais) a priori não teria condições de reagir a uma agressão perpetrada por alguém mais novo e mais forte, independente do gênero, cabendo então punição ao agressor; assim como um homem forte poderá ser espancado por uma mulher igualmente forte, e a diferença de gênero apenas, não deveria impedir que a justiça se fizesse na mesma proporção se o contrário fosse.
Muito sensato a sua colocação, concordo com ela.

Citação de: Brienne of Tarth
Isto posto, vou relatar duas situações: um estupro e uma tentativa de assalto.

Quando do estupro, ia atravessar uma avenida (já era casada e tinha dois filhos), cheia de documentos da empresa em que eu trabalhava na mão, quando um homem chega perto de mim sem que eu perceba, coloca um braço sobre meus ombros e uma suposta faca na minha garganta; duas observações: ele se aproximou enquanto eu me distraía preocupada com os carros para atravessar a rua e, não consegui ver se era mesmo uma faca. À medida que atravessávamos a rua, ele dizia para eu ficar calma e não reagir, senão me matava ali mesmo, pedia que eu fingisse que ele era meu namorado, que ficasse de cabeça baixa e não olhasse para o rosto dele. Não pensei em gritar ou correr, temia a ele e os carros que passavam. Óbvio que face à ameaça iminente, me preocupei em sair viva dali; enquanto quase me arrastava para um matagal próximo longe de olhares e pessoas (oh, políticas de urbanismo, como sois deficientes!), eu pensava em como me livrar daquela situação: tentei conversar com ele, disse que era casada, que ele não precisava fazer aquilo, que me deixasse ir embora; contrária à opinião comum não conseguia chorar, mas aquela conversa fiada toda quase impediu ele de realizar o ato, pois não conseguia uma ereção. O tempo todo ele me segurava pelo cabelo com a suposta faca no meu pescoço, impossibilitando-me de escapar, e acabei tendo que fazer sexo oral para que ele finalmente pudesse consumar o ato. Não foi agradável para ambos, posso assegurar. Saindo do local avistei o posto de gasolina que ficava perto dali e quando finalmente consegui me sentar, consegui cair no choro por alguns minutos. Alívio, nojo, raiva, foram muitos os sentimentos na hora, e o mais interessante é que ninguém do posto sequer se aproximou para saber o que estava acontecendo; quando me acalmei liguei para minha mãe (tremia demais para dirigir e não quis chamar meu marido com medo que ele saísse na mesma hora para caçar o estuprador), fomos para uma delegacia perto do local (não havia ainda DM, estávamos em 1994), onde os prestativos rapazes policiais militares fizeram perguntas pertinentes como se eu "era" virgem, a descrição do homem que não me deixou ver seu rosto, e quando sugeri que me levassem para fazer o exame de corpo de delito, perguntaram para quê. Muito eficientes, muito prestativos. Registrei um BO e fomos embora. O resto bem podem imaginar: quase duas horas tomando banho, medo de doenças (felizmente os exames médicos deram negativos), uma caçada ao agressor que não deu em nada. Alguns meses depois os noticiários informaram sua prisão depois de mais um atentado, dessa vez foi visto, perseguido e preso. E os senhores sabem o que normalmente acontece com um violador quando este vai preso.

Dez anos depois, estava passando por uma praça no horário de almoço voltando para o trabalho, quando resolvi sentar num banco à sombra e fumar um cigarro, praça movimentada e dia claro, não considerei o risco. Que risco? Duas mulheres com jeito de moradoras de rua (e usuárias de crack) caminhavam e uma delas me pediu um cigarro, meu pai já dizia "pobre não pode ter vício", mas viciados costumam ser complacentes com outros viciados, então dei o tal cigarro. A senhora, demonstrando inaudita gratidão, sentou-se ao meu lado e tentou me dar uma chave de braço ali mesmo no meio da praça e encostar alguma coisa no meu pescoço (podia ser até uma pinça) me ameaçando e dizendo para passar o meu dinheiro para a comparsa. Digo tentou, porque dessa vez minha reação foi segurar e virar o braço que me ameaçava o pescoço e me desvencilhar dela com uma cotovelada no queixo, e então levantamos e começou o UFC. A grata senhora me deu um tapão na cara, cinematográfico, minha bolsa caiu no chão e alguns objetos saíram, fiquei tão indignada, com o tapa e com o abuso, que agarrei a mulher pela blusa e dei-lhe uma rasteira, mas ela segurou-se em mim e fomos as duas para o chão. Dei sorte de cair por cima, com o joelho no peito dela, que perdeu o ar e recebeu um socão na cara antes de pular e sair correndo, com a "amiga" atrás. Deve ter sido um espetáculo, pois sempre trabalhei de saia e salto alto, quando levantei estava toda suja, suada e descabelada, mas com minha bolsa e meus pertences; dois homens e um PM apareceram prestando assistência, mas eu já havia despachado as gentis senhoras, e não quis perder mais tempo com aquilo.

Situações e desfechos diferentes, mesma pessoa. Porquê reagi na segunda e não na primeira agressão?
Primeiramente gostaria de dizer que sinto muito por tudo isso que aconteceu com você, mas fico feliz por ter percebido que você parece ter superado os ocorridos.

Agora, respondendo a sua indagação, Eu acho que você reagiu no segundo exemplo enquanto permaneceu submissa no primeiro, porque no primeiro, você se sentiu impotente diante de um homem que provavelmente foi por você julgado como mais forte do que você mesma, enquanto no segundo sentiu que poderia vencer a "batalha" por ter julgado como capaz para tal.

Citação de: Brienne of Tarth
Eu já trabalhei essa questão e meu foro íntimo já respondeu essa pergunta. E os senhores? O que acham?
Olha, o primeiro caso, o crime cometido foi muito mais violento, logo o autor merecia de fato uma punição maior do que as autoras do segundo crime. A questão é que, homens e mulheres são geralmente julgados de maneira diferente, mesmo quando cometem exatamente um mesmo crime, como mostrado nestes exemplos. As mulheres geralmente tem seus atos criminosos tratados de forma mais branda, isso quando não são completamente ignorados, como mostrado no link acima. Uma prova disso é que segundo estatísticas que procurarei a fonte para depois cita-las aqui, recebem condenações 40% menores do que a dos homens, para os mesmos crimes cometidos. O que demonstra novamente uma desigualdade de tratamentos.

Abraços e obrigado por sua participação no debate.

 :ok:
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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #31 Online: 23 de Julho de 2014, 13:57:36 »
Olha, vou responder somente uma de suas indagações que parece que ainda não foi claramente esclarecida.
Você acha que alguém deve "pagar o preço" de algo sobre o qual não tenha responsabilidade?

Vai fugindo pelas tangentes. Tá ficando lindo isso.
vou lhe fazer uma comparação, para facilitar o esclarecimento. Quando digo que uma pessoa que ao deixar seu carro estacionado na rua, com trancas destravadas e a chave na ignição, sofre um risco maior de ser roubado como um preço a se pagar por sua atitude. Eu não estou dizendo que ele deve ser culpado pelo eventual e possível furto de seu carro a ser cometido, evidentemente o criminoso é e sempre sera aquele que roubou o carro, e não o pobre coitado que o deixou destrancado com a chave na ignição.  O mesmo vale para uma mulher socialmente destacada, o fato dela despertar maior atenção dos homens quando caminha na rua, é um preço a se pagar pelo fato dela ser mais atraente do que as mulheres normais, e não que ela seja responsável e/ou culpada de qualquer possível cantada ou assédio que ela venha a receber.

Foi isso que eu quis dizer com o "um preço a se pagar".

Abraços!
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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #32 Online: 23 de Julho de 2014, 14:03:26 »
Olha, vou responder somente uma de suas indagações que parece que ainda não foi claramente esclarecida.
Você acha que alguém deve "pagar o preço" de algo sobre o qual não tenha responsabilidade?

Vai fugindo pelas tangentes. Tá ficando lindo isso.
vou lhe fazer uma comparação, para facilitar o esclarecimento. Quando digo que uma pessoa que ao deixar seu carro estacionado na rua, com trancas destravadas e a chave na ignição, sofre um risco maior de ser roubado como um preço a se pagar por sua atitude. Eu não estou dizendo que ele deve ser culpado pelo eventual e possível furto de seu carro a ser cometido, evidentemente o criminoso é e sempre sera aquele que roubou o carro, e não o pobre coitado que o deixou destrancado com a chave na ignição.  O mesmo vale para uma mulher socialmente destacada, o fato dela despertar maior atenção dos homens quando caminha na rua, é um preço a se pagar pelo fato dela ser mais atraente do que as mulheres normais, e não que ela seja responsável e/ou culpada de qualquer possível cantada ou assédio que ela venha a receber.

Foi isso que eu quis dizer com o "um preço a se pagar".

Abraços!

Você entende que fez a analogia de uma cantada, comparando-a com um crime? ::)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #33 Online: 23 de Julho de 2014, 14:12:41 »
A causa do crime e a porcentagem são muito importantes para se fazer uma avaliação, tanto por um lado quanto pelo outro. Num outro post sobre violência estávamos debatendo sobre o fato de São Paulo ter um número menor de homicídios por habitante em relação a outras cidades, quando o Jaf acertadamente me apontou que apesar de São Paulo ter um número menor desse tipo de crime, o perfil da vítima era muito importante, já que em outras cidades a maioria dos crimes era de pessoas envolvidas com a criminalidade, enquanto em São Paulo a maioria era de pessoas comuns sendo vítimas de crimes, tornando São Paulo muito mais perigosa que as outras cidades para o cidadão comum. A mesma coisa tem que ser levada em consideração quando se esta diferenciando homens e mulheres como vítimas de crimes. Qual o perfil da vítima? Estava envolvida com a criminalidade? Se não, onde ocorreu o crime? Do universo de pessoas não envolvidas com crimes e que morreram na própria residência qual a proporção de homens e mulheres  ? Dos casos confirmados em que o agente foi o/a parceiro/a ou ex, qual a proporção de vítima homens/mulheres?

Veja que não estou dando o resultado, tanto o lado das "feministas" quanto o lado que refutam os números delas não parecem ter esses dados, ficando claro que nenhum dos dois sabe realmente peneirar dados sem deixar a ideologia influenciar no resultado.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #34 Online: 23 de Julho de 2014, 14:35:34 »
E legal a comparação, mulher nascer atraente é a mesma coisa que largar o carro aberto e com a chave no contato..... Nada machista uma cultura que pensa assim.......
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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #35 Online: 23 de Julho de 2014, 14:42:33 »
Olha, vou responder somente uma de suas indagações que parece que ainda não foi claramente esclarecida.
Você acha que alguém deve "pagar o preço" de algo sobre o qual não tenha responsabilidade?

Vai fugindo pelas tangentes. Tá ficando lindo isso.
vou lhe fazer uma comparação, para facilitar o esclarecimento. Quando digo que uma pessoa que ao deixar seu carro estacionado na rua, com trancas destravadas e a chave na ignição, sofre um risco maior de ser roubado como um preço a se pagar por sua atitude. Eu não estou dizendo que ele deve ser culpado pelo eventual e possível furto de seu carro a ser cometido, evidentemente o criminoso é e sempre sera aquele que roubou o carro, e não o pobre coitado que o deixou destrancado com a chave na ignição.  O mesmo vale para uma mulher socialmente destacada, o fato dela despertar maior atenção dos homens quando caminha na rua, é um preço a se pagar pelo fato dela ser mais atraente do que as mulheres normais, e não que ela seja responsável e/ou culpada de qualquer possível cantada ou assédio que ela venha a receber.

Foi isso que eu quis dizer com o "um preço a se pagar".

Abraços!

Você entende que fez a analogia de uma cantada, comparando-a com um crime? ::)

E legal a comparação, mulher nascer atraente é a mesma coisa que largar o carro aberto e com a chave no contato..... Nada machista uma cultura que pensa assim.......
Analogia nunca representam a mesma coisa meu amigo, se não não seria chamadas de analogia, mas simplesmente de replay.  :stunned:   

Mas para satisfazer o seu rigor pelas analogias, imagine simplesmente o inverso, um homem socialmente destacada que é cantada por uma mulher na rua, o é pelo fato de ser justamente atraente. Sendo o fato de sofrer muitas cantadas na rua, um preço a se pagar pelo seu destaque social. Ele no entanto, não é e nunca sera culpado caso um dia uma mulher maluca decida ataca-lo e molesta-lo sexualmente, somente por ele ser socialmente destacado, a culpa de tal ato sempre será da mulher que cometeu o crime, mesmo apesar do fato do cara ser socialmente atraente ter sido um fator determinante para a mulher escolhe-lo como vitima, sendo este infelizmente um dos preços a se pagar por ter destaque social. Entendeu agora? O mesmo valeria no caso inverso, onde a mulher é que é a socialmente destacada.


Agora, se você disser que a analogia acima não vale por que um homem receber cantadas de mulheres é diferente do que o inverso, ai não poderei fazer nada, a não ser interpretar a reação de vocês como simples birra e implicância, que recusa-se a aceitar os fatos, mesmo estes estando bem diante dos seus olhos.

Abraços!


A causa do crime e a porcentagem são muito importantes para se fazer uma avaliação, tanto por um lado quanto pelo outro. Num outro post sobre violência estávamos debatendo sobre o fato de São Paulo ter um número menor de homicídios por habitante em relação a outras cidades, quando o Jaf acertadamente me apontou que apesar de São Paulo ter um número menor desse tipo de crime, o perfil da vítima era muito importante, já que em outras cidades a maioria dos crimes era de pessoas envolvidas com a criminalidade, enquanto em São Paulo a maioria era de pessoas comuns sendo vítimas de crimes, tornando São Paulo muito mais perigosa que as outras cidades para o cidadão comum. A mesma coisa tem que ser levada em consideração quando se esta diferenciando homens e mulheres como vítimas de crimes. Qual o perfil da vítima? Estava envolvida com a criminalidade? Se não, onde ocorreu o crime? Do universo de pessoas não envolvidas com crimes e que morreram na própria residência qual a proporção de homens e mulheres  ? Dos casos confirmados em que o agente foi o/a parceiro/a ou ex, qual a proporção de vítima homens/mulheres?

Veja que não estou dando o resultado, tanto o lado das "feministas" quanto o lado que refutam os números delas não parecem ter esses dados, ficando claro que nenhum dos dois sabe realmente peneirar dados sem deixar a ideologia influenciar no resultado.
E eu entendo a sua preocupação, e é por isso mesmo que estou questionando a leviandade e falta de rigor e imparcialidade de como estas pesquisas e estudos estatísticos sobre crimes cometidos contra mulheres são feitas e apresentadas na mídia. Estou não só apontando não para a falta de rigor e precisão destes estudos, como mesmo para atitudes tendenciosas, parciais, distorcedoras e mesmo fraudulentas. Não justificando por tanto a quantidade de atenção e verbas do governo e sociedade que os movimentos feministas conseguem para os interesses da mulher, com base nestes estudos fraudulentos e pouco confiáveis.

O objetivo do tópico é justamente este, e como você já deve ter percebido, caso tenha assistido a todos os vídeos postados, e lido todos os posts. A maioria dos projetos de lei, e atenção direcionados as mulheres no Brasil e no mundo, estão sendo feitos a partir de estudos intencionalmente fraudulentos, distorcidos e etc.

Agora, algumas conclusões mais especificas podem serem tiradas dos dados acima (do governo, que passei), morre-se mais homens dentro de casa vitima de crime violento, do que mulheres. Morre-se de maneira geral, muito mais homens do que mulheres, vitimas de assassinatos no país todos os anos, e entre muito outros crimes o homem é vitima maior do que as mulheres. Uma informação apresentada assim é mais precisa, por se tomar um critério de comparação, apontando as duas partes da história, homens e mulheres.

No entanto, visando conseguir verbas, atenção e medidas políticas a favor do movimento feministas, estes estudos apresentados aos governantes e a população contam somente metade da história, pois quase sempre que se apresenta a outra metade, ou seja, no caso de assassinatos por exemplo, o número de homens assassinados é sempre maior do que o de mulheres, e isso em todos os casos que se tem noticia, inclusive nos cometidos dentro de casa. O que evidentemente mostraria aos governantes e a população em geral, que o número de mulher assassinado não é assim tão grande como estas noticias e relatórios tentam fazer parecer, ao distorcer e manipular os resultados.

Abraços!
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 14:46:27 por Skeptikós »
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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #36 Online: 23 de Julho de 2014, 14:56:59 »
Mais uma frase de meu falecido (e sábio) pai:

"As estatísticas, quando torturadas, sempre confessam".

Manipulação de resultados de pesquisas para auferir ganhos pessoais ou outros não é prática exclusiva de políticos.

Pelo que sei, até periódicos sérios como Nature e Science estão nessa "vibe". Eis o porquê de procurar muitas fontes, muitos textos; a busca pelo conhecimento é cansativa, exaustiva, e não raro infrutífera, mas não se deve confiar nas pessoas, apenas nos dados apresentados, e compará-los com mais dados, e possuir informações para auferir uma conclusão no mínimo acurada.

É muito mais fácil assistir o Jô ou vídeos no "Intúbio".
GNOSE

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #37 Online: 23 de Julho de 2014, 15:11:54 »
Mais uma frase de meu falecido (e sábio) pai:

"As estatísticas, quando torturadas, sempre confessam".

Manipulação de resultados de pesquisas para auferir ganhos pessoais ou outros não é prática exclusiva de políticos.

Pelo que sei, até periódicos sérios como Nature e Science estão nessa "vibe". Eis o porquê de procurar muitas fontes, muitos textos; a busca pelo conhecimento é cansativa, exaustiva, e não raro infrutífera, mas não se deve confiar nas pessoas, apenas nos dados apresentados, e compará-los com mais dados, e possuir informações para auferir uma conclusão no mínimo acurada.
Concordo, o mais ideal mesmo seria realizar o estudo por nós mesmo, mais o tempo, recursos financeiros, os contatos e habilidades necessárias para tal, nos impossibilita de assim o fazer, logo nos resta simplesmente confiar na integridade, honestidade, e compromisso com a verdade do discurso da autoridade daquele (especialista) que realizou o estudo. E claro, confiar em nossa habilidade crítica de encontrar erros e equívocos nos resultados interpretações, métodos e dados de forma geral fornecidas no estudo, além de compara-lo com o máximo de estudos diferentes possíveis, como aconselhado por você. Mas como dito por mim, no final sempre precisaremos confiar no discurso da autoridade, a não ser que fizéssemos o estudo por nós mesmos.

Sobre o lance de manipulação de resultados  mesmo em periódicos conceituados, como lembrado por você, com objetivo de conseguir ganhos pessoais, é só mais uma prova de que o rótulo de pesquisa cientifica não é suficiente para garantir aos dados apresentados um caráter de verdade indiscutível e a prova de erros e fraudes.

Abraços!
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Offline Donatello

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #38 Online: 23 de Julho de 2014, 15:20:27 »
Estou num celular maldito e estou impossibilitado de exlicar o q disse de forma suficientemente didadita... mas... meu deus do inferno... tá difícil ser didático no nível que vocês estão me exigindo /(

Offline Brienne of Tarth

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #39 Online: 23 de Julho de 2014, 15:44:02 »
sempre precisaremos confiar no discurso da autoridade, a não ser que fizéssemos o estudo por nós mesmos.

Foi exatamente o que eu quis dizer, Skeptikos. A falácia da autoridade para mim sempre foi apenas isso, falácia. Se me apresentam dados, eu vou atrás exaustivamente. Mesmo. Dedico atenção e cuidado pela informação, cultivando a mesma como uma planta, a ser regada apenas com informações comprováveis.

Que as ervas daninhas da tergiversação e da dissonância cognitiva não nos contaminem... :ok:

GNOSE

Offline Barata Tenno

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #40 Online: 23 de Julho de 2014, 16:00:49 »



A causa do crime e a porcentagem são muito importantes para se fazer uma avaliação, tanto por um lado quanto pelo outro. Num outro post sobre violência estávamos debatendo sobre o fato de São Paulo ter um número menor de homicídios por habitante em relação a outras cidades, quando o Jaf acertadamente me apontou que apesar de São Paulo ter um número menor desse tipo de crime, o perfil da vítima era muito importante, já que em outras cidades a maioria dos crimes era de pessoas envolvidas com a criminalidade, enquanto em São Paulo a maioria era de pessoas comuns sendo vítimas de crimes, tornando São Paulo muito mais perigosa que as outras cidades para o cidadão comum. A mesma coisa tem que ser levada em consideração quando se esta diferenciando homens e mulheres como vítimas de crimes. Qual o perfil da vítima? Estava envolvida com a criminalidade? Se não, onde ocorreu o crime? Do universo de pessoas não envolvidas com crimes e que morreram na própria residência qual a proporção de homens e mulheres  ? Dos casos confirmados em que o agente foi o/a parceiro/a ou ex, qual a proporção de vítima homens/mulheres?

Veja que não estou dando o resultado, tanto o lado das "feministas" quanto o lado que refutam os números delas não parecem ter esses dados, ficando claro que nenhum dos dois sabe realmente peneirar dados sem deixar a ideologia influenciar no resultado.
E eu entendo a sua preocupação, e é por isso mesmo que estou questionando a leviandade e falta de rigor e imparcialidade de como estas pesquisas e estudos estatísticos sobre crimes cometidos contra mulheres são feitas e apresentadas na mídia. Estou não só apontando não para a falta de rigor e precisão destes estudos, como mesmo para atitudes tendenciosas, parciais, distorcedoras e mesmo fraudulentas. Não justificando por tanto a quantidade de atenção e verbas do governo e sociedade que os movimentos feministas conseguem para os interesses da mulher, com base nestes estudos fraudulentos e pouco confiáveis.

O objetivo do tópico é justamente este, e como você já deve ter percebido, caso tenha assistido a todos os vídeos postados, e lido todos os posts. A maioria dos projetos de lei, e atenção direcionados as mulheres no Brasil e no mundo, estão sendo feitos a partir de estudos intencionalmente fraudulentos, distorcidos e etc.

Agora, algumas conclusões mais especificas podem serem tiradas dos dados acima (do governo, que passei), morre-se mais homens dentro de casa vitima de crime violento, do que mulheres. Morre-se de maneira geral, muito mais homens do que mulheres, vitimas de assassinatos no país todos os anos, e entre muito outros crimes o homem é vitima maior do que as mulheres. Uma informação apresentada assim é mais precisa, por se tomar um critério de comparação, apontando as duas partes da história, homens e mulheres.

No entanto, visando conseguir verbas, atenção e medidas políticas a favor do movimento feministas, estes estudos apresentados aos governantes e a população contam somente metade da história, pois quase sempre que se apresenta a outra metade, ou seja, no caso de assassinatos por exemplo, o número de homens assassinados é sempre maior do que o de mulheres, e isso em todos os casos que se tem noticia, inclusive nos cometidos dentro de casa. O que evidentemente mostraria aos governantes e a população em geral, que o número de mulher assassinado não é assim tão grande como estas noticias e relatórios tentam fazer parecer, ao distorcer e manipular os resultados.

Abraços!

Mas perceba que o fato das políticas serem feitos com base em números questionáveis, o questionamento só me mostra que não se sabe o número real e não que tais políticas são desnecessárias. Podem ser ou não ser, não sabemos pois não existem pesquisas objetivas sobre o assunto. Não existe imparcialidade de ambos os lados, tanto de quem apresenta os números quanto de quem critica sem apresentar os números que realmente importam.

Como já expliquei, não importa se homens morrem 1000000 vezes mais que mulheres, importa é o porque as pessoas estão morrendo e esses são exatamente os números que não temos. Se me perguntarem se medidas de proteção a mulher são necessárias, eu só posso dizer que não sei, faltam números, mas a minha percepção da sociedade brasileira me diz que as mulheres estão em situação mais vulnerável e que é melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta. 

Por exemplo, vou usar números hipotéticos aqui: Digamos que estamos estudando uma cidade de 10 milhões de habitantes, com uma divisão perfeita entre homens e mulheres. Nessa cidade homens morrem 10 vezes mais que as mulheres, mas dos homens mortos 80% tinham ligação com o crime e entre as mulheres apenas 10%. Do total de mulheres mortas, 50% morreram em casa, enquanto do total de homens mortos apenas 5% morreram em casa, dentre esses casos em 40% das mortes se comprovou (usando apenas os comprovados, sem contar crimes não resolvidos que no Brasil chegam a 95%) que o assassino de mulheres tem ligação íntima com a vítima, no caso de homens apenas 4% . Cruzando esse números vemos que a quantidade proporcional de mulheres sem ligação com o crime e que morreram em casa mortas por parceiros ou ex é absurdamente maior que a de homens na mesma situação, tornando a própria casa um ambiente muito mais perigoso para mulheres do que para homens e é ai que deve haver políticas que protejam quem esta mais vulnerável.
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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #41 Online: 23 de Julho de 2014, 19:15:20 »



A causa do crime e a porcentagem são muito importantes para se fazer uma avaliação, tanto por um lado quanto pelo outro. Num outro post sobre violência estávamos debatendo sobre o fato de São Paulo ter um número menor de homicídios por habitante em relação a outras cidades, quando o Jaf acertadamente me apontou que apesar de São Paulo ter um número menor desse tipo de crime, o perfil da vítima era muito importante, já que em outras cidades a maioria dos crimes era de pessoas envolvidas com a criminalidade, enquanto em São Paulo a maioria era de pessoas comuns sendo vítimas de crimes, tornando São Paulo muito mais perigosa que as outras cidades para o cidadão comum. A mesma coisa tem que ser levada em consideração quando se esta diferenciando homens e mulheres como vítimas de crimes. Qual o perfil da vítima? Estava envolvida com a criminalidade? Se não, onde ocorreu o crime? Do universo de pessoas não envolvidas com crimes e que morreram na própria residência qual a proporção de homens e mulheres  ? Dos casos confirmados em que o agente foi o/a parceiro/a ou ex, qual a proporção de vítima homens/mulheres?

Veja que não estou dando o resultado, tanto o lado das "feministas" quanto o lado que refutam os números delas não parecem ter esses dados, ficando claro que nenhum dos dois sabe realmente peneirar dados sem deixar a ideologia influenciar no resultado.
E eu entendo a sua preocupação, e é por isso mesmo que estou questionando a leviandade e falta de rigor e imparcialidade de como estas pesquisas e estudos estatísticos sobre crimes cometidos contra mulheres são feitas e apresentadas na mídia. Estou não só apontando não para a falta de rigor e precisão destes estudos, como mesmo para atitudes tendenciosas, parciais, distorcedoras e mesmo fraudulentas. Não justificando por tanto a quantidade de atenção e verbas do governo e sociedade que os movimentos feministas conseguem para os interesses da mulher, com base nestes estudos fraudulentos e pouco confiáveis.

O objetivo do tópico é justamente este, e como você já deve ter percebido, caso tenha assistido a todos os vídeos postados, e lido todos os posts. A maioria dos projetos de lei, e atenção direcionados as mulheres no Brasil e no mundo, estão sendo feitos a partir de estudos intencionalmente fraudulentos, distorcidos e etc.

Agora, algumas conclusões mais especificas podem serem tiradas dos dados acima (do governo, que passei), morre-se mais homens dentro de casa vitima de crime violento, do que mulheres. Morre-se de maneira geral, muito mais homens do que mulheres, vitimas de assassinatos no país todos os anos, e entre muito outros crimes o homem é vitima maior do que as mulheres. Uma informação apresentada assim é mais precisa, por se tomar um critério de comparação, apontando as duas partes da história, homens e mulheres.

No entanto, visando conseguir verbas, atenção e medidas políticas a favor do movimento feministas, estes estudos apresentados aos governantes e a população contam somente metade da história, pois quase sempre que se apresenta a outra metade, ou seja, no caso de assassinatos por exemplo, o número de homens assassinados é sempre maior do que o de mulheres, e isso em todos os casos que se tem noticia, inclusive nos cometidos dentro de casa. O que evidentemente mostraria aos governantes e a população em geral, que o número de mulher assassinado não é assim tão grande como estas noticias e relatórios tentam fazer parecer, ao distorcer e manipular os resultados.

Abraços!

Mas perceba que o fato das políticas serem feitos com base em números questionáveis, o questionamento só me mostra que não se sabe o número real e não que tais políticas são desnecessárias.
Não é simplesmente números questionáveis, os questionamentos apontam para fraudes e manipulações, e não simplesmente falta de dados. Ou seja, politicas estão sendo tomadas não somente a partir de evidências insuficientes, mas também, distorcidas e fraudas, o que torna tudo mais grave.

Podem ser ou não ser, não sabemos pois não existem pesquisas objetivas sobre o assunto.
que Não existe imparcialidade de ambos os lados, tanto de quem apresenta os números quanto de quem critica sem apresentar os números que realmente importam.
Existem muitas pesquisas sobre o assunto sim, como eu disse, na mídia afirma-se que cerca de 12 mulheres morrem por dia no brasil, vitimas de assassinato, mas isso é uma informação do número total de crimes de assassinato contra mulheres, e não de crimes cometidos por parceiros. E ai na comparação de números totais, usa-se os homens como comparação, estes morrem em número total, cerca de 10 vezes mais do que as mulheres. Beleza, já especificamos um bocado.

Agora quando tenta-se chegar a crimes cometidos por parceiros, limita-se aos casos de assassinatos cometidos dentro de casa, as mulheres assassinadas dentro de casa representam cerca de 40% do número total de mulheres assassinadas no Brasil, ou seja, cerca de 5 mulheres morrem a cada dia no Brasil, vitima de assassinato cometido dentro de sua residência. então, para efeitos de comparação, usa-se os homens, que seriam cerca de 7,2 homens assassinados por dia dentro de suas residencias. Estes resultados são imparciais, e todos apontam para o fato de que mais homens vem morrendo em casos de crimes violentos do que o mulheres.

Dos crimes cometidos especificamente por seus parceiros parece não haver certeza, mas sabe-se que em casos de violência doméstica, homens e mulheres são quase igualmente vitimas e agressores, o que pode nos levar a inferir que a quantidade de assassinatos praticadas por parceiros(as) seja equivalente.

Mais a distorção começa quando os resultados começam a serem revelados, primeiro, o número de vitimas de agressão ente parceiros (Que é equivalente) é omitido ou fraudado, depois o número de homens mortos dentro de casa (que é maior do que o das mulheres) é omitido, enquanto o numero de mulheres mortas é anunciado em meio a sensacionalismo hiperbólico, pois revelar a verdade tornaria evidente a injustiça da da quantidade de atenção e verbas investidas nos casos das mulheres, enquanto os homens são praticamente esquecidos e ignorados.

Como já expliquei, não importa se homens morrem 1000000 vezes mais que mulheres,
É claro que importa, se muitos homens estão morrendo, algo de errado deve existir, e por tanto verbas e atenção deveriam serem direcionadas para estudarem o porque dos homens estarem morrendo tanto, e só ai chegar a uma conclusão mais especifica, se de fato algo mais efetivo deve ser feito para ajudar os homens neste sentido.

importa é o porque as pessoas estão morrendo e esses são exatamente os números que não temos.
Mas para se ter estes números, é necessário atenção e verbas destinadas a estudarem os casos dos homens, coisa que não vem acontecendo justamente pelo motivo dos movimentos feministas, que dominam a politica de gênero no país, não permitem que o foco desvie nem que um pouquinho só das mulheres, para os homens, apesar de que de maneira geral, estes são as maiores vitimas de crimes violentos no país, e de forma esmagadora em comparação as mulheres, que apesar disso recebem muito mais verbas e atenção do que eles.

Se me perguntarem se medidas de proteção a mulher são necessárias, eu só posso dizer que não sei, faltam números, mas a minha percepção da sociedade brasileira me diz que as mulheres estão em situação mais vulnerável e que é melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta.
Esta percepção popular de que as mulheres são as maiores vitimas é só mais um reflexo destas politicas e pesquisas tendenciosas e mentirosas, que manipulam e fraudam os estudos de gênero realizados, afim de apresentar uma conclusão que manipule a opinião pública da maneira que elas (o movimento feminista) desejam.

Um exemplo do perigo disso é o tal da "cultura do estupro", um dos maiores mitos do movimento militante feminista já criado, cheio de falácias, estatísticas fraudadas e distorcidas, que passam a imagem de que as mulheres são absurdamente estupradas no nosso país, e que o povo ainda apoia isso, enquanto isso nunca foi uma verdade. O estupro é um dos atos mais criminalizados do país.

Isso é facilmente explanado quando a falácia da cultura do estupro é confrontada no campo da razão. O Donatello já postou um artigo sobre isso, indicando que cerca de 40% das acusações de estupro realizadas nos EUA são falsas, sendo esta onda de falsas acusações um reflexo da cultura do estupro, que estimula a mulher a culpabilizar o homem sem que nenhuma evidência suficiente seja apresentada para que ele seja condenado de fato, ao contrário, ao invés de ele ser inocente até que se prove o contrário, ele é culpado até que se prove o contrário. E quando ele consegue provar sua inocência, sua vida social e psicológica já fora destruída, isso se alguém não o tiver matado, visto a hostilização que os acusados de estupro recebem em nosso país. E com a mulher que fez a falsa acusação? Com ela nada acontece, pois executivo, o judiciário e o legislativo não parecem interpretarem isso como um crime. E isso tudo pelo fato de partirem da premissa de melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta.

Abaixo uma prova do que foi dito por mim acima, ou seja, do perigo de afirmações como melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta. (Pois este excesso de zelo pode prejudicar em excesso a outra parte da história):

<a href="https://www.youtube.com/v/PXD2jyC2wT8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/PXD2jyC2wT8</a>

Além disso, apesar de quase todos os casos analisados a fundo apontarem para os homens como sendo as maiores vitimas de crimes violentos, com números de 10 até 20 vezes mais numerosos do que os das mulheres, para eles nenhum excesso de zelo é realizado, muito pelo contrário. Como eu disse, mesmo nos casos onde os homens são as maiores vitimas, são as mulheres que recebem a maior atenção e financiamentos.

Então meu caro, eu continuo repetindo e condenando estas politicas voltadas para as mulheres, baseadas em conclusões de estudos manipulados e fraudulentos. E uma desculpa como a de que é melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta. não só neste caso é inválida, como também perigosa, como já mostrado no vídeo-exemplo mostrado acima.

Por exemplo, vou usar números hipotéticos aqui: Digamos que estamos estudando uma cidade de 10 milhões de habitantes, com uma divisão perfeita entre homens e mulheres. Nessa cidade homens morrem 10 vezes mais que as mulheres, mas dos homens mortos 80% tinham ligação com o crime e entre as mulheres apenas 10%.
Então os homens merecem maior atenção e financiamento do governo nestes casos do mundo crime do que as mulheres mereceriam.


Do total de mulheres mortas, 50% morreram em casa, enquanto do total de homens mortos apenas 5% morreram em casa, dentre esses casos em 40% das mortes se comprovou (usando apenas os comprovados, sem contar crimes não resolvidos que no Brasil chegam a 95%) que o assassino de mulheres tem ligação íntima com a vítima, no caso de homens apenas 4% . Cruzando esse números vemos que a quantidade proporcional de mulheres sem ligação com o crime e que morreram em casa mortas por parceiros ou ex é absurdamente maior que a de homens na mesma situação, tornando a própria casa um ambiente muito mais perigoso para mulheres do que para homens e é ai que deve haver políticas que protejam quem esta mais vulnerável.
Então neste caso hipotético as mulheres mereceriam maior atenção e financiamentos por parte dos governantes e da sociedade nos casos de violência doméstica, em comparação aos homens. E os homens nos casos de envolvimento no mundo do crime deveriam receber maior atenção e financiamento do governo e da sociedade em comparação as mulheres.

O problema é que, somente o fato de na vida real 10 vezes mais homens serem assassinados em comparação ao número de mulheres, já mostra que ao menos na maioria dos casos de crimes violentos, os próprios homens seriam as maiores vitimas. Onde por inferência natural a maioria das verbas e atenção do governo, pesquisadores e sociedade deveriam serem direcionados(as) para os problemas dos homens, enquanto as mulheres só receberiam maior atenção e auxilio do governo e da sociedade, naquela minoria dos casos de crimes violentos onde de fato elas sejam as mais debilitadas.

Mais o que vem acontecendo na vida real? As mulheres vem praticamente recebendo quase que toda a atenção do governo, enquanto os homens são deixados por ultimo em quase todos os casos, inclusive nos casos onde eles são evidentemente as maiores vitimas.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #42 Online: 23 de Julho de 2014, 19:19:25 »
sempre precisaremos confiar no discurso da autoridade, a não ser que fizéssemos o estudo por nós mesmos.

Foi exatamente o que eu quis dizer, Skeptikos. A falácia da autoridade para mim sempre foi apenas isso, falácia. Se me apresentam dados, eu vou atrás exaustivamente. Mesmo. Dedico atenção e cuidado pela informação, cultivando a mesma como uma planta, a ser regada apenas com informações comprováveis.

Que as ervas daninhas da tergiversação e da dissonância cognitiva não nos contaminem... :ok:
Vale ressaltar que recorrer a um argumento de autoridade nem sempre é uma falácia, até como demonstrado por mim acima, nós sempre teremos que em algum momento, recorrer a algum argumento de autoridade. Isso é muito bem explicitado neste artigo sobre Argumento de autoridade, de Desidério Murcho, retirado da Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos.

Abraços!
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Offline Donatello

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #43 Online: 23 de Julho de 2014, 19:51:08 »
Por exemplo, vou usar números hipotéticos aqui: Digamos que estamos estudando uma cidade de 10 milhões de habitantes, com uma divisão perfeita entre homens e mulheres. Nessa cidade homens morrem 10 vezes mais que as mulheres, mas dos homens mortos 80% tinham ligação com o crime e entre as mulheres apenas 10%. Do total de mulheres mortas, 50% morreram em casa, enquanto do total de homens mortos apenas 5% morreram em casa, dentre esses casos em 40% das mortes se comprovou (usando apenas os comprovados, sem contar crimes não resolvidos que no Brasil chegam a 95%) que o assassino de mulheres tem ligação íntima com a vítima, no caso de homens apenas 4% . Cruzando esse números vemos que a quantidade proporcional de mulheres sem ligação com o crime e que morreram em casa mortas por parceiros ou ex é absurdamente maior que a de homens na mesma situação, tornando a própria casa um ambiente muito mais perigoso para mulheres do que para homens e é ai que deve haver políticas que protejam quem esta mais vulnerável.
Que bom que você explicou que os números eram hipotéticos porque eles são absolutamente díspares dos números reais e daí que suas conclusões também o são, mas eu já refutei os erros que você cometeu na construção deste cenário (bem dito) hipotético tantas vezes, que... cansei



Bom, em relação ao que eu disse e sobretudo ao que eu não disse sobre gravidade do homicídio vs gravidade do estupro, vamos lá tentar explicar com que bases eu defendi que 2+2=4, ops, não, quer dizer, que o crime de homicídio é mais grave que o crime de estupro.

Primeiro deixa eu dizer o que eu não disse: eu não disse que o crime de estupro não é grave, eu não disse que a mulher que não reage ao estuprador merece ser estuprada, eu não disse que o fato de ela não ter reagido isenta o criminoso, eu não disse que velório é uma situação tranquila (ou de qualquer modo levei a esta má compreensão).

O que eu disse é que esta palavra de ordem que vem sendo reprisada entre os feministas como se fosse um tema de que "existem mais casos de estupro no Brasil que casos de homicídio doloso" só faria algum sentido caso o estupro fosse um crime de maior (ou pelo menos igual) gravidade que o homicídio doloso. O que obviamente não é o caso. Foi apenas isso que defendi.

Que o estupro é um crime grave, gravíssimo, de consequências monstruosas para a sua vítima, mas ainda assim é um crime de menor gravidade se comparado ao homicídio doloso, daí que o primeiro seja mais comum que o segundo não apenas no Brasil mas em todo o mundo, daí não fazer o menor sentido alardear como uma issue o fato de haver mais estupros que homicídios pelo mesmo motivo que não faz sentido noticiar em capa de jornal que existem mais casos de furtos de caneta BIC que roubos à mão armada.

Aí o Barata replicou dizendo que para muitas mulheres o crime de estupro é mais grave que o homicídio* e eu trepliquei dizendo que se isto fosse realmente verdade, se realmente a maioria das mulheres considerassem o homicídio como algo menos indesejável que o estupro nós teríamos estatisticamente um número maior de mulheres reagindo violentamente a crimes em que o estuprador estivesse armado com arma de alta letalidade, o que obviamente não é verdade: o que acontece de verdade é que ante uma situação destas as pessoas, mulheres ou homens, tendem a considerar "menos mal" serem estuprados que mortos, independente do que elas digam no dia a dia sobre o assunto.

Quanto à má compreensão feita pelo DiegoJAF da questão da "situação tranquila" (que de qualquer modo seria um olha o avião já que não é relevante para o ponto central da minha defesa) eu não disse de modo algum que um velório é uma situação tranquila. Eu disse, de forma bem traduzida, que pessoas que não estão sob a real ameaça da morte podem fazer bravatas que não cumpririam na iminência do risco e aí EXEMPLIFIQUEI situações onde isto pode ocorrer: ao receber um entrevistador do IBGE ou do Vox Populli perguntando sobre que tipo de crime considera mais grave (que foi a única situação que identifiquei como tranquila); ao comparecer a um velório de um parente; ao receber a notícia de que um amigo foi assaltado...  De modo algum houve comparação entre as tranquilidades das situações, o elemento comum não era esse, o elemento comum era o sujeito dizer coisas (eu queria morrer no lugar dele, eu preferia ser morta a ser estuprada, se fosse comigo eu não deixava o assaltante levar...) que não correspoderiam aos atos dos mesmos indivíduos num caso real.



* Hoje na faculdade acabei discutindo esta questão com três colegas da minha turma, comentei com um, antiigualitarissta como eu, sobre a frase no mural do CA e ele perguntou a duas meninas que estavam chegando sobre o que elas achavam.

Achei curioso duas coisas: 1. o fato de que num primeiro momento uma delas não conseguiu responder sobre o que achava mais grave e a outra disse achar mais grave o estupro que o homicídio 2. o fato de que depois eu ter feito exatamente esta analogia que fiz aqui ("imagine que eu fosse um estuprador e tivesse apontando uma pistola para as suas cabeças gritando: 'fiquem quietas e façam o que eu mandar ou morrem', o que vocês fariam?") ambas capitularam automaticamente, compreenderam sem nenhum esforço o meu ponto, não me acusaram de machista, e reconheceram que era absurdo considerar o estupro mais grave que o homicídio já que em tal situação elas mesmas 'prefeririam' ser estupradas a morrer.

Foi um daqueles milésimos de segundo em que pensei que talvez haja salvação para a humanidade.
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 19:56:24 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Sergiomgbr

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #44 Online: 23 de Julho de 2014, 20:11:30 »
Na minha opinião, a violência doméstica perpretada por homens contra mulheres suas cônjuges, para além dos dados oficiais é muito maior e ocorre com a leniência e por coação as mulheres por seus maridos desde sempre.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Donatello

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #45 Online: 23 de Julho de 2014, 20:16:01 »
Certo dia me deparei com uma noticia no Portal CNJ que dizia o seguinte: "De 1980 a 2010, o Brasil registrou o assassinato de 91.886 mulheres[...]" Onde pensei comigo, poxa, é até pequeno, visto que no Brasil mais de 55 mil homicídios totais são registrados por ano no país, onde somente nos últimos 2 anos, mais de 100 mil homens foram assassinados no pais1, superando o número de mulher neste mesmo período em mais de 10 vezes.

Logo depois  foi dito: “Lamentavelmente o Brasil tem a sétima taxa do mundo” onde sensatamente pensei novamente, nada anormal nisso ai, visto que o Brasil tem a 5ª maior população do Planeta2.

E então a secretaria Regina Miki, da secretária nacional de Segurança Públicas, em entrevista ao Portal CNJ chega a seguinte conclusão; mais medidas deveriam serem tomadas para resolver este problema:

“O Brasil ainda não tem delegacias especializadas em violência doméstica em todo o País. Além disso, muitas delegacias ficam fechadas no fim de semana, quando ocorrem muitos casos de violência doméstica. Falta maior instrumentalização dos policiais”, disse Regina Miki, exemplificando que os trabalhos de perícia, fundamentais para a Justiça punir os agressores, “são seletivos” e não atendem às necessidades relacionadas à mulher."

 :susto:
Pescou perfeitamente meu ponto.

Sabe o que me pareceu análogo? Aquela estratégia de publicidade típica de alimentícios de cesta básica que consiste de colocar, em fontes grandes e chamativas, "informações" como "sem colesterol" ou "sem adição de chumbo" em alimentos que ordinariamente não possuem estas substâncias como óleo de cozinha ou arroz. Trata-se neste caso de um tipo sutil de "propaganda enganosa" que pretende convencer o indouto potencial consumidor do tal gênero alimentício que aquele produto possui alguma vantagem sobre o concorrente, vantagem essa que não existe.



Algum tempo depois das indústrias alimentícias adotarem esta estratégia houve, no Brasil, uma regulamentação que obriga a empresa que usar esta tática a explicar no rótulo que esta não é uma caracteríistica distinva (vai lá na sua lata de óleo, provavelmente em algum lugar fácil de achar deve estar escrito "SEM COLESTEROL"  e em algum lugaar difícil de encontrar deve estar escrito "como em todo óleo de origem vegetal".

O princípio aqui é o mesmo: noticiar qualquer coisa ordinária como se fosse extraordinária para criar na cabeça do indouto potencial consumidor da ideologia feminista de que aquele produto é necessário. O problema é que sequer existe uma regulamentação sobre incluir pelo menos algumas letras miúdas esclarecendo o incauto potencial comprador da tranqueira sobre a real irrelevãncia daquela informação.
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 20:23:56 por Pai Donatello de Ifá »

Offline Barata Tenno

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #46 Online: 23 de Julho de 2014, 20:40:22 »



A causa do crime e a porcentagem são muito importantes para se fazer uma avaliação, tanto por um lado quanto pelo outro. Num outro post sobre violência estávamos debatendo sobre o fato de São Paulo ter um número menor de homicídios por habitante em relação a outras cidades, quando o Jaf acertadamente me apontou que apesar de São Paulo ter um número menor desse tipo de crime, o perfil da vítima era muito importante, já que em outras cidades a maioria dos crimes era de pessoas envolvidas com a criminalidade, enquanto em São Paulo a maioria era de pessoas comuns sendo vítimas de crimes, tornando São Paulo muito mais perigosa que as outras cidades para o cidadão comum. A mesma coisa tem que ser levada em consideração quando se esta diferenciando homens e mulheres como vítimas de crimes. Qual o perfil da vítima? Estava envolvida com a criminalidade? Se não, onde ocorreu o crime? Do universo de pessoas não envolvidas com crimes e que morreram na própria residência qual a proporção de homens e mulheres  ? Dos casos confirmados em que o agente foi o/a parceiro/a ou ex, qual a proporção de vítima homens/mulheres?

Veja que não estou dando o resultado, tanto o lado das "feministas" quanto o lado que refutam os números delas não parecem ter esses dados, ficando claro que nenhum dos dois sabe realmente peneirar dados sem deixar a ideologia influenciar no resultado.
E eu entendo a sua preocupação, e é por isso mesmo que estou questionando a leviandade e falta de rigor e imparcialidade de como estas pesquisas e estudos estatísticos sobre crimes cometidos contra mulheres são feitas e apresentadas na mídia. Estou não só apontando não para a falta de rigor e precisão destes estudos, como mesmo para atitudes tendenciosas, parciais, distorcedoras e mesmo fraudulentas. Não justificando por tanto a quantidade de atenção e verbas do governo e sociedade que os movimentos feministas conseguem para os interesses da mulher, com base nestes estudos fraudulentos e pouco confiáveis.

O objetivo do tópico é justamente este, e como você já deve ter percebido, caso tenha assistido a todos os vídeos postados, e lido todos os posts. A maioria dos projetos de lei, e atenção direcionados as mulheres no Brasil e no mundo, estão sendo feitos a partir de estudos intencionalmente fraudulentos, distorcidos e etc.

Agora, algumas conclusões mais especificas podem serem tiradas dos dados acima (do governo, que passei), morre-se mais homens dentro de casa vitima de crime violento, do que mulheres. Morre-se de maneira geral, muito mais homens do que mulheres, vitimas de assassinatos no país todos os anos, e entre muito outros crimes o homem é vitima maior do que as mulheres. Uma informação apresentada assim é mais precisa, por se tomar um critério de comparação, apontando as duas partes da história, homens e mulheres.

No entanto, visando conseguir verbas, atenção e medidas políticas a favor do movimento feministas, estes estudos apresentados aos governantes e a população contam somente metade da história, pois quase sempre que se apresenta a outra metade, ou seja, no caso de assassinatos por exemplo, o número de homens assassinados é sempre maior do que o de mulheres, e isso em todos os casos que se tem noticia, inclusive nos cometidos dentro de casa. O que evidentemente mostraria aos governantes e a população em geral, que o número de mulher assassinado não é assim tão grande como estas noticias e relatórios tentam fazer parecer, ao distorcer e manipular os resultados.

Abraços!

Mas perceba que o fato das políticas serem feitos com base em números questionáveis, o questionamento só me mostra que não se sabe o número real e não que tais políticas são desnecessárias.
Não é simplesmente números questionáveis, os questionamentos apontam para fraudes e manipulações, e não simplesmente falta de dados. Ou seja, politicas estão sendo tomadas não somente a partir de evidências insuficientes, mas também, distorcidas e fraudas, o que torna tudo mais grave.

São manipulados e fraudados exatamente por não haver dados específicos. É fácil enganar as pessoas quando não se tem os números reais para usar como contraprova.


Podem ser ou não ser, não sabemos pois não existem pesquisas objetivas sobre o assunto.
que Não existe imparcialidade de ambos os lados, tanto de quem apresenta os números quanto de quem critica sem apresentar os números que realmente importam.
Existem muitas pesquisas sobre o assunto sim, como eu disse, na mídia afirma-se que cerca de 12 mulheres morrem por dia no brasil, vitimas de assassinato, mas isso é uma informação do número total de crimes de assassinato contra mulheres, e não de crimes cometidos por parceiros. E ai na comparação de números totais, usa-se os homens como comparação, estes morrem em número total, cerca de 10 vezes mais do que as mulheres. Beleza, já especificamos um bocado.

Não, não existem pesquisas, o que temos são extrapolações feitas de números não específicos. O total de mulheres e homens mortos não me diz nada sobre se existe ou não necessidade de políticas específicas pois não dão causa, agente, cirscunstância, etc.

Agora quando tenta-se chegar a crimes cometidos por parceiros, limita-se aos casos de assassinatos cometidos dentro de casa, as mulheres assassinadas dentro de casa representam cerca de 40% do número total de mulheres assassinadas no Brasil, ou seja, cerca de 5 mulheres morrem a cada dia no Brasil, vitima de assassinato cometido dentro de sua residência. então, para efeitos de comparação, usa-se os homens, que seriam cerca de 7,2 homens assassinados por dia dentro de suas residencias. Estes resultados são imparciais, e todos apontam para o fato de que mais homens vem morrendo em casos de crimes violentos do que o mulheres.

Novamente, esses números não dizem nada se não houver mais dados. Por exemplo, se hipoteticamente dessas 5 mulheres que morrem por dia dentro de casa, 4 não tem antecedentes criminais e dos 7,2 homens mortos 6 tem ligação com o tráfico de drogas isso muda completamente o quadro que voce quer expor, mesma coisa se for o contrário, se de cada 5 mulheres mortas em casa 4 tiverem ligação com o tráfico e dos 7,2 homens 6 não tiverem antecedente criminal, seria uma maneira muito simples de derrotar o argumento das "feministas". Isso é mais uma mostra de como a falta de dados atrapalha ambos os lados.

Dos crimes cometidos especificamente por seus parceiros parece não haver certeza, mas sabe-se que em casos de violência doméstica, homens e mulheres são quase igualmente vitimas e agressores, o que pode nos levar a inferir que a quantidade de assassinatos praticadas por parceiros(as) seja equivalente.


Isso seria uma inferência muito mal baseada. Quase quatro em cada dez (38,6%) mulheres assassinadas no mundo foram mortas por seus maridos ou namorados, revelou um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre violência contra pessoas do sexo feminino. Por outro lado, esposas e namoradas são responsáveis por "somente" 6,3% dos assassinatos a homens.

Mais a distorção começa quando os resultados começam a serem revelados, primeiro, o número de vitimas de agressão ente parceiros (Que é equivalente) é omitido ou fraudado, depois o número de homens mortos dentro de casa (que é maior do que o das mulheres) é omitido, enquanto o numero de mulheres mortas é anunciado em meio a sensacionalismo hiperbólico, pois revelar a verdade tornaria evidente a injustiça da da quantidade de atenção e verbas investidas nos casos das mulheres, enquanto os homens são praticamente esquecidos e ignorados.
Novamente, problemas causados por faltas de dados mais aprofundados.

Como já expliquei, não importa se homens morrem 1000000 vezes mais que mulheres,
É claro que importa, se muitos homens estão morrendo, algo de errado deve existir, e por tanto verbas e atenção deveriam serem direcionadas para estudarem o porque dos homens estarem morrendo tanto, e só ai chegar a uma conclusão mais especifica, se de fato algo mais efetivo deve ser feito para ajudar os homens neste sentido.

importa é o porque as pessoas estão morrendo e esses são exatamente os números que não temos.
Mas para se ter estes números, é necessário atenção e verbas destinadas a estudarem os casos dos homens, coisa que não vem acontecendo justamente pelo motivo dos movimentos feministas, que dominam a politica de gênero no país, não permitem que o foco desvie nem que um pouquinho só das mulheres, para os homens, apesar de que de maneira geral, estes são as maiores vitimas de crimes violentos no país, e de forma esmagadora em comparação as mulheres, que apesar disso recebem muito mais verbas e atenção do que eles.

Se me perguntarem se medidas de proteção a mulher são necessárias, eu só posso dizer que não sei, faltam números, mas a minha percepção da sociedade brasileira me diz que as mulheres estão em situação mais vulnerável e que é melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta.
Esta percepção popular de que as mulheres são as maiores vitimas é só mais um reflexo destas politicas e pesquisas tendenciosas e mentirosas, que manipulam e fraudam os estudos de gênero realizados, afim de apresentar uma conclusão que manipule a opinião pública da maneira que elas (o movimento feminista) desejam.

Um exemplo do perigo disso é o tal da "cultura do estupro", um dos maiores mitos do movimento militante feminista já criado, cheio de falácias, estatísticas fraudadas e distorcidas, que passam a imagem de que as mulheres são absurdamente estupradas no nosso país, e que o povo ainda apoia isso, enquanto isso nunca foi uma verdade. O estupro é um dos atos mais criminalizados do país.

Isso é facilmente explanado quando a falácia da cultura do estupro é confrontada no campo da razão. O Donatello já postou um artigo sobre isso, indicando que cerca de 40% das acusações de estupro realizadas nos EUA são falsas, sendo esta onda de falsas acusações um reflexo da cultura do estupro, que estimula a mulher a culpabilizar o homem sem que nenhuma evidência suficiente seja apresentada para que ele seja condenado de fato, ao contrário, ao invés de ele ser inocente até que se prove o contrário, ele é culpado até que se prove o contrário. E quando ele consegue provar sua inocência, sua vida social e psicológica já fora destruída, isso se alguém não o tiver matado, visto a hostilização que os acusados de estupro recebem em nosso país. E com a mulher que fez a falsa acusação? Com ela nada acontece, pois executivo, o judiciário e o legislativo não parecem interpretarem isso como um crime. E isso tudo pelo fato de partirem da premissa de melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta.

Abaixo uma prova do que foi dito por mim acima, ou seja, do perigo de afirmações como melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta. (Pois este excesso de zelo pode prejudicar em excesso a outra parte da história):

Yeah, esse estudo sobre os 40% de casos de acusação falsa de estupro ja foi rebatido a muito tempo. Não li os dois pr comparar, mas segundo pesquisa rápida, a maioria dos especialistas aponta falhas graves de metodologia nesse estudo. Aqui bvai um que diz que as falsas acusações ficam entre 2 e 8%.

http://www.ncdsv.org/images/False%20Reports_Excerpt%2005_14_07.pdf

Sobre nada acontecer com quem faz a falsa acusação, qual a fonte disso?


Além disso, apesar de quase todos os casos analisados a fundo apontarem para os homens como sendo as maiores vitimas de crimes violentos, com números de 10 até 20 vezes mais numerosos do que os das mulheres, para eles nenhum excesso de zelo é realizado, muito pelo contrário. Como eu disse, mesmo nos casos onde os homens são as maiores vitimas, são as mulheres que recebem a maior atenção e financiamentos.

Se a maioria das mortes de homens forem ligadas ao crime então a maioria dos investimentos na prevenção de crimes e diminuição da entrada de jovens na vida criminosa vão para homens.

Então meu caro, eu continuo repetindo e condenando estas politicas voltadas para as mulheres, baseadas em conclusões de estudos manipulados e fraudulentos. E uma desculpa como a de que é melhor errar pelo excesso de zelo do que pela falta. não só neste caso é inválida, como também perigosa, como já mostrado no vídeo-exemplo mostrado acima.

Excesso de zelo significa cuidar da mulher e não condenar o homem. Se uma mulher faz queixa de estuporo excesso de zelo não é automaticamente prender o homem, mas cuidar para que a mulher receba a atenção médica e psicológica necessária e que o caso seja investigado propriamente, sem tratar a vítima como uma vagabunda que pediu pra ser estuprada.

Por exemplo, vou usar números hipotéticos aqui: Digamos que estamos estudando uma cidade de 10 milhões de habitantes, com uma divisão perfeita entre homens e mulheres. Nessa cidade homens morrem 10 vezes mais que as mulheres, mas dos homens mortos 80% tinham ligação com o crime e entre as mulheres apenas 10%.
Então os homens merecem maior atenção e financiamento do governo nestes casos do mundo crime do que as mulheres mereceriam.


Do total de mulheres mortas, 50% morreram em casa, enquanto do total de homens mortos apenas 5% morreram em casa, dentre esses casos em 40% das mortes se comprovou (usando apenas os comprovados, sem contar crimes não resolvidos que no Brasil chegam a 95%) que o assassino de mulheres tem ligação íntima com a vítima, no caso de homens apenas 4% . Cruzando esse números vemos que a quantidade proporcional de mulheres sem ligação com o crime e que morreram em casa mortas por parceiros ou ex é absurdamente maior que a de homens na mesma situação, tornando a própria casa um ambiente muito mais perigoso para mulheres do que para homens e é ai que deve haver políticas que protejam quem esta mais vulnerável.
Então neste caso hipotético as mulheres mereceriam maior atenção e financiamentos por parte dos governantes e da sociedade nos casos de violência doméstica, em comparação aos homens. E os homens nos casos de envolvimento no mundo do crime deveriam receber maior atenção e financiamento do governo e da sociedade em comparação as mulheres.

O problema é que, somente o fato de na vida real 10 vezes mais homens serem assassinados em comparação ao número de mulheres, já mostra que ao menos na maioria dos casos de crimes violentos, os próprios homens seriam as maiores vitimas. Onde por inferência natural a maioria das verbas e atenção do governo, pesquisadores e sociedade deveriam serem direcionados(as) para os problemas dos homens, enquanto as mulheres só receberiam maior atenção e auxilio do governo e da sociedade, naquela minoria dos casos de crimes violentos onde de fato elas sejam as mais debilitadas.

Mais o que vem acontecendo na vida real? As mulheres vem praticamente recebendo quase que toda a atenção do governo, enquanto os homens são deixados por ultimo em quase todos os casos, inclusive nos casos onde eles são evidentemente as maiores vitimas.

Abraços!

Então ache o motivo maior da causa de morte de homens e vá cobrar investimento público nessas áreas, que os homens façam lobbies por sua causa, ficar minando a causa alheia não resolve o problema dos homens sem atenção ficar reclamando de supostas regalias das mulheres não faz surgir programas de ajudas a homens. Os gays não ganharam espaço reclamando que os negros ganhavam as coisas, eles se organizaram e foram atrás do que queriam.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Donatello

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #47 Online: 23 de Julho de 2014, 20:57:31 »
Talvez não queiramos (pelo menos eu e o Skeptikos, mas com certeza muito dos críticos do feminismo) "ganhar suas coisas" como os gays e os negros "ganharam". Talvez apenas nos irritemos com determinados grupos "ganhando coisas" através de deturpações dos dados, de bandeiras consstruídas sobre falácias estúpidas como esta do "é absurdo que mais pessoas sejam estupradas no Brasil que assassinadas"

Talvez para nós a coisa a ser ganha seja exatamente que determinados grupos parem de "ganhar coisas"  em relação a outros grupos :)

Offline Barata Tenno

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #48 Online: 23 de Julho de 2014, 21:16:39 »
Talvez não queiramos (pelo menos eu e o Skeptikos, mas com certeza muito dos críticos do feminismo) "ganhar suas coisas" como os gays e os negros "ganharam". Talvez apenas nos irritemos com determinados grupos "ganhando coisas" através de deturpações dos dados, de bandeiras consstruídas sobre falácias estúpidas como esta do "é absurdo que mais pessoas sejam estupradas no Brasil que assassinadas"

Talvez para nós a coisa a ser ganha seja exatamente que determinados grupos parem de "ganhar coisas"  em relação a outros grupos :)

Claro, porque a sociedade é extremamente igualitária, logo, devemos tratar todos de forma igual. Todas as pessoas tem a mesma oportunidade e recebem o mesmo tratamento de um homem, hétero, branco. Aliás, segundo vocês, o homem, branco, hétero é o ser que mais sofre, ja que todos os outros grupos tem "privilégios".
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Offline Skeptikós

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Re:Fraudes e manipulações em estatísticas de violência doméstica contra mulheres.
« Resposta #49 Online: 23 de Julho de 2014, 21:29:08 »
O que eu não quero é ter meus direitos (que já não são muitos) ainda mais suprimidos por estas ideologias pseudo-igualitárias, fora o fato de que não quero também que as verbas do governo, em partes financiadas pelo meu dinheiro, sejam desperdiçada em campanhas e politicas baseadas em estudos defasados e desonestos como o vem acontecendo.

E retirando o que foi dito pelo Donatello, não quero que outros grupos sociais obtenham vantagens injustas sobre mim, através de medidas politicas baseadas em dados deturpados de estudos tendenciosos e desonestos realizados.

Além disso Barata, se o feminismo fosse de fato simplesmente um movimento que lutasse pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, ele deveriam ajudar á ambos os lados, e não somente um, como é o que geralmente acontece. Logo, a desculpa de que o feminismo está correto em focar todo o seu esforço e atenção exclusivamente aos interesses femininos, enquanto ignora os masculinos, é simplesmente um absurdo.

Abraços!

Talvez não queiramos (pelo menos eu e o Skeptikos, mas com certeza muito dos críticos do feminismo) "ganhar suas coisas" como os gays e os negros "ganharam". Talvez apenas nos irritemos com determinados grupos "ganhando coisas" através de deturpações dos dados, de bandeiras consstruídas sobre falácias estúpidas como esta do "é absurdo que mais pessoas sejam estupradas no Brasil que assassinadas"

Talvez para nós a coisa a ser ganha seja exatamente que determinados grupos parem de "ganhar coisas"  em relação a outros grupos :)

Claro, porque a sociedade é extremamente igualitária,
O ideal é ser igual em oportunidades e opções. Agora, devido as diferenças inatas-biológicas entre homens e mulheres, além da própria influência do ambiente fisico-geográfico e sócio-cultural, é natural que homens e mulheres, apesar de terem igualdade de escolha e oportunidades, siga caminhos diferentes, e se desigualem em alguns campos por este motivo.

Agora, cria leis e medidas que tratem homens e mulheres de maneira diferente, como a lei da "Maria da Penha", "Delegacias das Mulheres", "Transporte público exclusivo para mulheres (Pauta feminista)", "Ações afirmativas que forçam empresas a empregarem mulheres e lhes darem maiores salários somente por serem mulheres (Pauta feminista)", entre outras medidas que privilegiam um gênero (mulheres) em detrimento do outro (homens). Isso eu sou contra, pois simplesmente ao invés de promover a igualdade de oportunidades e opções, a distância, na medida em que explicitamente beneficia um grupo (mulheres) em detrimento do outro (homens).

Abraços!
« Última modificação: 23 de Julho de 2014, 21:43:00 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

 

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