Autor Tópico: Os estragos do chavismo na Venezuela  (Lida 123324 vezes)

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Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2050 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 13:14:45 »
Também, não! O problema não é adorar, odiar ou ser indiferente a grandes fortunas, é saber se isso é parte da solução, do problema ou se não interfere. A única coisa que eu realmente pensei a respeito e apenas vagamente foi sobre dinheiro "parado" (assim entre aspas, porque dinheiro nunca pára realmente). Grandes fortunas investidas, na minha cabeça, ao menos, é tudo que mais precisamos, dinheiro circulando.
A ideia de uma caixa-forte cheia de dinheiro, como a do Tio Patinhas, é absurda. Ninguém deixa o dinheiro parado porque ele evapora.

Além disto, se alguém acumulou muito dinheiro honestamente (o que não é o caso dos políticos e parasitas do governo em geral), foi porque gerou a riqueza correspondente e beneficiou o país como um todo (ao contrário da crença de muitos de que só existe uma certa quantidade fixa de dinheiro e, se alguém enriquece, é porque tomou esse dinheiro dos outros, que então empobreceram).

É só imaginar um sistema à base de favores devidos. Eu lhe faço um favor, lhe presto um serviço e daí você fica me devendo um favor ou serviço que eu vou cobrar no dia em que eu precisar. Este potencial de favores a receber me torna "rico", mas não empobrece quem já recebeu o favor, serviço ou mercadoria.
« Última modificação: 20 de Fevereiro de 2018, 13:17:57 por Fernando Silva »

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2051 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 14:05:51 »
Também, não! O problema não é adorar, odiar ou ser indiferente a grandes fortunas, é saber se isso é parte da solução, do problema ou se não interfere. A única coisa que eu realmente pensei a respeito e apenas vagamente foi sobre dinheiro "parado" (assim entre aspas, porque dinheiro nunca pára realmente). Grandes fortunas investidas, na minha cabeça, ao menos, é tudo que mais precisamos, dinheiro circulando.
A ideia de uma caixa-forte cheia de dinheiro, como a do Tio Patinhas, é absurda. Ninguém deixa o dinheiro parado porque ele evapora.

Além disto, se alguém acumulou muito dinheiro honestamente (o que não é o caso dos políticos e parasitas do governo em geral), foi porque gerou a riqueza correspondente e beneficiou o país como um todo (ao contrário da crença de muitos de que só existe uma certa quantidade fixa de dinheiro e, se alguém enriquece, é porque tomou esse dinheiro dos outros, que então empobreceram).

É só imaginar um sistema à base de favores devidos. Eu lhe faço um favor, lhe presto um serviço e daí você fica me devendo um favor ou serviço que eu vou cobrar no dia em que eu precisar. Este potencial de favores a receber me torna "rico", mas não empobrece quem já recebeu o favor, serviço ou mercadoria.

Gostei da piada do Tio Patinhas.

Obviamente, o que estou falando é da troca de capital produtivo pela riqueza da multiplicação sem riscos - lucratividade x rentabilidade. Todo empreendedor normalmente é também rentista. Nunca põe todas as moedas num mesmo cofre, mas sempre mantém, ora um ora outro mais cheio. Falar em dinheiro honesto ou quantidade de dinheiro é redundante. Desonestidade é sempre um problema. E o montante é indiferente. Minha dúvida é apenas se rentabilidade é um problema, se interfere na circulação de forma significativa. Se chega a ser algo representativo no montante total, porque normalmente é algo dinâmico, o dinheiro vai do lucro para a renda e vice-versa, exceto quando a economia sofre revez e o dinheiro some de circulação.
« Última modificação: 20 de Fevereiro de 2018, 14:14:26 por AlienígenA »

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2052 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 14:31:32 »
Minha dúvida é apenas se rentabilidade é um problema, se interfere na circulação de forma significativa. Se chega a ser algo representativo no montante total, porque normalmente é algo dinâmico, o dinheiro vai do lucro para a renda e vice-versa, exceto quando a economia sofre revez e o dinheiro some de circulação.
Distorções sempre haverá, ganância sempre vai provocar bolhas, grandes ou pequenas, mas acredito em que, no geral e no longo prazo, o sistema tende a funcionar, embora tenha que ser policiado porque somos humanos e imperfeitos.

Quanto à rentabilidade, se está rendendo juros é porque alguém precisou de dinheiro para alguma coisa e se dispôs a pegar emprestado de quem tinha em troca de juros, portanto está sendo útil. Além disto, esse dinheiro não caiu do céu na mão do emprestador e ele corre o risco de não receber de volta.

Imagino que grande parte das críticas aos "rentistas" não passem de inveja de quem nunca parou para pensar no que fez de errado, tipo esbanjar em vez de poupar, e só olha o resultado: ele, o esbanjador, cheio de dívidas e o poupador com uma vida tranquila. Afinal, qualquer um que guarde 100 reais numa caderneta de poupança se torna "rentista". Ninguém é obrigado a gastar imediatamente tudo o que ganha e faz todo o sentido acumular para uma emergência, para realizar um sonho ou para a aposentadoria.

Lembra da história da cigarra e da formiga?

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2053 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 18:42:31 »
Minha dúvida é apenas se rentabilidade é um problema, se interfere na circulação de forma significativa. Se chega a ser algo representativo no montante total, porque normalmente é algo dinâmico, o dinheiro vai do lucro para a renda e vice-versa, exceto quando a economia sofre revez e o dinheiro some de circulação.

Distorções sempre haverá, ganância sempre vai provocar bolhas, grandes ou pequenas, mas acredito em que, no geral e no longo prazo, o sistema tende a funcionar, embora tenha que ser policiado porque somos humanos e imperfeitos.

Tende a funcionar? A economia mundial está sempre sofrendo revezes. E por causa disso a toda hora se tira uma solução mágica da cartola e, eventualmente, algumas aberrações, como o comunismo. E estamos sempre sujeitos a uma solução mágica a cada novo revés.

Citar
Quanto à rentabilidade, se está rendendo juros é porque alguém precisou de dinheiro para alguma coisa e se dispôs a pegar emprestado de quem tinha em troca de juros, portanto está sendo útil. Além disto, esse dinheiro não caiu do céu na mão do emprestador e ele corre o risco de não receber de volta.

Mérito à parte, não é minha intenção entrar nessa seara - minha dúvida é como isso interfere no fluxo. Traduzindo em números - 1% da população mundial detém 80% das riquezas enquanto 30% vive na miséria. Quanto a economia precisa crescer para eliminar essa sem mexer naquela? É numericamente possível?     

Citar
Imagino que grande parte das críticas aos "rentistas" não passem de inveja de quem nunca parou para pensar no que fez de errado, tipo esbanjar em vez de poupar, e só olha o resultado: ele, o esbanjador, cheio de dívidas e o poupador com uma vida tranquila. Afinal, qualquer um que guarde 100 reais numa caderneta de poupança se torna "rentista". Ninguém é obrigado a gastar imediatamente tudo o que ganha e faz todo o sentido acumular para uma emergência, para realizar um sonho ou para a aposentadoria.

Lembra da história da cigarra e da formiga?

Com certeza boa parte das críticas se baseia na inveja, mas isso não vem ao caso. E poupança não é rentismo. Tá mais para o caixa-forte do Tio Patinhas. Não é do que estou falando, me refiro a uns dez por cento, no máximo. Quanto da riqueza acumulada está em circulação?


Offline Geotecton

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2054 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 19:16:55 »
[...]
Não é do que estou falando, me refiro a uns dez por cento, no máximo. Quanto da riqueza acumulada está em circulação?

Poupança é rentismo, sim, ainda que seja o menos rentável.

E boa parte da riqueza acumulada não circula ou se circula, é muito pouco, como os imóveis, o ouro e o diamante.
« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2018, 08:28:00 por Geotecton »
Foto USGS

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2055 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 20:16:48 »
[...]
Não é do que estou falando, me refiro a uns dez por cento, no máximo. Quanto da riqueza acumulada está em circulação?

Poupança é rentismo, sim, ainda que seja o menos rentável.

A rigor, tudo que rende é rentismo, mesmo que na prática gere prejuízo, devido à inflação, por exemplo. Mas acho que você entendeu o que quis dizer.

Citar
E boa parte da riqueza acumulada não circula ou se circula, é muito pouco, os como imóveis, o ouro e o diamante.

Ai danou-se. O único jeito de eliminar a miséria, sem mexer na estrutura, é eliminando os miseráveis. Não tem solução, portanto. Eu estimava que, considerando o montante virtual, a parcela em circulação fosse maior parte. Enfim! :/


 

Offline Cumpadi

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2056 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 20:22:16 »
Felizmente ainda estamos em um periodo onde o sucesso de um nao depende da perda do outro. Enquanto as pessoas ficarem noiadas em tomar as grandes fortunas dos outros, paradoxalmente mais elas vao crescer as custas dessas pessoas, pois sao so os desonestos que acabam no poder. E o pior de tudo, as fortunas vao tender a sair da mao dos mais honestos e cair na dos mais corruptos.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2057 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 20:53:14 »
Felizmente ainda estamos em um periodo onde o sucesso de um nao depende da perda do outro.

Isso significa que a riqueza em circulação é suficiente, portanto? Que a miséria se deve exclusivamente à corrupção e eliminando-se essa, elimina-se aquela?

Citar
Enquanto as pessoas ficarem noiadas em tomar as grandes fortunas dos outros, paradoxalmente mais elas vao crescer as custas dessas pessoas, pois sao so os desonestos que acabam no poder. E o pior de tudo, as fortunas vao tender a sair da mao dos mais honestos e cair na dos mais corruptos.

Talvez seja mais fácil eliminar a miséria/corrupção do que a ideologia/religião. Porque temos laboratórios a céu aberto demonstrando que tomar grandes fortunas só gera mais problemas e de nada adianta para frear essa nóia.

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2058 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 21:35:21 »
E boa parte da riqueza acumulada não circula ou se circula, é muito pouco, os como imóveis, o ouro e o diamante.

Ai danou-se. O único jeito de eliminar a miséria, sem mexer na estrutura, é eliminando os miseráveis. Não tem solução, portanto. Eu estimava que, considerando o montante virtual, a parcela em circulação fosse maior parte. Enfim! :/

Numa pesquisa rápida, achei isso:

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Temos duas respostas para a pergunta. A quantidade de dinheiro existente no mundo hoje pode ser a soma do PIB (Produto Interno Bruto) de todos os países do mundo, ou seja, US$ 50 trilhões, de acordo com dados do Banco Mundial. O Brasil colabora com cerca de US$1,5 trilhão e os EUA, com aproximadamente US$ 15 tri. “O PIB mede o que chamamos de economia real, é um cálculo complicado composto pelo consumo das famílias, investimento de empresas, gasto dos governos e o saldo da balança comercial [a diferença entre exportações e importações]dos países”, diz o professor de estratégia econômica do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e doutor em economia, Daniel Motta.

A outra resposta para esta pergunta é US$ 170 trilhões. Esse número é quase 350% maior do que o PIB mundial. “Ele representa o total de ativos existentes no mundo, é o dinheiro que gira”, diz Motta. Essa estimativa é calculada com base em quatro dados: o valor total dos depósitos bancários, fornecido pelos bancos; o valor do títulos públicos e dos privados (dívidas de governos e empresas) e o valor atual de todas as ações no mercado.

Fonte duvidosa

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2059 Online: 20 de Fevereiro de 2018, 21:47:32 »
Igualdade e liberdade são incompatíveis. Se há liberdade, surge a desigualdade.

Já a igualdade tem que ser imposta e, como não se pode impor talento, ambição, força, beleza, virtude etc., essa igualdade acaba sendo por baixo.

Nem Stalin, e acho que nem Chavez/Maduro tentaram impor "igualdade", e mesmo nem Cuba. Stalin argumentou contra, defendendo que o diferencial de salários é necessário como um incentivo de mercado. Defesa de igualdade absoluta deve ser bem raro, praticamente não toca no que é praticado em qualquer caso, seja em países que vão a ruína, ou nos bem sucedidos, mesmo que ambos (ao menos teoricamente) se preocupem com desigualdade e pobreza.








Também, não! O problema não é adorar, odiar ou ser indiferente a grandes fortunas, é saber se isso é parte da solução, do problema ou se não interfere. A única coisa que eu realmente pensei a respeito e apenas vagamente foi sobre dinheiro "parado" (assim entre aspas, porque dinheiro nunca pára realmente). Grandes fortunas investidas, na minha cabeça, ao menos, é tudo que mais precisamos, dinheiro circulando.
A ideia de uma caixa-forte cheia de dinheiro, como a do Tio Patinhas, é absurda. Ninguém deixa o dinheiro parado porque ele evapora.

Além disto, se alguém acumulou muito dinheiro honestamente (o que não é o caso dos políticos e parasitas do governo em geral), foi porque gerou a riqueza correspondente e beneficiou o país como um todo (ao contrário da crença de muitos de que só existe uma certa quantidade fixa de dinheiro e, se alguém enriquece, é porque tomou esse dinheiro dos outros, que então empobreceram).

É só imaginar um sistema à base de favores devidos. Eu lhe faço um favor, lhe presto um serviço e daí você fica me devendo um favor ou serviço que eu vou cobrar no dia em que eu precisar. Este potencial de favores a receber me torna "rico", mas não empobrece quem já recebeu o favor, serviço ou mercadoria.

Isso tem um certo romantismo/maniqueísmo que não é muito diferente daquele de achar que governantes são ou serão salvadores da pátria contra os maléficos capitalistas.

Esse micro-capitalismo de "troca de favores" é uma visão extremamente simplificada que fecha os olhos para disparidades de poder, incluindo o de influência na política.

O mercado simplesmente não é um "carma" que premia aos bons e pune os maus. As pessoas podem enriquecer sem ter grandes escrúpulos (é até argumentável que isso ajuda), simplesmente não é decorrente apenas de uma "recompensa" da sociedade, pode ser proveniente apenas de uma posição de vantagem.


Não estou me referindo a "dinheiro parado" especificamente, ou a "grandes fortunas", mas mais genericamente sobre esses ideais/memes de "menos impostos aos mais ricos beneficiam a todos", em oposição a preocupações com "desigualdade" (que podem ser contudo equivocadas ou deliberadamente ardilosas em suas propostas). Mas, de modo geral, os países com melhor IDH devemter as taxações mais progressivas (quanto mais ganha, mais paga), e os mais terceiro-mundistas, quanto mais se aproximam do oposto.



Kansas was supposed to be the GOP’s tax-cut paradise. Now it can barely pay its bills.
https://www.vox.com/2014/7/8/5868717/sam-brownback-kansas-tax-cut

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2060 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 07:19:53 »
Distorções sempre haverá, ganância sempre vai provocar bolhas, grandes ou pequenas, mas acredito em que, no geral e no longo prazo, o sistema tende a funcionar, embora tenha que ser policiado porque somos humanos e imperfeitos.
Tende a funcionar? A economia mundial está sempre sofrendo revezes. E por causa disso a toda hora se tira uma solução mágica da cartola e, eventualmente, algumas aberrações, como o comunismo. E estamos sempre sujeitos a uma solução mágica a cada novo revés.
O sistema é imperfeito e requer correções constantes a cada situação nova, além de retroceder às vezes em vez de sempre avançar, mas foi este sistema, com todos os seus defeitos, que nos deu a civilização moderna.

Até que se encontre sistema melhor, o jeito é seguir em frente, caindo, levantando e seguindo de novo.
Mérito à parte, não é minha intenção entrar nessa seara - minha dúvida é como isso interfere no fluxo. Traduzindo em números - 1% da população mundial detém 80% das riquezas enquanto 30% vive na miséria. Quanto a economia precisa crescer para eliminar essa sem mexer naquela? É numericamente possível?
      Qualquer população de seres vivos cresce até encontrar algum tipo de limite: espaço, alimento, predadores etc.
A população humana também não para de aumentar e é de se esperar que uma boa parte dela viva nesse limite de falta de alimentos.
Quando a economia cresce, a população cresce para consumir esse aumento e, novamente, quem está no limite morre de fome.
Acho eu que não dá para falar em acabar com a miséria sem estabilizar a população, como já fizeram os países mais desenvolvidos e igualitários.
E poupança não é rentismo. Tá mais para o caixa-forte do Tio Patinhas. Não é do que estou falando, me refiro a uns dez por cento, no máximo. Quanto da riqueza acumulada está em circulação?
Poupança só não é rentismo porque o pequeno poupador não consegue viver dos rendimentos.
Acho que toda a riqueza acumulada em dinheiro está em circulação de uma forma ou de outra. Exceção feita a coisas como ouro e diamantes que não enchem barriga de ninguém por si sós, mas que, no entanto, quando foram comprados, botaram o dinheiro do comprador em circulação.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2061 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 08:04:43 »
Uns dois dias atrás eu vi na televisão a situação dos refugiados em Roraima na fila para refeição. Crianças e adultos dando graças a Deus pela comida, rezando alto enquanto os voluntários acalmavam as pessoas na fila explicando que era suficiente para todos.

As pessoas fugiram para o Brasil em um estado de miséria total só com as roupas do corpo.

Queria ver a imunda da Narizinho aparecer por lá.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2062 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 13:45:10 »
   
Citar
Professor de Universidade Federal afirma que Venezuela é uma democracia superior ao Brasil

    O doutor em Ciência Política e professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser é direto: “Se é pra falar em democracia, a Venezuela, com todos os seus problemas econômicos, que são terríveis, é um país bem mais democrático que o Brasil”.
        Analisando a situação atual do país vizinho, que denunciou recentemente um plano de ataque militar para derrubar o governo de Nicolás Maduro, além de sofrer com sanções econômicas e isolamento político, o professor avalia que não há qualquer preocupação externa com a democracia no país, mas sim o desejo dos Estados Unidos de controlar o patrimônio mais precioso dos venezuelanos, o petróleo, e liquidar com sua soberania.

    “Há uma campanha de muitos anos dos Estados Unidos com a oligarquia venezuelana para derrubar o governo popular do país. É um governo democrático, fruto de eleições livres e legítimo, que foi vitorioso em todas as disputas eleitorais que concorreu.

    Essa campanha culminou, no ano passado, na tentativa de derrubada do governo de Maduro, por meio de uma combinação de ações violentas com boicote econômico, sabotagem à produção e ao abastecimento ao país.
https://www.hojenoticias.com.br/professor-de-universidade-federal-afirma-que-venezuela-e-uma-democracia-superior-ao-brasil/DC

Offline Lorentz

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2063 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 14:30:57 »
Um professor universitário que ainda não entende o conceito de democracia. Confundem com eleições diretas. Eleições diretas é um componente opcional para uma democracia, e é facilmente fraudável ou manipulável.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2064 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 14:39:42 »
Um professor universitário que ainda não entende o conceito de democracia. Confundem com eleições diretas. Eleições diretas é um componente opcional para uma democracia, e é facilmente fraudável ou manipulável.


De vez em quando fico feliz por não ter faculdade, depois da dancinha do Maduro feita pelos alunos e do cara acima eu cheguei a conclusão que em algum momento do curso eu teria metido uma paulada na cabeça de alguém.

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2065 Online: 21 de Fevereiro de 2018, 19:43:31 »
Distorções sempre haverá, ganância sempre vai provocar bolhas, grandes ou pequenas, mas acredito em que, no geral e no longo prazo, o sistema tende a funcionar, embora tenha que ser policiado porque somos humanos e imperfeitos.
Tende a funcionar? A economia mundial está sempre sofrendo revezes. E por causa disso a toda hora se tira uma solução mágica da cartola e, eventualmente, algumas aberrações, como o comunismo. E estamos sempre sujeitos a uma solução mágica a cada novo revés.
O sistema é imperfeito e requer correções constantes a cada situação nova, além de retroceder às vezes em vez de sempre avançar, mas foi este sistema, com todos os seus defeitos, que nos deu a civilização moderna.

Até que se encontre sistema melhor, o jeito é seguir em frente, caindo, levantando e seguindo de novo.

Foi o protestantismo que nos deu a civilização moderna, segundo Weber. E com argumentos bastante convincentes. Vamos comprar o pacote fechado? Acho que não. Você está mirando no alvo errado, Fernando. A melhor defesa do capitalismo é reconhecer as mazelas da civilização moderna, muitas delas, graças as falhas do sistema, não tratá-las como meros inconvenientes. É graças a isso que aberrações como o comunismo encontram adeptos em pleno século XXl, pois boa parte da civilização ficou de fora das benesses da modernidade. Não estou a fim de deixar esse debate para eles. Muito menos para as hordas zumbis conservadoristas e progressistas que vem ganhando corpo. Não se pode prever o que pode sair disso.

Citar
Mérito à parte, não é minha intenção entrar nessa seara - minha dúvida é como isso interfere no fluxo. Traduzindo em números - 1% da população mundial detém 80% das riquezas enquanto 30% vive na miséria. Quanto a economia precisa crescer para eliminar essa sem mexer naquela? É numericamente possível?
      Qualquer população de seres vivos cresce até encontrar algum tipo de limite: espaço, alimento, predadores etc.
A população humana também não para de aumentar e é de se esperar que uma boa parte dela viva nesse limite de falta de alimentos.
Quando a economia cresce, a população cresce para consumir esse aumento e, novamente, quem está no limite morre de fome.

É graças ao capitalismo que a população saltou de um para nove bilhões de pessoas em dois séculos. Contudo, a produção mundial de alimentos supera a demanda. Escassez não é, portanto, a melhor explicação. O que falta é acesso. Estima-se que um bilhão de toneladas de alimentos, quase um terço de toda a produção, são desperdiçados anualmente, despejando três bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, sendo esse o terceiro maior emissor. Se o capitalismo é realmente o melhor sistema ele terá que corrigir as falhas que permitem essas aberrações ou, inevitavelmente, ruirá. [/quote]

Citar
Acho eu que não dá para falar em acabar com a miséria sem estabilizar a população, como já fizeram os países mais desenvolvidos e igualitários.

Eu já acho o oposto, que não dá para falar em estabilizar a população sem antes acabar com a miséria. A receita que esses países em geral adotaram foi distribuir melhor a riqueza, através do estado de bem-estar social. E não estou defendendo essa solução, apenas citando. Não é algo que possa funcionar a longo prazo, ao menos, ficando restrito a poucos países, pois como mel atrai as moscas da vizinhança. 

Citar
E poupança não é rentismo. Tá mais para o caixa-forte do Tio Patinhas. Não é do que estou falando, me refiro a uns dez por cento, no máximo. Quanto da riqueza acumulada está em circulação?
Poupança só não é rentismo porque o pequeno poupador não consegue viver dos rendimentos.
Acho que toda a riqueza acumulada em dinheiro está em circulação de uma forma ou de outra. Exceção feita a coisas como ouro e diamantes que não enchem barriga de ninguém por si sós, mas que, no entanto, quando foram comprados, botaram o dinheiro do comprador em circulação.

Se é o bastante, não alcança a todos, é porque está sendo desperdiçada. E como se sabe, não existe almoço grátis - uma hora a conta dessa farra chega. Por isso acho que a miséria deveria estar no centro das preocupações humanas.
« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2018, 19:46:21 por AlienígenA »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2066 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 06:44:13 »
Um professor universitário que ainda não entende o conceito de democracia. Confundem com eleições diretas. Eleições diretas é um componente opcional para uma democracia, e é facilmente fraudável ou manipulável.

É proposital, hoje encontrei a notícia que deixa bem claro como funciona a doutrinação em sala de aula.

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/universidade-de-brasilia-tera-disciplina-sobre-golpe-de-2016.ghtml

Citar
Universidade de Brasília terá disciplina sobre 'golpe de 2016'
Matéria do curso de Ciência Política vai analisar 'retrocessos do governo Temer e entender deposição da ex-presidente Dilma', diz ementa.

Sei que é contra as regras fazer postagens assim, mas aqui vai a materia quase completa.
Citar
Universidade de Brasília (UnB) vai oferecer uma disciplina sobre "o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil". As aulas do curso de ciência política começam no dia 5 de março, na retomada do semestre letivo.

Na ementa do curso orientado pelo professor Luis Felipe Miguel, a disciplina pretende analisar a "agenda de retrocesso" durante o governo do presidente Michel Temer. As aulas também têm o objetivo de entender os "elementos de fragilidade" do sistema político brasileiro, "que depuseram a presidente Dilma Rousseff". O programa da disciplina foi publicado nas redes sociais.

Ao decorrer de cinco módulos, os estudos vão discutir pontos – organizados em ordem cronológica–, desde o "golpe de 1964". O conteúdo pretende abordar, ainda, o debate sobre o "PT e o pacto lulista", "jornadas de junho" e, por último, o "governo ilegítimo e resistência".

Por e-mail, o G1 procurou o professor Miguel para comentar a forma de avaliação dos alunos, mas ele disse que não comentaria o assunto.



O resto está no link acima.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2067 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 09:58:05 »
A economia mundial está sempre sofrendo revezes. E por causa disso a toda hora se tira uma solução mágica da cartola e, eventualmente, algumas aberrações, como o comunismo. E estamos sempre sujeitos a uma solução mágica a cada novo revés.
O capitalismo é imperfeito, sim, e é por isso que sempre aparecem malucos ou canalhas propondo utopias em que todos serão felizes  e ricos.
A melhor defesa do capitalismo é reconhecer as mazelas da civilização moderna, muitas delas, graças as falhas do sistema, não tratá-las como meros inconvenientes. É graças a isso que aberrações como o comunismo encontram adeptos em pleno século XXl, pois boa parte da civilização ficou de fora das benesses da modernidade.
É normal que, num mundo tão desigual por milênios, os problemas não desapareçam do dia para a noite. Não são meros inconvenientes, são problemas sérios, mas utopias não vão resolver nada.
É graças ao capitalismo que a população saltou de um para nove bilhões de pessoas em dois séculos. Contudo, a produção mundial de alimentos supera a demanda. Escassez não é, portanto, a melhor explicação. O que falta é acesso. Estima-se que um bilhão de toneladas de alimentos, quase um terço de toda a produção, são desperdiçados anualmente, despejando três bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, sendo esse o terceiro maior emissor. Se o capitalismo é realmente o melhor sistema ele terá que corrigir as falhas que permitem essas aberrações ou, inevitavelmente, ruirá.
Sim, falta acesso, mas, ao mesmo tempo, a população não para de crescer, inclusive - e principalmente - nos países mais pobres. Isto significa que há mais alimentos que antes, mas também que os pobres continuam se reproduzindo irresponsavelmente.

Por outro lado, se o desperdício de alimentos for eliminado, os pobres continuarão com pouca comida, já que os produtores simplesmente reduzirão a produção em vez de continuar produzindo muito e passando a enviar o excesso (de graça) para os países miseráveis.

Imagine que você é um padeiro e produz e vende 1000 pães por dia. Aos poucos, sua clientela resolve acabar com o desperdício de pão em suas casas e, por causa disto, você passa a vender apenas 800 pães por dia.

O que você vai fazer? Reduzir a produção para 800 pães ou continuar produzindo 1000 e distribuir o excesso pelos pobres?
Eu já acho o oposto, que não dá para falar em estabilizar a população sem antes acabar com a miséria. A receita que esses países em geral adotaram foi distribuir melhor a riqueza, através do estado de bem-estar social. E não estou defendendo essa solução, apenas citando. Não é algo que possa funcionar a longo prazo, ao menos, ficando restrito a poucos países, pois como mel atrai as moscas da vizinhança.
A Suécia, por exemplo, já foi um país pobre. Hoje, ela é um modelo, mas só chegou lá com muito trabalho e disciplina.
Para distribuir a riqueza, é preciso primeiro gerá-la. 
« Última modificação: 22 de Fevereiro de 2018, 10:04:18 por Fernando Silva »

Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2068 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 10:39:10 »
A economia mundial está sempre sofrendo revezes. E por causa disso a toda hora se tira uma solução mágica da cartola e, eventualmente, algumas aberrações, como o comunismo. E estamos sempre sujeitos a uma solução mágica a cada novo revés.
O capitalismo é imperfeito, sim, e é por isso que sempre aparecem malucos ou canalhas propondo utopias em que todos serão felizes  e ricos.

E gente miserável está naturalmente inclinada a acreditar no populismo e apoiar ditadores, por causa disso mesmo.

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A melhor defesa do capitalismo é reconhecer as mazelas da civilização moderna, muitas delas, graças as falhas do sistema, não tratá-las como meros inconvenientes. É graças a isso que aberrações como o comunismo encontram adeptos em pleno século XXl, pois boa parte da civilização ficou de fora das benesses da modernidade.
É normal que, num mundo tão desigual por milênios, os problemas não desapareçam do dia para a noite. Não são meros inconvenientes, são problemas sérios, mas utopias não vão resolver nada.

Concordo, por isso mesmo temos que abandoná-las. Essa visão de que o sistema tende a funcionar é uma delas. Não tem funcionado para milhões de pessoas, há bolsões de miséria, porque a riqueza não chega, é desviada, desperdiçada no caminho.

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É graças ao capitalismo que a população saltou de um para nove bilhões de pessoas em dois séculos. Contudo, a produção mundial de alimentos supera a demanda. Escassez não é, portanto, a melhor explicação. O que falta é acesso. Estima-se que um bilhão de toneladas de alimentos, quase um terço de toda a produção, são desperdiçados anualmente, despejando três bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, sendo esse o terceiro maior emissor. Se o capitalismo é realmente o melhor sistema ele terá que corrigir as falhas que permitem essas aberrações ou, inevitavelmente, ruirá.
Sim, falta acesso, mas, ao mesmo tempo, a população não para de crescer, inclusive - e principalmente - nos países mais pobres. Isto significa que há mais alimentos que antes, mas também que os pobres continuam se reproduzindo irresponsavelmente.

Exatamente. Você está chegando ao ponto. Essa é uma das características da miséria que atinge, direta ou indiretamente, o mundo todo - que só pode ser resolvida combatendo a miséria.

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Por outro lado, se o desperdício de alimentos for eliminado, os pobres continuarão com pouca comida, já que os produtores simplesmente reduzirão a produção em vez de continuar produzindo muito e passando a enviar o excesso (de graça) para os países miseráveis.

Por isso mesmo é preciso eliminar a miséria, não vejo como isso não é evidente. A miséria é um problema para o mundo todo, não apenas para os miseráveis - está sempre nas redondezas, seja do seu bairro, seja das fronteiras do países desenvolvidos.

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Eu já acho o oposto, que não dá para falar em estabilizar a população sem antes acabar com a miséria. A receita que esses países em geral adotaram foi distribuir melhor a riqueza, através do estado de bem-estar social. E não estou defendendo essa solução, apenas citando. Não é algo que possa funcionar a longo prazo, ao menos, ficando restrito a poucos países, pois como mel atrai as moscas da vizinhança.
A Suécia, por exemplo, já foi um país pobre. Hoje, ela é um modelo, mas só chegou lá com muito trabalho e disciplina.
Para distribuir a riqueza, é preciso primeiro gerá-la.

Um modelo que está ruindo, sendo invadido por hordas de miseráveis. Como é preciso gerar a riqueza, se concordamos (ou assim me parece) que há riqueza suficiente? Precisamos de menos intervenção na economia, ao redor do mundo, para que os países mais pobres se desenvolvam, para que a riqueza mundial circule, não fique acumulada em bolsões, gerando bolsões de miséria. Precisamos achar uma forma de incentivar a circulação da riqueza. Investimento é a melhor forma de filantropia, a única, na verdade, que funciona - doação é a pior delas, uma forma de querer resolver as coisas sem precisar resolver nada.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2069 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 11:00:11 »
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A Suécia, por exemplo, já foi um país pobre. Hoje, ela é um modelo, mas só chegou lá com muito trabalho e disciplina.
Para distribuir a riqueza, é preciso primeiro gerá-la.
Um modelo que está ruindo, sendo invadido por hordas de miseráveis. Como é preciso gerar a riqueza, se concordamos (ou assim me parece) que há riqueza suficiente? Precisamos de menos intervenção na economia, ao redor do mundo, para que os países mais pobres se desenvolvam, para que a riqueza mundial circule, não fique acumulada em bolsões, gerando bolsões de miséria. Precisamos achar uma forma de incentivar a circulação da riqueza. Investimento é a melhor forma de filantropia, a única, na verdade, que funciona - doação é a pior delas, uma forma de querer resolver as coisas sem precisar resolver nada.
"Distribuir a riqueza" me cheira a "tomar dos ricos para dar aos pobres".

Também insinua que os ricos ficaram ricos tomando o dinheiro dos pobres, quando é mais provável (excetuados os casos de roubo e exploração) que eles conseguiram gerar riqueza e os pobres, não. E os motivos para a incapacidade dos países pobres são muitos: meio ambiente desfavorável, fatores culturais etc. O Ocidente evoluiu e enriqueceu, os países atrasados, não, mas é mais fácil acusar os ricos de ganância e exploração que reconhecer as próprias falhas.

Sim, os ricos terão que se mexer se não quiserem ser invadidos pelos miseráveis, mas isto não significam que sejam culpados pela miséria ou, por exemplo, pela guerra na Síria entre uma ditadura e várias facções fundamentalistas.

Offline Diegojaf

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2070 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 11:05:04 »
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Offline AlienígenA

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2071 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 12:27:43 »
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A Suécia, por exemplo, já foi um país pobre. Hoje, ela é um modelo, mas só chegou lá com muito trabalho e disciplina.
Para distribuir a riqueza, é preciso primeiro gerá-la.
Um modelo que está ruindo, sendo invadido por hordas de miseráveis. Como é preciso gerar a riqueza, se concordamos (ou assim me parece) que há riqueza suficiente? Precisamos de menos intervenção na economia, ao redor do mundo, para que os países mais pobres se desenvolvam, para que a riqueza mundial circule, não fique acumulada em bolsões, gerando bolsões de miséria. Precisamos achar uma forma de incentivar a circulação da riqueza. Investimento é a melhor forma de filantropia, a única, na verdade, que funciona - doação é a pior delas, uma forma de querer resolver as coisas sem precisar resolver nada.
"Distribuir a riqueza" me cheira a "tomar dos ricos para dar aos pobres".

Então você está precisando apurar seu olfato, porque via de regra é o oposto - se toma dos pobres, via impostos, para dar aos ricos, via subsídios.

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Também insinua que os ricos ficaram ricos tomando o dinheiro dos pobres, quando é mais provável (excetuados os casos de roubo e exploração) que eles conseguiram gerar riqueza e os pobres, não. E os motivos para a incapacidade dos países pobres são muitos: meio ambiente desfavorável, fatores culturais etc. O Ocidente evoluiu e enriqueceu, os países atrasados, não, mas é mais fácil acusar os ricos de ganância e exploração que reconhecer as próprias falhas.

Em geral é o que acontece, ainda que, de forma indireta, totalmente dentro da legalidade - tem muito mais acesso ao dinheiro barato quem tem dinheiro. E não existe mágica. Alguém está pagando caro por isso. Não por acaso a tendência é a maior parte da riqueza se acumular nas mãos de poucos.

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Sim, os ricos terão que se mexer se não quiserem ser invadidos pelos miseráveis, mas isto não significam que sejam culpados pela miséria ou, por exemplo, pela guerra na Síria entre uma ditadura e várias facções fundamentalistas.

Procurar culpados é só uma forma de passar o problema para frente, Fernando. É o mais cômodo, na verdade, porque a única conclusão possível é que não há o que fazer, as coisas são assim e pronto. Precisamos focar nos problemas. Procurar soluções em vez de culpados. Achar formas de fazer o capitalismo funcionar na prática tão bem como ele funciona no discurso, para não dar espaço para os canalhas de plantão. O sistema não está funcionando e não tende a funcionar. O recorrente sucesso dos canalhas mundo a fora é prova disso. Se não encararmos a realidade, vamos continuar eternamente nos enganando com esse discurso bonito, procurando culpados, passando os problemas para frente, sem resolver nada.

Offline Mancha Negra

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2072 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 12:58:20 »
Um professor universitário que ainda não entende o conceito de democracia. Confundem com eleições diretas. Eleições diretas é um componente opcional para uma democracia, e é facilmente fraudável ou manipulável.


De vez em quando fico feliz por não ter faculdade, depois da dancinha do Maduro feita pelos alunos e do cara acima eu cheguei a conclusão que em algum momento do curso eu teria metido uma paulada na cabeça de alguém.

 :histeria:

Idem...

 |(
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2073 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 16:08:24 »
Um professor universitário que ainda não entende o conceito de democracia. Confundem com eleições diretas. Eleições diretas é um componente opcional para uma democracia, e é facilmente fraudável ou manipulável.


De vez em quando fico feliz por não ter faculdade, depois da dancinha do Maduro feita pelos alunos e do cara acima eu cheguei a conclusão que em algum momento do curso eu teria metido uma paulada na cabeça de alguém.

 :histeria:

Idem...

 |(


É assim mesmo.

Tenho paciência infinita para certas coisas e nenhuma para outras, um cara desses leva uns trinta segundos para conseguir me irritar muito.

Vou dizer que por tal motivo eu não coleciono muitos amigos esquerdistas.

Offline Fernando Silva

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Re:Os estragos do chavismo na Venezuela
« Resposta #2074 Online: 22 de Fevereiro de 2018, 16:20:13 »

Não verifiquei os números, mas arrisca de ser equivalente à imigração de islamitas para a Europa.

 

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