Talvez haja aqueles que vêem nisso uma "teoria da conspiração forte", algo bem coordenado com um planejamento central, mas acho que deve ser argumentável haver o que seria apenas uma "teoria da conspiração fraca" (rótulo que de qualquer forma não ajuda na credibilidade, apesar da definição que estou dando): simplesmente pessoas com algum alinhamento ideológico fazendo o que podem para contribuir com o que acreditam, e eventualmente/incidentalmente colaborando uns com os outros nisso, havendo inclusive favoritismos de acordo com essas afinidades ideológicas.
Onde, no "mundo real" o rótulo "marxismo cultural" é mais uma combinação de histeria e hipérbole, tática de amedrontamento, para um mero progressivismo consideravelmente distante de qualquer coisa marxista, muito embora ideais próximos já fossem mesmo discutidos por marxistas. Me pareceu sempre ser algo mais usado pela extrema-direita neonazistóide do que os conservadores típicos. Acho que só mais ou menos recentemente acabou sendo incorporado ao vocabulário olavete.
De forma similar, apenas uma fração mínima dos conservadores devem estar envolvidos nessa de "governo paralelo nos EUA", "tomada das estruturas políticas", para voltar a agricultura de subisistência e etc, muito embora vá ser mais comum alguma colaboração de pessoas ideologicamente alinhadas, que, apesar de não ter esse objetivo coordenado, pode acabar também se assemelhando a isso (na maior parte do tempo, não chegando tanto a esse nível neo-Amish).
Me surpreende que a extrema-esquerda não use (ainda não vi, mas acho que o google me provará errado em seguida) o termo "fascismo cultural" como equivalente do outro lado.
Curiosamente, parece que o termo foi aproveitado mais recentemente também pela direita, no que deve ser só sinônimo de marxismo cultural. Os primeiros resultados do google são do "ceticismo político".