Bom, sobre o apoio ao terrorismo, há mais informações relevantes para esse tema (algumas passei anteriormente como Hudud, outras estão mais a frente no relatório) mas vamos começar.
A minha alegação inicial (e a dos intelectuais citados) é que há um expressivo apoio ao terrorismo ou atos de violência para defender o Islam, que é o que a pesquisa começa a tratar nesta fase.
Harris chegou em um número de 20% de apoio (note que Harris clama que chegou a esse número pela Gallup, preciso ver). Minha alegação era de que não eram a maioria mas de maneira alguma podem ser considerados periferia (fringe) como alguns costumam citar.
Aos fatos.
Note que a questão é direta e brutal, você aceita homens bomba para defender o Islam?, não incorre a subterfúgios para ver se o cara tem um perfil que poderia apoiar nem evitam fazer uma pergunta que levaria a qualquer pessoa razoavelmente sensata se envergonhar; não perguntam algo como "Em caso em que alguém ridicularize Maomé é lícito promover atos coercitivos ainda que violentos"... não, els vão direto ao ponto, sem contexto.
Aproximadamente 1/4 (25%!) apoiam homens bomba e 3/4 não apoiam, incluindo-se todos os clusters.
No cluster moderado o apoio é mais baixo mas não tão baixo como eu pensava. Varia de algo relevante como Malasia (18%), turquia (15%), Indonésia (7%), até percentuais berando ao erro amostral como Russia (4%), Albania (6%) e Azerbajão, o menos violento com 1%.
No cluster da sharia, a coisa é mais alta. O campeão compreensivelmente é a palestina onde o suporte a homens bomba é 40%, Afeganistão 39%, Egito (29%),Bangladesh 26%, Jordania e Tunisia (˜15%) e a surpresa é o Iraque, com apenas 7%.
Resumidamente, mesmo sendo uma pergunta brutal (deveríamos esperar um maior índice se a pergunta fosse indireta) mesmo se, contrariamente ao esperado, abaixássemos 10 pontos percentuais (não 10%, estou reduzindo 40% o positivo) ainda assim teríamos aproximadamente 250M pessoas que apoiam explicitamente homens bomba. Que poderiam ir até 400M com os dados da Pew.
Notem um ponto. Para quem questiona a pew, o texto foca nos 3/4 que não apoiam.
Resumindo, minhas alegações estão em consonância com os estudiosos que citei e com o que era o esperado para uma região que enfrenta os problemas que o mundo islâmico enfrenta.
Como disse há muito tempo. Não são todos, de maneira alguma são uma periferia, os assassinos não são maioria mas encontra no radicalismo farto solo para se propagar, como de fato estão se propagando.
Vou colocar mais informações sobre apoio ao terrorismo mais tarde.