Autor Tópico: Biografia: Murray N. Rothbard  (Lida 12151 vezes)

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Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #175 Online: 12 de Agosto de 2016, 11:16:42 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?







Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #176 Online: 12 de Agosto de 2016, 11:18:27 »
Decretos de preço não aumentam a produção, portanto não aumentam a riqueza real.


Não  afirmei tal coisa, novamente você distorce o que escrevi.

Mas talvez você tenha querido dizer que  o poder de compra do SM não pode ser aumentado  por lei.   É isto mesmo que você quis dizer ?
Talvez não tenha sido o que você quiz dizer, mas é a consequência do que você dê fato disse.
Aumento de consumo só ocorre com aumento de riqueza.
Só se pode consumir mais se mais for produzido.

Quando você afirma que decreto de salários resulta em maior consumo está dizendo no fim que tal decreto resulta em mais riqueza.



Então  você  afirma  peremptoriamente  que o poder de compra do SM não pode ser alterado  pela  lei  ?




Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #177 Online: 12 de Agosto de 2016, 11:25:04 »

Na falácia da janela quebrada que você usou, um emprego foi "quebrado".

A falácia em questão, tanto no caso da janela quanto no seu exemplo, está em apontar como o dinheiro será gasto como se ele representasse consumo novo, sem notar que o mesmo dinheiro seria gasto em outra coisa que não a janela ou por outra pessoa no seu caso.

Mas há uma falácia na denúncia da falácia, que é ignorar que as diferentes faixas de renda têm também diferentes propensões a consumo.

Havendo redistribuição real para estratos mais pobres, que não acontece com o SM (na direção oposta), estes consomem proporcionalmente mais do que os mais ricos, que economizam proporcionalmente mais/algo.









só que  o aumento de renda de milhões de outros que continuam empregados certamente leva a aumento de consumo,

Não existe aumento de consumo pois esse aumento de salário não representa aumento de produção. Trata-se meramente da redistribuição do salário de quem ficou desempregado engordando o salário de quem manteve o emprego.

O trabalhador X tem 100 reais a mais pra gastar, mas o trabalhador Y agora não tem nada pra gastar.


Se seu raciocínio quantitativo estivesse certo, então teríamos simplesmente  uma transferência  de renda.  Só que obviamente a conta não é simplezinha assim.   A quantidade da renda dos que perdem empregos formais  e dos que ganham com o aumento não é  tão simplezinha assim de  mensurar.

Mas é a assunção fundamental da defesa do SM, não? Que fará os trabalhadores nessa faixa "ganharem mais".

Assumir que uma ação terá efeitos positivos é algo menos oneroso do que supor que vá ter efeitos negativos? É mais provável uma ação ter boas conseqüências por ter boas intenções?




Citar
E também podemos aplicar o raciocínio semelhante só que ao contrário:

Você afirmou que  aumentos do SM não implicam em nenhum aumento no consumo.  De forma análoga podemos dizer que diminuições no SM também não implicam em diminuições no consumo.

E aí podemos fazer a seguinte hipótese a partir desse seu raciocínio:

Se amanhã   o SM fosse reduzido para   R$350,00 ,  e quase todos (ou todos) que atualmente recebem SM,  continuassem a receber o SM, não haveria nenhuma redução de consumo.   

E aí quem acredita nisso ?

A tendência em linhas gerais* seria de que mais pessoas recebessem acima desse SM rebaixado, se aproximando do SM atual que recebem -- mas podendo ser abaixo dele, agora; ao mesmo tempo, haveria a tendência ser criados mais empregos de baixa qualificação, formais, já que empregar aos mais necessitados a um custo viável deixa de ser ilegal. As pessoas nessa faixa de renda (mais baixa) têm tendência proporcionalmente maior a não economizar, a gastar tudo que têm, então a tendência seria sim, de aumento do consumo, com maior distribuição de renda indo para esse estrato com maior propensão geral ao consumo.


* se não houvesse algum decreto bizarro como que as pessoas não podem ter aumentos, etc.

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #178 Online: 12 de Agosto de 2016, 11:34:10 »

E também podemos aplicar o raciocínio semelhante só que ao contrário:

Você afirmou que  aumentos do SM não implicam em nenhum aumento no consumo.  De forma análoga podemos dizer que diminuições no SM também não implicam em diminuições no consumo.

E aí podemos fazer a seguinte hipótese a partir desse seu raciocínio:

Se amanhã   o SM fosse reduzido para   R$350,00 ,  e quase todos (ou todos) que atualmente recebem SM,  continuassem a receber o SM, não haveria nenhuma redução de consumo.   

E aí quem acredita nisso ?

A tendência em linhas gerais* seria de que mais pessoas recebessem acima desse SM rebaixado, se aproximando do SM atual que recebem -- mas podendo ser abaixo dele, agora; ao mesmo tempo, haveria a tendência ser criados mais empregos de baixa qualificação, formais, já que empregar aos mais necessitados a um custo viável deixa de ser ilegal. As pessoas nessa faixa de renda (mais baixa) têm tendência proporcionalmente maior a não economizar, a gastar tudo que têm, então a tendência seria sim, de aumento do consumo.




No máximo isto pode ser tomado como hipótese (a qual considero duvidosa).  Será que algum economista  arriscaria  fazer um artigo (sério, para ser publicado) que no final concluiria que  haveria aumento de consumo  (total) se  o  SM fosse reduzido (neste mês) para R$350,00   ?


Acho isto duvidoso.







Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #179 Online: 12 de Agosto de 2016, 12:58:10 »
Acho que de modo geral os acadêmicos tem como critério ou exigência em escrever artigos para períodicos trazer algo novo, não trivial, como que "redução do preço arbitrariamente elevado/tabelado tende a aumentar as vendas".

E é isso que ocorre, literalmente, redução do preço mais alto, tabelado, da mão de obra. Se o que é mais barato, tende a ser mais comprado (não é algo invariável, mas acho que deve ser comum com elementos de produção), então isso ocorreria. Se isso ocorreria, desempregados, que não ganham nada, ou só BF, ganhariam mais, e tenderiam também a consumir mais (e proporcionalmente mais do que pessoas de renda superior).

É o tipo de coisa que acho mais provável que um economista fosse escrever num blog de divulgação, para tentar deixar mais mastigadinho e talvez exemplificar com alguns aspectos empíricos disso, não uma "descoberta original" que se propusesse a publicar.

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #180 Online: 12 de Agosto de 2016, 13:42:45 »
Acho que de modo geral os acadêmicos tem como critério ou exigência em escrever artigos para períodicos trazer algo novo, não trivial, como que "redução do preço arbitrariamente elevado/tabelado tende a aumentar as vendas".



Se a questão que eu tivesse colocado fosse essa: "redução do preço arbitrariamente elevado/tabelado do SM tende a aumentar a quantidade de empregos formais".
Então seria algo trivial.  Pois é praticamente óbvio que isso deveria ocorrer.

Só que não é essa a questão que eu coloquei.

A questão colocada foi:

Se amanhã   o SM fosse reduzido para   R$350,00 ,  e quase todos (ou todos) que atualmente recebem SM,  continuassem a receber o SM, não haveria nenhuma redução de consumo.   
E esta questão não tem nada de trivial.
« Última modificação: 12 de Agosto de 2016, 13:47:18 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #181 Online: 12 de Agosto de 2016, 14:03:29 »
Mas essa hipótese é apenas "sua", ou, seu espantalho.

Não acho que existam razões para supor que reduzir o SM fosse implicar em todas pessoas que hoje recebem SM passarem a receber apenas esse SM rebaixado, e não algo mais próximo do que já recebem, acima do novo SM, mesmo que abaixo do anterior/real.

Acho que isso só se daria "naturalmente" (sem decreto bizarro impondo redução de salário a todos que recebem SM) numa situação de monopsônio absoluto e oferta abundante de mão de obra (suposição que, se tomada como análoga a realidade, acho que também nos obrigaria a aceitar o desemprego atual como inevitável, uma realidade econômica imutável).


Que por sua vez não sei se tem suas aproximações naturais melhor lidadas com SM ou políticas com renda mínima garantida condicional (como bolsa-família). Desconfio que a última alternativa seja melhor.

Também tenho curiosidade sobre como se comparam os efeitos de alguns lugares sem SM, mas que no entanto tem barganha coletiva de sindicatos no mesmo sentido, o que deve ser praticamente todos os citados no gráfico ou quando quer que tenham sido citados. Acho que ironicamente, talvez possam em alguns casos acabar por impor um SM efetivo maior do que o que o governo talvez impusesse SM propriamente dito.

Offline BobSponja

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #182 Online: 12 de Agosto de 2016, 14:16:15 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?
Todo decreto de preço causa.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #183 Online: 12 de Agosto de 2016, 14:21:39 »
Se não me engano, a defesa (de republicanos inclusive) de SM indexado à inflação tem como uma das motivações ajudar os empregadores a fazer seus planejamentos.

"Caos" econômico deverá ser apenas proporcional a quanto o SM/o que for desvia daquilo que seria a média do seu preço real, de forma que o termo "caos" deve ser um tanto exagerado, para uma vasta maioria de SMs menos divergentes disso, e ao mesmo tempo contornados com brechas legais.

Offline BobSponja

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #184 Online: 12 de Agosto de 2016, 14:44:33 »
Decretos de preço não aumentam a produção, portanto não aumentam a riqueza real.


Não  afirmei tal coisa, novamente você distorce o que escrevi.

Mas talvez você tenha querido dizer que  o poder de compra do SM não pode ser aumentado  por lei.   É isto mesmo que você quis dizer ?
Talvez não tenha sido o que você quiz dizer, mas é a consequência do que você dê fato disse.
Aumento de consumo só ocorre com aumento de riqueza.
Só se pode consumir mais se mais for produzido.

Quando você afirma que decreto de salários resulta em maior consumo está dizendo no fim que tal decreto resulta em mais riqueza.

Então  você  afirma  peremptoriamente  que o poder de compra do SM não pode ser alterado  pela  lei  ?
O que eu afirmei é que que o consumo não pode ser aumentando de modo sustentável por meio de decretos nos preços.

É só pensar.
João e José trabalham para Pedro em uma ilha onde eles são os únicos moradores.
Cada um ganha 10 reais de Pedro pela produção de 150 batatas ao mês, Pedro por dua vez ganha 20 reais por mês vendendo batatas para João e Pedro por 20 centavos cada uma, sendo que cada um deles consome 50 batatas por mês.

Alguém decreta que o salario minimo agora é de 20 reais.
Isso vai permitir que eles consumam mais se a capacidade de produção é de 150 batatas por mês?
Pedro só dispõe de 20 reais mensais com a venda das batatas, ele pode demitir João e pagar 20 reais para José. O problema é que com um funcionário a menos a produção cai.
Ele poderia vender as batatas dele, mas morreria de fome e só conseguiria mais 10 reais além dos 20 de costume e não os 40 de que precisa agora para pagar os dois funcionários.
Outra alternativa é aumentar o preço das batatas para que então ele vendendo cada uma por 40 centavos, possa lucrar 40 reais no fim do mês para então pagar 20 reais para cada trabalhador.
Agora eles ganham o dobro, mas as batatas custam o dobro e ele continuam consumindo a mesma coisa.

Esse exemplo de "economia de Robinson Crusoé" exemplifica o que ocorre no mercado real.

A unica diferença aqui é que no mercado real mais complexos as pessoas podem ter a esperança de que a renda possa ser transferida dos mais ricos para os mais pobres.

Por exemplo, se no nosso exemplo anterior a produção fosse de 200 batatas por mês e o dono da fazenda, Pedro, pudesse consumir 100 batatas enquanto José e João consumissem 50 cada um, e se o aumento de salario fosse menor, algo como subir de 10 para 12 reais, poderíamos ter a esperança de que Pedro não aumente o preço das batatas, reduza seu próprio consumo de 100 batatas para 80 permitindo que José e João possam consumir 60 batatas cada um.
Esse tipo de coisa também pode ocorrer numa economia. Alguns produtores reduzem o próprio consumo para tentar manter o preço enquanto outros aumentam o preço para manter o mesmo nível de consumo.
Só que nesse caso também não temos aumento de consumo, temos somente a troca de quem consume. Antes uma pessoa consumia mais e outra menos e agora uma consume menos para que a outra consuma mais.

O fato é que o consumo de 200 batatas permanece estático porque essa é a capacidade de produção... Você só tem como aumentar o consumo se você aumentar a produção e o decreto de preços não tem o poder de fazer a produção aumentar.
Decretos de preço podem no máximo alterar a quantidade que cada individuo consome, fazendo o consumo trocar de mãos, mas não crescer.

Teoricamente no curto prazo seria possível por meio de decretos realocar recursos em poupança e despeja-los no consumo, fomentando alguma capacidade produtiva não aproveitada, de modo que o consumo a curto prazo realmente se eleva. Essa é a essência de medidas keynesianistas. O problema é que a produção sustentável num mercado saudável depende da capacidade de poupança, sendo que essas medidas de curto prazo são prejudiciais no longo prazo.

O fato é que salario minimo não tem esse tipo de resultado, ele se limita a troca de consumo de um pelo outro, seja do rico que aperta os sitos para o pobre consumir mais, seja do mais pobre que fica desempregado para que a classe media consuma mais.
« Última modificação: 12 de Agosto de 2016, 14:49:15 por BobSponja »
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Offline BobSponja

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #185 Online: 12 de Agosto de 2016, 14:58:33 »

Na falácia da janela quebrada que você usou, um emprego foi "quebrado".

A falácia em questão, tanto no caso da janela quanto no seu exemplo, está em apontar como o dinheiro será gasto como se ele representasse consumo novo, sem notar que o mesmo dinheiro seria gasto em outra coisa que não a janela ou por outra pessoa no seu caso.

Mas há uma falácia na denúncia da falácia, que é ignorar que as diferentes faixas de renda têm também diferentes propensões a consumo.

Havendo redistribuição real para estratos mais pobres, que não acontece com o SM (na direção oposta), estes consomem proporcionalmente mais do que os mais ricos, que economizam proporcionalmente mais/algo.
Mas além da poupança ser necessária para o investimento em produção, a unica coisa que realmente aumenta o consumo, o rico tem propensão a gastar com serviços e produtos que não podem ser fornecidos por uma unica grande industria, favorecendo a distribuição de renda e gerando mais oportunidades para que mais pessoas produzam.
O rico não vai ficar sentado na fortuna, está é convertida em consumo em algum momento, geralmente um consumo mais favorável ao crescimento econômico do que os gastos com produtos de primeira necessidade.
No frigir dos ovos permitir a poupança dos ricos é mais benéfico para o crescimento econômico do que a transferência de renda. Mais riqueza e mais consumo se consegue sem a redistribuição forçada de renda do que com o contrario.
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Offline Gauss

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #186 Online: 12 de Agosto de 2016, 15:02:03 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?
Todo decreto de preço causa.

Na Alemanha ano  passado não  causou.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline BobSponja

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #187 Online: 12 de Agosto de 2016, 15:11:32 »
Se amanhã   o SM fosse reduzido para   R$350,00 ,  e quase todos (ou todos) que atualmente recebem SM,  continuassem a receber o SM, não haveria nenhuma redução de consumo.   
E esta questão não tem nada de trivial.

A sua hipótese levaria a tanto caos quanto se o salario minimo fosse decretado para ser de 3.500 reais.

Na sua hipótese o consumo certamente diminuiria a principio, isso resultaria em empresas perdendo clientes em massa e algumas quebrariam, as sobreviventes iriam reduzir o preços dos produtos, deflacionando a economia e permitindo que os trabalhadores ganhando 350 reais pudessem novamente comprar seus produtos.
Depois de algum tempo o mercado novamente se equilibraria e os funcionários ganhando seus 350 poderiam comprar as mesmas coisas que compram hoje com 900 reais.
A unica alteração na capacidade de consumo se daria em relação as empresas falidas e aos desempregados surgidos durante o caos de tal medida.

O cenário com um salario de 3.500 reais seria parecido. Aumento de consumo só teríamos nos casos de produção estocada e capacidade produtiva não aproveitada, empresários fariam investimento inadequados ávidos a ganhar com o novo poder de consumo falso e a inflação correria solta.
No fim, depois de todo o caos o mercado iria se reequilibrar e essas pessoas com seus 3.500 reais poderiam comprar basicamente o mesmo que compram hoje com 900 reais.

O resultado final para o trabalhador no longo prazo, em ambos os cenários, fosse o salario de 350 ou o de 3500, seria muito semelhante e não levaria a nenhuma melhora ou piora em relação ao que temos hoje.
A unica diferença estaria no período de caos antes do mercado se reequilibrar. É só ali que o consumo pode variar de alguma forma durante um tempo curto.
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Offline BobSponja

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #188 Online: 12 de Agosto de 2016, 15:16:27 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?
Todo decreto de preço causa.

Na Alemanha ano  passado não  causou.
Causou sim, todo decreto de preços sempre causa, ele nunca passa impunemente.
A unica diferença está na intensidade de seus efeitos que em geral é proporcional a intensidade do controle de preços.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #189 Online: 12 de Agosto de 2016, 16:19:21 »

Na falácia da janela quebrada que você usou, um emprego foi "quebrado".

A falácia em questão, tanto no caso da janela quanto no seu exemplo, está em apontar como o dinheiro será gasto como se ele representasse consumo novo, sem notar que o mesmo dinheiro seria gasto em outra coisa que não a janela ou por outra pessoa no seu caso.

Mas há uma falácia na denúncia da falácia, que é ignorar que as diferentes faixas de renda têm também diferentes propensões a consumo.

Havendo redistribuição real para estratos mais pobres, que não acontece com o SM (na direção oposta), estes consomem proporcionalmente mais do que os mais ricos, que economizam proporcionalmente mais/algo.
Mas além da poupança ser necessária para o investimento em produção, a unica coisa que realmente aumenta o consumo, o rico tem propensão a gastar com serviços e produtos que não podem ser fornecidos por uma unica grande industria, favorecendo a distribuição de renda e gerando mais oportunidades para que mais pessoas produzam.
O rico não vai ficar sentado na fortuna, está é convertida em consumo em algum momento, geralmente um consumo mais favorável ao crescimento econômico do que os gastos com produtos de primeira necessidade.
No frigir dos ovos permitir a poupança dos ricos é mais benéfico para o crescimento econômico do que a transferência de renda. Mais riqueza e mais consumo se consegue sem a redistribuição forçada de renda do que com o contrario.

Tenho sérias dúvidas. Não é só "rico vs pobre", mas uma gradação de propensão marginal ao consumo versus economia.

Me parece bastante provável que uma sociedade que tenha tal redistribuição de renda (em tese, não precisaria ser forçada, teoricamente as pessoas poderiam espontaneamente doar filantropicamente uma parte de sua renda excedente, maior, quanto maior fosse), seria em geral mais saudável, com uma maior parte da população satisfazendo suas necessidades básicas (em vez dos mesmos recursos indo para maior consumo de "luxo"), com isso criando demanda/empregos, em vez de mais "janelas quebradas" quase literais, a partir da busca pela sobrevivência através do crime.

Citar
http://economics.org.au/2010/08/1976-monday-conference-transcript-featuring-hayek/

MAN: In Australia we enjoy great equality of income distribution through the populous. Under your policies, how much would this change and would the change be good or bad both economically and socially?

HAYEK: Well I hope I have understood. I would say that no correction of income distribution is compatible with the functioning economic system beyond providing a flat uniform minimum for everybody, a sort of law below which nobody can sink. That can and should be provided outside the market without interfering with the market order, but the market order owes its efficiency and productivity to the fact that people are being paid what their services are actually worth to their fellow members and the worth of a person’s services to his fellow citizens is unfortunately frequently quite independent of his merits or needs, therefore we cannot have an efficient society which at the same time is just in the sense of distribution. We can have a society in which nobody needs to suffer acute distress, but that is as much as we can hope, we cannot hope to have a society of free men in which people get what we think they ought to have.


Rhyan

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #190 Online: 13 de Agosto de 2016, 03:04:31 »
Na Alemanha ano  passado não  causou.

Como sabe? Estatísticas políticas? Isolou variáveis?

Aumenta o mínimo e estimula o crédito ao mesmo tempo, pronto, tá aí a "evidência empírica" que SM não gera desemprego.

Por isso Mises dizia que lógica vale muito mais do que "fatos".

Rhyan

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #191 Online: 13 de Agosto de 2016, 03:09:30 »
Imagino que a falácia da janela quebrada seja apenas sobre gasto público.

Questão do mínimo está num termo também de Bastiat mais geral, "o que se vê e o que não se vê".

O que se vê: pessoas ganhando mais

O que  não se vê: Pessoas desempregadas, indo pro mercado informal, diminuição da produtividade geral e aumento de preços.

Se salário mínimo fosse bom, não existiria miséria, era só um burocrata mágico dar uma canetada e todo mundo teria um salário legal pra viver. Criando riqueza com leis e regulamentações, que crendice...

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #192 Online: 13 de Agosto de 2016, 08:23:14 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?
Todo decreto de preço causa.

Na Alemanha ano  passado não  causou.
Causou sim, todo decreto de preços sempre causa, ele nunca passa impunemente.
A unica diferença está na intensidade de seus efeitos que em geral é proporcional a intensidade do controle de preços.



Se começarmos a redefinir termos  de acordo com a conveniência  da ocasião, e de acordo com a ideia e a vontade de  cada indivíduo, então não haverá possibilidade de comunicação racional.



« Última modificação: 13 de Agosto de 2016, 09:18:04 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #193 Online: 13 de Agosto de 2016, 08:40:29 »
Decretos de preço não aumentam a produção, portanto não aumentam a riqueza real.


Não  afirmei tal coisa, novamente você distorce o que escrevi.

Mas talvez você tenha querido dizer que  o poder de compra do SM não pode ser aumentado  por lei.   É isto mesmo que você quis dizer ?
Talvez não tenha sido o que você quiz dizer, mas é a consequência do que você dê fato disse.
Aumento de consumo só ocorre com aumento de riqueza.
Só se pode consumir mais se mais for produzido.

Quando você afirma que decreto de salários resulta em maior consumo está dizendo no fim que tal decreto resulta em mais riqueza.

Então  você  afirma  peremptoriamente  que o poder de compra do SM não pode ser alterado  pela  lei  ?
O que eu afirmei é que que o consumo não pode ser aumentando de modo sustentável por meio de decretos nos preços.

É só pensar.
João e José trabalham para Pedro em uma ilha [...] mais.



Você  inventou uma historinha para tentar contornar a questão colocada,  e assim não respondeu a questão diretamente.  Então faço a pergunta de novo, e solicito que responda:


Você  afirma  peremptoriamente  que o poder de compra do SM não pode ser alterado  pela  lei  ?





« Última modificação: 13 de Agosto de 2016, 08:46:18 por JJ »

Offline JJ

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« Resposta #194 Online: 13 de Agosto de 2016, 08:44:53 »
Imagino que a falácia da janela quebrada seja apenas sobre gasto público.


Se salário mínimo fosse bom,



Eu não fiz a afirmação de que estabelecer algum SM seja bom  (nem que seja ruim).  Não fiz julgamento de valor sobre esta questão.



não existiria miséria, era só um burocrata mágico dar uma canetada e todo mundo teria um salário legal pra viver. Criando riqueza com leis e regulamentações, que crendice...



Também não foram feitas afirmações de que se poderia criar riqueza  simplesmente  criando leis e regulamentações.




Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #195 Online: 13 de Agosto de 2016, 08:58:51 »


Parece que há pessoas aqui que pensam que eu fiz alguma defesa a favor do estabelecimento de salário mínimo por lei.
Também não fiz  tal defesa a favor.



« Última modificação: 13 de Agosto de 2016, 09:04:54 por JJ »

Offline JJ

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« Resposta #196 Online: 13 de Agosto de 2016, 09:30:58 »

Porque como dito isso resulta em caos econômico, atrapalha a capacidade dos produtores em fazer planejamento.


A adoção de um SM causa caos econômico ?
Todo decreto de preço causa.

Na Alemanha ano  passado não  causou.


Se não me engano, a defesa (de republicanos inclusive) de SM indexado à inflação tem como uma das motivações ajudar os empregadores a fazer seus planejamentos.

"Caos" econômico deverá ser apenas proporcional a quanto o SM/o que for desvia daquilo que seria a média do seu preço real, de forma que o termo "caos" deve ser um tanto exagerado, para uma vasta maioria de SMs menos divergentes disso, e ao mesmo tempo contornados com brechas legais.


Afirmar que houve caos na  Alemanha  após o estabelecimento do SM , é  uma tentativa  de  se  alterar o sentido da palavra,  que tende a ultrapassar  qualquer possibilidade de  conversa séria  (caso não seja corrigida). 

E certamente  que haveria problemas mais graves, em um país qualquer,  caso tentassem estabelecer  um SM  muito acima do que seria se fosse estabelecido num livre mercado neste país.


« Última modificação: 13 de Agosto de 2016, 10:15:19 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #197 Online: 13 de Agosto de 2016, 09:43:47 »



Há pessoas aqui que foram quilômetros além das questões que eu coloquei.   Eu apenas coloquei algumas questões com relação a alguns efeitos  totais na economia,  de algum  SM  estabelecido em algum país.


Foram questões específicas, mas que acabaram sendo levadas para questões muito distantes das originais. 


 

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #198 Online: 13 de Agosto de 2016, 09:49:13 »



Particularmente eu sou a favor do livre mercado neste aspecto (e em muitos outros, talvez em quase  todos).   



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« Última modificação: 13 de Agosto de 2016, 10:23:44 por JJ »

Offline Gauss

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #199 Online: 13 de Agosto de 2016, 10:39:49 »
Na Alemanha ano  passado não  causou.

Como sabe? Estatísticas políticas? Isolou variáveis?

Aumenta o mínimo e estimula o crédito ao mesmo tempo, pronto, tá aí a "evidência empírica" que SM não gera desemprego.

Por isso Mises dizia que lógica vale muito mais do que "fatos".

Não causou  um colapso econômico. Desemprego deve ter causado, os dois artigos que publiquei indicam isso.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

 

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