Autor Tópico: Biografia: Murray N. Rothbard  (Lida 12149 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #125 Online: 11 de Agosto de 2016, 09:19:23 »
Vou contribuir um pouco com o debate, embora com caráter anedótico baseado nas observações feitas em meu 'universo amostral', que são os dados coletados em meu escritório.

Antes da lei que permitia os estados instituirem os salários mínimos regionais que, via de regra, sempre são maiores em valor que o nacional, existiam 16 clientes com 19 funcionárias, do tipo doméstica integral, registradas. Logo após a entrada em vigor, foram demitidas 7 funcionárias e duas foram recontratadas como 'diaristas'. Hoje, 6 clientes não tem mais funcionárias, 5 tem na modalidade de 'diaristas' (1 para cada cliente) e 5 ainda mantém uma funcionária registrada como doméstica integral.

Resumindo: 9 foram efetivamente demitidas e 5 estão na condição de "diaristas". Motivo alegado por todos os clientes: aumento brutal no custo, tanto diretamente (salário), como indiretamente (encargos e taxas).
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Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #126 Online: 11 de Agosto de 2016, 09:21:43 »
Resposta alternativa as questões que coloquei no meu post anterior:


_Não sabemos,  não podemos e nem poderemos fornecer  comprovações, não poderemos fornecer informações e  dados   falsificáveis,  enfim  não teremos como comprovar nossas afirmações de forma cientificamente adequada.    Mas nossa fé é grande e inabalável.



_ A Fé é o firme fundamento das coisas que não se medem,  e das teorias e afirmações que não se comprovam, e que não se falsificam.



 :D



« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 09:52:32 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #127 Online: 11 de Agosto de 2016, 09:24:50 »
Vou contribuir um pouco com o debate, embora com caráter anedótico baseado nas observações feitas em meu 'universo amostral', que são os dados coletados em meu escritório.

Antes da lei que permitia os estados instituirem os salários mínimos regionais que, via de regra, sempre são maiores em valor que o nacional, existiam 16 clientes com 19 funcionárias, do tipo doméstica integral, registradas. Logo após a entrada em vigor, foram demitidas 7 funcionárias e duas foram recontratadas como 'diaristas'. Hoje, 6 clientes não tem mais funcionárias, 5 tem na modalidade de 'diaristas' (1 para cada cliente) e 5 ainda mantém uma funcionária registrada como doméstica integral.

Resumindo: 9 foram efetivamente demitidas e 5 estão na condição de "diaristas". Motivo alegado por todos os clientes: aumento brutal no custo, tanto diretamente (salário), como indiretamente (encargos e taxas).



A pergunta que tem sido feita e que não foi respondida e muito menos com comprovação científica adequada, é  como e em quanto  este aumento  afeta (ou afetaria)  o índice geral de emprego (ou desemprego) , e não como afeta  um conjunto específico de trabalhadores.



« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 09:41:50 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #128 Online: 11 de Agosto de 2016, 09:27:09 »
Vou contribuir um pouco com o debate, embora com caráter anedótico baseado nas observações feitas em meu 'universo amostral', que são os dados coletados em meu escritório.

Antes da lei que permitia os estados instituirem os salários mínimos regionais que, via de regra, sempre são maiores em valor que o nacional, existiam 16 clientes com 19 funcionárias, do tipo doméstica integral, registradas. Logo após a entrada em vigor, foram demitidas 7 funcionárias e duas foram recontratadas como 'diaristas'. Hoje, 6 clientes não tem mais funcionárias, 5 tem na modalidade de 'diaristas' (1 para cada cliente) e 5 ainda mantém uma funcionária registrada como doméstica integral.

Resumindo: 9 foram efetivamente demitidas e 5 estão na condição de "diaristas". Motivo alegado por todos os clientes: aumento brutal no custo, tanto diretamente (salário), como indiretamente (encargos e taxas).



Este tipo de observação restrita  não é suficiente  para responder, de forma cientificamente bem fundamentada,   a questão que foi colocada. 



Offline Geotecton

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #129 Online: 11 de Agosto de 2016, 10:31:57 »
Este tipo de observação restrita  não é suficiente para responder, de forma cientificamente bem fundamentada, a questão que foi colocada.

Vou contribuir um pouco com o debate, embora com caráter anedótico baseado nas observações feitas em meu 'universo amostral', que são os dados coletados em meu escritório.
[...]



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Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #130 Online: 11 de Agosto de 2016, 10:39:18 »
Este tipo de observação restrita  não é suficiente para responder, de forma cientificamente bem fundamentada, a questão que foi colocada.

Vou contribuir um pouco com o debate, embora com caráter anedótico baseado nas observações feitas em meu 'universo amostral', que são os dados coletados em meu escritório.
[...]







Ahhhh,  agora sim  tá mais  enxergável


  :histeria:   :histeria:





Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #131 Online: 11 de Agosto de 2016, 12:30:51 »
Resposta alternativa as questões que coloquei no meu post anterior:


_Não sabemos,  não podemos e nem poderemos fornecer  comprovações, não poderemos fornecer informações e  dados   falsificáveis,  enfim  não teremos como comprovar nossas afirmações de forma cientificamente adequada.    Mas nossa fé é grande e inabalável.



_ A Fé é o firme fundamento das coisas que não se medem,  e das teorias e afirmações que não se comprovam, e que não se falsificam.



 :D





Isso mesmo, camarada. Essa fé cega nas forças de "oferta" e "demanda" controlando o "mercado" é apenas ou um delírio, por parte de ingênuos, ou uma farsa, por parte daqueles que literalmente lucram com ideologias político-econômicas que mantém o status quo.

Afinal, se o mercado é essa "mão invisível", então se preveria que as coisas sempre se ajustassem perfeitamente a qualquer valor que se decidisse para o salário mínimo, seja 80, 800, 8000, ou 80 000 reais. Mas não, quando a coisa favoreceria ao lado mais pobre, de repente o mercado é incapaz de resolver invisivelmente os problemas. HAHAHAAHAHAAAHAH.

Precisamos de um salário mínimo de 15 000 reais, 3 horas de carga horária por dia, e mais 25 000 de impostos por empregado contratado, para custear benefícios sociais. Tudo vai dar certo, sem nenhum efeito deletério à economia... os burgueses terem menos notas de 100 para acender seus cigarros não é algo realmente deletério...

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #132 Online: 11 de Agosto de 2016, 12:55:12 »

Afinal, se o mercado é essa "mão invisível", então se preveria que as coisas sempre se ajustassem perfeitamente a qualquer valor que se decidisse para o salário mínimo, seja 80, 800, 8000, ou 80 000 reais. Mas não, quando a coisa favoreceria ao lado mais pobre, de repente o mercado é incapaz de resolver invisivelmente os problemas. HAHAHAAHAHAAAHAH.

Precisamos de um salário mínimo de 15 000 reais, 3 horas de carga horária por dia, e mais 25 000 de impostos por empregado contratado, para custear benefícios sociais. Tudo vai dar certo, sem nenhum efeito deletério à economia... os burgueses terem menos notas de 100 para acender seus cigarros não é algo realmente deletério...



Depois desses não sobrou nenhum pássaro na roça.


 

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #133 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:14:37 »
Você está afirmando, com todas as letras, que o custo de mão de obra não tem qualquer efeito sobre a demanda de mão de obra. Ou, que "não sabemos disso, temos apenas fé, não podemos comprovar nada".

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #134 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:19:05 »
Você está afirmando, com todas as letras, que o custo de mão de obra não tem qualquer efeito sobre a demanda de mão de obra. Ou, que "não sabemos disso, temos apenas fé, não podemos comprovar nada".


Não, não afirmei isso.  A questão colocada e não respondida foi  outra.


Eu apenas coloquei em questão a crença de que  o estabelecimento de um SM (qualquer) aumenta o nível de desemprego geral na economia. Somente isso que realmente coloquei em questão.




« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 13:21:26 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #135 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:21:29 »
A questão era sobre quanto o custo da mão de obra afetaria a demanda por ela, e você então ironizou sugerindo que essa relação é uma questão de fé, que não se sabe existir realmente.

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #136 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:23:48 »

De outra forma:


Mesmo por paridade de poder de compra a Austrália ainda tem um SM elevado.  E segundo a crença de alguns ela deveria ter também um alto nível de desemprego.
Eles são uma nação RICA onde os salários já são NATURALMENTE altos. A diferença entre o minimo real e o minimo artificial do governo não deve ser muito diferente da daqui, infelizmente isso é não possível medir.

Se o salario minimo é bom então porque não decretam logo um salario minimo de 20 mil pra cada um? Quanto maior melhor certo?


Mas não é isso que coloquei desde o início:

Repetindo:

_Qual , exatamente, o percentual de desemprego geral que é diretamente e comprovadamente causado pelo valor estabelecido por um SM qualquer  em um país ?? 

_Qual a demonstração cientifica rigorosa para essa questão acima ??


Offline Gauss

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #137 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:25:26 »
Acabe com o SM e dê liberdade para patrão e funcionário poderem negociar o seu salário, suas férias, etc. E  então veremos quantos empregos serão criados. Posso trazer até dados de níveis de emprego e desemprego comparando os países com  SM e sem SM para você ver.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #138 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:31:48 »
A questão era sobre quanto o custo da mão de obra afetaria a demanda por ela, e você então ironizou sugerindo que essa relação é uma questão de fé, que não se sabe existir realmente.


A questão era se um valor mínimo para mão de obra  causaria  desemprego geral na economia.  Causar aumento no índice de desemprego geral  não é exatamente o mesmo que
afetar uma demanda específica por ela.  Afetar a demanda por um subconjunto dessa mão de obra não é o mesmo  que aumentar o desemprego de forma geral.
« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 13:44:44 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #139 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:34:10 »
Posso trazer até dados de níveis de emprego e desemprego comparando os países com  SM e sem SM para você ver.


Então  pode trazer do mundo todo de preferência, e não apenas de alguns países escolhidos de forma  a  parecer que  casa com a ideia.

E melhor ainda será se trouxer  estudos sérios publicados em  jornais científicos respeitáveis,  e não apenas em sites cujas propostas são espalhar algumas ideologias   políticas.




« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 13:39:25 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #140 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:38:51 »
Acabe com o SM e dê liberdade para patrão e funcionário poderem negociar o seu salário, suas férias, etc.



Convença os políticos brasileiros a fazerem isso, e então poderemos ver o resultado da experiência.






Offline Gauss

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #141 Online: 11 de Agosto de 2016, 13:49:06 »
Então  pode trazer do mundo todo de preferência, e não apenas de alguns países escolhidos de forma  a  parecer que  casa com a ideia.

E melhor ainda será se trouxer  estudos sérios publicados em  jornais científicos respeitáveis,  e não apenas em sites cujas propostas são espalhar algumas ideologias   políticas.

Ok, peguei os dados do seguinte artigo, que você pode clicar e ver.
http://mercadopopular.org/2015/01/o-salario-minimo-ajuda-mesmo-o-trabalhador-como-funciona-fora-brasil/

Os países selecionados para ambos os lados são aqueles com uma economia organizada.

Exemplos de países em cada lado da discussão:

Países que adotam SM: Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, França, Espanha e Portugal.

Países que não adotam o SM: Áustria, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia e Suíça.

Citar
Um estudo realizado pelo Cato Institute com países europeus que adotam e outros que não adotam o SM mostrou que o desemprego nos países que adotam o SM é consideravelmente mais elevado que nos países que não o adotam.

Na União Europeia:

O desemprego em países que adotam o SM chegou a quase 12% (vermelho) em 2012, contrastando com os 8% dos países que não adotam o SM (azul)*.

O Caso dos Estados Unidos
Essa pergunta foi feita indiretamente pelo Congressional Budget Office (CBO), comissão de orçamento do Congresso americano, para o presidente Obama em 2014. O salário mínimo nos Estados Unidos está congelado há quase 6 anos, desde 2009, em U$7,25. Com o cenário de recuperação econômica, elevação do emprego e da renda, o presidente Barack Obama enviou no início de 2014, uma proposta ao Congresso de elevação do SM para U$10,10.

Segundo a CBO – comissão técnica apartidária – o aumento do SM para os valores propostos pelo presidente Obama, ajudariam a elevar a renda e tirar da linha de pobreza mais de 16 milhões de americanos. Por outro lado, poderia acabar com 500.000 postos de trabalho. Valeria a pena elevar a renda de 16 milhões retirando a renda de outros 500.000?

O Caso da Alemanha
 A Alemanha adotou o SM somente em 2015.

A Alemanha é a grande referência da economia europeia desde a crise de 2008. Enquanto países como Portugal, Grécia e Espanha agonizavam, a economia alemã dava sinais de solidez e apresentava crescimento.

Apesar da Chanceler alemã, Angela Merkel, ter se posicionado contrária à adoção do salário mínimo, e do partido dela, o CDU, ter a maior quantidade de cadeiras no parlamento, uma coligação com os sociais democratas resultou em um acordo pela aprovação de um SM, o qual entrou em vigor no dia primeiro deste ano(2015).

O Caso da Suíça
Também em 2014, os suíços, em plebiscito, foram às urnas para votar uma proposta de criação de um salário mínimo no país. E não era qualquer salário mínimo, mas um de R$10.000 por mês. Seria o maior salário mínimo do mundo. Nada mal, não?

Contudo, 67% disse “não” e a proposta foi rejeitada.

Um dado interessante é que apenas 9% dos suíços recebem menos que essa quantia.

Você deveria estar se perguntando, se não há salário mínimo na Suíça, por que os salários são tão altos e apenas 9% recebe menos de R$10.000? A resposta será dada a seguir.

O Caso Nórdico

Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, assim como a Suíça, não tem um salário mínimo e mesmo assim ostentam algumas das maiores médias salariais do mundo. Por que? Qual o segredo?

Nos países nórdicos, como não há SM, cabe aos sindicatos negociarem com os empregadores e ambas as partes, patrões e funcionários, se entenderem e firmarem um acordo, sem a força de uma lei agindo para beneficiar uma das partes. No Brasil, em geral, os sindicatos fazem lobby em Brasília para conseguir algum novo “direito” trabalhista, isso quando não são simplesmente aparelhados por algum partido político e se tornam apenas um braço para agir em anos eleitorais.[...]

Parte da conclusão:
[...]O debate sobre a existência, o tamanho e a função do salário mínimo é essencial e está muito vivo em países que o adotam (Estados Unidos e Alemanha), como em países que não o adotam (Suíça e Áustria), ele precisa ser ressuscitado no Brasil, sob pena de continuarmos no consenso demagógico em que a oposição sempre brinca de irresponsável, pedindo reajustes populistas para sair bem na foto, enquanto milhões de pessoas são prejudicadas e jogadas na informalidade.

O salário mínimo é o exemplo perfeito de política defendida por pessoas bem intencionadas, mas que pode gerar o efeito oposto do pretendido por seus defensores.[...]


O resto do artigo, que eu recomendo e é só clicar no link fala sobre o  caso do  Brasil,abra e leia. Mas a fim de análise, esses foram os melhores dados que encontrei comparativos de economias fortes que falam sobre o assunto.

« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 13:55:33 por Gauss »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Gauss

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #142 Online: 11 de Agosto de 2016, 14:11:26 »
Se você não achar o Mercado Popular uma fonte confiável, há o seguinte artigo publicado no IPEA, num estudo feito por Miguel Nathan Foguel:
http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_0564.pdf

Um trecho na parte do desemprego:

Citar
[...]No que diz respeito à estrutura do desemprego, é interessante notar que o impacto
do mínimo sobre a taxa de desemprego da semana pode ser decomposto em dois
efeitos já que pode ser visto como a soma das taxas de desemprego dos que não
possuíam com os que possuíam trabalho anteriormente. Desta forma, como se
pode constatar pela Tabela 5 o impacto de uma elevação de 10% no salário
mínimo tende a aumentar a taxa de desemprego desses dois grupos. No entanto,
esse impacto apresenta-se significativamente maior sobre a taxa de desemprego
dos que já trabalharam anteriormente (4/5) do que sobre a taxa de desemprego dos
entrantes (1/5). Contudo, quando se tomam as variações ocorridas nas taxas de
desemprego desses dois grupos em relação aos seus respectivos níveis, é possível
constatar que uma elevação de 10% no salário mínimo aumentaria a taxa de
desemprego dos entrantes em aproximadamente 12,5%, enquanto a dos que
possuíam trabalho anteriormente seria aumentada em cerca de 9,2%.[...]

Citar
[...]Um dos efeitos mais negativos que o salário mínimo poderia causar é elevar o
total de chefes de família desempregados. A esse respeito, apresentamos na última
linha da Tabela 5 as estimativas obtidas para o impacto do salário mínimo sobre a
proporção de chefes de família desocupados em relação ao total de desocupados.
Conforme os resultados revelam, o impacto de um aumento de 10% no salário
mínimo tende não só a ser bastante baixo (0,25 ponto de percentagem), mas
também não estatisticamente significativo (estatística-t = 0,58 e p-valor = 56,63).
Em síntese, as estimativas obtidas para um aumento de 10% no mínimo mostram
que a taxa de desemprego global tanto do mês quanto da semana se eleva em
cerca de 0,5 ponto de percentagem. Além disso, no que diz respeito a esta última,
as evidências são de que a taxa de desemprego dos entrantes é menos afetada que
a taxa de desemprego dos indivíduos que possuíam um trabalho anterior. Nesse
sentido, operacionalizando uma decomposição setorial para esta última taxa, os
resultados revelam que somente as taxas de desemprego dos setores industrial e de
serviços tendem a ser elevadas por um aumento no mínimo. Finalmente, as
estimativas obtidas para o impacto do mínimo sobre a proporção de chefes
desempregados revelam-lhe tendência insignificante.[...]

É sempre bom lembrar que é justamente o setor da indústria e de serviços que mais empregam no país.

Clique no link  do artigo e veja os dados das tabelas.
« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 14:15:15 por Gauss »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #143 Online: 11 de Agosto de 2016, 14:15:50 »
A questão era sobre quanto o custo da mão de obra afetaria a demanda por ela, e você então ironizou sugerindo que essa relação é uma questão de fé, que não se sabe existir realmente.


A questão era se um valor mínimo para mão de obra  causaria  desemprego geral na economia.  Causar aumento no índice de desemprego geral  não é exatamente o mesmo que
afetar uma demanda específica por ela.  Afetar a demanda por um subconjunto dessa mão de obra não é o mesmo  que aumentar o desemprego de forma geral.


Foi você quem trouxe o termo "desemprego geral", e quer que os outros respondam por coisas que você nem mesmo definiu.

O que seria sua definição de "desemprego geral"? Desemprego homogêneo em todas as faixas de qualficação/salários? Acho que ninguém sugere que SM vá provocar isso, é portanto seu o único espantalho.

Não significa, no entanto, que o efeito negativo do encarecimento da mão-de-obra afete apenas esses trabalhadores de forma perfeitamente isolada. Se produz menos, e mais caro, encarecendo a vida para os outros (inflação), e inflação também pode acarretar em aumento do desemprego, na medida em que as demandas se reduzem com preços mais caros e etc. Mesmo essa "propagação" de desemprego vai, como praticamente qualquer tendência não altamente específica a desemprego, ser heterogenea, afetar menos às pessoas com maior qualificação.

Não significa que, você aumenta o SM em 2% e a economia colapsa. Eu não sei qual é a quantificação que se tem disso, apenas são, por tudo que se pode afirmar, os efeitos mais logicamente previsíveis quando se tenta enxergar dois palmos adiante do nariz em vez de um só.


Seu "ceticismo" é algo como de alguém questionar se faz mal tomar socos na cabeça, porque não se sabe exatamente os joules, velocidade, etc, que causaria um nocaute, ou mesmo como que o nocaute ocorre em nível fisiológico, ou descrever toda a quantificação de efeito por joule acrescentado a uma pancada, etc. E ainda misturado com umas concepções suas, vagas, "desemprego geral".

"Hahaha, deve ser por isso que George Foreman e Mike Tyson hoje sofrem de mal de Parkinson e andam de cadeira de rodas. Alguém proíba as aulas de sapateado, porque sem amortecimento no calcanhar, logo todos os dançarinos estarão em estado vegetativo"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #144 Online: 11 de Agosto de 2016, 14:21:21 »
Acabe com o SM e dê liberdade para patrão e funcionário poderem negociar o seu salário, suas férias, etc. E  então veremos quantos empregos serão criados. Posso trazer até dados de níveis de emprego e desemprego comparando os países com  SM e sem SM para você ver.

Também é interessante ver como aumenta o trabalho informal:

Citar
http://carta.fee.tche.br/article/formalidade-e-salario-minimo-regional/

[...] O procedimento de estimação do tamanho do setor formal na ausência do salário mínimo foi feito para os anos 2002, 2004, 2006, 2009, 2011 e 2013. Em 2002, quando o mínimo regional era 30% maior do que o mínimo nacional, 70,9% dos trabalhadores eram do setor formal. Na ausência dos mínimos nacional e regional, o tamanho do setor seria 13,6% maior (atingindo cerca de 80,5%). Sem o mínimo regional apenas, o tamanho do setor seria cerca de 5,9% maior. Um resultado parecido é encontrado em 2004, quando o mínimo regional também era 30% maior. Em 2009, o mínimo regional era cerca de 10% maior do que o nacional. Nesse ano, o tamanho do setor formal era 72,9%. Sem ambos os mínimos, o tamanho do setor formal seria 14,7% maior. Sem o mínimo regional, o setor cresceria cerca de 3,8%. Em 2013, quando o mínimo regional era cerca de 14% maior que o nacional, o setor formal da economia era cerca de 78,6% do total. Novamente, na ausência dos mínimos, o setor cresceria 8,8% e, sem o mínimo regional, apenas cerca de 1,8%.

Pode-se observar que, quando a diferença relativa entre os mínimos regional e nacional é maior, o impacto sobre a formalidade é maior. Em 2002 e 2004, quando a diferença era 30%, o mínimo regional reduziu mais acentuadamente o setor formal. Em 2009 e 2013, por sua vez, o efeito foi menor. Ou seja, tudo o mais constante, quanto maior for o mínimo regional, maior será o efeito de redução do mercado formal na economia.

[....]




Uma implicação curiosa da "conclusão" do salário mínimo ser algo bom, é que outras formas de concentração de renda parecidas também deveriam ser.

Por exemplo, seria melhor a bolsa-família dar mais dinheiro a famílias não tão pobres, e nada às mais pobres, do que priorizar aos mais pobres, e reduzir a ajuda proporcionalmente.

Talvez um argumento "direitista" pelo SM seja de que seria uma espécie de "bolsa-trabalho" implícita, mas com oneração direta do empregador.

Offline JJ

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« Resposta #145 Online: 11 de Agosto de 2016, 18:52:42 »
A questão era sobre quanto o custo da mão de obra afetaria a demanda por ela, e você então ironizou sugerindo que essa relação é uma questão de fé, que não se sabe existir realmente.


O que  eu apontei que não se sabe dizer é o efeito final/líquido, pois a a diminuição de empregos  em uma faixa (não discordei disso, mesmo porque já sei disso há tempos, desde que li na obra do Mankiw) ,  só que  o aumento de renda de milhões de outros que continuam empregados certamente leva a aumento de consumo, vendas e finalmente de outros empregos.   Esta é a questão que parece não ter sido percebida nos comentários feitos aqui.

Há poucos dias eu acreditava nesta versão de que o aumento do SM inevitavelmente levava ao aumento do nível de desemprego geral na economia (e não apenas em uma faixa), e recentemente vi  uma crítica que dizia justamente que isso nunca tinha sido provado.   

E aqui depois de pedir comprovações científicas de que  tal nível de emprego total cai ao aumentar o SM ( ou instituí-lo), não apareceu nenhum artigo científico, publicado em revista científica (bem reconhecida), que inequivocamente  tenha demonstrado tal proposição.


Entendem de uma vez por todas, que a questão não é apenas a perda de empregos em uma faixa, e sim  a quantidade "líquida" (entre perdidos e gerados)  de empregos  que comprovadamente tenham relação causal inequívoca com a questão do SM ?


« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 19:01:28 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #146 Online: 11 de Agosto de 2016, 18:59:51 »




A informação que tenho é que tal relação causal inequívoca nunca foi provada. É a isto que eu me referi quando disse que havia FÉ.



Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #147 Online: 11 de Agosto de 2016, 19:11:14 »
O trecho abaixo  do artigo indicado pelo Gauss já mostra que tal tarefa não tem nada de simples, ao contrário do que textos  em sites como o Mises   tentam dar a entender:

Segue um trecho:



No entanto, embora diversos procedimentos tenham sido desenvolvidos ao longo
das últimas décadas, estimar os efeitos do salário mínimo permanece em larga
medida um grande desafio econométrico. Entre as principais dificuldades
encontradas nesses estudos, vale a pena discutir pelo menos três questões básicas.
Em primeiro lugar, porque as informações utilizadas fundamentam-se em séries
históricas das variáveis de interesse, torna-se necessário contar com períodos de
observação suficientemente extensos para que estimadores razoavelmente precisos
possam ser obtidos. No entanto, como nem sempre é possível trabalhar com séries
longas, muitas vezes as estimativas obtidas dificultam afirmações mais
contundentes sobre os reais impactos do mínimo.



Em segundo lugar, como as estimações econométricas bem fundamentadas são
baseadas em modelos teóricos, as estimativas obtidas dependerão em grande
medida das hipóteses embutidas no modelo utilizado. Nesse sentido, como a
adequação do modelo teórico à realidade em estudo é sempre incerta, os
resultados da estimação podem não estar captando fielmente os efeitos que se
pretende estudar.



Uma terceira questão associada às avaliações econométricas dos efeitos do salário
mínimo está relacionada à dificuldade de explicitar a fonte de variação dos
salários utilizada para implementar tais estimações. Em outras palavras, a maior
parte dessas avaliações defronta-se com a dificuldade de distinguir entre variações
salariais causadas por mudanças no salário mínimo e variações salariais causadas
por outras forças potencialmente endógenas do mercado de trabalho. Na realidade,
esta questão — a qual geralmente recebe o nome de problema de identificação —
tem sido uma das mais debatidas tanto na literatura econométrica, em geral,
quanto na do salário mínimo, em particular [Card e Krueger (1995)].


Associado a esta última questão está o fato de que as decisões de alterar o valor do
salário mínimo podem estar conectadas a outras políticas (por exemplo, a política
de combate à inflação e de controle do déficit público) que também influenciam as
condições do mercado de trabalho. Além disso, é possível que a política de salário
mínimo seja guiada pelo próprio desempenho do mercado de trabalho, isto é, os
formuladores de política podem decidir aumentar o valor do mínimo quando o
mercado de trabalho estiver aquecido, permitindo que seu valor nominal se atrase
em relação à inflação quando as condições do mercado de trabalho estiverem
precárias. Em decorrência disso, a capacidade de avaliar os efeitos do salário
mínimo sobre o mercado de trabalho dependerá da disponibilidade de medidas
adequadas para as intervenções com as quais a política de salário mínimo esteja
relacionada e de instrumentos que permitam tratar a endogeneidade do salário
mínimo.



Evidentemente, ao apontar esses problemas, não se quer afirmar que os estudos
que procuraram avaliar os efeitos do mínimo são inválidos. Ao contrário, a
questão é mostrar as dificuldades a eles associadas para introduzir uma outra
forma de abordagem, a qual procura contornar tais dificuldades. Na realidade,
esses tipos de problemas têm sido objeto de investigação contínua e as técnicas
disponíveis para tratá-los têm evoluído constantemente. De todas as formas, na
medida em que eles ainda estão intrinsecamente presentes em estudos dessa
natureza, vale a pena buscar outras estratégias de estimação dos impactos do
salário mínimo, as quais, cabe assinalar, não estão isentas de críticas




..........................



« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 19:17:32 por JJ »

Offline JJ

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #148 Online: 11 de Agosto de 2016, 19:15:33 »


As proposições de textos  de sites  ideológicos propagandísticos como o Mises, e outros semelhantes,  podem  fazer os incautos acharem que  é uma questão simples que  é  resolvida com um raciocínio básico de algumas linhas...



« Última modificação: 11 de Agosto de 2016, 19:18:31 por JJ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Biografia: Murray N. Rothbard
« Resposta #149 Online: 11 de Agosto de 2016, 19:21:45 »




A informação que tenho é que tal relação causal inequívoca nunca foi provada. É a isto que eu me referi quando disse que havia FÉ.


"Fé" que maior preço reduz compras? Sério?

 

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