Confundiu relativismo epistemológico com o que poderíamos chamar de relativismo axiológico.
Normalmente quem defende que não existem valores absolutos também defende que não existem verdades absolutas.
Ambas as noções são bem comuns nas mesmas pessoas que defendem visões relativistas.
E lógica não estabelece nenhum tipo de escala de valores. Lógica (aristótelica ou clássica) nada mais é do que um conjunto de regras para estabelecer um raciocínio perfeito. Raciocínio aliás, que sequer precisa ter premissas que tenham qualquer conexão com a realidade (premissas podem ser 100% fantasiosas). A lógica é apenas um conjunto de regras, para dadas as premissas, termos então uma conclusão, nada mais do que isso.
E indo mais além (nem seria necessário ir para o objetivo deste comentário, isto é uma mera observação) é bom lembrar que nem mesmo a lógica aristotélica é a única lógica possível, há outras como a lógica paraconsistente.
Agora você parece defender um absurdo chamado polilogismo, uma falacia comum nos marxistas.
Só existe uma logica natural quando falamos sobre a capacidade humana do raciocínio lógico.
A lógica natural (a habilidade de raciocinar) é matemática. Nela existe o certo e errado.
Para investigar a precisão de um raciocínio lógico é que usamos
metodologias de lógica, como a lógica aristotélica, paraconsistente entre outras.
Todas essas metodologias investigam a unica lógica natural e seguem os parâmetros dessa unica logica natural.
Me corrija se eu estiver errado, mas você me pareceu confundir a logica em si com essas metodologias, para defender o polilogismo.
Isso seria como confundir a matemática ciência e o aspecto matemático da natureza com a matemática linguagem, aquela na qual empregamos uma linguagem para descrever e analisar a matemática em si.
Como dito, lógica só existe uma e ela é universal e "matemática".
Mas o primordial mesmo é entender que lógica não estabelece valores. Valores são subjetivos. Valores são pessoais. Não existem valores absolutos.
Isso é só uma afirmação que você toma como fato auto evidente, mas que precisa sustentar com argumentos e não apenas com a mera afirmação de que assim é.
Valores são aquilo que a razão objetivamente busca construir ao analisar o mundo real a nossa volta. A natureza nos condicionou a buscar esses valores e nos deu uma mente logica capacitada para isso.
Como dito na logica existe o certo e o errado e os valores são criados com base nessa analise logica do mundo natural decidindo que tipo de comportamento é correto e qual não é.
Chega a ser patética a tentativa de usar os exemplos dos valores citados como sendo absolutos. Pois mesmo o valor vida é relativizado (e no conjunto exemplificado é normalmente o mais importante dos valores), está longe de ser absoluto. Chega a ser ridícula a facilidade de pensar em situações em que é considerado correto (e até legal) ir contra a vida de uma pessoa.
Só os incautos caem nas falácias ridículas que alguns grupos minoritários defendem, para tentar desesperadamente aumentar o seu pífio número de seguidores.
Pois é, dessas "certezas" e desse relativismo moral que sistemas como o comunismo terminaram ceifando a vida de mais de 100 milhões de pessoas.
Me espanta que alguém possa realmente afirmar que existam "inúmeras" situações tão "fáceis" de justificar a morte de pessoas.
Você por acaso é comunista ou tem simpatias por Marx e doutrinas similares ao marxismo?
Cite ai exemplos de coisas que você acha que justifiquem a morte dos outros e ficará claro que são noções fruto de erros de raciocínio, provavelmente pelo fato de raciocinar não com base em lógica, mas com base em ideologias prejudiciais a lógica como o próprio relativismo.
A vida como valor universal só aceita a defesa da própria vida como justificativa para ceifar outra vida. É por isso que o conceito de legitima defesa é universal e ele é um dos únicos que justifica o assassinato de outro ser, no caso a justificativa está em salvar a própria vida. É uma justificativa pela vida e não pela morte ou por qualquer outra coisa que justifique a morte, ou seja, só a própria vida é um valor forte o suficiente para justificar a morte de alguém.
A outra situação é a sobrevivência, onde não existe uma legitima defesa imediata contra um agressor, mas o risco eminente de morte caso outra vida não seja sacrificada.
Ambos os casos são situações onde uma vida está ameaçada e é preciso escolher entre uma vida ou outra, pois ambas não podem coexistir por alguma razão.
Trata-se portanto da preservação de uma vida ao custo de outra em situações onde ambas não podem se manter. É sempre a própria vida o valor buscado e não qualquer outra coisa justificando a morte.
Fora disso não existe
nada que justifique ceifar uma vida. Absolutamente nada.
Existe o certo e o errado, isso não é relativo.
As pessoas podem ter dificuldade de raciocinar e
entender o que é certo e errado, mas, por exemplo, torturar, estuprar e matar um bebê sempre será algo errado e isso não é relativo.