Só para citar um exemplo do que eu falei. Os políticos da velha política roubavam sozinhos, ou em pequenos grupos, pensando principalmente em ficar ricos, moderando a ousadia com o risco de ser pegos. Os políticos da cleptocracia comunista roubam não só para ficar ricos, mas com ênfase em ter o máximo de poder sobre a sociedade. Comunistas tem pensamento revolucionário, querem mudar o curso da história em escala de longo prazo. O PT tentou criar um congresso paralelo INTEIRO com o mensalão e o petrolão, não medindo esforços em roubar até (quase?) quebrar a Petrobrás. Não se importam nem mesmo com o risco de serem descobertos como aqueles que apoiam financeiramente ditaduras comunistas. O desejo de ficar rico de seus caciques sozinho não explica tamanha ousadia.
Não duvido que a corrupção racionalizada por "ser o primeiro governo na história desse país que ajudou o povo" tenha ajudado a coisa a escalonar mais aceleradamente, mas também não acho exatamente inacreditável o cenário hipotético do PT nunca ter ganhado a presidência e hoje termos essencialmente a mesma coisa, do mesmo tamanho (ou talvez até maior, por melhor administração, inclusive da economia), apenas sem envolvimento do PT, ou sem tanto. Apenas por crescimento econômico também talvez ter sido um grande fator. A "bola de neve" pode ter só trocado de mãos.
Idem com militares no poder.
Ver grande excepcionalidade na podridão do PT pode não ser um erro tão diferente de vê-lo como excepcionalmente mais honesto, quando talvez isso fosse crível a não-religiosos.
Temos uma tendência a depositar toda "culpa" (ou "fator causal") nos indivíduos, quanto o "ambiente" institucional mais abrangente pode ser mais importante.