Autor Tópico: Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...  (Lida 24759 vezes)

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Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #75 Online: 24 de Junho de 2015, 07:50:05 »
Repararam na cor dos flagrados como traficante de drogas em SP?

45,87% Parda, 13,19% Negra e 40,83% Branca... :o Vai de encontro ao discurso vigente, não é mesmo?

Offline AlienígenA

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #76 Online: 24 de Junho de 2015, 09:23:19 »
O que me chama a atenção é a evolução geral. A criminalidade aumenta na mesma proporção talvez mais que o encarceramento em todas as modalidades. Isso suporta o que trás o Buckaroo, quanto mais prende, mais aumenta a insegurança. A tendência é tenebrosa.

Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #77 Online: 24 de Junho de 2015, 09:28:17 »
Não vi essa relação com mais prisão mais insegurança. Aliás, você disse que a criminalidade aumenta talvez mais que o encarceramento...

O que a gente sabe é que quanto mais se prende, mais gente presa tem.  :lol:

Offline AlienígenA

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #78 Online: 24 de Junho de 2015, 09:46:42 »
Não vi essa relação com mais prisão mais insegurança. Aliás, você disse que a criminalidade aumenta talvez mais que o encarceramento...

O que a gente sabe é que quanto mais se prende, mais gente presa tem.  :lol:
Ah, tá! Foi mal. Eu obtive essa relação mentalmente cruzando os dados com os índices de crimes não solucionados, dos quais, no momento, só me lembro de cabeça, os de homicídio, em torno de noventa por cento.

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #79 Online: 24 de Junho de 2015, 11:51:51 »
Isso de mais prende mais insegurança podee ser uma FALSA CORRLEAÇÃO.
Alguem poderia afirmar que aumentou numero de evangelicos aumentou criminalidade - apesar de muitos dizerem que religiao diminuir criminalidade.

Criar correlações é muito facil mas determinar que uma coisa é CAUSA de outra aí é outra historia.

A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:


http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-pais-com-maior-populacao-carceraria-do-mundo

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465527-brasil-passa-a-russia-e-tem-a-terceira-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml




« Última modificação: 24 de Junho de 2015, 11:57:34 por Agnoscetico »

Offline Diegojaf

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #80 Online: 24 de Junho de 2015, 11:59:39 »
A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:

4ª...
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1646639-com-607-mil-presos-brasil-tem-a-4-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #81 Online: 24 de Junho de 2015, 12:35:22 »
A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:

4ª...
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1646639-com-607-mil-presos-brasil-tem-a-4-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml

Na Veja tem essa observação:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-tem-a-quarta-maior-populacao-carceraria-do-mundo

Citar
O número de presos no Brasil atingiu a marca de 607.731 pessoas, um crescimento de 33% entre 2008 e junho de 2014, segundo dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça. O Brasil ocupa agora a quarta posição entre os países com maior população carcerária do mundo, atrás apenas de Estados Unidos (2.228.424 pessoas), China (1.657.812) e Rússia (673.818).
Em termos proporcionais, o Brasil possui 300 presos para cada 100.000 habitantes - segundo o relatório, uma taxa menor apenas à verificada nos Estados Unidos (698 presos para cada 100.000 habitantes), na Rússia (468) e na Tailândia (457), o que colocaria o país em quarto lugar também no ranking de presos em relação ao número de habitantes.
No entanto, como observou o colunista do site de VEJA Felipe Moura Brasil, o relatório do Infopen compara o número proporcional de detentos no Brasil com o verificado nos 20 países com maior número absoluto de presos, que não são necessariamente os que têm a maior taxa de presos por 100.000 habitantes. No ranking mundial de número de presos por habitantes do Centro Internacional de Estudos Prisionais, o Brasil ocupa apenas o 36º lugar e seria no mínimo o 34º levando-se em conta os dados divulgados nesta terça.

Só não sei extamante quanto desse detentos todos sao viciados e traficantes, pois lá mostra numeros por motivos gerais sem destacar os tipos de crimes.


Offline Diegojaf

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #82 Online: 24 de Junho de 2015, 12:39:02 »
A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:

4ª...
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/06/1646639-com-607-mil-presos-brasil-tem-a-4-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml

Na Veja tem essa observação:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-tem-a-quarta-maior-populacao-carceraria-do-mundo

Citar
O número de presos no Brasil atingiu a marca de 607.731 pessoas, um crescimento de 33% entre 2008 e junho de 2014, segundo dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen) divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça. O Brasil ocupa agora a quarta posição entre os países com maior população carcerária do mundo, atrás apenas de Estados Unidos (2.228.424 pessoas), China (1.657.812) e Rússia (673.818).
Em termos proporcionais, o Brasil possui 300 presos para cada 100.000 habitantes - segundo o relatório, uma taxa menor apenas à verificada nos Estados Unidos (698 presos para cada 100.000 habitantes), na Rússia (468) e na Tailândia (457), o que colocaria o país em quarto lugar também no ranking de presos em relação ao número de habitantes.
No entanto, como observou o colunista do site de VEJA Felipe Moura Brasil, o relatório do Infopen compara o número proporcional de detentos no Brasil com o verificado nos 20 países com maior número absoluto de presos, que não são necessariamente os que têm a maior taxa de presos por 100.000 habitantes. No ranking mundial de número de presos por habitantes do Centro Internacional de Estudos Prisionais, o Brasil ocupa apenas o 36º lugar e seria no mínimo o 34º levando-se em conta os dados divulgados nesta terça.

Só não sei extamante quanto desse detentos todos sao viciados e traficantes, pois lá mostra numeros por motivos gerais sem destacar os tipos de crimes.

Sim. Isso foi apontado aqui.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline AlienígenA

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #83 Online: 24 de Junho de 2015, 13:15:10 »
Isso de mais prende mais insegurança podee ser uma FALSA CORRLEAÇÃO.
Alguem poderia afirmar que aumentou numero de evangelicos aumentou criminalidade - apesar de muitos dizerem que religiao diminuir criminalidade.

Criar correlações é muito facil mas determinar que uma coisa é CAUSA de outra aí é outra historia.

A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:


http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-pais-com-maior-populacao-carceraria-do-mundo

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465527-brasil-passa-a-russia-e-tem-a-terceira-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml

Verdade!  :ok: 

Corrigindo: O que me chama a atenção é a evolução geral com a ineficiência do nosso sistema carcerário. A criminalidade aumenta na mesma proporção talvez mais que o encarceramento em todas as modalidades. Isso suporta o que trás o Buckaroo, quanto mais prende, mais esse sistema, aparentemente promove a insegurança. A tendência é tenebrosa.

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #84 Online: 24 de Junho de 2015, 15:31:50 »
Isso de mais prende mais insegurança podee ser uma FALSA CORRLEAÇÃO.
Alguem poderia afirmar que aumentou numero de evangelicos aumentou criminalidade - apesar de muitos dizerem que religiao diminuir criminalidade.

Criar correlações é muito facil mas determinar que uma coisa é CAUSA de outra aí é outra historia.

A maior população carceraria até onde to sabendo os EUA, seguido de China o Brasil em terceiro (ultrapassou Russia pela ultima noticia que vi). Mas na China e EUA nem de longe criminalidade parece ter aumentado em relação ao Brasil:


http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-pais-com-maior-populacao-carceraria-do-mundo

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/06/1465527-brasil-passa-a-russia-e-tem-a-terceira-maior-populacao-carceraria-do-mundo.shtml

Verdade!  :ok: 

Corrigindo: O que me chama a atenção é a evolução geral com a ineficiência do nosso sistema carcerário. A criminalidade aumenta na mesma proporção talvez mais que o encarceramento em todas as modalidades. Isso suporta o que trás o Buckaroo, quanto mais prende, mais esse sistema, aparentemente promove a insegurança. A tendência é tenebrosa.

Ok  :ok:.

Mas agora voltando sobre a questao das drogas algumas coisas postadas aqui foi falado no topico sobre o brasileiro traficante executado na Indonesia.

Offline Jack Carver

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #85 Online: 08 de Agosto de 2015, 14:03:55 »
Dando um pulo na CC, me deparei com essa matéria.

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"A guerra às drogas é uma decisão política", diz policial afastado do Denarc


Diego Souza Ferreira foi removido de seu posto depois de se notabilizar como um crítico da proibição


Quando ingressou na Policia Civil, Diego Souza Ferreira compactuava com um dos principais chavões que justificam a guerra às drogas no Brasil. Assim como vários de seus colegas, pensava que o tráfico era culpa dos usuários de maconha e cocaína. A sua visão começou a mudar quando estava trabalhando no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico do Rio Grande do Sul (Denarc-RS), que investiga o tráfico de drogas no estado.

Com cargo no setor de inteligência, o policial passou a estudar o assunto na pós-graduação e começou a comparar o resultado das pesquisas com seu trabalho. "Fazíamos uma operação e pegávamos meia tonelada de maconha. Era uma baita operação. Mas aí descobri que, só no Rio Grande do Sul, nós tínhamos por estimativa um consumo de 114 toneladas de maconha", conta.

A repercussão da pesquisa acadêmica fez com que Ferreira fosse convidado para ser porta-voz da Law Enforcement Against Prohibition (Leap) no Brasil, uma organização internacional que reúne juízes, policiais e agentes da lei a favor da legalização de todas as drogas. Neste ano, pouco tempo depois de voltar de férias, Ferreira sofreu no Denarc o que diz serem represálias por conta de suas posições. Ele foi removido de seu posto, sem ser consultado. “Vieram algumas informações de superiores, veladamente, de que o que eu estava fazendo era incompatível com a função”, afirma.

Em entrevista a CartaCapital, o policial lamenta a punição e a força da tese da guerra às drogas no País. "Eu não sou a favor das drogas, sou a favor de uma nova política de drogas", diz.


Policial civil, Diego Souza Ferreira fez uma pesquisa e descobriu que os colegas também achavam que o combate ao tráfico é "enxugar gelo"

CartaCapital: Quando ingressou no Denarc, o senhor já tinha uma visão crítica à guerra às drogas?

Diego Souza Ferreira: Um pouco. Eu tinha uma visão mais específica em relação à maconha. Em 2012, participei do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Porto Alegre, e conheci o delegado Orlando Zaccone e alguns integrantes da Leap Brasil. E eles vieram com essa discussão da guerra às drogas. E aquilo ali me surpreendeu em um primeiro momento. Como era possível a gente regulamentar as atuais substâncias que hoje são ilegais? A partir desse fórum, eu fiz uma pós-graduação aqui na UFRGS e desenvolvi uma pesquisa junto a policiais civis.

CC: O que o senhor percebeu nessa pesquisa?

DSF: Os policiais mostraram entender que o nosso trabalho é enxugar gelo, é ineficiente. Só que eles não viam uma perspectiva de como a legalização seria possível. E eu interpretei isso como uma falta de conhecimento mesmo. Sempre digo que o policial não é um conhecedor de drogas. Então se a substância é considerada ilegal, não tem como a gente fazer diferente. Mas, na pesquisa, eu trazia exemplos internacionais de legalização e, diante disso, os policiais responderiam que, se fosse assim, poderiam ser [a favor da legalização]. Mas, em outras perguntas, eles se contradiziam. Diziam: “Então eu acho que tem que ter repressão total”, o que incluía álcool e tabaco. Como assim [proibição total]? Já tem precedente histórico e não foi bom.

CC: E, provavelmente, vários desses policiais que responderam isso devem, inclusive, consumir álcool e tabaco...

DSF: Claro, eu digo assim: a questão do consumo de substâncias é um fato histórico da sociedade. Só que isso não era algo claro, para mim, antes. As pessoas sempre consumiram substâncias, desde sempre, e vão continuar consumindo. A questão é a opção do Estado, se ele vai regulamentar isso de uma forma civilizada ou criminalizar.

CC: A partir do resultado dessa pesquisa e dos seus estudos sobre o assunto, como isso começou a se tornar um entrave para a sua presença no Denarc e por quê?

DSF: Começou este ano. Fui fazer a apresentação sobre o meu estudo na Acadepol [Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra], do Rio de Janeiro. Saiu divulgação no sindicato da polícia, nos meios de comunicação interna, comuniquei o chefe de polícia. E, claro, começou a gerar uma estranheza porque, aqui no Rio Grande do Sul, estamos caminhando nessa discussão. Fui pioneiro e virei um alvo. O que foi o divisor de águas foi quando uma ONG de São Paulo, a Visão Ampla, fez um post no Facebook e colocou uma frase de um artigo meu, dizendo que eu era lotado no Denarc. E eu publiquei isso nas redes. Isso gerou uma estranheza na Polícia Civil, como se eu estivesse usando a imagem da polícia a favor das drogas.

CC: Então o problema não foi entrar na Leap?

DSF: Não, eu achei até bem legal porque eu informei aos órgãos de imprensa da Polícia Civil e foi feita uma divulgação. Fiquei lisonjeado, a instituição estava valorizando isso. Achei que estava até sendo uma coisa boa. E, há uns dois meses, eu saí de férias. Isso foi no mês de maio. Quando eu voltei das férias não estava mais lotado no departamento.

CC: Antes disso, houve algum tipo de pressão interna no Denarc contra seu discurso?

DSF: A questão da pressão institucional eu nunca tinha sentido até um pouco antes de ser removido. Aí vieram algumas informações de superiores, veladamente, de que o que estava fazendo era incompatível com a função. A minha discussão acadêmica não poderia [no Denarc]. Nunca tinha passado por uma situação dessas. Mas quando voltei de férias, foi uma surpresa.

CC: O senhor atribui essa remoção ao seu comportamento crítico diante da guerra às drogas?

DSF: Sim, totalmente. Foi me passado que haveria uma reformulação no departamento. Que precisava trazer outros policiais. Só que eu já estava há quatro anos no Denarc e ficava no setor administrativo, local em que os policiais não gostam muito de trabalhar. Os policiais gostam mais de trabalhar na área operacional. A história da carochinha foi essa.

CC: O senhor vê incompatibilidade entre o seu discurso e o cargo que ocupava no Denarc? O fato de ser um crítico da guerra às drogas impedia que o senhor fizesse o seu trabalho?

DSF: Não, eu acho que não tem nada de incompatibilidade. Da mesma forma que o policial que trabalha na delegacia de homicídios, por exemplo, pode discutir a legalização do aborto. É uma decisão política. Só que há todo um entendimento de que se você está discutindo isso, você é a favor das drogas. Eu não sou a favor das drogas, sou a favor de uma nova política de drogas.

CC: O senhor acredita que a formação dos policiais os inibe de refletir sobre a política de guerra às drogas, ou ainda existe algum tipo de direcionamento para reforçar essa tese de que culpa é do usuário e não da proibição?

DSF: [A formação] não é para culpar o usuário, mas é focada em simplesmente aplicar a lei. Porque, na nossa lei, o usuário é um criminoso. Ele só não recebe a pena privativa de liberdade. Então, para um policial, ele é tão criminoso como um cara que cometeu um homicídio. No nosso senso comum [dos policiais], entendemos que o usuário é responsável. Obviamente, ele vira um inimigo para mim. Hoje, eu tenho a consciência de que não é isso.

CC: Como a guerra às drogas aparece para um policial do Denarc no dia a dia? Teve alguma situação que o senhor teve de cumprir e se deparou com essa política repressora?

DSF: A guerra às drogas não é apenas uma guerra às substâncias, ela transforma toda polícia em um exército, em uma força de repressão indiscriminada. Essa situação é uma guerra porque, para você, como policial, o outro vira seu inimigo. E se ele é seu inimigo, numa guerra, ele tem que ser eliminado. Falam que tem que matar traficante, mas o próprio Estado criou o tráfico quando criminalizou [a droga].

CC: Nessa função que você ocupava no Denarc, no setor de inteligência, foi possível entender melhor esse mercado das drogas? As rotas, a lucratividade...dava para perceber como essa guerra às drogas era complicada também do ponto de vista financeiro?

DSF: Tive essa noção a respeito do montante da substância durante a pesquisa acadêmica. Porque, para nós, no Denarc, fazíamos uma operação e apreendíamos 20 quilos de cocaína. Era uma baita operação. Aí fazíamos outra e pegávamos meia tonelada de maconha. E tu pensa que é um baita trabalho, que tirou tudo aquilo do mercado. Mas na pós eu descobri que, por exemplo, só no Rio Grande do Sul, tínhamos por estimativa um consumo de 114 toneladas de maconha. No ano de 2012, o Rio Grande do Sul apreendeu em todas suas forças de segurança cinco toneladas de drogas.

CC: Quer dizer, isso é nada perto do montante que deve girar no mercado...

DSF: Claro, a maior parte dessas cinco toneladas era maconha, mas quer dizer que essa operação não chegou nem a 10%. Então eu costumo trazer um argumento do Drauzio Varella. Os Estados Unidos têm as fronteiras mais vigiadas do mundo, a polícia mais preparada do mundo, gastam 10 bilhões por ano para que a cocaína não entre EUA e, mesmo assim, ela [a cocaína] entra no País. Se eles gastam tudo isso, que é praticamente todo o orçamento da segurança aqui, e não conseguem frear isso, como é que nós vamos fazer?

CC: E, pela sua experiência no Denarc, a guerra às drogas é na maioria das vezes uma guerra a maconha no Brasil?

DSF: A guerra às drogas é uma decisão política, não tem nada a ver com ciência. Para a ciência, todas as drogas são drogas. A ciência não faz distinção entre droga ruim e droga boa, droga licita e droga não licita. A guerra às drogas foi uma questão direcionada à maconha em um momento histórico. Tudo começa lá nos Estados Unidos quando eles queriam criminalizar uma cultura ou um povo. Criminalizaram a maconha porque os mexicanos que estavam chegando lá usavam maconha.

CC: Sobre isso, o senhor disse algo no Congresso Nacional que me chamou atenção. O senhor afirmou que a guerra às drogas não é uma guerra às substâncias, mas uma guerra às pessoas. Por quê?

DSF: Sim, aqui no Brasil é uma guerra racista, higienista. No Brasil sempre existiu a planta da cannabis. Os índios já consumiam isso há muitos anos. A planta também era consumida pelos negros, que foram escravizados e trazidos da África. Mas estudando sobre o assunto você descobre que os negros consumiam a cannabis e os senhores deles permitiram isso porque, como a maconha tem esse efeito analgésico, tranquilizante, isso evitava motim. Está tudo ligado à questão da escravidão no Brasil. Depois, quando houve a abolição da escravatura, o que o Estado foi fazer foi criminalizar o consumo da maconha.

CC: E como o senhor vê essa questão racial hoje em relação à guerra às drogas? Ela ainda existe no Brasil, na sua opinião?

DSF: Sim, uma pessoa que consome, por exemplo, maconha e mora na periferia não é tratada da mesma forma que uma pessoa que mora nos bairros nobres, no centro. Então a questão do racismo é forte. Tem uma pesquisa feita no Rio de Janeiro que mostrou que as ocorrências de drogas feitas no Leblon [bairro valorizado da cidade] eram sempre classificadas como “posse”, e as ocorrências na favela eram, em sua maioria, “tráfico”. Sendo que a quantidade de droga era a mesma.

CC: Como porta-voz da Leap, hoje o senhor é a favor da legalização de todas as drogas?

DSF: Sim. No início da minha curiosidade por esse assunto, eu era a favor só da descriminalização da maconha. Minha dúvida era a questão médica. Porque eu pensava: “Maconha mata, queima neurônio”. Fui buscar informações científicas e vi que não era isso. Tudo depende de qual pessoa vai usar, porque ela vai usar, como ela vai usar e onde ela vai fazer esse uso. O livro do professor Carl Hart, neurocienstista americano, mostra que apenas de 10% a 20% das pessoas que usam qualquer tipo de droga, seja maconha, álcool, nicotina, heroína, podem ter algum problema com a droga. Então a proibição da substância não passa nada pela questão da saúde, é uma decisão política, econômica. É uma questão de geopolítica. A partir do momento em que você criminaliza a cocaína, você criminaliza todo o estado da Colômbia, por exemplo. A Colômbia planta a papoula há séculos, é uma fonte de renda para as pessoas lá, então tem toda uma questão comercial.

CC: O policial civil ou que trabalha em um órgão como o Denarc se enxerga também como vítima dessa decisão política de guerra às drogas ou não?

DSF: Não, os policias não têm essa percepção. Percebi isso na pesquisa também, eles não têm ideia. Você começa a perceber que seus colegas estão morrendo por uma política que não faz sentido nenhum. Como diz a presidenta da Leap, é uma guerra insana e sanguinária. Eles veem apenas um enfrentamento e sabem que têm que matar, e nisso eles correm o risco de morrer. O Direito Penal está banalizado no Brasil. Tudo é crime, tudo é assunto para a polícia. A polícia também está banalizada hoje porque não tem foco. Nós temos que resolver tudo, inclusive a questão de drogas.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #86 Online: 09 de Agosto de 2015, 11:12:57 »
Dando um pulo na CC, me deparei com essa matéria.

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"A guerra às drogas é uma decisão política", diz policial afastado do Denarc


Diego Souza Ferreira foi removido de seu posto depois de se notabilizar como um crítico da proibição


Quando ingressou na Policia Civil, Diego Souza Ferreira compactuava com um dos principais chavões que justificam a guerra às drogas no Brasil. Assim como vários de seus colegas, pensava que o tráfico era culpa dos usuários de maconha e cocaína. A sua visão começou a mudar quando estava trabalhando no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico do Rio Grande do Sul (Denarc-RS), que investiga o tráfico de drogas no estado.

Com cargo no setor de inteligência, o policial passou a estudar o assunto na pós-graduação e começou a comparar o resultado das pesquisas com seu trabalho. "Fazíamos uma operação e pegávamos meia tonelada de maconha. Era uma baita operação. Mas aí descobri que, só no Rio Grande do Sul, nós tínhamos por estimativa um consumo de 114 toneladas de maconha", conta.

A repercussão da pesquisa acadêmica fez com que Ferreira fosse convidado para ser porta-voz da Law Enforcement Against Prohibition (Leap) no Brasil, uma organização internacional que reúne juízes, policiais e agentes da lei a favor da legalização de todas as drogas. Neste ano, pouco tempo depois de voltar de férias, Ferreira sofreu no Denarc o que diz serem represálias por conta de suas posições. Ele foi removido de seu posto, sem ser consultado. “Vieram algumas informações de superiores, veladamente, de que o que eu estava fazendo era incompatível com a função”, afirma.

Em entrevista a CartaCapital, o policial lamenta a punição e a força da tese da guerra às drogas no País. "Eu não sou a favor das drogas, sou a favor de uma nova política de drogas", diz.


Policial civil, Diego Souza Ferreira fez uma pesquisa e descobriu que os colegas também achavam que o combate ao tráfico é "enxugar gelo"

CartaCapital: Quando ingressou no Denarc, o senhor já tinha uma visão crítica à guerra às drogas?

Diego Souza Ferreira: Um pouco. Eu tinha uma visão mais específica em relação à maconha. Em 2012, participei do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Porto Alegre, e conheci o delegado Orlando Zaccone e alguns integrantes da Leap Brasil. E eles vieram com essa discussão da guerra às drogas. E aquilo ali me surpreendeu em um primeiro momento. Como era possível a gente regulamentar as atuais substâncias que hoje são ilegais? A partir desse fórum, eu fiz uma pós-graduação aqui na UFRGS e desenvolvi uma pesquisa junto a policiais civis.

CC: O que o senhor percebeu nessa pesquisa?

DSF: Os policiais mostraram entender que o nosso trabalho é enxugar gelo, é ineficiente. Só que eles não viam uma perspectiva de como a legalização seria possível. E eu interpretei isso como uma falta de conhecimento mesmo. Sempre digo que o policial não é um conhecedor de drogas. Então se a substância é considerada ilegal, não tem como a gente fazer diferente. Mas, na pesquisa, eu trazia exemplos internacionais de legalização e, diante disso, os policiais responderiam que, se fosse assim, poderiam ser [a favor da legalização]. Mas, em outras perguntas, eles se contradiziam. Diziam: “Então eu acho que tem que ter repressão total”, o que incluía álcool e tabaco. Como assim [proibição total]? Já tem precedente histórico e não foi bom.

CC: E, provavelmente, vários desses policiais que responderam isso devem, inclusive, consumir álcool e tabaco...

DSF: Claro, eu digo assim: a questão do consumo de substâncias é um fato histórico da sociedade. Só que isso não era algo claro, para mim, antes. As pessoas sempre consumiram substâncias, desde sempre, e vão continuar consumindo. A questão é a opção do Estado, se ele vai regulamentar isso de uma forma civilizada ou criminalizar.

CC: A partir do resultado dessa pesquisa e dos seus estudos sobre o assunto, como isso começou a se tornar um entrave para a sua presença no Denarc e por quê?

DSF: Começou este ano. Fui fazer a apresentação sobre o meu estudo na Acadepol [Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra], do Rio de Janeiro. Saiu divulgação no sindicato da polícia, nos meios de comunicação interna, comuniquei o chefe de polícia. E, claro, começou a gerar uma estranheza porque, aqui no Rio Grande do Sul, estamos caminhando nessa discussão. Fui pioneiro e virei um alvo. O que foi o divisor de águas foi quando uma ONG de São Paulo, a Visão Ampla, fez um post no Facebook e colocou uma frase de um artigo meu, dizendo que eu era lotado no Denarc. E eu publiquei isso nas redes. Isso gerou uma estranheza na Polícia Civil, como se eu estivesse usando a imagem da polícia a favor das drogas.

CC: Então o problema não foi entrar na Leap?

DSF: Não, eu achei até bem legal porque eu informei aos órgãos de imprensa da Polícia Civil e foi feita uma divulgação. Fiquei lisonjeado, a instituição estava valorizando isso. Achei que estava até sendo uma coisa boa. E, há uns dois meses, eu saí de férias. Isso foi no mês de maio. Quando eu voltei das férias não estava mais lotado no departamento.

CC: Antes disso, houve algum tipo de pressão interna no Denarc contra seu discurso?

DSF: A questão da pressão institucional eu nunca tinha sentido até um pouco antes de ser removido. Aí vieram algumas informações de superiores, veladamente, de que o que estava fazendo era incompatível com a função. A minha discussão acadêmica não poderia [no Denarc]. Nunca tinha passado por uma situação dessas. Mas quando voltei de férias, foi uma surpresa.

CC: O senhor atribui essa remoção ao seu comportamento crítico diante da guerra às drogas?

DSF: Sim, totalmente. Foi me passado que haveria uma reformulação no departamento. Que precisava trazer outros policiais. Só que eu já estava há quatro anos no Denarc e ficava no setor administrativo, local em que os policiais não gostam muito de trabalhar. Os policiais gostam mais de trabalhar na área operacional. A história da carochinha foi essa.

CC: O senhor vê incompatibilidade entre o seu discurso e o cargo que ocupava no Denarc? O fato de ser um crítico da guerra às drogas impedia que o senhor fizesse o seu trabalho?

DSF: Não, eu acho que não tem nada de incompatibilidade. Da mesma forma que o policial que trabalha na delegacia de homicídios, por exemplo, pode discutir a legalização do aborto. É uma decisão política. Só que há todo um entendimento de que se você está discutindo isso, você é a favor das drogas. Eu não sou a favor das drogas, sou a favor de uma nova política de drogas.

CC: O senhor acredita que a formação dos policiais os inibe de refletir sobre a política de guerra às drogas, ou ainda existe algum tipo de direcionamento para reforçar essa tese de que culpa é do usuário e não da proibição?

DSF: [A formação] não é para culpar o usuário, mas é focada em simplesmente aplicar a lei. Porque, na nossa lei, o usuário é um criminoso. Ele só não recebe a pena privativa de liberdade. Então, para um policial, ele é tão criminoso como um cara que cometeu um homicídio. No nosso senso comum [dos policiais], entendemos que o usuário é responsável. Obviamente, ele vira um inimigo para mim. Hoje, eu tenho a consciência de que não é isso.

CC: Como a guerra às drogas aparece para um policial do Denarc no dia a dia? Teve alguma situação que o senhor teve de cumprir e se deparou com essa política repressora?

DSF: A guerra às drogas não é apenas uma guerra às substâncias, ela transforma toda polícia em um exército, em uma força de repressão indiscriminada. Essa situação é uma guerra porque, para você, como policial, o outro vira seu inimigo. E se ele é seu inimigo, numa guerra, ele tem que ser eliminado. Falam que tem que matar traficante, mas o próprio Estado criou o tráfico quando criminalizou [a droga].

CC: Nessa função que você ocupava no Denarc, no setor de inteligência, foi possível entender melhor esse mercado das drogas? As rotas, a lucratividade...dava para perceber como essa guerra às drogas era complicada também do ponto de vista financeiro?

DSF: Tive essa noção a respeito do montante da substância durante a pesquisa acadêmica. Porque, para nós, no Denarc, fazíamos uma operação e apreendíamos 20 quilos de cocaína. Era uma baita operação. Aí fazíamos outra e pegávamos meia tonelada de maconha. E tu pensa que é um baita trabalho, que tirou tudo aquilo do mercado. Mas na pós eu descobri que, por exemplo, só no Rio Grande do Sul, tínhamos por estimativa um consumo de 114 toneladas de maconha. No ano de 2012, o Rio Grande do Sul apreendeu em todas suas forças de segurança cinco toneladas de drogas.

CC: Quer dizer, isso é nada perto do montante que deve girar no mercado...

DSF: Claro, a maior parte dessas cinco toneladas era maconha, mas quer dizer que essa operação não chegou nem a 10%. Então eu costumo trazer um argumento do Drauzio Varella. Os Estados Unidos têm as fronteiras mais vigiadas do mundo, a polícia mais preparada do mundo, gastam 10 bilhões por ano para que a cocaína não entre EUA e, mesmo assim, ela [a cocaína] entra no País. Se eles gastam tudo isso, que é praticamente todo o orçamento da segurança aqui, e não conseguem frear isso, como é que nós vamos fazer?

CC: E, pela sua experiência no Denarc, a guerra às drogas é na maioria das vezes uma guerra a maconha no Brasil?

DSF: A guerra às drogas é uma decisão política, não tem nada a ver com ciência. Para a ciência, todas as drogas são drogas. A ciência não faz distinção entre droga ruim e droga boa, droga licita e droga não licita. A guerra às drogas foi uma questão direcionada à maconha em um momento histórico. Tudo começa lá nos Estados Unidos quando eles queriam criminalizar uma cultura ou um povo. Criminalizaram a maconha porque os mexicanos que estavam chegando lá usavam maconha.

CC: Sobre isso, o senhor disse algo no Congresso Nacional que me chamou atenção. O senhor afirmou que a guerra às drogas não é uma guerra às substâncias, mas uma guerra às pessoas. Por quê?

DSF: Sim, aqui no Brasil é uma guerra racista, higienista. No Brasil sempre existiu a planta da cannabis. Os índios já consumiam isso há muitos anos. A planta também era consumida pelos negros, que foram escravizados e trazidos da África. Mas estudando sobre o assunto você descobre que os negros consumiam a cannabis e os senhores deles permitiram isso porque, como a maconha tem esse efeito analgésico, tranquilizante, isso evitava motim. Está tudo ligado à questão da escravidão no Brasil. Depois, quando houve a abolição da escravatura, o que o Estado foi fazer foi criminalizar o consumo da maconha.

CC: E como o senhor vê essa questão racial hoje em relação à guerra às drogas? Ela ainda existe no Brasil, na sua opinião?

DSF: Sim, uma pessoa que consome, por exemplo, maconha e mora na periferia não é tratada da mesma forma que uma pessoa que mora nos bairros nobres, no centro. Então a questão do racismo é forte. Tem uma pesquisa feita no Rio de Janeiro que mostrou que as ocorrências de drogas feitas no Leblon [bairro valorizado da cidade] eram sempre classificadas como “posse”, e as ocorrências na favela eram, em sua maioria, “tráfico”. Sendo que a quantidade de droga era a mesma.

CC: Como porta-voz da Leap, hoje o senhor é a favor da legalização de todas as drogas?

DSF: Sim. No início da minha curiosidade por esse assunto, eu era a favor só da descriminalização da maconha. Minha dúvida era a questão médica. Porque eu pensava: “Maconha mata, queima neurônio”. Fui buscar informações científicas e vi que não era isso. Tudo depende de qual pessoa vai usar, porque ela vai usar, como ela vai usar e onde ela vai fazer esse uso. O livro do professor Carl Hart, neurocienstista americano, mostra que apenas de 10% a 20% das pessoas que usam qualquer tipo de droga, seja maconha, álcool, nicotina, heroína, podem ter algum problema com a droga. Então a proibição da substância não passa nada pela questão da saúde, é uma decisão política, econômica. É uma questão de geopolítica. A partir do momento em que você criminaliza a cocaína, você criminaliza todo o estado da Colômbia, por exemplo. A Colômbia planta a papoula há séculos, é uma fonte de renda para as pessoas lá, então tem toda uma questão comercial.

CC: O policial civil ou que trabalha em um órgão como o Denarc se enxerga também como vítima dessa decisão política de guerra às drogas ou não?

DSF: Não, os policias não têm essa percepção. Percebi isso na pesquisa também, eles não têm ideia. Você começa a perceber que seus colegas estão morrendo por uma política que não faz sentido nenhum. Como diz a presidenta da Leap, é uma guerra insana e sanguinária. Eles veem apenas um enfrentamento e sabem que têm que matar, e nisso eles correm o risco de morrer. O Direito Penal está banalizado no Brasil. Tudo é crime, tudo é assunto para a polícia. A polícia também está banalizada hoje porque não tem foco. Nós temos que resolver tudo, inclusive a questão das drogas.




Excelente entrevista, parece que em meio a um mar de irracionalidade, de ignorância  (e de interesses velados ?) existem alguns córregos de racionalidade.




Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #87 Online: 17 de Agosto de 2015, 23:31:28 »
Isso acima ainda é uma opiniao de um policial.
Ainda nao vi nada conclusivo que indique que liberar drogas vai diminuir crimes relacionados a drogas.
Nem todo crime do Brasil tem haver com drogas em si. Assaltos, entre outros nao precisam ter associação direta com drogas; teria mais haver com trafico de armas do que drogas, ainda que se possa dizer que em muitos possa ter associação entre uma e outra.

Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.

Sobre questao de racismo no uso de drogas, taria mais pra preconceito social, pois nem todo mundo da favela é necessriamente negro e ainda que fosse nao provaria que alguem é criminalizado por ser negro. E se o problema fosse esse, bastaria aplicar punições pra ricos tambem.

Agora esse policial dizer que lutar contra as drogas é uma guerra sem sentido ou inutil, se for assim lutar contra pirataria é inutil, entao vamos fazer coisas de graça sem ganhar direitos autorais ou tentar evitar que isso o maximo possivel. Lutar contra o assalto é inutila pois precisa dar bolsas-familias, cotas pra pobres, etc. Melhor nem existir policia entao, pra que serve? [se fosse usar essa logica]

Não é porque uma coisa faz parte da natureza (como as plantas usadas pra fazer drogas) que quer dizer que seja necessariamente boa.

Enquanto nao tiver provas definitivas de que liberar drogas vai resolver problema de violencia originado pelo trafico de drogas a questão vai continuar assim -->  :?:



Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #88 Online: 18 de Agosto de 2015, 07:55:21 »
[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

Dilmês?

Offline MarceliNNNN

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #89 Online: 18 de Agosto de 2015, 08:38:11 »
Isso acima ainda é uma opiniao de um policial.
Ainda nao vi nada conclusivo que indique que liberar drogas vai diminuir crimes relacionados a drogas.
Nem todo crime do Brasil tem haver com drogas em si. Assaltos, entre outros nao precisam ter associação direta com drogas; teria mais haver com trafico de armas do que drogas, ainda que se possa dizer que em muitos possa ter associação entre uma e outra.

Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.

Sobre questao de racismo no uso de drogas, taria mais pra preconceito social, pois nem todo mundo da favela é necessriamente negro e ainda que fosse nao provaria que alguem é criminalizado por ser negro. E se o problema fosse esse, bastaria aplicar punições pra ricos tambem.

Agora esse policial dizer que lutar contra as drogas é uma guerra sem sentido ou inutil, se for assim lutar contra pirataria é inutil, entao vamos fazer coisas de graça sem ganhar direitos autorais ou tentar evitar que isso o maximo possivel. Lutar contra o assalto é inutila pois precisa dar bolsas-familias, cotas pra pobres, etc. Melhor nem existir policia entao, pra que serve? [se fosse usar essa logica]

Não é porque uma coisa faz parte da natureza (como as plantas usadas pra fazer drogas) que quer dizer que seja necessariamente boa.

Enquanto nao tiver provas definitivas de que liberar drogas vai resolver problema de violencia originado pelo trafico de drogas a questão vai continuar assim -->  :?:
Portugal está tendo uma boa experiência com a liberação das drogas.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #90 Online: 18 de Agosto de 2015, 12:17:00 »
Esse papo de semântica me incomoda, por inútil às vezes, mas admito que usar a palavra "liberação" acende na cabeça da maioria um farol contra, como se "liberar as drogas" fosse um LIBEROU GERAL, quando teríamos gente cheirando cocaína e fumando maconha pra todo lado.

Prefiro falar em REGULAMENTAÇÃO, pois outras drogas como o tabaco e o álcool são regulamentadas, proibidas para menores e de distribuição e venda restritas; claro que isso não impede menores de beber e fumar, assim como a regulamentação da maconha e outras drogas hoje ilícitas não impediria as pessoas não habilitadas a usá-las, porém serve como um relativo controle ao consumo, dificultando o acesso, pois o controle estatal é eficiente quando se trata de seus interesses financeiros.

E não se trata de acabar com o tráfico, pois ainda existem bebidas ilegais (adulteradas) e cigarros do Paraguai (horríveis) mesmo com a mão do Estado em cima, mas penso que quanto maior a dificuldade, mais o malandro tenta escapulir, e com o combate ao tráfico se intensificando, os que vivem do ilícito estão precisando recorrer ao assalto a banco e explosão de caixa eletrônico, para manter o padrão de vida (tadinhos :twisted:).

Poderemos no começo ter um "boom" de neguinho e branquinho por curiosidade enfiando o pé na jaca, por causa da aparente facilidade, mas se drogas ilícitas tiverem o mesmo tratamento de antibióticos, por exemplo, o acesso não seria assim tão fácil...







GNOSE

Offline Cientista

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #91 Online: 19 de Agosto de 2015, 02:53:45 »
Puxa, gostei muito disso aqui, hein!

Esse papo de semântica me incomoda, por inútil às vezes, mas admito que usar a palavra "liberação" acende na cabeça da maioria um farol contra, como se "liberar as drogas" fosse um LIBEROU GERAL, quando teríamos gente cheirando cocaína e fumando maconha pra todo lado.

Prefiro falar em REGULAMENTAÇÃO, pois outras drogas como o tabaco e o álcool são regulamentadas, proibidas para menores e de distribuição e venda restritas; claro que isso não impede menores de beber e fumar, assim como a regulamentação da maconha e outras drogas hoje ilícitas não impediria as pessoas não habilitadas a usá-las, porém serve como um relativo controle ao consumo, dificultando o acesso, pois o controle estatal é eficiente quando se trata de seus interesses financeiros.

E não se trata de acabar com o tráfico,
Isso!!! O 'baguio' são os TRA-FI-CAN-TES!

pois ainda existem bebidas ilegais (adulteradas) e cigarros do Paraguai (horríveis) mesmo com a mão do Estado em cima,
Mesmo com ou **por causa de**? Uns iladores pelo mundo adoram usar a "impostos alimentam os mercados clandestinos". Bom...  claro que é uma pressão 'lechatelierana' sempre de alguma forma, mas os sistemas são complexos...

mas penso que quanto maior a dificuldade, mais o malandro tenta escapulir,
Será mesmo?...     Hmmm, sei não...

e com o combate ao tráfico se intensificando,
Essa é, talvez, a mais divertida parte, já que até hoje não entendi que negócio é esse de "combate ao tráfico". Agora, combate a traficantes, que é bom e nois gosta(RIA), só enfraquece e ridiculariza. Agora, no Rio, a nova é incrementar a punição por porte de armas restritas.  hahahahahahahahahahahahahahahahah...  Esses sujeitos são os maiores especialistas do mundo em tragicomédia!!!

os que vivem do ilícito estão precisando recorrer ao assalto a banco e explosão de caixa eletrônico, para manter o padrão de vida (tadinhos :twisted:).
E ESSA foi a parte que gostei a que me referi no início!!! Dá ânimo ver quem entende o efeito de uma "intensificação" que leva "escapulimentos". Agora, imagine a extinção total do combate?!!! É bom ver entenderem que o problema de uma sociedade não é uma abstração como o "tráfico", são os, vejam só que coisa surpreendente!!!!!!!!  São os bandidos!!!!  NOOOOOSSA, que revelação!!!!!

Poderemos no começo ter um "boom" de neguinho e branquinho por curiosidade enfiando o pé na jaca,
Hahahahahahha... irretocavelmente politicamente correta!!!

Mas, só no começo?...    Isso, não entendi... Difícil estabelecer o que realmente estabelece estatísticas. Se as proporções dos 'viajantes de primeira e única viagem' são determinadas por "(não/)facilidades"...

por causa da aparente facilidade, mas se drogas ilícitas tiverem o mesmo tratamento de antibióticos, por exemplo, o acesso não seria assim tão fácil...
Tipo as neomicinas e bacitracinas nas pomadinhas sem tarja da vida por aí a 6 merréi?...  Ah, mas elas são inocentes nada evolutivo-desafiadoras de nossas adoráveis inofensivas bacterinhas...   Sempre podemos encontrar uma desculpinha boa para não ver tua irrompante clara visão aqui exposta! Não se vai acabar com nada das "malignidades inerentes ao combate ao tráfico", nem com consumo pelas vias ilegais, apenas abrir-se-á MAIS (uma) a via legal.  LEGAL!!!  VALEU!!!

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #92 Online: 02 de Setembro de 2015, 02:47:56 »
[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

Dilmês?

Johnny Cash ---> Falaciês? Só porque alguém é contra liberação ou não torna ela adepto de Dilma? Pode provar que sou adepto dela? Nem nela votei. JC voce ja foi melhor pra contra-argumentar mas agora ta dando tiro pra todo lado.

Além disso são os esquerdistas que costumam ser mais liberais com relação a drogas. Os direitistas é que nem tanto.


Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #93 Online: 02 de Setembro de 2015, 02:50:16 »
Isso acima ainda é uma opiniao de um policial.
Ainda nao vi nada conclusivo que indique que liberar drogas vai diminuir crimes relacionados a drogas.
Nem todo crime do Brasil tem haver com drogas em si. Assaltos, entre outros nao precisam ter associação direta com drogas; teria mais haver com trafico de armas do que drogas, ainda que se possa dizer que em muitos possa ter associação entre uma e outra.

Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.

Sobre questao de racismo no uso de drogas, taria mais pra preconceito social, pois nem todo mundo da favela é necessriamente negro e ainda que fosse nao provaria que alguem é criminalizado por ser negro. E se o problema fosse esse, bastaria aplicar punições pra ricos tambem.

Agora esse policial dizer que lutar contra as drogas é uma guerra sem sentido ou inutil, se for assim lutar contra pirataria é inutil, entao vamos fazer coisas de graça sem ganhar direitos autorais ou tentar evitar que isso o maximo possivel. Lutar contra o assalto é inutila pois precisa dar bolsas-familias, cotas pra pobres, etc. Melhor nem existir policia entao, pra que serve? [se fosse usar essa logica]

Não é porque uma coisa faz parte da natureza (como as plantas usadas pra fazer drogas) que quer dizer que seja necessariamente boa.

Enquanto nao tiver provas definitivas de que liberar drogas vai resolver problema de violencia originado pelo trafico de drogas a questão vai continuar assim -->  :?:
Portugal está tendo uma boa experiência com a liberação das drogas.

MarceliNNNN ---> Portugal não é o mundo e não dá ainda pra afirmar que uma coisa que dá certo em certa cultura de um país vai dar em outra. E não sei se viu meus posts anteriores postei sites inclusive com informações dadas por médicos sobre ser precipitada a decisão de liberar total as drogas usando como base experiencias nos EUA e Uruguai, isso foi publicado na revista Carta Capital. Eu até postaria o link de novo (ta nas paginas anteriores daqui) mas se toda vez que alguém faz uma afirmação repetitiva for ter que postar tudo de novo, o fórum nunca vai progredir.


Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #94 Online: 02 de Setembro de 2015, 09:55:12 »
[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

Dilmês?

Johnny Cash ---> Falaciês? Só porque alguém é contra liberação ou não torna ela adepto de Dilma? Pode provar que sou adepto dela? Nem nela votei. JC voce ja foi melhor pra contra-argumentar mas agora ta dando tiro pra todo lado.

Além disso são os esquerdistas que costumam ser mais liberais com relação a drogas. Os direitistas é que nem tanto.

O Dilmês não se relaciona a você ser adepto à presidenta ou não. O Dilmês foi usado no meu post para caracterizar o que está escrito por você, em métrica e compreensibilidade. Ou seja, só nomeei o estilo da escrita e pedi confirmação, pois não sei se é percebido por você dessa forma.

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #95 Online: 02 de Setembro de 2015, 11:12:59 »
[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

Dilmês?

Johnny Cash ---> Falaciês? Só porque alguém é contra liberação ou não torna ela adepto de Dilma? Pode provar que sou adepto dela? Nem nela votei. JC voce ja foi melhor pra contra-argumentar mas agora ta dando tiro pra todo lado.

Além disso são os esquerdistas que costumam ser mais liberais com relação a drogas. Os direitistas é que nem tanto.

O Dilmês não se relaciona a você ser adepto à presidenta ou não. O Dilmês foi usado no meu post para caracterizar o que está escrito por você, em métrica e compreensibilidade. Ou seja, só nomeei o estilo da escrita e pedi confirmação, pois não sei se é percebido por você dessa forma.

Manda sugestao pro Aurelio ou outros dicionarios pra ver se esse verbete é aprovado. Se for aprovado...
Agora so nao vi nexo entre ter um argumento anti-droga e Dilma.

 

Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #96 Online: 02 de Setembro de 2015, 11:38:35 »
[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

Dilmês?

Johnny Cash ---> Falaciês? Só porque alguém é contra liberação ou não torna ela adepto de Dilma? Pode provar que sou adepto dela? Nem nela votei. JC voce ja foi melhor pra contra-argumentar mas agora ta dando tiro pra todo lado.

Além disso são os esquerdistas que costumam ser mais liberais com relação a drogas. Os direitistas é que nem tanto.

O Dilmês não se relaciona a você ser adepto à presidenta ou não. O Dilmês foi usado no meu post para caracterizar o que está escrito por você, em métrica e compreensibilidade. Ou seja, só nomeei o estilo da escrita e pedi confirmação, pois não sei se é percebido por você dessa forma.

Manda sugestao pro Aurelio ou outros dicionarios pra ver se esse verbete é aprovado. Se for aprovado...
Agora so nao vi nexo entre ter um argumento anti-droga e Dilma.


 :lol:
 Vou repetir, ou tentar explicar de outra forma, porque eu sou camarada: O nexo entre seu "argumento" quotado, que não tem bem as bases de um argumento, e os discursos da dilma, é o estilo e a incompreensibilidade. Só queria saber se foi proposital ou percebido por você. Foi?


Quotando, de novo, separadamente, pra talvez até outro forista nos ajudar a entender:

[...]
Isso de apenas 10 a 20% é suscetivel ao efeito nocivo das drogas, se poderia usar como analogia o caso da AIDS, segundo fui informado se pessoas fizerem sexo (sem ser anal) tem risco de 18% de pegar AIDS... Mas como saber se voce vai ser o sortudo do 82% ou azarado do 18%? Nao conheço nenhum teste pra saber vulnerabilidade das pessoas as drogas.
[...]

 :biglol: :hihi:
Eu quero participar da discussão com você, mas primeiro é mister que eu entenda o que você diz ou quer dizer. Pode explicar de outra forma? a de cima não da pra mim.
« Última modificação: 02 de Setembro de 2015, 11:41:00 por Johnny Cash »

Offline Criaturo

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #97 Online: 02 de Setembro de 2015, 12:50:00 »
O que me chama a atenção é a evolução geral. A criminalidade aumenta na mesma proporção talvez mais que o encarceramento em todas as modalidades. Isso suporta o que trás o Buckaroo, quanto mais prende, mais aumenta a insegurança. A tendência é tenebrosa.
quanto mais se prende mais solta-se  aumentando ainda mais  insegurança, sem construção de novos presídios para se criar vagas magicas, prende-se um solta-se dois.
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

Amo sofia mas, ela parece fugir de mim, de tão longe faz o meu amor platônico.

Offline Criaturo

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #98 Online: 02 de Setembro de 2015, 13:06:53 »
algumas pessoas reprimidas socialmente não se tornam adeptas ao consumo das  drogas, por temerem  sofrer discriminações morais ja que punições legais são na pratica inexistentes, a legalização negativamente servirá como incentivo a novos adeptos tornando-os dependentes, ja que o viciado acima de tudo da maior importância a droga.
Da mesma forma que o álcool, as drogas podem incentivar homicídios, estupros e assaltos.   
Então será que devemos incentivar a perda da consciência ?
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

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Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #99 Online: 02 de Setembro de 2015, 13:13:38 »
algumas pessoas reprimidas socialmente não se tornam adeptas ao consumo das  drogas, por temerem  sofrer discriminações morais ja que punições legais são na pratica inexistentes, a legalização negativamente servirá como incentivo a novos adeptos tornando-os dependentes, ja que o viciado acima de tudo da maior importância a droga.
Da mesma forma que o álcool, as drogas podem incentivar homicídios, estupros e assaltos.   
Então será que devemos incentivar a perda da consciência ?


Por favor, sem espantalhos desse tipo. Claramente liberar as drogas é diferente de incentivar a perda da consciência ou promover o uso de drogas. Na verdade, a maioria dos propositores da legalização o faz visando obter uma diminuição do uso em médio e longo prazo.


O incentivo deve ser sempre na direção da educação. Sujeitos conscientes, mas não educados, com droga ou sem são mais propensos a dizer e fazer bobeira.

 

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