Autor Tópico: Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...  (Lida 24762 vezes)

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Online Sergiomgbr

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #150 Online: 20 de Outubro de 2015, 23:01:10 »

Falando nisso... Olha em 4:30 minutos

<a href="http://www.youtube.com/v/4OJ-Pmq97Dw&amp;t=4m30s" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/4OJ-Pmq97Dw&amp;t=4m30s</a>
Nooooooooosssss, o cara fazendo apologia ao Joooostin...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #151 Online: 14 de Dezembro de 2015, 13:29:45 »


http://www.snopes.com/rachel-hoffman/



"Wire in her purse". Eu imaginaria que hoje nos EUA algo desse tipo seria extremamente obsoleto, coisa que só se usasse em filmes e séries por ser clichê.

Offline Johnny Cash

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #152 Online: 14 de Dezembro de 2015, 14:10:13 »
"...é por essas e outras que o estado deve acabar. Se houvessem agências privadas, as escutas seriam imperceptíveis e indetectáveis e utilizaríamos apenas informantes voluntários, além de perseguir apenas criminosos que por ventura quisessem ser contraventores (a leis privadas) por livre e espontânea vontade..."

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #153 Online: 16 de Dezembro de 2015, 09:00:33 »
O Cigarro e o Alcool matam muito, são nocivos, causam dependência e alteram o comportamento, e ninguém mata por causa deles, vai pra cadeia, forma cartéis, quadrilhas, etc..., porque não são proibidos. Não importa o quanto faz mal a cocaína mais ou menos que o açucar, o que importa é que proíbida e com tamanha repressão, ela gera uma cadeia de tragédias anunciadas dentro da sociedade.

Pra voce nao importa. Pra mim importa e muitos outros tambem.
E além disso os males em proporção e intensidade esse sao os os principais pontos por se ser anti-drogas.
Usaram até fotos de pessoas (com evidente sintomas de obesidade morbida) que morreram por causa de vicios alimentares como argumento (quase um apelo emocional) como se desse a entender que vicios alimentares causam mais mortes.

E alem disso tem outro fator que nao mencionei:

3) Qual poporção de consumo de drogas e açucar, etc.? Isso conta tambem. Viciados em açucar que consomem alta doses tem problemas de saude em media  mais cedo que os que consomem a mesma quantidade de doses equivalentes?

Se importa pra você, deixa eu entender seu ponto, você é a favor da repressão ao uso e comércio de drogas?

E eu pus antes uma questão: Quem aqui seria a favor da descriminalização (deixar de considerar o consumo como crime) e liberação (liberação da venda das drogas).

Pra 1a eu nao tenho uma opiniao formada de forma definitiva [e ninguem é obrigado a ter opiniao formada sobre tudo], mas de inicio:

Sim --> pra descriminalização do consumo (apesar de que pensar que deveria ser acompanhado de tratamento em caso de vício) mas com um porém: caso fosse notado no usuário alterações de comportamento que possam ser ameaça a outras pessoas, etc.

Não --> pra legalização. Pois com ela, abriria espaço pra que existisse propagandas de drogas.




Legalização de outras drogas que não o cigarro, não implicam em abrir espaço pra que exista propagandas de drogas no rádio ou na TV (que são os meios de massa mais importantes), pois veja que o cigarro (tabaco) é legalizado, mas a sua propaganda é proibida.







Brasil: Governo Proíbe Propaganda de Fumo


São Paulo, 28 de Dezembro de 2000(eHLA). O Governo Federal proibiu a propaganda de cigarros e todos os derivados de fumo. O presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que limita a divulgação desses produtos exclusivamente aos locais de venda e com restrições: a publicidade não poderá associar o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos à prática de atividades esportivas e nem estimular o consumo em situações consideradas abusivas ou perigosas.

Quem violar a lei, além das penas previstas no Código de Defesa do Consumidor, estará sujeito a multas. Os meios de comunicação também serão punidos se veicularem comerciais sobre o fumo. A lei prevê a suspensão da programação das emissoras de rádio e de TV por dez minutos por cada minuto ou fração de comercial veiculado.

A publicidade de cigarros, charutos e assemelhados fica restrita a pôsteres, painéis e cartazes na parte interna dos locais de venda. A proibição de patrocínio de eventos esportivos internacionais e culturais por marcas desses produtos entrará em vigor apenas em 2003. “A propaganda do cigarro foi proibida porque se trata de uma propaganda enganosa, de um produto que faz muito mal à saúde a médio e longo prazo”, declarou o ministro da Saúde, José Serra, por meio de sua assessoria de Imprensa.

Incentivos Fiscais

O governo não vai conceder incentivos fiscais aos Estados e municípios que perderem receitas com a proibição da propaganda de cigarros na TV, no rádio, em revistas e jornais. A possibilidade de compensação financeira, aprovada anteriormente pelo Congresso, foi vetada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi vetada também a garantia de emprego em outras atividades no campo e fomento agrícola para a produção de outras culturas.

Copyright © 2000 eHealth Latin America


http://www.boasaude.com.br/noticias/2127/brasil-governo-proibe-propaganda-de-fumo.html

« Última modificação: 16 de Dezembro de 2015, 09:06:52 por JJ »

Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #154 Online: 04 de Janeiro de 2016, 00:18:45 »
"...é por essas e outras que o estado deve acabar. Se houvessem agências privadas, as escutas seriam imperceptíveis e indetectáveis e utilizaríamos apenas informantes voluntários, além de perseguir apenas criminosos que por ventura quisessem ser contraventores (a leis privadas) por livre e espontânea vontade..."

So uma pergunta: Você é um anarquista? Ou tipo um que acha que deve haver estados particulares, corporações, etc.

Já pensou nas consequências disso aqui Se houvessem agências privadas, as escutas seriam imperceptíveis e indetectáveis e utilizaríamos apenas informantes voluntários, além de perseguir apenas criminosos que por ventura quisessem ser contraventores (a leis privadas) por livre e espontânea vontade ? Ja vi uma coisa parecido a isso em algum filme de ficção cientifica ou seriado de agente secreto.


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #156 Online: 04 de Janeiro de 2016, 01:03:12 »
Legalização de outras drogas que não o cigarro, não implicam em abrir espaço pra que exista propagandas de drogas no rádio ou na TV (que são os meios de massa mais importantes), pois veja que o cigarro (tabaco) é legalizado, mas a sua propaganda é proibida.

O que teoricamente não impede propaganda clandestina/viral que não possa ser facilmente atribuída a ninguém. Não sei de detalhes, mas já ouvi falar de "reuniões secretas" entre produtores e publicitários para tentar encontrar brechas legais ou alternativas.

De qualquer forma, o consumo de tabaco se reduziu consideravelmente, apesar do que quer que tenham concebido como alternativa. (O quanto isso pode ser atribuído a redução na propaganda versus subida nos preços, eu não sei. Imagino que a redução na propaganda traga menos novos fumantes, e a elevação dos preços reduza o fumo dos já viciados)

Contudo, é ainda válida a preocupação com um aumento no consumo de drogas eventualmente legalizadas. Além de talvez haver o efeito das "drogas de entrada" passarem a ser já proporcionalmente mais pesadas, motivado pela busca pelo proibido.

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #157 Online: 28 de Junho de 2016, 10:37:20 »
11 DE JUNHO DE 2015
Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas, nada mais irá
RODRIGO DA SILVA


A discussão em torno da legalização das drogas é provavelmente um dos assuntos mais importantes da nossa geração.

Há pouco tempo, publiquei por aqui a história em quadrinhos “Guerra às Drogas“, do australiano Stuart McMillen. Foi um sucesso. No momento em que escrevo esse texto, mais de 145 mil pessoas já compartilharam a tirinha – do Gilberto Gil até o pessoal do Quebrando o Tabu. E os números continuam aumentando. As discussões são sempre apaixonadas. Ora a favor, ora contra, ora abrindo novas perspectivas e mudando de opinião, ora veementemente discordando.

Caso você ainda não tenha se convencido, ou caso nunca tenha parado pra pensar a respeito, tenho quatro bons motivos pra você ler esse texto antes de sair por aí defendendo essa guerra.

1) A GUERRA ÀS DROGAS É A PRINCIPAL RESPONSÁVEL POR CRIAR AS SUBSTÂNCIAS MAIS PERIGOSAS DE NOSSO TEMPO.


“A química é o demo e quer então nos destruir”

O mercado de drogas é indestrutível. Ao longo dos últimos anos, quanto mais gastamos em repressão, menos conseguimos diminuir seu consumo. Se há algo que podemos aprender com as longas quatro décadas de política de guerra às drogas é que a proibição simplesmente não funciona. As pessoas irão consumir o que querem independente do governo dizer se aquilo deve ser permitido ou não. Funcionou dessa forma quando o café era proibido, não foi diferente com o álcool, não será com outras substâncias.

Ainda assim, a proibição acarreta uma série de consequências diretas e indiretas. A principal delas é jogar todo mercado de drogas na marginalidade, atraindo o interesse de criminosos para o setor, deixando o mercado de forma integral nas mãos de empreendedores pouco preocupados com a qualidade dos produtos que comercializam ou em quebrar qualquer código do consumidor – o resultado disso, como afirma o Nobel de Economia, Milton Friedman, é o nascimento das piores drogas que a humanidade já viu, como o crack, que não teria surgido no último século não fossem as políticas proibicionistas. Além disso, por transformarmos esse mercado em ilegal, forçamos seus empreendedores a gastarem em excesso com segurança própria. O resultado é a criação de drogas com cada vez menor qualidade.

Imagine que você resolva atuar no setor. Além dos constantes subornos a policiais e juízes, terá também que sustentar uma grande e cara coleção de armas de fogo, além de altos salários a seus empregados – afinal de contas, muita grana no bolso é a única coisa que você conseguirá oferecer pra atrair mão de obra num setor com risco de morte e prisão a cada momento. Para manter as vendas, especialmente da população mais pobre, você será forçado a produzir drogas com cada vez pior qualidade. Ou então você quebra.

Não bastasse, como não há leis na ilegalidade, a única maneira de você impor o cumprimento de contratos é recorrendo à justiça com as próprias mãos. Por esse ser um mecanismo pouco efetivo, a tomada violenta de empresas concorrentes (as outras bocas de tráfico), fundamental para aumentar os lucros e o poder de proteção, acaba sendo uma prática comum, criando uma verdadeira guerra civil entre empreendedores. Ou seja, você terá que gastar para se proteger da polícia e de seus concorrentes. O preço final disso tudo será repassado aos que querem consumir o que você produz: drogas cada vez mais caras e de pior qualidade.

2) OLHE AO SEU REDOR, QUEM VOCÊ ACHA QUE PAGA A CONTA MAIS CARA POR ISSO TUDO?


“Não tem mole pro exército, civil nem pra PM”

Olhe ao seu redor, leia os noticiários, veja o que se passa na televisão; você certamente não terá dificuldade em entender quem paga a conta pela guerra às drogas. A proibição alimenta uma verdadeira roda de infortúnios, que atrapalham e estigmatizam uma classe social em especial no país: os mais pobres. E isso é fácil de explicar.

Para ajudar a ilustrar, vamos apelar para os clichês. É pra isso que eles servem, afinal.

Imagine que você mora numa favela no Rio de Janeiro. Sei lá, a Rocinha. Você tem vinte anos, mora com a mãe e pretende montar um negócio próprio. Talvez uma loja de peças automotivas usadas ou um pequeno hortifruti. No momento em que você encara a sopa de letrinhas de impostos e burocracias que tem pela frente, desiste. PIS, Cofins, IR, CSLL, IPI, ICMS, ISS, INSS… Você sequer sabia que tinha tantas letras no alfabeto. Mas aí você se dá conta: a burocracia está aí pra isso. Licenças, regulamentações, altos impostos e outras inúmeras exigências funcionam como grandes barreiras para a entrada dos mais pobres no empreendedorismo. O Estado definitivamente não quer você montando o seu próprio negócio.

E então você observa aquele imenso mercado ao seu redor. Jovens da sua idade banhados de ouro dos pés à cabeça, com status social, atuando num setor em que as imposições estatais são praticamente nulas e as possibilidades de ganho atinge as alturas. É inegável que recorrer a uma atividade ilícita torna-se uma opção viável quando você não sofre determinadas restrições morais.

(E dizer isso tudo não é afirmar que apenas os pobres comercializam drogas ou que não há vida possível longe desse cenário. Aqui, não estamos falando de regras absolutas, mas de incentivos econômicos. E incentivos importam – são eles que desembocam nas estatísticas do dia a dia.)

Mas você ainda é uma minoria aqui. Atualmente, mais de 11,4 milhões de brasileiros vivem num lugar muito parecido com o seu. A maioria esmagadora dessas pessoas não participam desse jogo. Não usam, não comercializam, não possuem qualquer relação direta com as drogas. Ainda assim, vivem no fogo cruzado de uma guerra. A violência policial e a dos envolvidos com as bocas, porém, as balas perdidas, as ameaças, as noites mal dormidas, são apenas um retrato desse cenário. A instabilidade social causada pela violência na favela graças, em parte, à guerra às drogas, carrega uma outra chaga: afasta empresas de montarem seus negócios nesses ambientes. Sem empresas sólidas, sem empregos sólidos. Os destinos são previsíveis: bicos, subempregos, negócios clandestinos sem proteção jurídica, longas horas num transporte coletivo deplorável em busca de empregos longe da favela… A violência e a falta de aparatos institucionais, que se misturam numa bomba econômica assassina, ajudam a transformar a pobreza num estigma da periferia.

As coisas certamente estão melhorando – você há de apontar, com razão. Há empreendedores em ebulição em cada periferia do país. Há grana sendo movimentada, impostos sendo pagos, negócios sendo montados, gente trabalhadora suando a camisa. Mas o jogo não irá mudar definitivamente até que a violência não cesse. E a violência na periferia não dará tréguas enquanto a guerra às drogas permanecer como uma ideia intocável.

3) AINDA NÃO INVENTAMOS UMA MÁQUINA QUE FAÇA NASCER UM POLICIAL DO CHÃO A CADA VEZ QUE UM CRIME É COMETIDO.


“É só tiro, porrada e bomba”

Você certamente sabe disso, mas talvez ainda não tenha se dado conta: o número de policiais em atividade na sua cidade não é infinito. Como ainda não inventamos uma máquina que faça nascer um policial do chão a cada vez que um crime é cometido, o que a guerra às drogas faz é realocar de modo improdutivo o combate ao crime.

Vamos supor que exista uma única força policial em atividade onde você mora, com duas situações acontecendo no mesmo horário em locais absolutamente distantes: a primeira é uma tentativa de assassinato, a segunda é uma denúncia contra um comércio de drogas. Qual caminho a polícia deve seguir? Nos grandes centros, num país com recordes de homicídios como o nosso, essas decisões estão sendo tomadas a cada momento. A guerra às drogas afasta a polícia de combater crimes como assassinatos, assaltos, estupros, sequestros. Não bastasse, a cada vez que um criminoso permanece impune após um ato delinquente, ele adquire incentivos para continuar cometendo esse crime. Imagine que de cada cem homicídios, apenas oito são resolvidos pela polícia. Temos um incentivo e tanto aqui.

A guerra às drogas paralisa a sociedade de diferentes maneiras: desperdiça bilhões em impostos numa luta que jamais atingiu seus objetivos, empodera criminosos através da concessão do monopólio de um mercado bilionário, aumenta de forma desenfreada a população carcerária, congestiona o sistema judiciário, corrompe policiais e juízes, estimula buscas e apreensões ilegais, realoca de modo improdutivo o combate ao crime, pune as populações mais pobres, atrasa o desenvolvimento de medicamentos fundamentais para determinados tratamentos, cria um Estado policial que acredita ter o domínio sobre aquilo que as pessoas ingerem. Não importa de que lado você enxergue esse quadro: os malefícios são mais visíveis que os hipotéticos benefícios.

4) TRAFICANTES NÃO SÃO DIVINDADES COM PODERES SUPERNATURAIS QUE OS PROTEGEM DAS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS.


“Vim pra sabotar seu raciocínio”

Aqui você deve estar se perguntando.

Citar
“Ok, mas e os traficantes? A gente dá um fim nessa guerra e você tentará me convencer que eles irão procurar um emprego, estudar, frequentar a igreja?”

Provavelmente não. Mas eles não são divindades com poderes supernaturais que os protegem das consequências econômicas. A legalização da maconha no Colorado fez o preço da erva nos cartéis mexicanos cair mais de 65% e falir diversos traficantes. Um estudo da RAND Corporation aponta que, caso a maconha fosse legalizada em mais estados americanos, os lucros dos cartéis com a venda da droga poderiam sofrer uma queda de quase 85%, tornando a atividade impraticável economicamente. Em outras palavras: mais dinheiro no mercado legal significa menos dinheiro na mão de criminosos. Quanto menor o poder nas mãos do tráfico, menor a influência política do crime organizado, menor a corrupção policial, menor o poderio militar de grupos como o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (não por acaso, grupos que não defendem a legalização das drogas). Quanto maior o poder nas mãos do mercado legal, mais transparente será o controle de qualidade, mais segura será a comunidade, mais responsável será a nossa relação com o convívio dessas substâncias.

Mas isso não funciona feito mágica. As consequências do uso de substâncias psicoativas guiam um assunto sério. Esse texto não é uma apologia ao uso das drogas. Também não pretende apresentar algo capaz de curar todos os males do mundo da noite para o dia ou defender o fim de punições para crimes como assassinato, assalto ou sequestro. Esse é um convite ao debate à guerra às drogas: sem sectarismos e preconceitos esdrúxulos, guiado pela razão e os incentivos econômicos, sem ignorar os resultados obtidos em regiões que apostaram numa nova fórmula para lidar com a questão.

É preciso amadurecer o debate, quebrar o tabu, entender – como na tirinha do australiano Stuart McMillen – quais dos nossos problemas vêm das drogas em si, e quais problemas vêm das drogas serem ilegais.

RODRIGO DA SILVA

Fonte: http://spotniks.com/guerra-as-drogas/



Concordo plenamente, a guerra às drogas é um bom exemplo de irracionalidade  e  moralismo coletivista vencendo a razão.



Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #158 Online: 28 de Junho de 2016, 10:46:39 »



Jornalistas declaram a falência da guerra às drogas e defendem legalização na Flip


Ioan Grillo e Diego Osorno formaram a mesa que substituiu o encontro com o italiano Roberto Saviano, que enviou um vídeo explicando sua situação




PARATY — A legalização das drogas e a falência do atual modelo de combate ao tráfico foram os dois pontos principais da mesa “Jornalismo de guerrilha”, que reuniu os jornalistas Ioan Grillo, britânico, e Diego Osorno, mexicano, com mediação de Paula Miraglia. O debate substituiu o encontro com o jornalista italiano Roberto Saviano, que na segunda-feira cancelou a vinda à Flip por questões de segurança.O trecho de um vídeo gravado por Saviano foi exibido antes da mesa. Ele explicou que está sempre sujeito a mudanças de última hora na sua vida e que sua ida recente a Casal di Principe, a cidade-sede da máfia napolitana Camorra, exigiu um aumento das suas restrições de deslocamento. O vídeo completo será exibido neste domingo na sessão “Mesa de cabeceira”.

Grillo e Osorno trabalham no México, onde a guerra envolvendo o governo e os cartéis deixam um rastro de violações de direitos humanos das quais o sumiço de 43 estudantes no estado de Guerrero, no ano passado, é a face mais visível. Os dois afirmaram que o crime organizado no país opera como empresas capitalistas extremamente violentas, inclusive contra as comunidades onde estão baseadas. A promiscuidade entre policiais, políticos, empresários e narcotraficantes é enorme, o que dificulta o trabalho jornalístico. Dois anos após começar a atuar, Osorno foi obrigado a deixar o país por questões de segurança.

— Tinha 20 anos, vi a primeira mudança de governo no México depois de um século. Com esse furor, me sentia Bob Woodward (jornalista do caso “Watergate”) investigando questões políticas e econômicas. Mas no meu país, quando se faz isso, sempre se chega no crime organizado. Fui obrigado a deixar o México quando cheguei num governador e num chefe de cartel. É um problema estrutural — afirmou o jornalista mexicano. — As drogas não são uma questão policial, são uma questão de economia, saúde e política. Eu vivo no país vizinho dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de cocaína. Se os Estados Unidos ficar uma semana sem abastecimento de cocaína, que vem do México, será um problema de segurança nacional. Há um estudo do Departamento de Defesa sobre isso.

Osorno aponta que o modelo de guerra às drogas, em vigor há 40 anos, já se esgotou. Ele ressaltou que o México, a Colômbia e os países da América Central não têm uma política própria para o tema, apenas seguem as instruções determinadas pelos Estados Unidos. O jornalista chama atenção de que as práticas defendidas pelos EUA no exterior não são utilizadas internamente.

— México e Colômbia são obrigados a colocar barreiras nas estradas e hoje as pessoas acham normal seus carros serem revistados por militares. Nos Estados Unidos não fazem isso. A droga sai do Texas e vai para Nova York por quilômetros de estradas e ninguém revista nada. É um absurdo. No nível internacional, esta mentalidade está mudando. Fernando Henrique Cardoso é um ator chave nessa virada global. Em abril do próximo ano, a assembleia geral da ONU vai discutir a descriminalização da maconha e da cocaína, há uma equipe de especialistas revendo os modelos implantados em Portugal, na Holanda e no Uruguai. É um passo importante.



Leia mais sobre esse assunto em

http://oglobo.globo.com/cultura/livros/jornalistas-declaram-falencia-da-guerra-as-drogas-defendem-legalizacao-na-flip-16667192#ixzz4CssT38Lx



« Última modificação: 28 de Junho de 2016, 11:28:48 por JJ »

Rhyan

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #159 Online: 01 de Julho de 2016, 00:56:28 »
Os policiais e juízes que rejeitam “Guerra às Drogas”

Desponta no Brasil organização de agentes da lei que vivem quotidiano das ações proibicionistas e dizem que, além de ineficientes, elas servem para criminalizar os mais pobres

Por Luiza Sansão, na Ponte

“Sou coronel inativo na Polícia Militar, onde trabalhei por 33 anos, fui chefe do Estado-Maior Geral da PM e comandei batalhão, sempre com aquela ideia de que nós precisávamos combater os traficantes e, principalmente, os usuários. Percebi que o trabalho que nós fazíamos era como enxugar gelo. E eu pergunto: para quê? Por que tanta gente morta? Qual é a finalidade disso?”, conta o coronel reformado da PM Jorge da Silva.

Em busca de respostas, o coronel resolveu cursar Ciências Sociais “para refletir”. Hoje professor aposentado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Silva tornou-se um dos porta-vozes do ramo brasileiro da Law Enforcement Against Prohibition, associação de agentes da lei contra a proibição das drogas.

“O proibicionismo é um modelo macabro, que produz mortes principalmente de pessoas pobres, que não têm voz e morrem como baratas no Brasil inteiro”, afirmou, em 24/11, durante o seminário “Drogas: Legalização + Controle”, uma iniciativa da Leap Brasil e do Fórum Permanente de Direitos Humanos da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Para Silva, legalizar não significa liberar. “Liberado é como está hoje. Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mercado mundial de drogas”, afirma.

A Leap foi criada para dar voz a integrantes ou ex-integrantes da polícia e do sistema penal, que, vivendo na pele a política de guerra às drogas, decidiram “falar claramente sobre a necessidade da legalização e consequente regulamentação da produção, do comércio e consumo de todas as drogas”, explicou o delegado Orlando Zaccone, na abertura do evento.

Segundo Zaccone, a LEAP Brasil possui, hoje, 236 membros, dos quais 167 são policiais, a maioria deles na ativa. A entidade está presente em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, e conta com 1250 apoiadores. “Nós defendemos a legalização de todas as drogas. E sabem por quê? Porque nós somos ‘maus’”, ironizou Zaccone. “E somos ‘maus’ porque os ‘bons’ têm produzido um dos maiores genocídios da História”, completou.

Mãos sujas

“Estou muito cansado de ver policiais morrendo”, afirmou o detetive inspetor Francisco Chao, que atua há 19 anos na Polícia do Rio, com passagem por unidades como a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). “Eu gostaria muito, antes de me aposentar na polícia, e faltam dez anos, de ver o fim da insanidade dessa guerra, que não interessa à polícia e nem à sociedade.”

Chao, que fez uma participação no filme Tropa de Elite 2, contou que a guerra às drogas do mundo real é muito diferente do cinema, e não só porque “sangue cenográfico não fede”, mas principalmente porque a violência e a corrupção apagam as fronteiras entre mocinhos e vilões. “O informante da droga, a gente não encontra na igreja. Ele é um informante sujo, e não tem como mexer com sujeira sem sujar as mãos.”

Para o delegado Thiago Luís Martins, que durante três anos atuou na Delegacia de Combate as Drogas (DCOD) do Rio, o modelo proibicionista está na raiz dos abusos cometidos pelas polícias contra os moradores de favelas e periferias, embora o discurso oficial prefira culpar os indivíduos. “Quando a polícia mata um trabalhador, esse discurso parte da ideia de que o problema não é da política de combate às drogas, mas, sim, de um policial bandido que está na corporação, o que não é verdade”, afirmou.

A causa, segundo Martins, está numa segurança pública que opera pela lógica da guerra. O delegado afirma que o estresse dos confrontos é tão grande que há casos de policiais que “surtam” e disparam contra os próprios colegas. “Em tiroteio na favela, ninguém sabe quem atirou em quem”, disse. “A morte de inocentes, o policial que perde a noção na hora do combate e acaba se excedendo, são fenômenos produzidos pela guerra.”

Falando sobre as origens do proibicionismo, Martins disse que a separação entre drogas lícitas e ilícitas não se baseou em critérios científicos, e, sim, em preconceitos. O modelo proibicionista adotado pelo mundo nasceu nos Estados Unidos, onde, a partir dos anos 1920, o governo passou a proibir substâncias associadas, no imaginário americano, a grupos sociais marginalizados: a maconha, relacionada aos mexicanos; o ópio, aos chineses; e a cocaína, aos negros. “O racismo, a discriminação e o preconceito orientam a política antidrogas desde o seu início”, afirmou.

Em outros países

Também participaram do debate, entre outros, a médica Raquel Peyraube, assessora do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis, órgão do governo uruguaio responsável pela política de regulação do mercado de maconha do país, e o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que falou sobre a experiência portuguesa com a descriminalização de todas as drogas.

Na sua fala, Peyraube deu a entender que a liberação da maconha no Uruguai pode ser apenas o começo. “Concordo com a posição da LEAP de que todas as drogas deveriam ser legalizadas, e estamos trabalhando para isso. Mas, culturalmente e politicamente, é muito difícil”, afirmou.

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #160 Online: 01 de Julho de 2016, 13:22:39 »
Os policiais e juízes que rejeitam “Guerra às Drogas”

Desponta no Brasil organização de agentes da lei que vivem quotidiano das ações proibicionistas e dizem que, além de ineficientes, elas servem para criminalizar os mais pobres

Por Luiza Sansão, na Ponte

“Sou coronel inativo na Polícia Militar, onde trabalhei por 33 anos, fui chefe do Estado-Maior Geral da PM e comandei batalhão, sempre com aquela ideia de que nós precisávamos combater os traficantes e, principalmente, os usuários. Percebi que o trabalho que nós fazíamos era como enxugar gelo. E eu pergunto: para quê? Por que tanta gente morta? Qual é a finalidade disso?”, conta o coronel reformado da PM Jorge da Silva.

Em busca de respostas, o coronel resolveu cursar Ciências Sociais “para refletir”. Hoje professor aposentado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Silva tornou-se um dos porta-vozes do ramo brasileiro da Law Enforcement Against Prohibition, associação de agentes da lei contra a proibição das drogas.

“O proibicionismo é um modelo macabro, que produz mortes principalmente de pessoas pobres, que não têm voz e morrem como baratas no Brasil inteiro”, afirmou, em 24/11, durante o seminário “Drogas: Legalização + Controle”, uma iniciativa da Leap Brasil e do Fórum Permanente de Direitos Humanos da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Para Silva, legalizar não significa liberar. “Liberado é como está hoje. Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mercado mundial de drogas”, afirma.

A Leap foi criada para dar voz a integrantes ou ex-integrantes da polícia e do sistema penal, que, vivendo na pele a política de guerra às drogas, decidiram “falar claramente sobre a necessidade da legalização e consequente regulamentação da produção, do comércio e consumo de todas as drogas”, explicou o delegado Orlando Zaccone, na abertura do evento.

Segundo Zaccone, a LEAP Brasil possui, hoje, 236 membros, dos quais 167 são policiais, a maioria deles na ativa. A entidade está presente em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, e conta com 1250 apoiadores. “Nós defendemos a legalização de todas as drogas. E sabem por quê? Porque nós somos ‘maus’”, ironizou Zaccone. “E somos ‘maus’ porque os ‘bons’ têm produzido um dos maiores genocídios da História”, completou.

Mãos sujas

“Estou muito cansado de ver policiais morrendo”, afirmou o detetive inspetor Francisco Chao, que atua há 19 anos na Polícia do Rio, com passagem por unidades como a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). “Eu gostaria muito, antes de me aposentar na polícia, e faltam dez anos, de ver o fim da insanidade dessa guerra, que não interessa à polícia e nem à sociedade.”

Chao, que fez uma participação no filme Tropa de Elite 2, contou que a guerra às drogas do mundo real é muito diferente do cinema, e não só porque “sangue cenográfico não fede”, mas principalmente porque a violência e a corrupção apagam as fronteiras entre mocinhos e vilões. “O informante da droga, a gente não encontra na igreja. Ele é um informante sujo, e não tem como mexer com sujeira sem sujar as mãos.”

Para o delegado Thiago Luís Martins, que durante três anos atuou na Delegacia de Combate as Drogas (DCOD) do Rio, o modelo proibicionista está na raiz dos abusos cometidos pelas polícias contra os moradores de favelas e periferias, embora o discurso oficial prefira culpar os indivíduos. “Quando a polícia mata um trabalhador, esse discurso parte da ideia de que o problema não é da política de combate às drogas, mas, sim, de um policial bandido que está na corporação, o que não é verdade”, afirmou.

A causa, segundo Martins, está numa segurança pública que opera pela lógica da guerra. O delegado afirma que o estresse dos confrontos é tão grande que há casos de policiais que “surtam” e disparam contra os próprios colegas. “Em tiroteio na favela, ninguém sabe quem atirou em quem”, disse. “A morte de inocentes, o policial que perde a noção na hora do combate e acaba se excedendo, são fenômenos produzidos pela guerra.”

Falando sobre as origens do proibicionismo, Martins disse que a separação entre drogas lícitas e ilícitas não se baseou em critérios científicos, e, sim, em preconceitos. O modelo proibicionista adotado pelo mundo nasceu nos Estados Unidos, onde, a partir dos anos 1920, o governo passou a proibir substâncias associadas, no imaginário americano, a grupos sociais marginalizados: a maconha, relacionada aos mexicanos; o ópio, aos chineses; e a cocaína, aos negros. “O racismo, a discriminação e o preconceito orientam a política antidrogas desde o seu início”, afirmou.

Em outros países

Também participaram do debate, entre outros, a médica Raquel Peyraube, assessora do Instituto de Regulação e Controle da Cannabis, órgão do governo uruguaio responsável pela política de regulação do mercado de maconha do país, e o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que falou sobre a experiência portuguesa com a descriminalização de todas as drogas.

Na sua fala, Peyraube deu a entender que a liberação da maconha no Uruguai pode ser apenas o começo. “Concordo com a posição da LEAP de que todas as drogas deveriam ser legalizadas, e estamos trabalhando para isso. Mas, culturalmente e politicamente, é muito difícil”, afirmou.



Uma luz  (de racionalidade)  na escuridão.  Infelizmente eu acho que a irracionalidade ainda irá  dominar  por muitos anos, e que muita gente ainda morrerá (ou será presa) por causa disso.






Offline Agnoscetico

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #161 Online: 03 de Julho de 2016, 00:09:35 »
Agora parece que traficante tem apoio até de deus:

Aproveitando gancho sobre traficantes, trafico, etc, já sabem dos traficantes evangelicos?

<a href="https://www.youtube.com/v/mQpXk8HcOrY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/mQpXk8HcOrY</a>

Até traficante Beira mar teve curso de teologia financiado por igreja batista:

<a href="https://www.youtube.com/v/ZESMx5wG_2U" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/ZESMx5wG_2U</a>

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #162 Online: 03 de Julho de 2016, 06:33:58 »
Citar
Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mercado mundial de drogas”

É,  nos últimos anos vimos como o estado é  eficiente no controle de verbas e prestação  de serviços.

O cara tem razão,  em pouco tempo acabariam  com o mercado de drogas e o preço  seria proibitivo. :lol:

Talvez racionem as drogas por falta de produção  na estatal deficitária  :lol:

Só  acho que não acabaria com o tráfico pois o controle do mercado passaria para as mãos, por exemplo, dos amigos de certa figura pública que tem relações  muito boas com o Imorales que é presidente do maior produtor mundial. :lol:
« Última modificação: 03 de Julho de 2016, 09:34:38 por Arcanjo Lúcifer »

Rhyan

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #163 Online: 04 de Julho de 2016, 04:26:34 »
Erram, mas o erro é menor que a proibição. Antes regulado que proibido.

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #164 Online: 04 de Julho de 2016, 12:01:58 »
Citar
Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mercado mundial de drogas”

É,  nos últimos anos vimos como o estado é  eficiente no controle de verbas e prestação  de serviços.

O cara tem razão,  em pouco tempo acabariam  com o mercado de drogas e o preço  seria proibitivo. :lol:

Talvez racionem as drogas por falta de produção  na estatal deficitária  :lol:

Só  acho que não acabaria com o tráfico pois o controle do mercado passaria para as mãos, por exemplo, dos amigos de certa figura pública que tem relações  muito boas com o Imorales que é presidente do maior produtor mundial. :lol:


Será que a proposta deles de  controle do Estado  implicaria  necessariamente em estatizar ?

Se for, seria uma  tolice.  Mas talvez seja um controle do tipo que se tem em relação ao tabaco (que na verdade eu acho exagerado, e que incentiva o contrabando, por causa dos impostos extorsivos).



« Última modificação: 04 de Julho de 2016, 12:11:09 por JJ »

Offline Onsigbare

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #165 Online: 04 de Julho de 2016, 17:19:42 »
O tráfico só existe pela proibição, isto é fato. Não precisa liberar nada, é só não proibir. Liberar só existe pelo proibir.
Overdose de água mata! :hihi:
Proibir é o grande trunfo das religiões, para o povo que gosta de estar reprimido.
Proibir sempre foi o maior embuste.
Quem respeita o proibir, pode acabar respeitando todos os chicotes do poder.

A "regra é essa"! :stunned:

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #166 Online: 04 de Julho de 2016, 17:30:20 »
Citar
Nossa proposta é legalizar sob o controle do Estado, e não do mercado mundial de drogas”

É,  nos últimos anos vimos como o estado é  eficiente no controle de verbas e prestação  de serviços.

O cara tem razão,  em pouco tempo acabariam  com o mercado de drogas e o preço  seria proibitivo. :lol:

Talvez racionem as drogas por falta de produção  na estatal deficitária  :lol:

Só  acho que não acabaria com o tráfico pois o controle do mercado passaria para as mãos, por exemplo, dos amigos de certa figura pública que tem relações  muito boas com o Imorales que é presidente do maior produtor mundial. :lol:


Será que a proposta deles de  controle do Estado  implicaria  necessariamente em estatizar ?

Se for, seria uma  tolice.  Mas talvez seja um controle do tipo que se tem em relação ao tabaco (que na verdade eu acho exagerado, e que incentiva o contrabando, por causa dos impostos extorsivos).





Bom, levando em consideração  que toda vez que falam em "democratizar a mídia " ou "democratizar tal coisa" ou .....   .....o resultado é  mais uma estatal, então  posso dizer com certeza que esse "controle do estado" é sinônimo  de mais uma estatal.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #167 Online: 04 de Julho de 2016, 17:42:27 »
O tráfico só existe pela proibição, isto é fato. Não precisa liberar nada, é só não proibir. Liberar só existe pelo proibir.
Overdose de água mata! :hihi:
Proibir é o grande trunfo das religiões, para o povo que gosta de estar reprimido.
Proibir sempre foi o maior embuste.
Quem respeita o proibir, pode acabar respeitando todos os chicotes do poder.

A "regra é essa"! :stunned:


Não,  colega.

Tráfico existe porque o único custo do traficante é  pagar fornecedores e por isso pode ter mais lucro que qualquer empresa privada ou estatal que paga direitos trabalhistas e impostos.

Qualquer empresa legalizada nunca vai conseguir competir em preço  com um produto ilegal e a prova, só  como exemplo, é cque o Brasil é  o paraíso  da pirataria de dvds e programas de computador.

Existe o mercado legal e mesmo assim existe pirataria a rodo.

Imagine  por exemplo,  se o pessoal da Cracolândia em SP vai deixar de consumir seu crack feito no fundo do quintal de alguém para consumir um produto legalizado pelo dobro ou triplo do preço.

E legalizado a venda vc só  facilita a vida do Beira Mar pois vai continuar existindo tráfico,  brigas entre quadrilhas pelo ponto de venda, otários fazendo tráfico para sustentar o vício e tudo que já  existe hoje.

Rhyan

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #168 Online: 05 de Julho de 2016, 00:39:24 »
Colorado não só acabou com o tráfico local de maconha como afetou a produção no México. Os carteis mexicanos ao invés de exportarem maconha, estão importando. Arcanjo, você ignorou a qualidade da droga legal e toda tranquilidade do mercado não-violento. Tem muita gente que topaia pagar a mais por uma maconha melhor e/ou pra evitar subir o morro.

O problema de DVDs, cigarros, etc, é a quantidade de impostos. Mas o contrabando sempre foi muito menos problemático que o tráfico de entorpecentes, não dá nem pra comparar. E se tiver muito imposto na maconha, é só usuário plantar na sua casa.

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #169 Online: 05 de Julho de 2016, 07:09:39 »
Colorado não só acabou com o tráfico local de maconha como afetou a produção no México. Os carteis mexicanos ao invés de exportarem maconha, estão importando. Arcanjo, você ignorou a qualidade da droga legal e toda tranquilidade do mercado não-violento. Tem muita gente que topaia pagar a mais por uma maconha melhor e/ou pra evitar subir o morro.

O problema de DVDs, cigarros, etc, é a quantidade de impostos. Mas o contrabando sempre foi muito menos problemático que o tráfico de entorpecentes, não dá nem pra comparar. E se tiver muito imposto na maconha, é só usuário plantar na sua casa.


E melhor ainda se não tiver muito imposto, aliás  legalizar  e  tascar um monte de imposto em cima seria um mau negócio, pois se tiver muito imposto ainda haverá incentivo para existência do mercado negro, e ainda haverá poder significativo para os agentes estatais venderem facilidades.


O ideal é que o imposto seja Zero ou no máximo um baixo imposto na faixa de 10%.


« Última modificação: 05 de Julho de 2016, 07:33:00 por JJ »

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #170 Online: 05 de Julho de 2016, 07:19:45 »
O tráfico só existe pela proibição, isto é fato. Não precisa liberar nada, é só não proibir. Liberar só existe pelo proibir.
Overdose de água mata! :hihi:
Proibir é o grande trunfo das religiões, para o povo que gosta de estar reprimido.
Proibir sempre foi o maior embuste.
Quem respeita o proibir, pode acabar respeitando todos os chicotes do poder.

A "regra é essa"! :stunned:


Não,  colega.

Tráfico existe porque o único custo do traficante é  pagar fornecedores e por isso pode ter mais lucro que qualquer empresa privada ou estatal que paga direitos trabalhistas e impostos.

Qualquer empresa legalizada nunca vai conseguir competir em preço  com um produto ilegal e a prova, só  como exemplo, é cque o Brasil é  o paraíso  da pirataria de dvds e programas de computador.

Existe o mercado legal e mesmo assim existe pirataria a rodo.

Imagine  por exemplo,  se o pessoal da Cracolândia em SP vai deixar de consumir seu crack feito no fundo do quintal de alguém para consumir um produto legalizado pelo dobro ou triplo do preço.

E legalizado a venda vc só  facilita a vida do Beira Mar pois vai continuar existindo tráfico,  brigas entre quadrilhas pelo ponto de venda, otários fazendo tráfico para sustentar o vício e tudo que já  existe hoje.


Arcanjo,

Os custos de uma atividade que é criminalizada como o comércio de drogas não são baixinhos, veja que  eles não pagam impostos, mas tem que pagar propinas para agentes estatais (normalmente os policiais, agentes, delegados, até oficiais comandantes, etc),  veja também que eles tem que gastar com armas caras (um fuzil no mercado negro não é baratim..  :D ),  eles tem que pagar soldados do tráfico (também não é baratim*  :D , pois não dá para incentivar pessoas a trabalharem por um SM  mensal num negócio com alto risco de levar bala ...  :D), sem falar no risco do gerente do tráfico morrer numa disputa por pontos de tráfico (qual o custo da própria vida ? ...  :D ), então não se engane  há vários custos envolvidos num comércio que é criminalizado.

Aí você pode perguntar : Se os custos são tão altos como é que o negócio compensa ?  Aí é que entra  uma vantagem que a criminalização origina, que é o fato de traficantes terem seu território exclusivo para o comércio de seu produto, neste território não há concorrência (quando algum outro tenta concorrer temos as disputas violentas, que normalmente terminam com mortes e não com acordos amigáveis).  Então os preços tendem a ser mais caros do que num mercado livre (legalizado).





*eu sei que é baratinho a forma correta
« Última modificação: 05 de Julho de 2016, 07:31:09 por JJ »

Offline JJ

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #171 Online: 05 de Julho de 2016, 07:36:59 »
Colorado não só acabou com o tráfico local de maconha como afetou a produção no México. Os carteis mexicanos ao invés de exportarem maconha, estão importando. Arcanjo, você ignorou a qualidade da droga legal e toda tranquilidade do mercado não-violento. Tem muita gente que topaia pagar a mais por uma maconha melhor e/ou pra evitar subir o morro.



Conheço usuário de maconha que prefiriria bastante pagar um pouco mais e poder comprar com tranquilidade no mesmo lugar em que compra cigarro (comum de tabaco)  do que ter que ir  com receio numa boca de fumo.



Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #172 Online: 05 de Julho de 2016, 17:32:35 »
Colorado não só acabou com o tráfico local de maconha como afetou a produção no México. Os carteis mexicanos ao invés de exportarem maconha, estão importando. Arcanjo, você ignorou a qualidade da droga legal e toda tranquilidade do mercado não-violento. Tem muita gente que topaia pagar a mais por uma maconha melhor e/ou pra evitar subir o morro.

O problema de DVDs, cigarros, etc, é a quantidade de impostos. Mas o contrabando sempre foi muito menos problemático que o tráfico de entorpecentes, não dá nem pra comparar. E se tiver muito imposto na maconha, é só usuário plantar na sua casa.

O México é  aquele país onde é  moda traficante usar motoserra para cortar a cabeça  do traficante rival.

E o que vc diz e que destaquei é  exatamente o que afirmo, liberação  não  acaba com tráfico, brigas entre traficantes e crimes de morte.

E se o custo do tráfico fosse tão alto os chefes não  seriam bilionários  como o Pablo Escobar era.
« Última modificação: 05 de Julho de 2016, 17:34:46 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #173 Online: 05 de Julho de 2016, 17:38:02 »
O tráfico só existe pela proibição, isto é fato. Não precisa liberar nada, é só não proibir. Liberar só existe pelo proibir.
Overdose de água mata! :hihi:
Proibir é o grande trunfo das religiões, para o povo que gosta de estar reprimido.
Proibir sempre foi o maior embuste.
Quem respeita o proibir, pode acabar respeitando todos os chicotes do poder.

A "regra é essa"! :stunned:


Não,  colega.

Tráfico existe porque o único custo do traficante é  pagar fornecedores e por isso pode ter mais lucro que qualquer empresa privada ou estatal que paga direitos trabalhistas e impostos.

Qualquer empresa legalizada nunca vai conseguir competir em preço  com um produto ilegal e a prova, só  como exemplo, é cque o Brasil é  o paraíso  da pirataria de dvds e programas de computador.

Existe o mercado legal e mesmo assim existe pirataria a rodo.

Imagine  por exemplo,  se o pessoal da Cracolândia em SP vai deixar de consumir seu crack feito no fundo do quintal de alguém para consumir um produto legalizado pelo dobro ou triplo do preço.

E legalizado a venda vc só  facilita a vida do Beira Mar pois vai continuar existindo tráfico,  brigas entre quadrilhas pelo ponto de venda, otários fazendo tráfico para sustentar o vício e tudo que já  existe hoje.


Arcanjo,

Os custos de uma atividade que é criminalizada como o comércio de drogas não são baixinhos, veja que  eles não pagam impostos, mas tem que pagar propinas para agentes estatais (normalmente os policiais, agentes, delegados, até oficiais comandantes, etc),  veja também que eles tem que gastar com armas caras (um fuzil no mercado negro não é baratim..  :D ),  eles tem que pagar soldados do tráfico (também não é baratim*  :D , pois não dá para incentivar pessoas a trabalharem por um SM  mensal num negócio com alto risco de levar bala ...  :D), sem falar no risco do gerente do tráfico morrer numa disputa por pontos de tráfico (qual o custo da própria vida ? ...  :D ), então não se engane  há vários custos envolvidos num comércio que é criminalizado.

Aí você pode perguntar : Se os custos são tão altos como é que o negócio compensa ?  Aí é que entra  uma vantagem que a criminalização origina, que é o fato de traficantes terem seu território exclusivo para o comércio de seu produto, neste território não há concorrência (quando algum outro tenta concorrer temos as disputas violentas, que normalmente terminam com mortes e não com acordos amigáveis).  Então os preços tendem a ser mais caros do que num mercado livre (legalizado).





*eu sei que é baratinho a forma correta

Todo chefe de tráfico é  bilionário, o Beira Mar arrumaria um emprego se não valesse a pena.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Se esses 4 motivos não te convencerem quão estúpida é a guerra às drogas...
« Resposta #174 Online: 05 de Julho de 2016, 17:44:20 »
Colorado não só acabou com o tráfico local de maconha como afetou a produção no México. Os carteis mexicanos ao invés de exportarem maconha, estão importando. Arcanjo, você ignorou a qualidade da droga legal e toda tranquilidade do mercado não-violento. Tem muita gente que topaia pagar a mais por uma maconha melhor e/ou pra evitar subir o morro.



Conheço usuário de maconha que prefiriria bastante pagar um pouco mais e poder comprar com tranquilidade no mesmo lugar em que compra cigarro (comum de tabaco)  do que ter que ir  com receio numa boca de fumo.




E quase toda semana passo lá  perto da Cracolândia a trabalho, posso dizer que qualquer nóia  de lá pode tentar te matar por uma cheirada ou uma ervinha.

Os caras que vc conhece são a minoria.


 

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