O fato é que o povão lá, como aqui, tá de saco cheio do status quo, do tal establishment. Principalmente os brancos de meia idade que estão morrendo por lá de over dose numa das maiores epidemias de droga dos últimos tempos, além de vários outros seguimentos da sociedade que se veem excluídos da globalização em uma das maiores concentrações de renda da história do mundo. Aqui chegaram até a escolher um evangélico fanático pra ser prefeito do Rio, uma das principais cidade do país. Lá, as principais escolhas "anti-sistema" eram Trump e Sanders, sendo que este segundo foi eliminado antes apesar de todo alvoroço que criou. Restou Trump, e o povo, de saco cheio do mesmo de sempre, foi com ele. Reflexos da crise sistêmica e da implosão do projeto de globalização, tal como o Brexit.
O que ocorreu no Rio (e está ocorrendo no Brasil) é diferente do que ocorreu no Brexit e na eleição americana.
Mas eu meio que concordo com você. Eu acho que nós estamos chegando ao fim de uma era. Acho que isso só não é totalmente evidente pelo fato de nós estarmos no meio do processo.
O que não dá é não tratar Trump como o escroque que ele é.
E tenha em mente que nosso lugar no universo não é algo garantido e o futuro não necessariamente vai ser melhor.