Buckaroo, Olavo de Carvalho realmente defende o ativismo das Forças Armadas, mas como garantidor de última instância do cumprimento da ordem constitucional. Todavia, eu confesso que não entendo bem como ele defende que ficaria a aplicação disso na prática.
Não acho que isso ficou claro nesses dois últimos quotes seus. No penúltimo, Olavo poderia dizer em sua defesa que ele apenas não queria que aqueles que saíram com faixas pedindo intervenção militar fossem chamados de autoritários e fascistas, pois seria compreensível o que eles faziam. No último, ele poderia estar sugerindo que, devido ao fato que ele mencionou, os militares entendessem que eles deveriam estar dispostos a romper com a hierarquia de comando em relação à presidência quando for necessário.
Apesar de tudo, não nego que Olavo é bastante ambíguo. Por um lado, ele aparenta ver seus inimigos políticos petistas como brilhantes estrategistas capazes de dar golpes de Estado usando planos maquiavélicos quase invisíveis (aos olhos do cidadão médio brasileiro), desses que só poderiam ser contidos com intervenção militar. Por outro, o filósofo parece acreditar que, com a massa organizada e ativismo judicial, seria possível driblar as armadilhas das instituições que ele julga estar aparelhadas, prostituídas e apodrecidas pelo petismo (STF, TSE, etc.):
"Em 2015 expliquei que, para livrar-nos do governo Dilma e do PT, o melhor era seguir a via judicial, mediante uma tempestade de processos dirigidos não ao TSE, mas à justiça comum, CONTRA o TSE, acusando-o de conspirar em segredo para enganar os eleitores brasileiros, que foram votar sem saber que a apuração seria secreta. Essa estratégia não poderia jamais ser explorada contra o Brasil na esfera internacional, de vez que, por um lado, não se tratava de luta partidária e sim de questão criminal comum, e, de outro, seria vista com simpatia em muitos países que já estavam processando a Smartmatic, empresa parceira do TSE na fraude."
"Convivo com advogados desde a infância. Sempre que você quer abrir um processo, reivindicar um direito, fazer qualquer coisa por meio da Justiça, a primeira resposta deles é: "Não dá." E ainda fazem aquela cara de superioridade para levar você a se sentir um idiota. A verdade é que SEMPRE há uma brecha nas leis para quem quer fazer a coisa certa."
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