O raciocínio, ou falta dele, parece ser de que as coisas se resolvem na canetada e em boas intenções, numa análise muito superficial.
As pessoas ganham pouco? Exija-se um mínimo mais alto, e então, abracadabra, todos ganham esses vão ganhar mais.
Ironicamente talvez também tenha alguma relação com tendências naturais a moral deontológica, apesar da ideologia esquerdista ser mais utilitarista. Rejeição a uma ação mais direta aparentemente "má" ("baixar o salário dos mais pobres"), por um bem maior, "de todos" (redução do desemprego dos mais pobres ainda).
Eles vão no entanto ter alguma dificuldade em racionalizar o por que não ter SMs arbitrariamente elevados, ainda que tenha mesmo uns que defendam. Mas acho que a maioria aceita que "aí também não, já é demais". Só não sei se pensam isso por uma noção de inviabilidade econômica ou de achar que é uma subversão muito grande do status quo, da hierarquia social.
Mas também deve ter aqueles que enxergam mesmo a coisa apenas pela ótica corporativista, de proteção de mercado dos mais qualificados, que, evidentemente, não propagandearão a coisa assim, mas como benéfica mesmo àqueles que na verdade fazem o sacrifício para manter ou elevar os salários daqueles já mais privilegiados.
Dando uma colher de chá, gostaria de ver melhor análise sobre a possibilidade de se conseguir obter um efeito de ser uma "catraca" impedindo uma "corrida para baixo" nos salários, com algo mínimo o suficiente. Que não será um "mínimo para manter a família", pois simplesmente não é possível querer esperar que toda e qualquer possível atividade pela qual alguém possa pagar algo a outrem vá ser suficiente para garantir o sustento de toda a família ou mesmo o próprio. Naturalmente haverá atividades de apenas renda complementar, ou, "precária", tal como aquela das pessoas que ganham BF.