"a metodologia de datação radiométrica é uma ciência de grande precisão no que diz respeito às técnicas. Obviamente, podem existir problemas com a maneira como a amostra é tratada (contaminação) e com a interpretação dos resultados (contradição). Mas o problema principal, são as pressuposições (Para que o método funcione: 1)a taxa de desintegração deve ser constante ao longo do tempo; 2) as quantidades de isótopos avaliados numa amostra datada não tenham sido alteradas nem por acréscimo nem por remoção durante sua história; 3) Que a formação da rocha original (amostra datada) houvesse também uma quantidade conhecida do isótopo resultante). Os maiores problemas dos métodos radiométricos vem das pressuposições 2 e 3. Para que o cálculo seja confiável, todos os métodos precisam admitir que nada poderia ter ocorrido no passado que produzisse qualquer alteração das quantidades dos elementos estudados e mesmo das constantes utilizadas (como a meia vida do elemento). Assumir que as rochas são sistemas completamente fechados por eons de tempo, ainda é algo por se provado. Não existe nada conhecido pela ciência moderna que esteja num isolamento total."
Faltaram as boas maneiras:
Primeiro: Bem vindo ao FCC, Nayara.
Segundo: Muito Boa noite!
Terceiro: Os comentários
Ehh... não, Nayara!
Item 01) Não há previsão teórica e não há qualquer evidência laboratorial ou de campo de que a taxa de desintegração não tenha permanecida constante. Se você ou o senhor Adauto tiverem dados que refutem isto eu desejo conhecê-los, sinceramente.
Item 02) Para isto nós, geólogos, procuramos utilizar elementos químicos inertes como disse o Dr Manhattan. Na impossibilidade disto, usamos outros elementos químicos e neste caso vários cuidados são tomados e que incluem, mas não se limitam a: verificação do ambiente tectônico das rochas amostradas e entorno; litogeoquímica das rochas analisadas e das encaixantes; estudo de elementos traços, etc. Enfim, há um cuidado para que se verifique a possível entrada ou saída de matéria do sistema, bem como para estimar quantitativamente e qualitativamente esta possível modificação.
Item 03) Ele é decorrente do que foi explicado nos itens anteriores.
E mesmo que as datações se mostrassem equivocadas (e não estão) e seus métodos fossem errados (e não são) ainda assim sobraria uma quantidade vastíssima de informações que suportam a interpretação que a idade da Terra é muito mais velha do que aquela indicada pelo senhor Adauto. E isto inclui a formação dos múltiplos relevos, a geração e estabilização de rochas na crosta, processos de fossilização e uma coisinha que sintetiza todo o conhecimento geológico chamada... Tectônica de Placas.
Conclamo você a analisar com cuidado a seguinte situação.
As correntes cristãs Terra Jovem e seus alegados pesquisadores afirmam que:
01) O Universo e a Terra possuem cerca de 6.000 anos.
02) Que ocorreu uma megainundação há cerca de 4.000 anos (dilúvio).
03) Que neste tempo havia uma só massa continental (equivalente ao que nós, geólogos, chamamos de Pangéia) e que foi separada por causa do processo catastrófico diluviano num mecanismo conhecido popularmente como deriva continental. Neste caso há duas subcorrentes cristãs, sendo que a primeira afirma que a deriva aconteceu em só dia e a outra afirma que foi um processo muito rápido nos primeiros anos que se sucederam ao dilúvio e apenas nos últimos 100 anos antes do presente é que se estabilizaram para a atual taxa de deslocamento.
Sabendo-se que hoje a menor distância entre o Brasil e a costa ocidental Africana é de aproximadamente 2.861 Km, a primeira subcorrente cristã está afirmando, indiretamente, que as placas se deslocaram em média 119,20 Km por hora, contra uma taxa medida hoje em 2,5 cm por ano. Ou seja, uma razão 4,17 x 10
10 maior.
Aí eu pergunto, agora para a física Nayara, apenas uma coisa:
Qual foi o motivo (ou motivos) que fizeram com que o fluxo térmico do manto aumentasse astronomicamente de tal modo que as correntes de convecção pudessem levar as placas a se afastarem a 119,20 Km/hora?
Ou será que V.Sa. ou o senhor Adauto estão propondo um novo mecanismo mantélico para transporte de calor e massa, que não as correntes de convecção? Neste caso eu gostaria de saber qual é e, se possível, que me enviassem os parâmetros que permitiram simular tal mecanismo.