Autor Tópico: 'Brexit' ou o Reino Unido separado da União Européia  (Lida 24724 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #100 Online: 26 de Junho de 2016, 23:57:16 »
Não é "indício de poder de interferência", é poder de interferência mesmo, ou, tentativa de, que ainda pode ser vetada por simpatizantes de políticas nacionais mais autoritárias e anti-democráticas, na UE mesmo.

Os eleitores de cada país não necessariamente estão de acordo com tudo que está sendo posto em prática pelo governo -- é como achar que "os brasileiros são dilmistas". Especialmente se forem medidas enfraquecendo a democracia e liberdade de imprensa.

Mas vai ver olavetes e alex-jonesetes agora são a favor do "controle "social" da imprensa" e outros petismos, e eu nem fiquei sabendo.

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #101 Online: 27 de Junho de 2016, 00:11:30 »
Acho que acaba sendo bem mais mercado porque a Inglaterra já não era bem 100% dentro da UE, tendo maior autonomia que outros membros. E as regulações são exigências do mercado, inevitável então para participar dele e assim participar de seus benefícios, diferentemente das distorções deliberdadas da propaganda nacionalista/isolacionista pseudo-libertária irracional.

Se não me engano, a única coisa que o UK manteve foi sua moeda. Diferentemente, se não me engano também,  da Noruega que ficou "parcialmente" na UE e da Suiça, que decidiu não aderir.

Quanto às regulações, elas não são exigências do mercado. São imposições de burocratas, normalmente associados às grandes indústrias (teoria da captura),que protegem determinadas indústrias, prejudicam outras e, no fim, quem paga a conta são os consumidores! A possibilidade de que a crítica a regulação tenha sido exagerada, não evita que a regulação distorça o mercado. E, levando-se em conta os efeitos "cumulativos", ao longo da cadeia produtiva, essa distorção é sempre amplificada!

Citar
Se fosse verdade que o travesseiro tem 111 regulações na UE (e não é), e a Inglaterra não as aceitasse, isso então fecharia a porta dos países que as exigem à produção inglesa. Não fica "livre" delas e podendo "assim" lucrar mais; fechou as portas para os principais parceiros comerciais.

Essas regulações se aplicam aos países participantes. Se a China for exportar para a UE, duvido muito que ela siga a regulação que as empresas da UE seguem.

Citar
Mas de qualquer forma, política e economia estão sempre emaranhadas, e para "piorar", ou "neutralizar", como disse antes, outros acordos econômicos ainda também tem aspectos políticos vigentes, mesmo centrais/principais como esse de imigração.


Isso tudo parece mais do que qualquer coisa, a exploração de um nicho político-eleitoral para ganhos pessoais dos políticos/ideólogos, uma versão direitista do coitadismo esquerdistas que defende cotas e etc.

Isso não é uma "picuinha". É uma questão política-econômica importante, pois com essa decisão o UK definiu que sua economia e suas politicas irão seguir rumos separados da UE, como o fizeram Suiça e Noruega (repare que não estou falando que não haja interdependência entre as economias, mas a forma que ambas estarão organizadas, serão conduzidas, serão fundamentalmente diferentes).

Offline Jack Carver

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #102 Online: 27 de Junho de 2016, 00:30:15 »
Não é "indício de poder de interferência", é poder de interferência mesmo, ou, tentativa de, que ainda pode ser vetada por simpatizantes de políticas nacionais mais autoritárias e anti-democráticas, na UE mesmo.

Os eleitores de cada país não necessariamente estão de acordo com tudo que está sendo posto em prática pelo governo -- é como achar que "os brasileiros são dilmistas". Especialmente se forem medidas enfraquecendo a democracia e liberdade de imprensa.

Mas vai ver olavetes e alex-jonesetes agora são a favor do "controle "social" da imprensa" e outros petismos, e eu nem fiquei sabendo.
Daí vem uma mão mais "democrática"(não eleita pelo povo local) pra ditar o q deve ou não ser feito lá. Até onde vai? Na crise imigratória que ainda rola, teve países se queixando de estar recebendo mais imigrantes que outros. É disso q tô falando.
Até onde sei, nem Olavo, nem AJ comentaram sobre esse caso da Polônia, mas sei que ambos são contrários ao aborto.
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

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Offline Jack Carver

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #103 Online: 27 de Junho de 2016, 00:35:09 »
Rapaz...
<a href="https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A</a>
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Offline Jack Carver

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #104 Online: 27 de Junho de 2016, 00:45:22 »
Esquerda e direita radicais cada vez mais impaciente com a UE:

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36627046

Citar
Portugal: Bloco de Esquerda pedirá referendo se Bruxelas impuser sanções
Deputada e porta-voz do BE, Catarina Martins fez anúncio ao término da convenção do partido, neste domingo.


Com o Brexit confirmado na última quinta-feira, quando os eleitores britânicos votaram para que o Reino Unido deixe de fazer parte da União Europeia, vários países já repensam sua participação no bloco. Em Portugal, o Bloco de Esquerda deixou clara sua posição neste domingo, quando sua porta-voz foi incisiva:

“A União Europeia não nos vai continuar a pisar. No próximo Conselho Europeu, o Governo português deve ter uma prioridade: a recusa das sanções com que a Comissão Europeia ameaça Portugal”, disse, segundo o Público.

Catarina Martins também enfatizou que se a Comissão Europeia tomar a iniciativa “gravíssima de aplicar uma sanção inédita e inaceitável e provocatória a Portugal, pelo mau desempenho das contas de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, entre 2013 e 2015, [está a declarar] guerra a Portugal”.

No sábado, o Partido Popular Monárquico (PPM) defendeu a realização de um referendo em Portugal no estilo Brexit.

"A integração de Portugal à União Europeia nunca foi aprovada diretamente pelo povo português. Portugal constitui exceção chocante no contexto de uma Europa em que quase todos os povos europeus já foram chamados a se pronunciar sobre o processo de integração dos seus países", destacou, em nota, o presidente da comissão política nacional do PPM, Paulo Estêvão, citado pela Agência Lusa.

http://br.sputniknews.com/mundo/20160626/5298531/portugal-referendo-bloco-de-esquerda.html
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Offline Agnoscetico

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #106 Online: 27 de Junho de 2016, 01:16:20 »
Nada a ver hein. Nem todas ditaduras ditas comunistas mataram tanto (considerando quadro geral dos países comunistas). Disseram que comunistas mataram mais religiosos que todos extermínios religiosos feito nas Cruzadas, Inquisição, etc. Mas por que ainda há muitos religiosos nesse países onde houve esses massacres comunistas? SE a máquina comunistas era muito mais eficiente que as da época da Inquisição, etc. por que eles não mataram com mais eficiência?

Vocês iniciou com a Falácia do Escocês - ditas comunistas (na verdade socialistas)! Todas eram, e Todas elas mataram, e muito! Acho que Cuba foi a que menos matou, e chegou perto dos 100 mil. Sério, não dá nem para comparar as mortes por motivos religiosos com o que houve com os movimentos revolucionários (eu não sei como se deu essa estratificação, mas com certeza muitos religiosos forma mortos, dado que o objetivo era a construção do estado ateu e eliminação completa da religião e de deus).

E mais, as Cruzadas ocorrem como uma reação a centenas de anos de invasão de dominação Islâmica na Europa, e as mortes são consequências dessa guerra. Já o Genocídio Marxista ocorre através da ação do Estado contra sua própria população em tempos de paz!

Outra coisa, a própria Inquisição é, na verdade, uma evolução dentro do catolicismo, pois estabelece um rito de julgamento, ao que antes era uma execução sumária. (e muitos que confessaram "crimes" se safaram - antes eram executados sem julgamento.

Sobre as Cruzadas :

Citar
Se for assim poderiam dizer que Republica é ditatorial por natureza, já que no Brasil ela não foi estabelecida por eleição mas por Proclamação. Mas nos EUA não foi assim (o que invalidaria a generalização).

Não entendi o seu ponto. A questão de ditadura e democracia tem mais a ver com a preservação ou não da liberdade do indivíduo, com eleições, etc.

Citar
E o racismo, nacionalismo exarcebado, etc.
Curiosamente não foram os mais jovens, cujo os empregos estariam ameaçados, já que forma maioria da mão-de-obra ativa, mas o mais velhos, que querem suas aposentadorias mantidas.

Essas questões também estão dentro da cultura de uma população. O problema é concluir que querer sair da UE é sgnificado de nacionalismo exacerbado. O que falar da Suiça, que nem entrou?

Acho que os mais velhos votaram, pois aparentemente eram os que tinham mais a perder com a imigração, na disputa de emprego. `Porque a aposentadoria deles estaria em risco na UE?

Citar
Sempre que tem um problema e aí vem um direitista, sempre tem que meter esquerda no meio.
Conservadores fazem mesma coisa quando alguem não se adequa ao padrão conservador, são taxados, de seuqrdistas, liberiais, abortistas, gayzistas.

Ué, mas foi você que no seu post falou m direita nojenta, etc. Aliás, quem tem PHD em rotular (sem argumentar) é a esquerda!

Outra coisa, quem defende aborto não é abortista? Quem defende o coletivismo e o planejamento central não e´esquerdista por definição?  Conservador não é um rótulo?


Vocês iniciou com a Falácia do Escocês - ditas comunistas (na verdade socialistas)! Todas eram, e Todas elas mataram, e muito! Acho que Cuba foi a que menos matou, e chegou perto dos 100 mil. Sério, não dá nem para comparar as mortes por motivos religiosos com o que houve com os movimentos revolucionários (eu não sei como se deu essa estratificação, mas com certeza muitos religiosos forma mortos, dado que o objetivo era a construção do estado ateu e eliminação completa da religião e de deus).


   Falando em escoceses, uma coisa que não é falácia: Mias a frente vou postar a opinião nacionalista de muitos escoceses , irlandeses e até de londrinos  (alguns até cogitaram seprar Londres do resto do RU) que queriam ficar na UE...

   Mas respondendo: Você não considerou apenas as matanças feitas nas Cruzadas e Inquisição (catolica) né?
Inquisição contra cátaros, albingneses. Não esqueça a Inquisição protestante (Miguel Servet, etc.). Guerras de luteranos contra Thomas Munzer e os anabatistas. Epiósdio das Bruxas de Salém (que não foram tantas vitimas, mas deve ser contado também). Guerra dos 30 anos. Noite de São Bartolomeu, etc. Muita coisa que você talvez cdesconheça ou não lembra.

   Você considerou a proporção de pessoas que vivia em epocas pessadas com que havia no seculo 20? Se tiver morrido menos pessoas por motivos religiosos, tem que considerar que na Idade media e Renascimento havia menos gente. Deve-se considera porcentagem e não quantidade.

   O fato de mortes que por acaso acontecessem em regimes comunistas são mais fáceis de ser computados, eles surgiram no seculo 20, quando se havia mais meios de se fazer censo de pessoas mortas. Coisa que na Idade Media e Renascimento era mais complicado.O numero de mortos pode ser bem maior.

   Muitos religiosos foram mortos por motivos religiosos ou por motivos politicos? Afinal se for assim pôe mais na conta de guerras religiosas o caso Irlanda (catolica) x Inglaterra (protestante); apesar de muita gente dizer que motivação é politica, a religião ta no meio.

   Põe aí na conta também o extermínio de milhões judeus do Nazismo e dos pogroms, que tiveram componente etnico-religioso (antissemitismo vem desde epoca antigas do cristianismo onde judeus seriam culpados pela morte de Jesus e somaram questões etnicas).

   As Cruzadas ocorreram por vários motivos, um deles teria sido o avanço turco em direção a Europa, mas precisa estudar mais sobre os antecedentes disso:

- Em muitos locais do Oriente Medio (acho que na Siria ou LIbano) sob influencia do Cristianismo Ortodoxo, muitos se sentiam oprimidos por essa igreja ortodoxa, tanto que quando islamicos chegaram foram recebidos como libertadores. Em muitos casos não houve resistencia se abrindo as cidades pra eles.

- Muitos peregrinavam da Europa pra Terra santa. E os arabes islamicos eram tolerantes. Começou a mudar isso com os turcos.

- O mundo islamico não era centralizado; tinha califas que eram rivais de outros. Ex: Um califa de Cordoba (Espanha) poderia ser rival do do Egito, da Siria, de Bagdá, etc. A centralização islamica, através de Saladino, foi consequencia quando cristãos unificados foram pras Cruzadas.

- O papa Urbano 2 convocou os cristaos catolicos ocidentais. Para a Igreja católica as Cruzadas se apresentaram como uma oportunidade de reconquistar a Terra Santa e fortalecer o poder do papa. Ele viu nisso oportunidade de talvez reunificar a Igrejas cristãs ocidental e oriental sob poder dele.

- Judeus viviam relativamente em paz com islamicos. Muitos foram mortos por cruzados por não quererm se converter ao cristianismo. Primeiro na proprio Europa, depois no Oriente Medio.
Todavia, em pouco tempo, o objetivo das cruzadas deixou de ser apenas a libertação de Jerusalém e começaram a atacar tudo aquilo que não fosse cristão dentro da Europa (“Pra que ir até Jerusalém atacar os infiéis muçulmanos, se os judeus estão aqui entre nós?”). Nessas cruzadas de 1096, os judeus que foram mais atacados foram os da região da atual França e Alemanha.    Em 1144, foi convocada uma nova cruzada e os judeus voltaram a ser alvo de perseguição dos cruzados. Nessa época, o ódio religioso aos judeus já havia se tornado parte da mente de muitas pessoas. Felizmente, surgiu um defensor dentro da própria igreja que conseguiu, ao menos, tornar os ataques aos judeus mais moderados. Foi o Abade Bernard que denunciou os monges e padres que incentivavam o assassinato de judeus.
    Na época da terceira cruzada (em 1189), ataques aos judeus da França e da Alemanha já haviam se tornado comuns e não era necessário uma cerimônia especial para se iniciarem os ataques. Assim, os que mais sofreram durante essa cruzada foram os judeus ingleses. O recém coroado rei inglês, Ricardo Coração de Leão, parte numa cruzada. Ainda antes de partir, espalha-se o boato de que ele havia ordenado uma perseguição aos judeus. O povo atacou ferozmente os judeus e o exército de Ricardo teve muitas dificuldades para parar a perseguição. Sendo que três dos comandantes dos ataques foram mortos. Após sua partida, novamente começaram ataques aos judeus. Primeiro os cruzados das cidades do interior até alcançar grandes proporções. Cerca de 500 judeus refugiaram-se no castelo do rei e, após serem sitiados por um longo tempo, acabaram passando fome e, no fim, decidiram-se pelo suicídio. Cabe notar que os líderes dos ataques aos judeus na Inglaterra deviam grandes somas de dinheiro aos judeus e, logo após a morte destes, foram às catedrais onde estavam os contratos de empréstimo e os queimaram.



- Entre os nobres, a grande parte via nas Cruzadas uma possibilidade de aumentar sua fortuna, já que a região da Palestina era considerada de grande riqueza. Muitos jovens pertencentes à nobreza viam uma oportunidade de conquistar algo para si, já que, por não serem filhos primogênitos, não herdariam feudos.

- Algumas cruzadas foram movidas por interesse comerciais, até cidades cristãs foram saquedas pelos mesmo que deveriam defender elas.
O caráter econômico das Cruzadas se evidencia na Quarta Cruzada (1202-1204). Desta vez, Dândolo, o Doge de Veneza, fez com que os exércitos cristãos se desviassem de sua rota e atacassem Constantinopla e Zara (cidades cristãs). As duas cidades foram saqueadas. Com isto, os comerciantes venezianos assumiam controle do estreito de Bósforo, que lhes dava controle sobre o Mar Negro e, portanto, sobre o comércio que circulava nos países ao redor do Mar Negro.


   Curioso que pra defender Cruzadas pra defender territorios "cristãos" aí conservadores usam varias desculpas mas quando é sobre indios reagirem a dominação do colonizador, costumam se calar e fazer vista grossa e alguns até elogiam o exterminio dos "selvagens". Hipocrisia pura!


Ué, mas foi você que no seu post falou m direita nojenta, etc. Aliás, quem tem PHD em rotular (sem argumentar) é a esquerda!


   Onde falei direita nojenta? Falei conservadores:

pode até virar um de tanto nojo que conservadores tão causando.


   Distorcendo o que escrevo! Uma (ou mais) palavra mal colocada pode fazer alguem parecer ter idot o que não disse.

   Muitos conservadores nem se consideram de direita, se consideram algo a parte. Muitos deles pra mim são extrema-direita mesmo, ainda que não se considerem tal. Mas no geral se classificama eles como direita; só que não lembro de ter citado direta nojenta.

Outra coisa, quem defende aborto não é abortista? Quem defende o coletivismo e o planejamento central não e´esquerdista por definição?  Conservador não é um rótulo?



   Mas você parece não ter entendido a coisa: Muitos conservadores costumam taxar esquerdistas pondo no pacote abortista, gayzista, etc. tudo junto - uma visão binaria e como se tudo tivesse num pacote de bombons, onde quem segue certa ideia (bombom) já se posiciona de forma absoluta (caixa) ao estereotipo Direta x Esquerda.
Eles praticamente excluem esquerdistas anti-abortistas, cristãos que são pró-aborto (ou seja nesse ponto eles seriam esquerdistas, mas eles veem isso como incompativel), ateus conservadores (por mais estranho que pareça, tem uns ai que afirmam isso, mas não sao aceitos porque conservadores cristaos acham que só se pode ser conservador se for cristão), etc.

   Ou seja: nem todo esquerdista é necessariamente um abortista, gayzista (expressão totalmente pejorativa fazendo gays parecerem tiranos e heteros as vitimas coitadinhas), coletivista. O que dizer dos judeus conservadores que moram nos kibutz (são coletivistas esquerdistas?)



« Última modificação: 27 de Junho de 2016, 01:19:11 por Agnoscetico »

Offline Agnoscetico

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #107 Online: 27 de Junho de 2016, 01:50:51 »
   Tem uns ai defendendo direito nacional do Reino Unido sair da UE.
Será que defenderiam também o direito dos escoceses, irlandeses e até londrinos (é estranho, mas é) de sair o RU pra reentrar na UE?
Afinal um povo tem direito a autonomia né? Escoceses, irlandeses, etc.

Após Brexit: Circula petição pela independência de Londres

Publicado em 25 de jun de 2016
Sarah Chapppel, enviada da euronews a Londres:
"Em todo o Reino Unido, os britânicos começaram a realizar que o futuro do país reside fora da União Europeia. Aqui em Londres houve um choque e uma grande deceção. Enquanto o país como um todo votou a saída, aqui a capital quer manter-se na UE".

A votação foi apertada e há uma parcela enorme de eleitores que não concordou com o resultado — e já se mobiliza.

Uma petição foi aberta solicitando a realização de um segundo referendo. Petição para a i...


<a href="https://www.youtube.com/v/QAOr0jD9pyM" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/QAOr0jD9pyM</a>

   Tem quem queira novo referendo. Alguns comentarios dizem que tem gente que não sabe perder, só aceitam quando eles ganham - no caso seriam os "esquerdistas" (toda vez que alguém é contra algo dito nacionalista e/ou conservador é taxado logo de esquerdista):

Brexit: petição por novo referendo já com perto de 3 milhões de assinaturas

Publicado em 26 de jun de 2016
Mais de dois milhões e setecentas mil assinaturas: o número elevado de britânicos que já subscreveram "a petição no site do Parlamento de Westminster":https://petition.parliament.uk/petiti... que reclama a realização de um segundo referendo demonstra o estado profundamente dividido em que se encontra o Reino Unido, depois da vitória do "Brexit".

Em Londres, onde o campo pró-europeu conquistou 60 por cento dos votos na consulta popular de quinta-feira, sucedem-se as manifestações contra a...


<a href="https://www.youtube.com/v/3JDg31sFxDY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/3JDg31sFxDY</a>

Reino Unido: petição recolhe mais de milhão e meio de assinaturas para segundo referendo

Publicado em 25 de jun de 2016
Cerca de duas dezenas de estudantes manifestaram-se este sábado no exterior do parlamento britânico contra a saída do Reino Unido da União Europeia.

O protesto coincide com uma "petição"https://petition.parliament.uk/petiti... que reclama a realização de um segundo referendo e que já recolheu mais de um milhão e meio de assinaturas.

O líder do principal partido da oposição, Jeremy Corbyn, rejeitou apelos no sentido da sua demissão. Corbyn foi acusado de não ter conseguido convencer milh...


<a href="https://www.youtube.com/v/aPQZWESb4Hg" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/aPQZWESb4Hg</a>

Brexit: protestos em Edimburgo e Londres

Publicado em 25 de jun de 2016
O exterior do Parlamento escocês, em Edimburgo, foi esta sexta-feira palco de um protesto contra o "Brexit" e o que os manifestantes diziam ter sido uma campanha dominada pelo racismo. Na Escócia, o campo a favor da permanência na União Europeia obteve 62 por cento dos votos.

Um valor próximo do registado na capital britânica, Londres, onde o "Brexit" apenas recolheu 40 por cento de apoios.

Num protesto junto ao edifício icónico do Shard, uma manifestante diz que "é possível imaginar que o 'Br...


<a href="https://www.youtube.com/v/c3bE-uQHtI8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/c3bE-uQHtI8</a>






Publicado em 26 de jun de 2016
A primeira-ministra escocesa afirma que está disposta a recorrer a todos os meios para contestar o "Brexit".

Nicola Sturgeon não excluiu a possibilidade de vetar a saída da UE no parlamento escocês, durante uma entrevista ao canal BBC.

Um gesto ineficaz e puramente simbólico para os conservadores escoceses.

Segundo Sturgeon, "esta saída poderá não acontecer imediatamente mas será a experiência mais destruídora para o Reino Unido desde o início da II Guerra e como sabem, eu não quero que a Es...


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Publicado em 24 de jun de 2016
A influência do resultado do referendo do chamado _Brexit_ não se fez esperar na política interna britânica. A Escócia admite voltar a pedir um referendo sobre a independência do Reino Unido e o vice primeiro ministro da Irlanda do Norte fala num referendo sobre uma possível união com a República da Irlanda.


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« Última modificação: 27 de Junho de 2016, 02:47:59 por Agnoscetico »

Offline Pasteur

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #108 Online: 28 de Junho de 2016, 13:06:12 »
Impressionante como até aqui a discussão sobre o Brexit  parece se resumir a xenofobia e racismo......e sim, controle das fronteiras é um tema pertinente, seja aqui, ou lá.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/reino-unido-registra-episodios-de-xenofobia-pos-brexit.html

Offline Gabarito

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #109 Online: 28 de Junho de 2016, 13:53:09 »
   Tem uns ai defendendo direito nacional do Reino Unido sair da UE.
Será que defenderiam também o direito dos escoceses, irlandeses e até londrinos (é estranho, mas é) de sair o RU pra reentrar na UE?
Afinal um povo tem direito a autonomia né? Escoceses, irlandeses, etc.

Brexit: petição por novo referendo já com perto de 3 milhões de assinaturas



FAKE!


Citar
Petição com 3 milhões de assinaturas para anular Brexit é FALSA!
segunda-feira, 27 de junho de 2016

Diversos jornais, brasileiros e estrangeiros, têm publicado desde sexta-feira a notícia de que há uma petição com mais de 3 milhões de assinaturas solicitando um novo plebiscito sobre o BREXIT, algo que é inconstitucional e completamente incomum na história britânica. No entanto, diversas informações concluem que a tal petição é uma fraude cometida por hackers e bots do 4Chan.



A BBC, um dos maiores veículos de comunicação do mundo, publicou a matéria como verdadeira, sem nenhuma preocupação em averiguar os fatos. Outros veículos de imprensa aqui no Brasil, ávidos para seguir a agenda política da esquerda europeia, simplesmente republicaram a matéria inúmeras vezes. Este foi o caso do UOL e do jornal Valor Econômico. Obviamente a Folha de São Paulo, empresa que faz publicidade para o PT e movimentos de esquerda, também publicou.

Tudo mentira!

Algumas fontes, inclusive muitas das que publicaram a notícia como verdade, já reconheceram a fraude. Ao que tudo indica a petição foi "sequestrada" por pessoas que defendem a permanência na UE, só que muitas delas nem mesmo são britânicas e nem vivem lá. Que haja uma fraude nessa petição já é certeza, ainda estão a investigar como ela aconteceu. O site Heat Street publicou uma matéria sobre o caso levantando a questão do uso de bots e scripts por hackers do 4Chan.

Para quem não entende do assunto (como eu), uma explicação leiga para como isso funciona é que os tais bots são "programas" projetados para reproduzir uma ação repetidas vezes em uma velocidade maior do que um humano conseguiria operando a máquina. Bots são usados largamente na internet, seja em jogos online ou mesmo em divulgação de páginas de Facebook. Os scripts, por sua vez, são códigos simples desenvolvidos para operacionalizar a ação de modo eficiente. A suspeita foi levantada porque as assinaturas subiram em velocidade recorde em pouquíssimos dias, e há mai de 24 mil assinaturas da petição que sugerem IPs da Coreia do Norte, um país que sequer tem acesso a internet livre.

A BBC e o UOL já voltaram atrás e reconheceram que a petição é fraudulenta, mas ainda assim isso levanta, novamente, uma importante questão sobre o jornalismo dos tempos atuais. Aparentemente, no ímpeto inglório de publicar aquilo que interessa às suas agendas políticas, os jornalistas têm deixado completamente de lado a averiguação dos fatos.

Vamos pensar um pouquinho:

O Reino Unido tem cerca de 64 milhões de habitantes, sendo que a votação do plebiscito contou com 14,7 milhões de votos pela permanência. Ninguém achou realmente estranho que as assinaturas da petição tenham subido em velocidade recorde, atingido a marca de 3 milhões em tão poucos dias? Esses 3 milhões seriam praticamente 21% dos que votaram no dia do plebiscito.
« Última modificação: 28 de Junho de 2016, 13:55:21 por Gabarito »

Offline Pregador

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #110 Online: 28 de Junho de 2016, 14:40:19 »
Acho que a Escócia e a Irlanda do Norte vão acabar deixando o RU. Será que a Escócia voltará a ter um rei ou vão continuar reconhecedo a Elizabeth?
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Jack Carver

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« Resposta #111 Online: 28 de Junho de 2016, 15:24:19 »
   Tem uns ai defendendo direito nacional do Reino Unido sair da UE.
Será que defenderiam também o direito dos escoceses, irlandeses e até londrinos (é estranho, mas é) de sair o RU pra reentrar na UE?
Afinal um povo tem direito a autonomia né? Escoceses, irlandeses, etc.
Eu não veria problema nem se começassem a elaborar um referendo de libertação de Londres(que votou a favor da permanência na UE) do resto da Inglaterra.
...E nem do Texas.
hehe.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #112 Online: 28 de Junho de 2016, 15:49:04 »
Acho que acaba sendo bem mais mercado porque a Inglaterra já não era bem 100% dentro da UE, tendo maior autonomia que outros membros. E as regulações são exigências do mercado, inevitável então para participar dele e assim participar de seus benefícios, diferentemente das distorções deliberdadas da propaganda nacionalista/isolacionista pseudo-libertária irracional.

Se não me engano, a única coisa que o UK manteve foi sua moeda. Diferentemente, se não me engano também,  da Noruega que ficou "parcialmente" na UE e da Suiça, que decidiu não aderir.


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https://www.bloomberg.com/view/articles/2016-02-20/the-u-k-wasn-t-a-real-eu-member-anyway

...

In reality, the U.K. was, and remains, about as much of an EU member as Switzerland -- which is not formally part of the union -- and, arguably, even less. The U.K. doesn't subscribe to the EU's common-borders policy or borderless free movement, described by the Schengen agreement. Meanwhile, Switzerland has borderless travel with EU countries.

The U.K. is also not part of the euro. "For the first time, the EU has explicitly acknowledged it has more than one currency," Cameron said. That's not true. The U.K. has had a permanent opt-out of the common currency since 1992, and that is as official as it gets: It's spelled out in a special protocol of the Maastricht Treaty.

Since 2007, the U.K. has had an opt-out of Europe's Charter of Fundamental Rights, allowing U.K. courts to define basic human rights without reference to European law. Well, Switzerland also defines these rights at its own discretion.

Switzerland has a tougher regime for migrant workers from the EU than the U.K. does. It allows most of them to accept employment offers, but it kicks out everyone who applies for benefits. The U.K. would like to do the same, and Friday's agreement is a small step along this path. I guess the somewhat more lenient work-immigration rules the U.K. still has compared with Switzerland can be seen as a trade-off for wanting no part of Schengen.

...

Quanto às regulações, elas não são exigências do mercado.

Ok, são exigências do "mercado não-negro", do mercado legal.

Não necessariamente teriam emergido de um mercado completamente desregulado (que inexiste, exceto em ilegalidade), mas na prática existem, e portanto são exigências do mercado na prática.


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São imposições de burocratas, normalmente associados às grandes indústrias (teoria da captura),que protegem determinadas indústrias, prejudicam outras e, no fim, quem paga a conta são os consumidores! A possibilidade de que a crítica a regulação tenha sido exagerada, não evita que a regulação distorça o mercado. E, levando-se em conta os efeitos "cumulativos", ao longo da cadeia produtiva, essa distorção é sempre amplificada!

O Brexit não elimina as regulações do mercado no UK, nem em futuras eventuais transações internacionais. Terão que ser renegociadas, e provavelmente serão re-feitas sem diferenças muito significativas das que existem dentro da UE. É conversa para boi dormir.




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Se fosse verdade que o travesseiro tem 111 regulações na UE (e não é), e a Inglaterra não as aceitasse, isso então fecharia a porta dos países que as exigem à produção inglesa. Não fica "livre" delas e podendo "assim" lucrar mais; fechou as portas para os principais parceiros comerciais.

Essas regulações se aplicam aos países participantes. Se a China for exportar para a UE, duvido muito que ela siga a regulação que as empresas da UE seguem.

Acho que para importarem também requerem padrões, seja lá quais forem os reais padrões, não as fabricações da propaganda Brexista. Aqui que está o protecionismo, acho que já ouvi, haver coisas como exigir que carne de gado ou aves tenha tido vacinação que não faz sentido nos países de origem. Talvez o RU consiga afrouxar a coisa para alguns outros mercados, ou baixar a qualidade exigida para produtos produzidos na Europa mesmo (que devem continuar seus principais parceiros comerciais, com regulações não muito diferentes daquelas dentro da UE), para importação própria. Vamos ver se no RU tem mesmo toda essa demanda para produtos de terceira.




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Mas de qualquer forma, política e economia estão sempre emaranhadas, e para "piorar", ou "neutralizar", como disse antes, outros acordos econômicos ainda também tem aspectos políticos vigentes, mesmo centrais/principais como esse de imigração.


Isso tudo parece mais do que qualquer coisa, a exploração de um nicho político-eleitoral para ganhos pessoais dos políticos/ideólogos, uma versão direitista do coitadismo esquerdistas que defende cotas e etc.

Isso não é uma "picuinha". É uma questão política-econômica importante, pois com essa decisão o UK definiu que sua economia e suas politicas irão seguir rumos separados da UE, como o fizeram Suiça e Noruega (repare que não estou falando que não haja interdependência entre as economias, mas a forma que ambas estarão organizadas, serão conduzidas, serão fundamentalmente diferentes).

Tenho a impressão de que o UK, até mais que os outros membros, que não são também "fantoches", já tinha bastante autonomia, não tendo sido forçado a concessões significativas e prejudiciais. Ao mesmo tempo, sair da UE não livra o UK de eventuais sanções pelos países membros em caso de políticas muito discordantes.

Mas só é necessário criar a impressão de que isso está ocorrendo e da saída ser a salvação, para que políticos populistas impulsionem suas carreiras.




http://blogs.spectator.co.uk/2016/04/boris-and-the-brexiteers-are-talking-nonsense-about-britains-trade-policies/

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #113 Online: 28 de Junho de 2016, 21:41:00 »
Rapaz...
<a href="https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A</a>

Nesse aqui ele faz o discurso da vitória, citando casos de países que votaram não para a UE e foram ignorados (e não me surpreenderá caso consigam anular esse resultado, como feito antes) :

<a href="https://www.youtube.com/v/Y1ewRNSfyiI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/Y1ewRNSfyiI</a>

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #114 Online: 28 de Junho de 2016, 21:58:09 »

Ok, são exigências do "mercado não-negro", do mercado legal.

Não necessariamente teriam emergido de um mercado completamente desregulado (que inexiste, exceto em ilegalidade), mas na prática existem, e portanto são exigências do mercado na prática.

Sim. Atualmente o mundo caminha para regulações cada vez mais intensas e absurdas, contraproducentes e favorecedoras de grandes corporações. E sim, já houve mercado desregulado; e a Europa era muito menos regulada antes da UE do que é atualmente. A regulação surge de intervenções do estado no mercado; são exigências de burocratas(normalmente influenciado pelas grandes indústrias), não do mercado.

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O Brexit não elimina as regulações do mercado no UK, nem em futuras eventuais transações internacionais. Terão que ser renegociadas, e provavelmente serão re-feitas sem diferenças muito significativas das que existem dentro da UE. É conversa para boi dormir.

Com certeza não elimina. Aliás, um segundo passo para o UK aumentar sua produtividade e prosperidade, será reduzir suas próprias regulações.

E isso Não é conversa para boi dormir! É só vocês perceber que a Europa não comercializa somente entre ela. China, EUA, Austrális, etc comercializam com a Europa. Mas seus mercados e empresas não estão sujeitas às regulações da UE!

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Tenho a impressão de que o UK, até mais que os outros membros, que não são também "fantoches", já tinha bastante autonomia, não tendo sido forçado a concessões significativas e prejudiciais. Ao mesmo tempo, sair da UE não livra o UK de eventuais sanções pelos países membros em caso de políticas muito discordantes.

Mas só é necessário criar a impressão de que isso está ocorrendo e da saída ser a salvação, para que políticos populistas impulsionem suas carreiras.

Sim foram. Uma delas é ceder seus mares à indústria de pesca alemã, por exemplo. E isso está no documentário que voce não assisitiu.

Porque a saída do UK te preocupa tanto assim? Porque você acha que a UE é uma organização "superior" à Europa com países independentes, sem estarem submetidos à Bruxelas?

https://mises.org/blog/why-all-post-brexit-hysteria

E você está colocando a situação como se só os políticos e a "extrema" direita do UK estivessem vendo benefícios. Não, a posição dos Liberais , Libertários (defendidos por sólida teoria politico-econômica) é que o Brexit é o correto!


Offline Geotecton

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #115 Online: 28 de Junho de 2016, 21:59:45 »
Rapaz...
<a href="https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/JJ3alXFQS1A</a>

Um aspecto que não se pode concordar com ele, de maneira alguma, é o desprezo manifestado contra a Bélgica.
Foto USGS

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #116 Online: 28 de Junho de 2016, 22:03:03 »
Curiosa essa união de esquerda e direita não-centrais no assunto...

Bem compreensível, nesse caso. A UE está forçando políticas de Austeridade, o que põe a Esquerda mais radical contrária a UE. Já a Direita "radical", apóia pelas questões levantadas no Brexit.

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #117 Online: 28 de Junho de 2016, 22:04:30 »
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Um aspecto que não se pode concordar com ele, de maneira alguma, é o desprezo manifestado contra a Bélgica.

Lembre-se também que isso é um trecho. Provavelmente houve troca mútua de insultos (nessa ou em outras ocasiões) : pessoais e "nacionais""

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #118 Online: 28 de Junho de 2016, 22:20:54 »
Outra coisa :

Vi alguns, e realmente não lembro quem foi, falando em "teorias da conspiração globalistas". Bom, o projeto globalista é OBJETIVO declarado da ONU : um governo mundial, moeda mundial, etc. Então, não sei o que pode haver de teoria (é um fato) nem de conspiração (não é realizada "às escondidas"). Sua origem remonta o socialismo fabiano inglês.

Acho que é o 3o. parágrafo desse texto de 2003, onde ele cita a referência (e já nesse artigo, alertava para a questão de soberania):

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/olavo-de-carvalho-avisou-em-2003-sobre-brexit/

Offline Geotecton

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #119 Online: 28 de Junho de 2016, 23:01:38 »
Outra coisa :

Vi alguns, e realmente não lembro quem foi, falando em "teorias da conspiração globalistas". Bom, o projeto globalista é OBJETIVO declarado da ONU : um governo mundial, moeda mundial, etc. Então, não sei o que pode haver de teoria (é um fato) nem de conspiração (não é realizada "às escondidas"). Sua origem remonta o socialismo fabiano inglês.

Acho que é o 3o. parágrafo desse texto de 2003, onde ele cita a referência (e já nesse artigo, alertava para a questão de soberania):

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/olavo-de-carvalho-avisou-em-2003-sobre-brexit/

A ONU nada mais é do que a materialização de vários burocratas de todo o espectro político e suas ações não são, de maneira alguma, sempre nefastas.

A bobagem beira a paranoia completa ao propor que o socialismo fabiano teria a primazia em um suposto projeto de implantar um governo mundial. Toda ideologia visa ter, senão o controle, ao menos o predomínio sobre uma sociedade ou até mesmo um conjunto de sociedades. Aí estão as religiões, os partidos políticos, os militares e as grandes corporações transnacionais como exemplos conspícuos.
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Offline Gauss

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #120 Online: 28 de Junho de 2016, 23:24:49 »
É inacreditável como que para o Olavão e sua turma tudo se reduz a um plano socialista global.

Os EUA eram/são fabianistas para deixar uma organização que quer supostamente implantar o socialismo dentro de seu próprio quintal? Qual o embasamento para afirmar uma ideia fabiana na organização? A ONU quer tornar a classe operária apta a tomar o controle dos meios de produção global?

Analisem a carta da ONU: https://nacoesunidas.org/carta/

Não vejo nada fabiano aí. O mais importante é analisar o motivo da criação da Organização.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #121 Online: 28 de Junho de 2016, 23:34:40 »
É inacreditável como que para o Olavão e sua turma tudo se reduz a um plano socialista global.

Os EUA eram/são fabianistas para deixar uma organização que quer supostamente implantar o socialismo dentro de seu próprio quintal? Qual o embasamento para afirmar uma ideia fabiana na organização? A ONU quer tornar a classe operária apta a tomar o controle dos meios de produção global?

Analisem a carta da ONU: https://nacoesunidas.org/carta/

Não vejo nada fabiano aí. O mais importante é analisar o motivo da criação da Organização.



http://www.conservapedia.com/New_Deal#Communists_in_the_New_Deal

http://www.historytoday.com/james-williamson/british-socialism-and-marshall-plan






E agora, comunas?







Putz, eu ainda achava que o Felipe Moura Brasil podia de vez em quando ter algo que prestasse para ler, apesar daquela interpretação tosca de texto da lei, mas então ele é Olavete? Assim as esperanças são levadas a níveis de Mariana Felinto e etc. Nem o Reinaldo Azevedo é...

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #122 Online: 29 de Junho de 2016, 01:38:28 »
Outra coisa :

Vi alguns, e realmente não lembro quem foi, falando em "teorias da conspiração globalistas". Bom, o projeto globalista é OBJETIVO declarado da ONU : um governo mundial, moeda mundial, etc. Então, não sei o que pode haver de teoria (é um fato) nem de conspiração (não é realizada "às escondidas"). Sua origem remonta o socialismo fabiano inglês.

Acho que é o 3o. parágrafo desse texto de 2003, onde ele cita a referência (e já nesse artigo, alertava para a questão de soberania):

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/olavo-de-carvalho-avisou-em-2003-sobre-brexit/

A ONU nada mais é do que a materialização de vários burocratas de todo o espectro político e suas ações não são, de maneira alguma, sempre nefastas.

A bobagem beira a paranoia completa ao propor que o socialismo fabiano teria a primazia em um suposto projeto de implantar um governo mundial. Toda ideologia visa ter, senão o controle, ao menos o predomínio sobre uma sociedade ou até mesmo um conjunto de sociedades. Aí estão as religiões, os partidos políticos, os militares e as grandes corporações transnacionais como exemplos conspícuos.

Cite, por favor, uma política conservadora ou liberal /libertária que tenha saído da ONU.
« Última modificação: 29 de Junho de 2016, 01:45:30 por Feliperj »

Offline Feliperj

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #123 Online: 29 de Junho de 2016, 02:08:51 »
É inacreditável como que para o Olavão e sua turma tudo se reduz a um plano socialista global.

Os EUA eram/são fabianistas para deixar uma organização que quer supostamente implantar o socialismo dentro de seu próprio quintal? Qual o embasamento para afirmar uma ideia fabiana na organização? A ONU quer tornar a classe operária apta a tomar o controle dos meios de produção global?

Analisem a carta da ONU: https://nacoesunidas.org/carta/

Não vejo nada fabiano aí. O mais importante é analisar o motivo da criação da Organização.

Os EUA eram Liberais. Atualmente, o número de adeptos do socialismo, principalmente entre os mais Jovens, é impensável. Tudo isso, graças as ocupações de espaços, que a esquerda fabiana (e radical) americana fez nas universidades - dos anos 40 para cá. Pesquise um pouco sobre o que está ocorrendo nas universidades americanas!

Os Fabianos acreditam na transformação gradual da sociedade (seu símbolo é uma tartaruga, justamente por isso), e assim como os sociais democratas, não acreditam mais na planificação da economia, mas sim no agigantamento do estado e controle do mercado (regulação) para dar a população um estado de bem estar social - ou seja, fascimo :

https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_fabiano


Isso posto, assim como um país, uma instituição não necessariamente se mantém a mesma ao longo do tempo, muito menos se mantém fiel ao seu propósito original. O que eu falei foi : o projeto globalista é inspirado no socialismo fabiano, como colocado no Texto do Olavo.

"Os planos do governo mundial estão expostos desde 1995 no documento “Our Global Neighborhood,” publicado por uma “Comissão de Governança Global”, que prega abertamente “a subordinação da soberania nacional ao transnacionalismo democrático”. Esses planos incluem: 1. Imposto mundial. 2. Exército mundial sob o comando do secretário-geral da ONU. 3. Legislações uniformes sobre direitos humanos, imigração, armas, drogas etc. (sendo previsível a proibição dos cigarros e a liberação da maconha). 4. Tribunal Penal Internacional, com jurisdição sobre os governos de todos os países. 5. Assembléia mundial, eleita por voto direto, passando por cima de todos os Estados Nacionais. 6. Código penal cultural, punindo as culturas nacionais que não se enquadrem na uniformidade planetária “politicamente correta”."

"The Commission consists of 28 individuals, carefully selected because of
their prominence, influence, and their ability to effect the implementation of
the recommendations. The Commission is not an official body of the United
Nations. It was, however, endorsed by the UN Secretary General and funded
through two trust funds of the United Nations Development Program
(UNDP), nine national governments, and several foundations, including the
MacArthur Foundation, the Ford Foundation, and the Carnegie Corporation
"

http://ruby.fgcu.edu/courses/twimberley/EnviroPhilo/OurGlobalNeighborhood.pdf

Alguém pode me falar onde encontramos aqui propostas conservadoras, de direita ou liberal/libertária? E que coincidência, olhem as fundações que estão apoiando esse plano!! Então, SIM, os socialistas fabianos SÃO GLOBALISTAS. Por ideologia! Assim como a ONU.

Quem quiser se informar um pouco mais sobre a ONU leia : Maquiavel Pedagogo 

Sobre a questão politica americana : The New Leviathan.

O autor é ex comunista, que participava ativamente de movimentos da esquerda radical americana. É esse aqui do vídeo abaixo :

<a href="https://www.youtube.com/v/lQkLp-D4A0o" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/lQkLp-D4A0o</a>

Skorpios

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Re:Inglaterra independente
« Resposta #124 Online: 29 de Junho de 2016, 07:48:58 »
Gostei do artigo a seguir:

Citar
O Reino Unido deixará a União Europeia. E você e o seu emprego com isso?

Em uma decisão histórica, o Reino Unido decidiu em um plebiscito deixar a União Europeia. Talvez, você esteja se perguntando o que você, no Brasil ou em qualquer outro lugar fora do Reino Unido, tem a ver com isso. Muito mais do que você imagina.

Para começo de conversa, as Bolsas despencaram em todo o mundo, sinalizando que as expectativas para os resultados das empresas e a economia mundial pioraram, mas por quê?

Razões não faltam. A decisão vai reforçar um movimento anti-establishment, nacionalista e populista na Europa e nos EUA, aumentando a incerteza sobre o futuro. Isto leva empresas a serem mais cautelosas em seus investimentos e, por consequência, reduz a geração de empregos e o crescimento da economia mundial.

Desde a virada do milênio, o ritmo de crescimento médio dos países desenvolvidos foi apenas a metade do que era nas três décadas anteriores. Ainda mais grave, ele favoreceu quase que exclusivamente os detentores de capital, à medida que um movimento em direção a taxas de juros negativas – já há mais de US$9 trilhões em títulos pagando taxas de juros negativas nos países desenvolvidos – gerou bolhas de ativos financeiros, mas o fraco desempenho econômico fez os salários subirem menos do que a inflação, isto é, caírem em termos reais. O resultado é que mesmo nos EUA, o país desenvolvido de melhor desempenho econômico neste milênio, a renda mediana é hoje menor do que há 30 anos em termos reais. Em outras palavras, pela primeira vez na história dos EUA, o americano médio está pior de vida do que estavam seus pais com a mesma idade. Isto está gerando muito ressentimento e, como infelizmente é comum nestes casos, um forte movimento de caçar as bruxas e culpar imigrantes e estrangeiros.

Nas últimas eleições na Europa, populistas e nacionalistas avançaram de forma significativa em praticamente todos os países. Os exemplos mais marcantes foram o SYRIZA e o Amanhecer Dourado na Grécia, o Partido do Povo Suíço na Suíça, o Movimento das Cinco Estrelas e a Liga do Norte na Itália, o Partido do Povo Dinamarquês na Dinamarca, o Podemos e o Cidadãos na Espanha, o Jobbik na Hungria, o Finlandeses na Finlândia, a Frente Nacional na Franca e o UKIP no Reino Unido. Na atual campanha presidencial americana não é diferente, com Donald Trump e Bernie Sanders tendo desempenhos muito mais fortes do que ninguém de bom senso poderia imaginar até recentemente.

A saída do Reino Unido da União Europeia reforçará movimentos anti-imigrantes e o separatismo, o que não só reduz o crescimento global por enfraquecer o comércio internacional, mas abre espaço para tensões mais graves, inclusive bélicas. É bom lembrar que o projeto de interdependência entre os países europeus por meio da União Europeia tinha dois objetivos: acelerar o crescimento econômico e reduzir o risco de conflitos bélicos em uma região que deu à luz duas guerras mundiais no século XX. Ambos saem agora enfraquecidos.

Para piorar, o choque econômico negativo vem em um momento em que a economia mundial já estava cambaleante e onde há ao menos duas grandes bolhas de ativos que podem representar riscos para a economia mundial.

Olhando a economia mundial, Europa e Japão já tinham desempenho muito fraco e, provavelmente agora serão jogadas em novas recessões. Entre os BRICS, Brasil e Rússia já estão em recessão e a China crescendo menos do que crescia até recentemente; só a Índia ainda ia bem. Os EUA vivem desde 2009, a recuperação econômica mais lenta desde o pós-guerra e a incerteza eleitoral e a possibilidade de alta da juros pelo Fed – ainda que cada vez mais remota – também não colaboram. Em resumo, passou a haver um risco real de uma nova recessão global.



No lado financeiro, a situação é ainda mais grave. Entre as muitas bolhas financeiras infladas pela injeção de dezenas de trilhões de dólares na economia mundial pelos bancos centrais dos países desenvolvidos após a crise financeira global de 2008, há ao menos duas que podem funcionar como gatilho para uma nova crise financeira global.

A primeira vem dos EUA. Enquanto a recuperação econômica pós-2009 foi a mais fraca desde o pós-guerra, a alta da Bolsa nos EUA foi a mais forte desde então, em função de lucratividade recorde das empresas. Isto foi possível por vários fatores que já não estão se sustentando:

 1 - Em 2008 e 2009, a crise financeira global fez o desemprego atingir o nível mais alto em mais de 30 anos nos EUA, derrubando salários, colaborando para aumentar a lucratividade das empresas americanas. Desde então, o desemprego vem caindo e hoje já é menor do que 5%, o que sugere que os salários devem subir, reduzindo os lucros das empresas;
 2 - A exploração do gás de xisto fez a produção de energia nos EUA dobrar desde 2008, tornando a energia nos EUA mais barata do que no resto do mundo, enquanto o preço do petróleo estava elevado nos mercados internacionais. Quando, recentemente, o preço do petróleo caiu de mais de US$100 por barril para a faixa de US$50 ou menos, esta vantagem competitiva das empresas americanas foi perdida porque o custo de extração americano é relativamente elevado;



 3 - Em 2010, o dólar estava bastante desvalorizado em relação à maioria das outras moedas mundiais – incluindo o Real - tornando as exportações americanas baratas em quase todo o mundo, o que ajudou muito nas vendas das empresas americanas. Entre 2010 e 2015, o dólar foi se valorizando cada vez mais – o que deve ser reforçado pela saída da do Reino Unido da União Europeia – e as exportações de produtos americanos, que antes chegavam baratas ao resto do mundo, hoje chegam caras, reduzindo suas vendas;
 4 - Com juros baixíssimos e mais recentemente até negativos, as empresas americanas conseguiram reduzir seus custos financeiros, aumentando lucros e ainda aproveitaram para emitir dívida e usar os recursos para recomprar ações. Assim, mesmo nos casos em que os lucros das empresas não cresceram, os lucros por ações aumentaram porque o número de ações – o denominador da equação – diminuiu. Com isso, as dívidas das empresas cresceram bastante, tornando-as vulneráveis a eventuais altas dos juros. Quando a taxa de juros sobre de 5% a.a. para 6% a.a., o custo financeiro de uma empresa aumenta 20%. Quando ela sobre de 0,1% a.a. para 1,1%, para a mesma elevação de 1 p.p., o custo financeiro aumenta 1000%.

Para completar, a concentração de renda no país é a mais elevada desde 1900. Todas as vezes que ela chegou a níveis próximos aos atuais  - em 1929, em 2000 e em 2008 – tivemos estouros de bolhas acionárias. Isto acontece porque quando há muita concentração de renda e, portanto, muitos têm renda muito baixa, a única forma que eles têm de aumentar o consumo é endividando-se cada vez mais. Este grande endividamento acaba causando uma crise de inadimplência quando a taxa de juros ou o desemprego sobem. Está aí o Brasil, que não me deixa mentir.



Por fim, não só os lucros das empresas americanas já estão em queda há quase dois anos e devem continuar caindo, mas a razão Preço/Lucro das ações americanas está no segundo nível mais elevado desde 1870, quando considerado o lucro médio de todo um ciclo econômico – ou o CAPE para os aficionados dos jargões financeiros. Apenas na Bolha da Nasdaq as ações americanas estiveram mais caras. Quanto mais cara a Bolsa fica por este indicador, maior costuma ser a queda quando ela começa a cair.





Com todos estes ingredientes, uma queda súbita do S&P500, o principal índice da Bolsa nos EUA, de cerca de 50%, como aconteceu em 2008/2009, não será nenhuma surpresa, mas se ocorrer, jogará o mundo em uma nova crise financeira global.



Se os problemas econômicos globais e financeiros americanos não fossem o bastante, há ainda uma enorme bolha de crédito e imobiliária na China que pode vir a estourar em função de uma recessão global e/ou estouro de bolha acionária nos EUA.

Começando pela bolha imobiliária, ela é a maior já vista no planeta ao menos desde 1900 – período para o qual eu consegui dados para analisar. Só para dar uma ideia, o pico de lançamento de casas e apartamentos no Brasil atingiu, em 2013, 200 mil unidades; nos EUA, em 2005 – no auge da bolha imobiliária - chegou a 2,2 milhões de unidades e na China chegou a 22 milhões de unidades no ano passado.

Por outro parâmetro, o consumo anual per capita de cimento, o pico na bolha imobiliária americana de 2008 mal passou de 400kg. Na mais inflada bolha imobiliária que já estourou – ao menos comparando este indicador – a coreana de 1997 – ele chegou a 1.550 kg. Na China, atualmente, ele supera 1.700Kg. Lembrando que o dado é por habitante. Se há uma coisa que não falta na China é habitante.

Quando bolhas imobiliárias estouram, compradores de imóveis e construtores não conseguem honrar suas dívidas com o setor financeiro, causando grandes perdas ao setor financeiro e fazendo bolhas de crédito estourar.

Quando, em setembro de 2008, este mecanismo fez a Lehman Brothers quebrar, dando início à crise financeira global, o total de ativos no sistema financeiro americano era de US$ 6 trilhões. No sistema financeiro chinês, havia pouco mais de US$3 trilhões. Desde então, a China inflou uma bolha de crédito em um ritmo nunca antes visto. Hoje, o total de ativos no sistema financeiro chinês é de mais de 15 trilhões – duas vezes e meia o que era nos EUA quando quebrou a Lehman Brothers – a maior parte direta ou indiretamente relacionada ao financiamento da bolha imobiliária. E isto sem nem considerar o enorme sistema de financiamentos extrabancários – shadow banking – e o grande volume de financiamento a empresas chinesas de construção através do mercado de capitais internacional. Em resumo, é difícil de imaginar que quando a bolha imobiliária chinesa estourar, não tenhamos uma nova crise financeira global, talvez a mais séria que a geração atualmente viva já viu.

Ainda é cedo demais para saber se a saída do Reino Unido Unido da União Europeia será apenas a queda de um dominó isolado – tomara – ou o primeiro de uma sequência de dominós cada vez maiores e mais conectados a outros dominós, com o potencial de impactar a vida de todos no planeta de forma significativa nos próximos anos.

Para nós no Brasil, em particular, isto é muito importante porque, como venho salientando, o Brasil isoladamente tem hoje todas as condições de retomar o crescimento econômico de forma mais rápida e forte do que quase ninguém imagina se retomar a confiança de investidores, empresários e consumidores, colocando as contas públicas em ordem com a aprovação das reformas de limite de gastos públicos e Previdência. Minha convicção com relação a isto é tão grande que me dei ao trabalho de escrever o livro Depois da Tempestade para explicar as razões em detalhes.

No entanto, o Brasil não é uma ilha. O que acontece no resto do mundo nos impacta, às vezes de forma determinante. Logo quando a tempestade brasileira dá os primeiros sinais de que pode passar, formam-se as nuvens do que pode vir a ser uma grande tempestade global.

 

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