Autor Tópico: Liberalismo  (Lida 25254 vezes)

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Offline JJ

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Re:Liberalismo
« Resposta #300 Online: 20 de Abril de 2018, 08:21:27 »
Capitalismo de Estado, funciona ou não funciona?


Para os políticos do Brasil até que tem funcionado para eles ficarem ricos.
« Última modificação: 20 de Abril de 2018, 12:12:45 por JJ »

Offline JJ

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Re:Liberalismo
« Resposta #301 Online: 20 de Abril de 2018, 12:10:28 »
Há inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.

Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não são as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.


Para os pagadores de impostos a corrupção que mais interessa é a corrupção que envolve  dinheiro dos pagadores de impostos.  Uma corrupção numa empresa privada,  que não envolva transação com ente público, e que portanto não envolva dinheiro de pagadores de impostos e sim dinheiro dos donos da empresa privada,  pouco interessará aos pagadores de impostos  de forma geral.

Estatais podem ou não serem um problema, caso não haja intromissão política na administração da estatal,  se pelo contrário houver uma administração profissional bastante independente da política e que preste contas ao mercado, então haverá menores chances de ocorrer corrupção com dinheiro público.  De qualquer forma poderíamos perguntar qual a vantagem real de ter determinada estatal.  Será que temos uma vantagem real ou será mera ilusão ?   O que há de real e concreto em falar que certa estatal é "estratégica" para o país ?  Tal afirmação seria apenas um belo discurso com tons nacionalistas ? Qual avantagem real que o brasileiro tem com tal estatal "estratégica" ?

Vejo que a principal vantagem é que o caixa vai para o estado, criando assim um estado que forneça serviços básicos de qualidade e gratuitos e ao mesmo tempo possua impostos baixos e grande liberdade econômica. O Caixa do governo da Noruega é o maior do mundo, apenas alguns 800 bilhões se não me engano.
Deve-se relevar que as empresas estatais não possuem a intromissão do estado na indicação de cargos, a empresa funciona como uma empresa normal, porém o estado é o majoritário nas ações, e por isso engloba todo o caixa, se não estou enganado.


Tendo em vista  a realidade política muito corrupta do Brasil,  tal  esperança me parece  ser bastante  ilusória. 



Offline JJ

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« Resposta #302 Online: 20 de Abril de 2018, 12:14:34 »
Sim porém o Governo da Noruega possui várias empresas e participa de várias ( praticamente em tudo) partes da economia e lidera em IDH.
Logo não deveríamos estar pedindo o fim do monopólio do estado e mais liberdade para investir ao invés de pedir para "privatizar tudo"  :?:


Uma ampla liberalização seria mais relevante,  entretanto  uma privatização adequada  poderia cortar os incentivos e as oportunidades (de corrupção e de enriquecimento ilícito)  que as estatais  oferecem aos políticos brasileiros.
A inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.
Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não é as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.



E qual é o   modelo   de   república   que    não    favorece a corrupção ?



 

Offline Lorentz

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« Resposta #303 Online: 20 de Abril de 2018, 12:20:58 »
Sim porém o Governo da Noruega possui várias empresas e participa de várias ( praticamente em tudo) partes da economia e lidera em IDH.
Logo não deveríamos estar pedindo o fim do monopólio do estado e mais liberdade para investir ao invés de pedir para "privatizar tudo"  :?:


Uma ampla liberalização seria mais relevante,  entretanto  uma privatização adequada  poderia cortar os incentivos e as oportunidades (de corrupção e de enriquecimento ilícito)  que as estatais  oferecem aos políticos brasileiros.
A inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.
Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não é as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.



E qual é o   modelo   de   república   que    não    favorece a corrupção ?



 

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Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #304 Online: 20 de Abril de 2018, 21:12:58 »
Há inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.

Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não são as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.


Para os pagadores de impostos a corrupção que mais interessa é a corrupção que envolve  dinheiro dos pagadores de impostos.  Uma corrupção numa empresa privada,  que não envolva transação com ente público, e que portanto não envolva dinheiro de pagadores de impostos e sim dinheiro dos donos da empresa privada,  pouco interessará aos pagadores de impostos  de forma geral.

Estatais podem ou não serem um problema, caso não haja intromissão política na administração da estatal,  se pelo contrário houver uma administração profissional bastante independente da política e que preste contas ao mercado, então haverá menores chances de ocorrer corrupção com dinheiro público.  De qualquer forma poderíamos perguntar qual a vantagem real de ter determinada estatal.  Será que temos uma vantagem real ou será mera ilusão ?   O que há de real e concreto em falar que certa estatal é "estratégica" para o país ?  Tal afirmação seria apenas um belo discurso com tons nacionalistas ? Qual avantagem real que o brasileiro tem com tal estatal "estratégica" ?

Vejo que a principal vantagem é que o caixa vai para o estado, criando assim um estado que forneça serviços básicos de qualidade e gratuitos e ao mesmo tempo possua impostos baixos e grande liberdade econômica. O Caixa do governo da Noruega é o maior do mundo, apenas alguns 800 bilhões se não me engano.
Deve-se relevar que as empresas estatais não possuem a intromissão do estado na indicação de cargos, a empresa funciona como uma empresa normal, porém o estado é o majoritário nas ações, e por isso engloba todo o caixa, se não estou enganado.

A ideia de que as empresas estatais, de uma forma geral, são um conjunto de vacas leiteiras do Tesouro é desmascarada somente olhando o caso do Brasil. Veja o número de empresas estatais no Brasil que dão prejuízo. E veja que muitas que dão lucro dependem de monopólio, reserva de mercado e/ou isenções fiscais diferenciadas para que isso aconteça, o que torna seus dividendos pagos ao Tesouro uma ficção contábil. No Brasil, é muito comum que os prejuízos da empresas estatais sejam socializados e os ganhos sejam privatizados aristocraticamente.

O problema das estatais do Brasil é a forma com a qual ela são administradas...
Os políticos não deveriam e nem poderiam indicar pessoas para cargos algum em uma estatal

Acreditar na promessa dos políticos brasileiros de blindar as grandes empresas estatais (autonomia decisória) e profissionalizar a liderança? Acreditar nesse tipo de promessa é tão absurdo quanto ficar esperando Papai Noel descer pela chaminé na noite de Natal. No Brasil, com possíveis raras exceções, são os piores que obtêm sucesso no jogo eleitoral. Como já dizia uma analogia de Alexandre Schwartsman, onde há carniça, é para lá que voam os urubus. Assim, se queremos acabar com os urubus, basta acabar com a carniça.

Não vejo a diferença entre acreditar na promessa de políticos quem queiram  dar autonomia decisória as estatais e os que querem acabar as estatais , as 2 formas são impopulares, difíceis de se fazer e pode ser apenas papo furado.
Fora que estou trabalhando com a Hipotése de que se fosse implantado daria certo, os por menores da política eu gostaria de deixar de fora...

Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #305 Online: 20 de Abril de 2018, 21:18:18 »


Sim a China é um país autoritário pois acaba de sair de um regime socialista, creio que com o tempo se continuarem com a mesma estratégia econômica, devem superar isso logo.


Para se terem uma noção, toda a estatal que o Brasil vende, grande parte é comprada pela China.


Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #306 Online: 20 de Abril de 2018, 21:19:04 »
Capitalismo de Estado, funciona ou não funciona?


Para os políticos do Brasil até que tem funcionado para eles ficarem ricos.

Pois é um capitalismo de Estado mal feito, se fosse pensado melhor, ou apenas um xérox do modelo norueguês teria dado certo.

Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #307 Online: 20 de Abril de 2018, 21:19:54 »
Sim porém o Governo da Noruega possui várias empresas e participa de várias ( praticamente em tudo) partes da economia e lidera em IDH.
Logo não deveríamos estar pedindo o fim do monopólio do estado e mais liberdade para investir ao invés de pedir para "privatizar tudo"  :?:


Uma ampla liberalização seria mais relevante,  entretanto  uma privatização adequada  poderia cortar os incentivos e as oportunidades (de corrupção e de enriquecimento ilícito)  que as estatais  oferecem aos políticos brasileiros.
A inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.
Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não é as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.



E qual é o   modelo   de   república   que    não    favorece a corrupção ?

Me expressei mal, o Nosso é um dos que mais favorece a corrupção, Desde o sistema de partidos e coligações  às doações

Offline -Huxley-

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Re:Liberalismo
« Resposta #308 Online: 20 de Abril de 2018, 21:32:58 »
Há inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.

Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não são as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.


Para os pagadores de impostos a corrupção que mais interessa é a corrupção que envolve  dinheiro dos pagadores de impostos.  Uma corrupção numa empresa privada,  que não envolva transação com ente público, e que portanto não envolva dinheiro de pagadores de impostos e sim dinheiro dos donos da empresa privada,  pouco interessará aos pagadores de impostos  de forma geral.

Estatais podem ou não serem um problema, caso não haja intromissão política na administração da estatal,  se pelo contrário houver uma administração profissional bastante independente da política e que preste contas ao mercado, então haverá menores chances de ocorrer corrupção com dinheiro público.  De qualquer forma poderíamos perguntar qual a vantagem real de ter determinada estatal.  Será que temos uma vantagem real ou será mera ilusão ?   O que há de real e concreto em falar que certa estatal é "estratégica" para o país ?  Tal afirmação seria apenas um belo discurso com tons nacionalistas ? Qual avantagem real que o brasileiro tem com tal estatal "estratégica" ?

Vejo que a principal vantagem é que o caixa vai para o estado, criando assim um estado que forneça serviços básicos de qualidade e gratuitos e ao mesmo tempo possua impostos baixos e grande liberdade econômica. O Caixa do governo da Noruega é o maior do mundo, apenas alguns 800 bilhões se não me engano.
Deve-se relevar que as empresas estatais não possuem a intromissão do estado na indicação de cargos, a empresa funciona como uma empresa normal, porém o estado é o majoritário nas ações, e por isso engloba todo o caixa, se não estou enganado.

A ideia de que as empresas estatais, de uma forma geral, são um conjunto de vacas leiteiras do Tesouro é desmascarada somente olhando o caso do Brasil. Veja o número de empresas estatais no Brasil que dão prejuízo. E veja que muitas que dão lucro dependem de monopólio, reserva de mercado e/ou isenções fiscais diferenciadas para que isso aconteça, o que torna seus dividendos pagos ao Tesouro uma ficção contábil. No Brasil, é muito comum que os prejuízos da empresas estatais sejam socializados e os ganhos sejam privatizados aristocraticamente.

O problema das estatais do Brasil é a forma com a qual ela são administradas...
Os políticos não deveriam e nem poderiam indicar pessoas para cargos algum em uma estatal

Acreditar na promessa dos políticos brasileiros de blindar as grandes empresas estatais (autonomia decisória) e profissionalizar a liderança? Acreditar nesse tipo de promessa é tão absurdo quanto ficar esperando Papai Noel descer pela chaminé na noite de Natal. No Brasil, com possíveis raras exceções, são os piores que obtêm sucesso no jogo eleitoral. Como já dizia uma analogia de Alexandre Schwartsman, onde há carniça, é para lá que voam os urubus. Assim, se queremos acabar com os urubus, basta acabar com a carniça.

Não vejo a diferença entre acreditar na promessa de políticos quem queiram  dar autonomia decisória as estatais e os que querem acabar as estatais , as 2 formas são impopulares, difíceis de se fazer e pode ser apenas papo furado.
Fora que estou trabalhando com a Hipotése de que se fosse implantado daria certo, os por menores da política eu gostaria de deixar de fora...

Não, as duas formas de despolitização das empresas não se equivalem em popularidade. A que você sugeriu é bem popular. Dado que ninguém gosta de ser roubado, tudo o que o povão quer acreditar é que seria que possível manter as empresas estatais oferecendo-as o mínimo possível aos políticos. Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil.

E quem, na campanha política, estiver disposto a prometer privatizar as empresas estatais, certamente se esforçará bastante para privatizar quando chegar ao poder, pois o discurso de privatização é anti-eleitoral no Brasil.
« Última modificação: 20 de Abril de 2018, 21:40:06 por -Huxley- »

Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #309 Online: 21 de Abril de 2018, 12:55:09 »
Há inúmeras maneira de ocorrer  corrupção.

Privatizar não acabará com a corrupção apenas a fará mudar de ramo.

O problema do Brasil não são as estatais, e sim a falta de liberdade econômica e o modelo de república que favorece a corrupção.


Para os pagadores de impostos a corrupção que mais interessa é a corrupção que envolve  dinheiro dos pagadores de impostos.  Uma corrupção numa empresa privada,  que não envolva transação com ente público, e que portanto não envolva dinheiro de pagadores de impostos e sim dinheiro dos donos da empresa privada,  pouco interessará aos pagadores de impostos  de forma geral.

Estatais podem ou não serem um problema, caso não haja intromissão política na administração da estatal,  se pelo contrário houver uma administração profissional bastante independente da política e que preste contas ao mercado, então haverá menores chances de ocorrer corrupção com dinheiro público.  De qualquer forma poderíamos perguntar qual a vantagem real de ter determinada estatal.  Será que temos uma vantagem real ou será mera ilusão ?   O que há de real e concreto em falar que certa estatal é "estratégica" para o país ?  Tal afirmação seria apenas um belo discurso com tons nacionalistas ? Qual avantagem real que o brasileiro tem com tal estatal "estratégica" ?

Vejo que a principal vantagem é que o caixa vai para o estado, criando assim um estado que forneça serviços básicos de qualidade e gratuitos e ao mesmo tempo possua impostos baixos e grande liberdade econômica. O Caixa do governo da Noruega é o maior do mundo, apenas alguns 800 bilhões se não me engano.
Deve-se relevar que as empresas estatais não possuem a intromissão do estado na indicação de cargos, a empresa funciona como uma empresa normal, porém o estado é o majoritário nas ações, e por isso engloba todo o caixa, se não estou enganado.

A ideia de que as empresas estatais, de uma forma geral, são um conjunto de vacas leiteiras do Tesouro é desmascarada somente olhando o caso do Brasil. Veja o número de empresas estatais no Brasil que dão prejuízo. E veja que muitas que dão lucro dependem de monopólio, reserva de mercado e/ou isenções fiscais diferenciadas para que isso aconteça, o que torna seus dividendos pagos ao Tesouro uma ficção contábil. No Brasil, é muito comum que os prejuízos da empresas estatais sejam socializados e os ganhos sejam privatizados aristocraticamente.

O problema das estatais do Brasil é a forma com a qual ela são administradas...
Os políticos não deveriam e nem poderiam indicar pessoas para cargos algum em uma estatal

Acreditar na promessa dos políticos brasileiros de blindar as grandes empresas estatais (autonomia decisória) e profissionalizar a liderança? Acreditar nesse tipo de promessa é tão absurdo quanto ficar esperando Papai Noel descer pela chaminé na noite de Natal. No Brasil, com possíveis raras exceções, são os piores que obtêm sucesso no jogo eleitoral. Como já dizia uma analogia de Alexandre Schwartsman, onde há carniça, é para lá que voam os urubus. Assim, se queremos acabar com os urubus, basta acabar com a carniça.

Não vejo a diferença entre acreditar na promessa de políticos quem queiram  dar autonomia decisória as estatais e os que querem acabar as estatais , as 2 formas são impopulares, difíceis de se fazer e pode ser apenas papo furado.
Fora que estou trabalhando com a Hipotése de que se fosse implantado daria certo, os por menores da política eu gostaria de deixar de fora...

Não, as duas formas de despolitização das empresas não se equivalem em popularidade. A que você sugeriu é bem popular. Dado que ninguém gosta de ser roubado, tudo o que o povão quer acreditar é que seria que possível manter as empresas estatais oferecendo-as o mínimo possível aos políticos. Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil.

E quem, na campanha política, estiver disposto a prometer privatizar as empresas estatais, certamente se esforçará bastante para privatizar quando chegar ao poder, pois o discurso de privatização é anti-eleitoral no Brasil.

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Offline -Huxley-

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Re:Liberalismo
« Resposta #310 Online: 21 de Abril de 2018, 13:26:04 »

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Isso é simples de responder, pois privatizações importantes bem-sucedidas já aconteceram no Brasil. As privatizações das siderúrgicas e da Embraer na era pré-FHC, por exemplo (e outras privatizações menos bem-sucedidas deram um upgrade em relação a situação estatizante). Já "blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras" ainda é conceito de ficção científica.
« Última modificação: 21 de Abril de 2018, 13:29:42 por -Huxley- »

Offline Vithor

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« Resposta #311 Online: 21 de Abril de 2018, 15:49:08 »

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Isso é simples de responder, pois privatizações importantes bem-sucedidas já aconteceram no Brasil. As privatizações das siderúrgicas e da Embraer na era pré-FHC, por exemplo (e outras privatizações menos bem-sucedidas deram um upgrade em relação a situação estatizante). Já "blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras" ainda é conceito de ficção científica.

Telebrás e a CEEE transmissão , mandam lembranças.

Creio que é isso mesmo que favorece a"blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras", pois como é algo que não aconteceu, não há como provar que isso não daria certo no Brasil.
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Offline Lorentz

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« Resposta #312 Online: 21 de Abril de 2018, 18:35:45 »
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Como por exemplo uma tinha telefônica que hoje é de graça para adquirir e é feito em uma semana, ou um chip de celular que é comprado em minutos. Mesmo os serviços sendo ruins, houve uma evolução absurda. Ainda assim, o problema das teles não foram as privatizações, mas a conivência da Anatel, justamente por ainda ser a parte do governo nessa história toda.

Houve casos de empresas de telefonia de baixo custo que tentaram entrar no país e foram barradas pela Anatel, que serve às operadoras. Ou seja, o mecanismo para melhorar o sistema, que é a concorrência, existe e tem interesse, mas a parte que cabe ao Estado interfere até hoje.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline -Huxley-

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Re:Liberalismo
« Resposta #313 Online: 21 de Abril de 2018, 19:28:00 »

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Isso é simples de responder, pois privatizações importantes bem-sucedidas já aconteceram no Brasil. As privatizações das siderúrgicas e da Embraer na era pré-FHC, por exemplo (e outras privatizações menos bem-sucedidas deram um upgrade em relação a situação estatizante). Já "blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras" ainda é conceito de ficção científica.

Telebrás e a CEEE transmissão , mandam lembranças.

Creio que é isso mesmo que favorece a"blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras", pois como é algo que não aconteceu, não há como provar que isso não daria certo no Brasil.
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Na época imediatamente anterior a privatização da Telebrás, o Brasil tinha densidade telefônica muito menor do que a do México, país com renda per capita semelhante naquele período. Uma linha fixa no Brasil não saía por menos de 2 mil reais a preços de hoje, demorava entre 1 e 2 anos para ser instalada.  Sem falar no quanto a Telebrás pré-privatização era uma influência perniciosa para as finanças públicas.

Para a privatização ser justificável, não precisa o mundo perfeito surgir. Apenas um mundo melhor do que a mundo da estatização da empresa.
« Última modificação: 21 de Abril de 2018, 20:09:45 por -Huxley- »

Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #314 Online: 21 de Abril de 2018, 20:57:35 »
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Como por exemplo uma tinha telefônica que hoje é de graça para adquirir e é feito em uma semana, ou um chip de celular que é comprado em minutos. Mesmo os serviços sendo ruins, houve uma evolução absurda. Ainda assim, o problema das teles não foram as privatizações, mas a conivência da Anatel, justamente por ainda ser a parte do governo nessa história toda.

Houve casos de empresas de telefonia de baixo custo que tentaram entrar no país e foram barradas pela Anatel, que serve às operadoras. Ou seja, o mecanismo para melhorar o sistema, que é a concorrência, existe e tem interesse, mas a parte que cabe ao Estado interfere até hoje.

Errado, o problema não é só  a Anatel, mas também a maneira como foi feita as privatizações, Vamos aos Fatos:

1- Embratel - A venda dela foi logo após ter sido concluída uma Espinha dorsal de cabos de fibra ótica, foi algo muito moderno para época e que também recebeu um investimento massivo e controlaria na época todo o tráfego da América do sul , e foi entregado  ( pois foi vendido como um "brinde" junto com a concessão ) à MCI . E também o nosso primeiro e único Satélite Nacional, entregado no pacotão junto, Tanto que até hoje o Brasil precisa de dados de outros países para fazer previsões meteorológicas e de evento geográficos. Ah, foi tudo vendido à MCI, empresa americana.

2-  O nosso queridinho Ministro das comunicações havia anunciado ( Em linha telefônica da BNDES que foi grampeada ) que a MCI, levaria a Embratel, embora o leilão ainda não tivesse acontecido, Talvez ele seja o nosso Nostradamus moderno

3- Na Tele norte leste tivemos a venda, não só da empresa mas também da rede de cabos subterrâneos, e eu me pergunto como isso ajudaria o livre mercado visto que não há possibilidade de fazer outra rede de cabos subterrâneos para as cidades que já possuem um logo você acaba criando um monopólio
P.S. Isso ocorreu na Telesp e na Tele Centro Sul

4- Mais uma do nosso Nostradamus, Ele também adivinhou a Venda da tele norte leste para o Banco Oppurtunity, fora que também formou consórcios para garantir que que a Tele Norte Leste caia na mão dos nossos queridinhos Banqueiros da Oppurtunuty ( Ah  esqueci de falar que esse mesmo banco teve influência através de espionagens e subornos na venda da Telemar )

5-Tem mais o problema com a Telesp Celular, onde foram vendidas as antenas em operação para UMA empresa, e por isso obteve vantagem sobre as concorrentes, limitando o uso das concorrentes..


Realmente o problema foi só a Anatel  :wink:

Offline Vithor

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Re:Liberalismo
« Resposta #315 Online: 21 de Abril de 2018, 21:13:32 »

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Isso é simples de responder, pois privatizações importantes bem-sucedidas já aconteceram no Brasil. As privatizações das siderúrgicas e da Embraer na era pré-FHC, por exemplo (e outras privatizações menos bem-sucedidas deram um upgrade em relação a situação estatizante). Já "blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras" ainda é conceito de ficção científica.

Telebrás e a CEEE transmissão , mandam lembranças.

Creio que é isso mesmo que favorece a"blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras", pois como é algo que não aconteceu, não há como provar que isso não daria certo no Brasil.
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Na época imediatamente anterior a privatização da Telebrás, o Brasil tinha densidade telefônica muito menor do que a do México, país com renda per capita semelhante naquele período. Uma linha fixa no Brasil não saía por menos de 2 mil reais a preços de hoje, demorava entre 1 e 2 anos para ser instalada.  Sem falar no quanto a Telebrás pré-privatização era uma influência perniciosa para as finanças públicas.

Para a privatização ser justificável, não precisa o mundo perfeito surgir. Apenas um mundo melhor do que a mundo da estatização da empresa.

Como eu já citei acima as privatizações estão longe de serem algo efetivo, realmente era necessário fazer algo, e as privatizações realmente melhoraram a situação, porém eu me pergunto e ao invés de privatizadas, nós tivéssemos feito:

- Fim do monopólio Estatal e acesso a empresas privadas as infraestruturas essenciais como antenas e túneis de cabos subterrâneos.

- Dado autonomia decisória para a Telebras e dado fim as indicações de político para cargos na mesma;

Será que a situação atual não estaria melhor?

Offline -Huxley-

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« Resposta #316 Online: 21 de Abril de 2018, 21:40:12 »

"Só que isso aí não tem viabilidade prática no Brasil. ",se essa não possui viabilidade prática, porque a de privatizar tudo teria?

Isso é simples de responder, pois privatizações importantes bem-sucedidas já aconteceram no Brasil. As privatizações das siderúrgicas e da Embraer na era pré-FHC, por exemplo (e outras privatizações menos bem-sucedidas deram um upgrade em relação a situação estatizante). Já "blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras" ainda é conceito de ficção científica.

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Creio que é isso mesmo que favorece a"blindagem contra maus políticos nas empresas estatais brasileiras", pois como é algo que não aconteceu, não há como provar que isso não daria certo no Brasil.
Já as privatizações, tiveram seus altos e baixos, mostrando ser uma táctica não tão efetiva, pois se não for bem executada pode ferrar o Brasil por anos, exemplo são nossas provedoras de telefonia e seu cartelzinho legalizado ...

Na época imediatamente anterior a privatização da Telebrás, o Brasil tinha densidade telefônica muito menor do que a do México, país com renda per capita semelhante naquele período. Uma linha fixa no Brasil não saía por menos de 2 mil reais a preços de hoje, demorava entre 1 e 2 anos para ser instalada.  Sem falar no quanto a Telebrás pré-privatização era uma influência perniciosa para as finanças públicas.

Para a privatização ser justificável, não precisa o mundo perfeito surgir. Apenas um mundo melhor do que a mundo da estatização da empresa.

Como eu já citei acima as privatizações estão longe de serem algo efetivo, realmente era necessário fazer algo, e as privatizações realmente melhoraram a situação, porém eu me pergunto e ao invés de privatizadas, nós tivéssemos feito:

- Fim do monopólio Estatal e acesso a empresas privadas as infraestruturas essenciais como antenas e túneis de cabos subterrâneos.

- Dado autonomia decisória para a Telebras e dado fim as indicações de político para cargos na mesma;

Será que a situação atual não estaria melhor?

O problema desse "se" descrito acima é que ele não é comparado ao "se" alternativo principal. E se as empresas estatais fossem vendidas e o governo simplesmente se retirasse da área, sem dar palpites nem impor regulamentações absurdas, tal como foi feito com as siderúrgicas no governo Collor e Itamar? Será que a situação atual não estaria melhor? O problema principal de muitos "ses" na política é esse: a condicional exigida é nada trivial... Por exemplo, se o mundo fosse feito somente de santos e anjos, o anarquismo funcionaria.

Offline JJ

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Re:Liberalismo
« Resposta #317 Online: 03 de Maio de 2018, 16:48:22 »

EUA impõem cota ao aço, e siderúrgicas aceitam


Restrição às exportações do Brasil foi a oferta final do governo de Donald Trump



O tamanho das cotas, considerado inaceitável pelo governo brasileiro, vinha sendo discutido entre Brasília e Washington, mas, naquele telefonema, o emissário do governo Donald Trump deixou claro que a negociação havia acabado.


O processo foi semelhante com o governo argentino, que também recebeu um ultimato na semana passada. Mas o governo de Mauricio Macri vendeu como um trunfo seu "acordo" com os Estados Unidos, que resultou na retirada das tarifas sobre o aço e alumínio e estabelecimento de cotas.

Isso embora a Argentina tenha saído ligeiramente mais prejudicada que o Brasil na negociação: os argentinos terão de reduzir sua exportação de aço em 14% em relação ao volume exportado em 2017, para se manter dentro da cota de 180 mil toneladas.

[…]

"Eles disseram que a decisão foi tomada em nível presidencial, que as condições políticas haviam mudado e que não havia mais condições de continuar negociando", diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente do IABr (Instituto Aço Brasil, que reúne as siderúrgicas). "É pegar ou largar."

[…]


https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/eua-impoem-cota-ao-aco-e-siderurgicas-aceitam.shtml



Offline JJ

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Re:Liberalismo
« Resposta #318 Online: 03 de Maio de 2018, 16:50:10 »
Ao invés de pesquisarem, e atacarem as causas da falta de competitividade, o governo Trump  prefere  o caminho aparentemente mais fácil (mas não o que leva a maior eficiência) de subir tarifas e/ou impor cotas.

« Última modificação: 03 de Maio de 2018, 16:53:03 por JJ »

Offline JJ

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Re:Liberalismo
« Resposta #319 Online: 03 de Maio de 2018, 16:54:49 »

É um péssimo exemplo para os países que  já  não  são chegados em livre comércio.  Isso estimulará ainda mais as velhas políticas protecionistas.

Offline Fabrício

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Re:Liberalismo
« Resposta #320 Online: 04 de Maio de 2018, 07:07:15 »
Ao invés de pesquisarem, e atacarem as causas da falta de competitividade, o governo Trump  prefere  o caminho aparentemente mais fácil (mas não o que leva a maior eficiência) de subir tarifas e/ou impor cotas.

E mesmo assim está cheio de liberaizinhos de boutique babando ovo pra ele no Facebook.
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Offline -Huxley-

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Re:Liberalismo
« Resposta #321 Online: 04 de Maio de 2018, 21:51:50 »
Economicamente, Trump é uma versão de Dilma com um penca de bajuladores auto-intitulados """liberais""" na mídia. Basta ver a semelhança dos dois em atitudes como protecionismo comercial e irresponsabilidade fiscal.

Offline Fabrício

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Re:Liberalismo
« Resposta #322 Online: 05 de Maio de 2018, 07:45:26 »
Economicamente, Trump é uma versão de Dilma com um penca de bajuladores auto-intitulados """liberais""" na mídia. Basta ver a semelhança dos dois em atitudes como protecionismo comercial e irresponsabilidade fiscal.

E fala tanta merda quanto a Dilma também em seus discursos ou no twitter
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Offline Entropia

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Re:Liberalismo
« Resposta #323 Online: 05 de Maio de 2018, 07:55:21 »
De acordo com os """Liberais""" a vista grossa pra essas marmotas do Trump é porque ele é uma arma contra o globalismo neocon, sabe-se lá o que isso quer dizer . Ou entao citam que ele anunciou o maior corte de impostos da história, aí supostamente isso valida todo o intervencionismo dele agora, hehe.

Offline Fabrício

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Re:Liberalismo
« Resposta #324 Online: 06 de Maio de 2018, 07:52:25 »
Citação de: Entropia
Ou entao citam que ele anunciou o maior corte de impostos da história, aí supostamente isso valida todo o intervencionismo dele agora, hehe.

Se fosse acompanhado do maior corte de gastos da história, seria válido... mas do jeito que foi, só criou uma bomba relógio para explodir no futuro.
"Deus prefere os ateus"

 

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