Esse Sérgio carretel é todo enrolado... rs
pois o que caracteriza o judaísmo são os serviços e a adoração ao deus Jeová
A proposta de adoração e serviços a deus só ocorre nas religiões de inspiração cristã
Donde se conclui que o judaísmo, que é uma religião, é de
"inspiração cristã". Ou seja, o cristianismo, que não pode ser considerado uma religião, inspirou a religião judaica pois SÓ em religiões de inspiração cristã ocorre a
"proposta de adoração e serviços a deus". Passando por cima do detalhe de que o judaísmo é anterior ao cristianismo e portanto estranho que o primeiro tenha sido inspirado pelo último, se a proposta de adoração e serviços a deus só ocorre, como você crê, em religiões de inspiração cristã supomos imediatamente que tal ocorra no cristianismo, o que por esse raciocínio o encaixaria na mesma definição de religião que você aplica ao judaísmo.
E de fato, a proposta de adorar e servir a Jesus Cristo, como repetido na ladainha de padres e pastores, é o que há de comum em tudo que se denomine cristianismo. E além disso, assim como no judaísmo, em pouca coisa os cristãos precisam concordar para se considerarem cristãos. E este é um fenômeno histórico que ocorre a todas as religiões, judaísmos e islamismos inclusos.
Porque as religiões recebem influências da cultura dos povos convertidos, sincretizam-se com outras religiões, adaptam-se aos novos tempos e à novas demandas, são instrumentos usados de muitas formas por interesses diversos ao longo dos tempos. Portanto quanto mais uma religião dura, mais ela se diversifica, se ramifica, se contradiz.
O cristianismo também é caracterizado por adoração e pelo fiel colocar sua vida a serviço de Deus (que também é Jesus), mas o que é esse Deus, e o que é este Jesus, e como os "ensinamentos" de Jesus são interpretados, pode ser escolhido em um cardápio variado.
O Jesus do cristianismo mórmon esteve nos Estados Unidos e ensinou várias coisas novas que não constam do NT. O Jesus do Bispo Macedo renegou o sermão da montanha. O do Malafaia e do Valdemiro Santiago também. Cristianismo vai desde São Francisco de Assis a ceroula sagrada dos mórmons. E assim também é com os judaísmos, que podem ser desde um apanhado de superstições primitivas cabalísticas até um discurso teológico sobre um deus incognoscível em contradição ao Jeová antropomórfico de judaísmos de Velho Testamento.
O próprio judaísmo é fruto do sincretismo de muitas religiões orientais, que acabaram dando origem ao culto de duas divindades que se tornaram as mais importantes para os povos cananitas politeístas: Baal e Yaweh (ou Jeová). Um mais cultuado em Judá e o outro em Israel. Mais tarde os dois se fundem em um único deus.
O mesmo para o cristianismo, que era só um judaísmo como outro qualquer que acaba sendo sincretizado com outras religiões. Como o mitraísmo do qual herdou alguns dos seus mais importantes ritos, entre estes a eucaristia, e continua sendo adaptado e sincretizado e diversamente interpretado até os dias de hoje.
Não vejo nada de essencialmente diferente no cristianismo que não se aplique a outras religiões.