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Em quem você votará no 2º Turno das eleições de 2018?

Haddad (PT)
10 (25.6%)
Jair Bolsonaro (PSL)
15 (38.5%)
Branco/Nulo
10 (25.6%)
Não comparecerei
4 (10.3%)

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Autor Tópico: Eleições presidenciais de 2018  (Lida 56193 vezes)

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Offline Gauss

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #75 Online: 06 de Março de 2018, 21:29:30 »
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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

O Otário NÃO é desarmamentista.
[...]
HAHAHAHA O cara defende a legislação japonesa de armas. Se defendesse a legislação suíça eu até acreditaria.

Citar
[...]
O Twitter o Joaquim Barbosa está fora do contexto. Ele não foi contra o impeachment ele achou o circo que foi feito (com deputados dedicando o voto "...para mamão, para o papai e para você.") uma palhaçada. Eu também achei, e não fui contra o impeachment.
[...]
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Joaquim Barbosa chama impeachment de 'tabajara' e 'patético'

Ex-presidente do STF diz que Temer não terá o respeito dos brasileiros.
Para Barbosa, grupo conservador agora no poder 'não tem votos'
.
[...] “É tão embaraçoso! De repente, forças políticas altamente conservadoras tomaram o Brasil. Tomaram tudo! Dominam o Congresso. Cercam o novo presidente (um politico que pode ser comparado aos velhos ‘caudilhos’ latino-americanos)”, prosseguiu. “Eles conduzem a mídia, incluindo as emissoras de TV. Mas sabem de uma coisa? Eles não têm votos. Esperem um par de anos!”[...]
Fonte: PiG.

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[...]
Porque nós estamos discutindo as coisas desde o Collor e não fizemos, não quer dizer que temos que fazer tudo de uma vez sem pensar. E no caso das privatizações, como eu já disse por ai, por mim, pode ir privatizando tudo mesmo.
Nós perdemos tanto tempo discutindo isso (30 ANOS!) que agora temos que fazer tudo de uma vez mesmo para não entrar em parafuso.
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Só acho que os correios teriam que ter (devido aos funcionários do chão da empresa) um planejamento antes.
Sim. A privatização dos Correios não deveria causar a demissão imediata de todos os funcionários e etc. Os funcionários das empresas estatais (não só dos Correios) poderiam muito bem continuar nas empresas após a privatização. Só que agora iriam ter de demonstrar resultados, como qualquer trabalhador da iniciativa privada.

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Putz...

Eu não acredito que a Marina se apresentará de forma aceitável, mas se ela montasse uma boa equipe, desse declarações decentes e conquistasse confiança, eu votaria nela fácil.
Putz...
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #76 Online: 06 de Março de 2018, 21:30:41 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Lorentz

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #77 Online: 06 de Março de 2018, 21:34:02 »
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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

O Otário NÃO é desarmamentista.
[...]
HAHAHAHA O cara defende a legislação japonesa de armas. Se defendesse a legislação suíça eu até acreditaria.



Mas você isso:

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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

Ele defende algum grau de porte/posse de armas. Não defender o modelo suíço não torna automaticamente um desarmamentista radical.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Gauss

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #78 Online: 06 de Março de 2018, 21:38:46 »
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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

O Otário NÃO é desarmamentista.
[...]
HAHAHAHA O cara defende a legislação japonesa de armas. Se defendesse a legislação suíça eu até acreditaria.



Mas você isso:

Citar
O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

Ele defende algum grau de porte/posse de armas. Não defender o modelo suíço não torna automaticamente um desarmamentista radical.
A legislação japonesa é ainda mais dura que a legislação brasileira neste assunto, Lorentz. Ele não defende um abrandamento do Estatuto do Desarmamento, ele defende é algo mais duro, isso sim.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline AlienígenA

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #79 Online: 06 de Março de 2018, 21:49:52 »
Estado mínimo, da forma como defendem pela internet, não vai libertar o povo da opressão estatal, vai colocar o cidadão comum sobre controle de quem tem o domínio financeiro.

Como defendem? E quem?
Acho que ele se refere aos anarcocapitalistas tipo o Raphael Lima.

Até onde eu já vi o Raphael Lima é o único ancap que pode ser considerado sério.

Eu não diria sequer que o anarco capitalismo pode ser considerado sério. Salva-se a ética libertária, exceto por umas bizarrices de Rothbard - sobretudo como exposta pelo Raphael. E, claro, os conceitos de livre mercado.

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Eu falo do geral. O Otário é uma pessoa obviamente inteligentíssima e, até onde se pode ver, realmente acredita no que fala. Eu sou inscrito no canal dele, vejo todos seus vídeos e acho que ele é muito mais liberal do que eu considero aceitável. Aquela história de quanto mais Estado, menos cidadão é só metade do ideal. Estado de menos, pouco cidadão também. O Otário me passa a ideia de que quer que o liberalismo seja implantado já e a qualquer custo. Não é a melhor forma.

Conheço muito pouco.

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Eu já vi o Geotecton defender que o teto do funcionalismo seja 5 mil reais, o que é, do meu ponto de vista, claramente impraticável. E o Geotecton é acima de suspeitas aqui.

Concordo com o Geo - é preciso inverter essa lógica. Quem deve ser atrativo é o mercado e não o Estado. 

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Temos o MBL que vira e mexe fala algo que é intragável economicamente. Claramente defendendo interesses de ruralistas ou empresários.

Confesso que perdi essa parte. Não tenho acompanhado muito ultimamente.

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O Amoedo do NOVO assusta. Por isso eu votei no Meirelles, por isso eu gostaria que o Joaquim Barbosa se candidatasse, por isso eu votaria na Marina se ela se apresentar (e der provas) mais liberal nos dois fronts. Não considero Amoedo ruim, mas ele me passa uma ideia de que quer aas coisas mais apressadas do que elas devem ser feitas.

O que me assusta é Barbosa e Marina. Meirelles, nhé... vá lá, já que só tem tu...

Offline AlienígenA

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #80 Online: 06 de Março de 2018, 22:07:04 »
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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

O Otário NÃO é desarmamentista.
[...]
HAHAHAHA O cara defende a legislação japonesa de armas. Se defendesse a legislação suíça eu até acreditaria.



Mas você isso:

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O Otário é tão minarquista que defende o desarmamentismo radical.

Ele defende algum grau de porte/posse de armas. Não defender o modelo suíço não torna automaticamente um desarmamentista radical.
A legislação japonesa é ainda mais dura que a legislação brasileira neste assunto, Lorentz. Ele não defende um abrandamento do Estatuto do Desarmamento, ele defende é algo mais duro, isso sim.

Verdade. Comentei isso outro dia, acho que com o Lorentz mesmo. Ou não?

Offline Cinzu

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #81 Online: 06 de Março de 2018, 22:07:46 »
As ideias do Novo são sensacionais, é provável que votarei em todos os candidatos do partido. Os vereadores eleitos em 2016 têm feito um excelente trabalho, será muito bom para o congresso ter deputados e senadores do Novo em 2019.

Porém, tenho certas ressalvas com o Amoedo. As ideias de "privatizar tudo sem pensar duas vezes" me parece um tanto quanto perigosa, além de que ele nunca foi testado como político, e o cargo de presidência da república é arriscado para uma primeira experiência.

Por isso, voto no Cristovam Buarque por enquanto. Apesar das ideias utópicas e sem sentido apresentadas ocasionalmente, tem demonstrado boa experiência política, além de inteligente e com um vasto currículo.

Em um possível segundo turno, poderia votar no Amoedo, Alvaro Dias e talvez até no Alckmin, dependendo de quem for o adversário. Fora isso, prefiro anular o voto.

OBS: Ainda tenho esperança do Modesto Carvalhosa se candidatar. Nesse caso repensarei o voto.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline AlienígenA

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #82 Online: 06 de Março de 2018, 22:25:28 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.

Enxuto não é sinônimo de insignificante. O Estado pode, por exemplo, promover políticas públicas, sem ter que fornecê-las. E concordo que uma boa parte da iniciativa privada no Brasil é mal acostumada, mas porque mimada pelo Estado.

Offline Lorentz

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #83 Online: 06 de Março de 2018, 23:14:23 »


Quando a gente fala em reduzir o Estado, quem quer nos desqualificar aponta a importância de manter tudo isso acima por causa daqueles 10% entre saúde, educação e demais investimentos miúdos ali das caixinhas.

Quando a gente ataca o Estado, estamos justamente defendendo esses 10%, atacando todo o resto, inclusive, imaginando o quanto poderíamos aumentar esses 10% para 20% se não fôssemos tão irresponsáveis com a dívida ou previdência.
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Offline Geotecton

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #84 Online: 07 de Março de 2018, 00:11:56 »
Estado mínimo, da forma como defendem pela internet, não vai libertar o povo da opressão estatal, vai colocar o cidadão comum sobre controle de quem tem o domínio financeiro.

Como defendem? E quem?
Acho que ele se refere aos anarcocapitalistas tipo o Raphael Lima.

Até onde eu já vi o Raphael Lima é o único ancap que pode ser considerado sério.

Eu falo do geral. O Otário é uma pessoa obviamente inteligentíssima e, até onde se pode ver, realmente acredita no que fala. Eu sou inscrito no canal dele, vejo todos seus vídeos e acho que ele é muito mais liberal do que eu considero aceitável. Aquela história de quanto mais Estado, menos cidadão é só metade do ideal. Estado de menos, pouco cidadão também. O Otário me passa a ideia de que quer que o liberalismo seja implantado já e a qualquer custo. Não é a melhor forma.

Eu já vi o Geotecton defender que o teto do funcionalismo seja 5 mil reais, o que é, do meu ponto de vista, claramente impraticável. E o Geotecton é acima de suspeitas aqui.

Temos o MBL que vira e mexe fala algo que é intragável economicamente. Claramente defendendo interesses de ruralistas ou empresários.

O Amoedo do NOVO assusta. Por isso eu votei no Meirelles, por isso eu gostaria que o Joaquim Barbosa se candidatasse, por isso eu votaria na Marina se ela se apresentar (e der provas) mais liberal nos dois fronts. Não considero Amoedo ruim, mas ele me passa uma ideia de que quer aas coisas mais apressadas do que elas devem ser feitas.

Nem a Marina e nem o Joaquim Barbosa iriam reduzir o tamanho e a influência do Estado. Pelo contrário. Pelo histórico de cada um, a maior probabilidade é de um aumento - e considerável - dele. E acho que também não implementariam quaisquer medidas amplas para um aumento de eficiência.

Já que fui mencionado, quero esclarecer o seguinte: Quando citei o valor de R$ 5.000,00 foi mais para compor a minha retórica do que para impor um limite. Mas não acho adequado que o valor final deva ser muito superior. Quem quer salários 'nababescos', tente-os no setor privado. E todas as benesses devem ser cortadas, como estabilidade funcional e contribuição previdenciária de forma paritária pelo Estado.
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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #85 Online: 07 de Março de 2018, 00:14:25 »
Estado mínimo, da forma como defendem pela internet, não vai libertar o povo da opressão estatal, vai colocar o cidadão comum sobre controle de quem tem o domínio financeiro.

Mais fácil você romper as barreiras de um dominador financeiro privado do que se livrar das 'garras' do Estado e das castas que nos espoliam.
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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #86 Online: 07 de Março de 2018, 00:18:40 »
Minha ideologia política é da social democracia. O Estado pode ser mais enxuto sim. A maioria das estatais poderia ser privatizada, embora isso seria um tanto traumático depois de criarem tantas e do tamanho delas. No entanto, acho necessário, no caso brasileiro, a intervenção do Estado fornecendo uma rede de proteção social com cobertura universal, que inclui saúde, previdência e assistência social, além da educação pública.

O destacado em negrito é impossível de ser sustentado por mais do que duas ou três gerações. Basta observar que todos os estados de bem-estar social estão fazendo reformas para diminuir ou até mesmo eliminar várias das benesses dadas ao longo dos últimos 30 a 40 anos.
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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #87 Online: 07 de Março de 2018, 00:30:37 »
Minha ideologia política é da social democracia. O Estado pode ser mais enxuto sim. A maioria das estatais poderia ser privatizada, embora isso seria um tanto traumático depois de criarem tantas e do tamanho delas. No entanto, acho necessário, no caso brasileiro, a intervenção do Estado fornecendo uma rede de proteção social com cobertura universal, que inclui saúde, previdência e assistência social, além da educação pública.
O Novo não é contra a saúde e educação básica pública. Eles inclusive acreditam que o estado deve se reduzir a fornecer apenas estes serviços necessários, além claro, de segurança, Defesa, sistema jurídico e infraestrutura.

O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

As bases da crise de 2008 foram criadas pelo 'papai estado' no início da década anterior, quando o governo do EUA estimulou um endividamento espetacular das famílias no setor imobiliário, sem que estas precisassem dar uma garantia real. Quando a crise estourou, o 'papai estado' sustentou alguns setores por motivação política, estratégica e militar e não por crença ideológica em A ou B.

Porquê o capital financeiro deve ser mais tributado que o capital produtivo, se o primeiro só existe na forma que conhecemos por aqui, por causa da incompetência e corrupção estatal?

E quem disse que nós concordamos e ou devemos permitir o aumento da espoliação estatal, via pagamento de mais impostos?
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Offline Geotecton

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #88 Online: 07 de Março de 2018, 00:32:07 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.

Enxuto não é sinônimo de insignificante. O Estado pode, por exemplo, promover políticas públicas, sem ter que fornecê-las. E concordo que uma boa parte da iniciativa privada no Brasil é mal acostumada, mas porque mimada pelo Estado.

Ou seja, embora ambos sejam culpados, o único responsável é o Estado, porquê dispõe do poder discricionário.
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Offline AlienígenA

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #89 Online: 07 de Março de 2018, 08:40:03 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.

Enxuto não é sinônimo de insignificante. O Estado pode, por exemplo, promover políticas públicas, sem ter que fornecê-las. E concordo que uma boa parte da iniciativa privada no Brasil é mal acostumada, mas porque mimada pelo Estado.

Ou seja, embora ambos sejam culpados, o único responsável é o Estado, porquê dispõe do poder discricionário.

É como dizem, ignorância. Só é estatista quem não leu e não gostou do liberalismo. Ouviu, quando muito, um resumo mal feito da boca de alguém e fechou os olhos para a realidade. Porque quando você passa a entender como as coisas funcionam, deixa de ser uma questão de fé, opinião, ideologia. Você vai atrás da informação, pesquisa, compara. O que de melhor pode haver do que os exemplos da Alemanha, quando dividida, das Coréias? Mesmo povo, mesma cultura, uma única diferença, mais Estado de um lado, mais mercado do outro. Temos em tempo real, ali ao lado, o exemplo da Venezuela. O que destrói a riqueza das nações é a mão pesada do Estado. Não se consegue, mesmo os defensores do Estado reconhecem, apontar um serviço público que preste. Privados, ao contrário, tem exemplos aos montes, sempre onde o mercado prevalece. E quando se vai buscar a explicação de porquê há serviços privados ruins que subsistem, a resposta é Estado. Das crises do capitalismo, que só ocorrem graças a intromissão do Estado na economia, saem países mais ricos - enquanto das crises do socialismo, saem países devastados, que precisam recorrer ao mercado para se reerguerem. O Estado precisa ser eficiente, enxuto e eficaz, fornecendo segurança jurídica para que o mercado não se desconfigure. Há diversas fórmulas que podem ser adotadas, cada qual de acordo com a realidade, com a cultura de cada país - mas os exemplos de sucesso tem uma coisa em comum, maior liberdade de mercado. Enfim, a realidade está aí, só é preciso desmistificá-la.

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #90 Online: 07 de Março de 2018, 16:07:36 »
Minha ideologia política é da social democracia. O Estado pode ser mais enxuto sim. A maioria das estatais poderia ser privatizada, embora isso seria um tanto traumático depois de criarem tantas e do tamanho delas. No entanto, acho necessário, no caso brasileiro, a intervenção do Estado fornecendo uma rede de proteção social com cobertura universal, que inclui saúde, previdência e assistência social, além da educação pública.

O destacado em negrito é impossível de ser sustentado por mais do que duas ou três gerações. Basta observar que todos os estados de bem-estar social estão fazendo reformas para diminuir ou até mesmo eliminar várias das benesses dadas ao longo dos últimos 30 a 40 anos.

Existem muitas razões para a crise do Estado de Bem-Estar, mas nossa Previdência é deficitária graças, sobretudo, aos servidores públicos. Ela é superavitária para quem é CLT. Ainda, são na maioria dos servidores que ingressaram antes de 2013. De lá para cá os novos tem como teto o do INSS, como é o meu caso. Quem quer mais faz uma complementar ou adere ao plano complementar do governo e contribui mais. Mas você é contador e deve fazer declarações de IR. Conheço inúmeras pessoas acumulando três aposentadorias com valores acima de 20 mil cada. Obviamente, esses sujeitos nunca contribuiram com um valor correspondente a esse benefício. Quanto mais antigo é o servidor, mais robusta é sua pensão. Uma reforma, necessariamente, teria que atingir essas pessoas com “direito adquirido”, e principalmente no Judiciário. O lobby é forte demais para ser vencido no Brasil corrompido pelo estamento desde sua fundação.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #91 Online: 07 de Março de 2018, 16:12:38 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.

Enxuto não é sinônimo de insignificante. O Estado pode, por exemplo, promover políticas públicas, sem ter que fornecê-las. E concordo que uma boa parte da iniciativa privada no Brasil é mal acostumada, mas porque mimada pelo Estado.

Ou seja, embora ambos sejam culpados, o único responsável é o Estado, porquê dispõe do poder discricionário.

É como dizem, ignorância. Só é estatista quem não leu e não gostou do liberalismo. Ouviu, quando muito, um resumo mal feito da boca de alguém e fechou os olhos para a realidade. Porque quando você passa a entender como as coisas funcionam, deixa de ser uma questão de fé, opinião, ideologia. Você vai atrás da informação, pesquisa, compara. O que de melhor pode haver do que os exemplos da Alemanha, quando dividida, das Coréias? Mesmo povo, mesma cultura, uma única diferença, mais Estado de um lado, mais mercado do outro. Temos em tempo real, ali ao lado, o exemplo da Venezuela. O que destrói a riqueza das nações é a mão pesada do Estado. Não se consegue, mesmo os defensores do Estado reconhecem, apontar um serviço público que preste. Privados, ao contrário, tem exemplos aos montes, sempre onde o mercado prevalece. E quando se vai buscar a explicação de porquê há serviços privados ruins que subsistem, a resposta é Estado. Das crises do capitalismo, que só ocorrem graças a intromissão do Estado na economia, saem países mais ricos - enquanto das crises do socialismo, saem países devastados, que precisam recorrer ao mercado para se reerguerem. O Estado precisa ser eficiente, enxuto e eficaz, fornecendo segurança jurídica para que o mercado não se desconfigure. Há diversas fórmulas que podem ser adotadas, cada qual de acordo com a realidade, com a cultura de cada país - mas os exemplos de sucesso tem uma coisa em comum, maior liberdade de mercado. Enfim, a realidade está aí, só é preciso desmistificá-la.

Obviamente que revoluções socialistas causam mais danos. O mundo é capitalista e as principais economias sempre foram. O mundo teria que ser majoritariamente socialista para que estes sistemas tivessem alguma chance de darem certo. Num mundo globalizado capitalista, a adoção de um Estado socialista é suicidio. São sistemas que não convivem.
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Offline Geotecton

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #92 Online: 07 de Março de 2018, 16:20:31 »
Minha ideologia política é da social democracia. O Estado pode ser mais enxuto sim. A maioria das estatais poderia ser privatizada, embora isso seria um tanto traumático depois de criarem tantas e do tamanho delas. No entanto, acho necessário, no caso brasileiro, a intervenção do Estado fornecendo uma rede de proteção social com cobertura universal, que inclui saúde, previdência e assistência social, além da educação pública.

O destacado em negrito é impossível de ser sustentado por mais do que duas ou três gerações. Basta observar que todos os estados de bem-estar social estão fazendo reformas para diminuir ou até mesmo eliminar várias das benesses dadas ao longo dos últimos 30 a 40 anos.
Existem muitas razões para a crise do Estado de Bem-Estar, mas nossa Previdência é deficitária graças, sobretudo, aos servidores públicos. Ela é superavitária para quem é CLT. Ainda, são na maioria dos servidores que ingressaram antes de 2013. De lá para cá os novos tem como teto o do INSS, como é o meu caso. Quem quer mais faz uma complementar ou adere ao plano complementar do governo e contribui mais. Mas você é contador e deve fazer declarações de IR. Conheço inúmeras pessoas acumulando três aposentadorias com valores acima de 20 mil cada. Obviamente, esses sujeitos nunca contribuiram com um valor correspondente a esse benefício. Quanto mais antigo é o servidor, mais robusta é sua pensão. Uma reforma, necessariamente, teria que atingir essas pessoas com “direito adquirido”, e principalmente no Judiciário. O lobby é forte demais para ser vencido no Brasil corrompido pelo estamento desde sua fundação.

Concordo plenamente.

O desequilíbrio é brutal no setor público.

Como exemplo, cito um funcionário de carreira de uma empresa de economia mista paranaense. Em 2012 ele ganhou cerca de R$ 160 mil e em 2017 recebeu cerca de R$ 510 mil. Embora de nível superior, jamais fez qualquer curso de pós-graduação e subiu na hierarquia por ter bons contatos. Mesmo assim ele ocupou o mesmo cargo nos últimos 5 anos.

Então qual é a justificativa para ter um aumento de mais de 210% em um período em que a inflação foi de menos que 40%?

Corporativismo e leniência administrativa da empresa e do governo estadual!!!!

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #93 Online: 07 de Março de 2018, 16:40:08 »
Minha ideologia política é da social democracia. O Estado pode ser mais enxuto sim. A maioria das estatais poderia ser privatizada, embora isso seria um tanto traumático depois de criarem tantas e do tamanho delas. No entanto, acho necessário, no caso brasileiro, a intervenção do Estado fornecendo uma rede de proteção social com cobertura universal, que inclui saúde, previdência e assistência social, além da educação pública.

O destacado em negrito é impossível de ser sustentado por mais do que duas ou três gerações. Basta observar que todos os estados de bem-estar social estão fazendo reformas para diminuir ou até mesmo eliminar várias das benesses dadas ao longo dos últimos 30 a 40 anos.
Existem muitas razões para a crise do Estado de Bem-Estar, mas nossa Previdência é deficitária graças, sobretudo, aos servidores públicos. Ela é superavitária para quem é CLT. Ainda, são na maioria dos servidores que ingressaram antes de 2013. De lá para cá os novos tem como teto o do INSS, como é o meu caso. Quem quer mais faz uma complementar ou adere ao plano complementar do governo e contribui mais. Mas você é contador e deve fazer declarações de IR. Conheço inúmeras pessoas acumulando três aposentadorias com valores acima de 20 mil cada. Obviamente, esses sujeitos nunca contribuiram com um valor correspondente a esse benefício. Quanto mais antigo é o servidor, mais robusta é sua pensão. Uma reforma, necessariamente, teria que atingir essas pessoas com “direito adquirido”, e principalmente no Judiciário. O lobby é forte demais para ser vencido no Brasil corrompido pelo estamento desde sua fundação.

Concordo plenamente.

O desequilíbrio é brutal no setor público.

Como exemplo, cito um funcionário de carreira de uma empresa de economia mista paranaense. Em 2012 ele ganhou cerca de R$ 160 mil e em 2017 recebeu cerca de R$ 510 mil. Embora de nível superior, jamais fez qualquer curso de pós-graduação e subiu na hierarquia por ter bons contatos. Mesmo assim ele ocupou o mesmo cargo nos últimos 5 anos.

Então qual é a justificativa para ter um aumento de mais de 210% em um período em que a inflação foi de menos que 40%?

Corporativismo e leniência administrativa da empresa e do governo estadual!!!!



Nos governos estaduais a coisa parece pior ainda que no federal, bem pior. No PR em específico, está cheio de gente que o salário da carreira não chega a 5 mil mensais, mas ocupa uma "função" que remunera em mais de 20 mil... É um absurdo o valor que se atribui para a maioria das funções. Um exemplo de como as novas legislações são diferentes. No IFPR a função de Reitor chamada CD garante uma remuneração de quase R$ 13.500,00. Mas o sujeito ou opta por ela cheia e só ganha ela, ou pelo salário que já ganha e mais 60% do valor da função (normalmente a opção melhor). Neste caso, o sujeito ganha o salário normal e o acréscimo de uns 7.500 por ser Reitor. No governo do Estado, qualquer chefia mequetrefe de um departamento quase inútil paga 20 mil a mais...
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Offline AlienígenA

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #94 Online: 07 de Março de 2018, 17:20:19 »
O que eles entendem por saúde e educação “básicas”? e o resto da proteção social? Eles também parecem acreditar cegamente no livre mercado. Eu não. Os “livremercadistas” defendem a mão invisível e sua ampla liberdade até o deles entrar na reta. Diante do apocalipse correm para o papai Estado, como de fato aconteceu em 2008 com o Estado norte americano socorrendo esse pessoal com um trilhão de dólares. É necessario certo grau moderado de intervenção estatal na economia. A decisão sobre o investimento não pode ficar somente em mãos privadas. Ainda, o certo seria tributar mais o capital financeiro e menos o produtivo.

Tem MUITA coisa errada aí.

A questão principal é o seguinte:

todas as críticas que fazem ao livre-mercado já acontecem com o Estado, com a diferença que a gente não consegue impedir num prazo razoável que essas coisas aconteçam. São décadas para mudar a política, os políticos, etc.

O Estado:

- gasta muito (2x a 10x a mais que a iniciativa privada para fazer a mesma obra)
- gasta mal (viadutos desabam, pinturas desbotam, obras onde não precisa)
- demora para agir (meses ou anos para consertar estradas, resolver problemas, etc)
- toma proporcionalmente mais dinheiro dos mais pobres
- dificulta a iniciativa privada de fazer melhor, monopolizando a ineficiência

Isso tudo não é fé cega, são constatações reais, de observações reais, de pesquisas, estudos, cálculos, com dados mensuráveis.

Quanto mais reduzirmos o Estado, pelo menos em coisas menos importantes, mais dinheiro, tempo e simplicidade sobra para o cidadão comum, para os pobres, etc.

Sim, há um grande problema com a eficiência estatal. Por isso o Estado não deve se meter em tudo, deve fornecer garantias para que o capital flua, mas também não deve ser pequeno ao ponto de ser quase insignificante. Temos um problema cultural enorme no que tange à eficiência e seriedade e isso se aplica também ao empreendimento privado. Uma significativa parte de nossas empresas são administrados que nem a bunda. Países como o Brasil ainda precisam de muitas políticas sociais públicas, logo, de um Estado com tamanho considerável.

Enxuto não é sinônimo de insignificante. O Estado pode, por exemplo, promover políticas públicas, sem ter que fornecê-las. E concordo que uma boa parte da iniciativa privada no Brasil é mal acostumada, mas porque mimada pelo Estado.

Ou seja, embora ambos sejam culpados, o único responsável é o Estado, porquê dispõe do poder discricionário.

É como dizem, ignorância. Só é estatista quem não leu e não gostou do liberalismo. Ouviu, quando muito, um resumo mal feito da boca de alguém e fechou os olhos para a realidade. Porque quando você passa a entender como as coisas funcionam, deixa de ser uma questão de fé, opinião, ideologia. Você vai atrás da informação, pesquisa, compara. O que de melhor pode haver do que os exemplos da Alemanha, quando dividida, das Coréias? Mesmo povo, mesma cultura, uma única diferença, mais Estado de um lado, mais mercado do outro. Temos em tempo real, ali ao lado, o exemplo da Venezuela. O que destrói a riqueza das nações é a mão pesada do Estado. Não se consegue, mesmo os defensores do Estado reconhecem, apontar um serviço público que preste. Privados, ao contrário, tem exemplos aos montes, sempre onde o mercado prevalece. E quando se vai buscar a explicação de porquê há serviços privados ruins que subsistem, a resposta é Estado. Das crises do capitalismo, que só ocorrem graças a intromissão do Estado na economia, saem países mais ricos - enquanto das crises do socialismo, saem países devastados, que precisam recorrer ao mercado para se reerguerem. O Estado precisa ser eficiente, enxuto e eficaz, fornecendo segurança jurídica para que o mercado não se desconfigure. Há diversas fórmulas que podem ser adotadas, cada qual de acordo com a realidade, com a cultura de cada país - mas os exemplos de sucesso tem uma coisa em comum, maior liberdade de mercado. Enfim, a realidade está aí, só é preciso desmistificá-la.

Obviamente que revoluções socialistas causam mais danos. O mundo é capitalista e as principais economias sempre foram. O mundo teria que ser majoritariamente socialista para que estes sistemas tivessem alguma chance de darem certo. Num mundo globalizado capitalista, a adoção de um Estado socialista é suicidio. São sistemas que não convivem.

Seria preciso apenas que um planejamento central fosse eficiente para que esse sistema tivesse alguma chance de dar certo, independente do resto do mundo.

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #95 Online: 07 de Março de 2018, 18:55:56 »
E para piorar eles estão rejeitando R$ 100.000,00  por mês,  sendo que  poderiam estar utilizando essa grana para fazer propaganda do partido e de seus ideais.
Sim, eles deveriam pegar 100.000,00 ao mês do fundo partidário pra ir na TV criticar e pregar a abolição do fundo partidário.

Eles ainda pretendem fazer isso.


100.000  poderia ser utilizado para fazer  ações de divulgação/propaganda  nas cidades  onde  tem diretórios do partido.  Uma divulgação/propaganda bem feita  é algo extremamente fundamental.  E isso requer dinheiro. Quanto mais dinheiro tiver para isso ( e boas cabeças pensantes)  melhor será.

E novamente eu reafirmo que  gastar tempo e dinheiro para falar contra o fundo partidário é uma tremenda burrice.  Se  tais pessoas não conseguem enxergar  coisas  que realmente  poderiam motivar muitas  pessoas a adotarem a ideologia liberal, se tais pessoas não conseguem enxergar o que realmente motiva muitas e muitas as pessoas a agirem (não apenas uma minoria pouco significante), então tá  bem mal.


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« Última modificação: 07 de Março de 2018, 18:58:55 por JJ »

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #96 Online: 07 de Março de 2018, 18:57:04 »


E cem mil é o que eles estão deixando de usar agora, se  elegerem alguns deputados essa perda irá aumentar e muito.



Offline Cinzu

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #97 Online: 07 de Março de 2018, 19:27:38 »


E cem mil é o que eles estão deixando de usar agora, se  elegerem alguns deputados essa perda irá aumentar e muito.

O Amoedo frequentemente enfatiza que o Novo é um projeto de ideias e não de pessoas.

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/02/economia/1520025611_453333.html

Nessa entrevista com o Gustavo Franco, ele diz que o Novo tem planos de eleger um presidente até 2030 (eu diria que 2022 eles tem boas chances e no máximo 2026 conseguem).

Pelo que entendi da estratégia deles, é eleger alguns congressistas este ano, destacarem-se por um trabalho político diferenciado, e construir sua propaganda em cima disso, assim como têm feito com os vereadores eleitos em 2016.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline JJ

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #98 Online: 07 de Março de 2018, 19:35:43 »

E cem mil é o que eles estão deixando de usar agora, se  elegerem alguns deputados essa perda irá aumentar e muito.

O Amoedo frequentemente enfatiza que o Novo é um projeto de ideias e não de pessoas.


E o que é que isso tem a ver com o fato  de rejeitarem dinheiro por causa de uma ideia  burra ?

Até parece  que a ideia de rejeitar o fundo partidário irá trazer caminhões de votos para  os candidatos do NOVO.   Até parece que a massa irá se encantar com tal coisa. 




Nessa entrevista com o Gustavo Franco, ele diz que o Novo tem planos de eleger um presidente até 2030 (eu diria que 2022 eles tem boas chances e no máximo 2026 conseguem).

Pelo que entendi da estratégia deles, é eleger alguns congressistas este ano, destacarem-se por um trabalho político diferenciado, e construir sua propaganda em cima disso, assim como têm feito com os vereadores eleitos em 2016.


Até agora eles são apenas um partido de elite de internet.  Me parece que seu otimismo não é nada realista.




Offline Lorentz

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Re:Eleições presidenciais de 2018
« Resposta #99 Online: 07 de Março de 2018, 21:23:10 »

E cem mil é o que eles estão deixando de usar agora, se  elegerem alguns deputados essa perda irá aumentar e muito.

O Amoedo frequentemente enfatiza que o Novo é um projeto de ideias e não de pessoas.


E o que é que isso tem a ver com o fato  de rejeitarem dinheiro por causa de uma ideia  burra ?



O dinheiro que eles rejeitam é insignificante e não faria diferença. Mas o gesto e a propaganda em não usá-lo é grande. Um mote forte para se diferenciarem.

Se eles usarem o dinheiro, não terão como rebater as críticas idiotas, mas numericamente relevantes, de que eles também só estão na política para mamar.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

 

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