Na época da campanha as pessoas desenvolviam teorias da conspiração para explicar a má vontade da imprensa corporativa com a candidatura Bolsonaro.
Especulava-se a relação com um suposto corte na generosa verba publicitária, com a qual, sem sombra de dúvida, o PT estaria garantindo as vacas gordas para corporações de mídia como a Rede Globo, Grupo Abril, Jornal Estadão, entre outras.
Mas se a Veja, que sempre foi indisfarçavelmente antiPT e alinhada com o grande empresariado, era a que mais detonava o Bozo então não fazia sentido. Se os editores da Veja preferissem o Haddad não teriam aderido abertamente à campanha pelo impeachment da Dilma.
Não é preciso ir longe para encontrar motivos para a rejeição da mídia mainstream ao Bolsonaro. Corporações de mídia são grandes empresas patrocinadas por grandes empresas: se você fosse um grande empresário certamente não iria querer os riscos de um governo Haddad. Mas também não iria dormir tranquilo com a perspectiva de um grupo de talibãs medievais assumir o controle do país.
É simples: esse pessoal é incompetente demais, tacanho demais, e ainda por cima inexperientes como administradores. E já nos primeiros dias estão mostrando isso.