O estado prove, comida, escola, saúde e lazer. O mínimo já é garantido pelo estado.
Ainda mais porque "mínimo" é um conceito ético/moral completamente pessoal e de espectro muito amplo mesmo em grupos sociais bastante homogêneos.
Então não tem nem por que levantar esse argumento de qualidade mínima necessária.
Mesmo que elevemos a discussão para um nível totalmente abstrato, ainda caberia como argumento dizer que somente quando o estado pudesse efetivamente garantir minimamente comida, escola, saúde, lazer, etc o aborto deveria ser proibido - eliminando o caráter de mero adiamento de morte do argumento.
Existem métodos contraceptivos muito eficazes, acompanhamento familiar e a justiça não blefa, logo a pessoa sabendo que se engravidar vai ter que cuidar do filho evitará o descuido com muito mais empenho, do que com a liberação do aborto, pois essa só tende a banalizar a vida do feto.
Estou grávida denovo, Adalberto. Me arruma cinquentinha pra tirar esse berne? Com a ampliação da consciência que uma lei contra o aborto introduz na sociedade, seja sobre os métodos contraceptivos ou a responsabilidade de gerar um filho, fica de fácil entendimento que teremos um aumento na porcentagem de pais interessados e não um aumento de pais despreparados e desgostosos com a situação, então a lei, diferente do que você prevê, prenuncia maior proteção ao feto e maiores cuidados com seu bem estar.
Caráter de adiamento???
Isso permanece intacto independente se rico ou pobre, então não vou nem entrar no mérito.
O Brasil tem que parar de tampar buracos e começar a trabalhar a sua população. Eu quero viver numa cidade limpa e segura pela concientização, não por constante vigilância ou por leis que matam quem jogar lixo na rua.