Cum hoc ergo propter hoc.
O voto impresso permite que o próprio eleitor veja o seu voto e saiba que está realmente indo para o candidato que ele deseja (ao invés de um candidato aparecer na tela e o voto ser computado para outro). Não é necessário muita sofisticação.
Se bem que em caso de fraude bastaria o fraudador computar o voto para o candidato corrupto mas programar a impressora para imprimir o candidato votado. Se é possível o voto ser computado para um candidato que não se deseja, provavelmente (sou totalmente leigo em informática) não deve ser difícil ludibriar a impressora também.
Mas aí haveria os votos impressos para recontagem e conferência.
O problema que eu penso que possa ocorrer é que "simplesmente" se acresça votos fraudulentos, de ambos os tipos. Tanto os "digitais", quanto seus respectivos impressos. Não precisa nem haver adulteração na máquina, só a votação ser fraudulenta, e nada pode ser detectado meramente contando os votos.
Só precisaria dar um jeito de fazer na surdina a operação sem que seja ligada a títulos de eleitor válidos, como de eleitores mortos, ou talvez até possa se gerar títulos falsos. Ou ainda, "resetar" os resultados e recriar os votos desejados, tanto digitais, quanto impressos, mas "associados" aos/"autorizados" por títulos de eleitor válidos. (Sem alguma coisa mais sofisticada relacionada a autenticidade de votos impressos, esse estágio talvez pudesse antecipado, o que facilita a operação).
O maior problema que acresce é ter que esperar a impressão e depois deslocar o papel para lá e para cá, bem como destruir os votos impressos verdadeiros, se for usada essa alternativa em vez de apenas votos extras.
Essa teria a vantagem de se esquivar de uma verificação de número de votos vs "número de eleitores que votaram", mas essa verificação provavelmente nem existe. Talvez ajudasse.
Ainda seria muito mais difícil conseguir fraudar a eleição com votos impressos que simplesmente "contando" votos virtuais aos quais mais ninguém tem acesso depois da votação.
Não tanto, se a fraude é na produção de votos, não na contagem, então a recontagem de votos impressos seria só recontagem de um "becape" da fraude.
Mas tudo deixaria algum rastro.
Votação eletrônica sem impressão dos votos, seu único comprovante de que a eleição foi honesta é a palavra do petista que preside o TSE.
Votação eletrônica com voto impresso, vc tem como saber pela lista de eleitores se existem mais votos que eleitores na votação, vc sabe o números de registro deles e pode saber se tem um defunto votando, com o voto impresso vc pode conferir na hora se o nome que vc escolheu é aquele mesmo.
Primeiramente, se for como as novas urnas argentinas, o eleitor digita o número e ele é impresso na cédula com o nome do candidato e partido, então o eleitor confere visualmente e deposita a cédula em uma urna.
A urna argentina NÃO registra votos e NÃO tem memória, justamente para impossibilitar a identificação do eleitor pela ordem de chegada na seção eleitoral.
O único comprovante é a cédula impressa que depois é contabilizada no fim da votação.
Tem um vídeo na internet que postei aqui há algum tempo.
Pode existir fraude? Sim, pode existir assim mesmo, mas pelo menos vc sabe que votou no candidato X e o nome dele foi impresso na cédula ao invés de votar no candidato X e a urna registrar voto para candidato Y sem que vc saiba.