Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.
Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.
Concordo.
Aliás acho que a crítica às urnas eletrônicas até agora é bem frágil, parece uma coisa do tipo "tem como fraudar, então obrigatoriamente estão fraudando".
Concordo com o Fabrício, mas não com o Gaúcho.
Em eleições majoritárias nacional e estadual, a compra direta ao eleitor é bem menor - nesses casos, compram caciques locais, líderes comunitários e cabos eleitorais.
Mas em eleições municipais, só o que há é compra de voto (tá, sei que minha evidência é anedótica - trabalho na Justiça Eleitoral desde 2005. A mesma impressão tem os colegas de outros municípios com quem converso).
em conversas, posteriores à eleição, com políticos mais caras de pau, eles confessam: quem não paga não ganha voto.
Mas não tem como provar, como afirmou o Gaúcho. É verdade. mas o que ocorre é o seguinte:
Candidatos A, B e C. O eleitor pede (sim, o próprio eleitor na maioria das vezes pede) benefício em troca do voto aos 3.
A e B cedem. o candidato C não compra. O eleitor vai escolher entre A e B.
Os candidatos sabem que não tem garantia de receber o que compraram (o voto); mas sabem que se não comprarem, não serão votados. Trabalhei em 3 municípios e quase sempre os que mais gastam mais são os mais votados.