Autor Tópico: A segurança do voto na urna brasileira  (Lida 40994 vezes)

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Offline Cumpadi

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #500 Online: 13 de Agosto de 2015, 20:27:26 »
Engraçadinho, mas a enorme maioria das empresas do mundo fazem mais de 90% dos seus pagamentos de forma eletrônica e segura.
Você está comparando um sistema onde há todo um incentivo de poder por trás. Não há dúvidas que sistema de voto pode em teoria ser "seguro", mas também não há dúvidas que na política você encontra um número elevadíssimo de picaretas e das piores pessoas da sociedade e que eles tem o comando disso.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Fabrício

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #501 Online: 13 de Agosto de 2015, 21:39:20 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

Concordo.

Aliás acho que a crítica às urnas eletrônicas até agora é bem frágil, parece uma coisa do tipo "tem como fraudar, então obrigatoriamente estão fraudando".


Bom, depois de doze anos de PT no governo e sabendo o que fizeram na Lava jato, se tem como fraudar é porque fraudaram mesmo.

Ou vc ainda acredita que eles arriscariam esses bilionários esquemas todos que desviaram bilhões mas não fraudariam uma simples eleição?

Eleição é a parte mais fácil de roubar.



Arcanjo, da vontade e capacidade do PT (e de outros partidos) de fraudar as eleições eu não duvido nem um minuto. Só acho muito difícil fraudar uma eleição a nível nacional sem que os adversários fiquem sabendo. Então, enquanto não houverem provas conclusivas de que as urnas estão sendo fraudadas, sou favorável às urnas eletrônicas. E claro, com quanto mais fiscalização sobre todo o processo eleitoral, melhor.

Sem que os adversários fiquem sabendo.

Colega, fraudaram bilhões em dezenas de esquemas denunciados na Lava Jato e os "adversários" não souberam e não quiseram saber justamente porque participaram de tudo.



Só que todos estão sabendo agora, não estão? Cadê as provas das fraudes eleitorais tão bem documentadas quanto na Lava Jato?

Além do mais, você mesmo disse, os adversários não souberam ou quiseram saber porque interessava a eles. Bem diferente de eleição, que é uma disputa direta pelo poder, os "fraudados" jamais deixariam passar sem botar a boca no trombone.

Se tem alguma coisa que podemos confiar nos políticos é a sua sede de poder, isso é a maior "garantia" de que as eleições não foram fraudadas (ainda).
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Offline Gaúcho

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #502 Online: 14 de Agosto de 2015, 01:40:23 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

O sujeito não leva a cédula para casa, é para simples conferência com os votos eletrônicos registrados na urna.

Tenho 200 votos impressos depositados na urna e 350 eletrônicos registrados na mesma urna, qual é o número de eleitores registrados na seção? São 200? OK, descobrimos uma fraude aqui.

Quem vende voto vai continuar tirando foto com celular.

Já expliquei acima a diferença entre tirar foto da urna e tirar foto de um comprovante pós-voto. Pensem em outra 'solução'.
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Offline Johnny Cash

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #503 Online: 14 de Agosto de 2015, 09:50:05 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

O sujeito não leva a cédula para casa, é para simples conferência com os votos eletrônicos registrados na urna.

Tenho 200 votos impressos depositados na urna e 350 eletrônicos registrados na mesma urna, qual é o número de eleitores registrados na seção? São 200? OK, descobrimos uma fraude aqui.

Quem vende voto vai continuar tirando foto com celular.

Já expliquei acima a diferença entre tirar foto da urna e tirar foto de um comprovante pós-voto. Pensem em outra 'solução'.

Claro que tem como provar, com um toque no mesmo celular que fotografaria inutilmente a urna, é possível filmar o processo de confirmação do voto e aí sim ter validade.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #504 Online: 14 de Agosto de 2015, 12:40:12 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

O sujeito não leva a cédula para casa, é para simples conferência com os votos eletrônicos registrados na urna.

Tenho 200 votos impressos depositados na urna e 350 eletrônicos registrados na mesma urna, qual é o número de eleitores registrados na seção? São 200? OK, descobrimos uma fraude aqui.

Quem vende voto vai continuar tirando foto com celular.

Já expliquei acima a diferença entre tirar foto da urna e tirar foto de um comprovante pós-voto. Pensem em outra 'solução'.

E já comentamos que o objetivo não é evitar que idiota venda voto por sanduba de mortadela, é para evitar que fraudem os resultados na apuração.

Se o cara vendeu voto e elegeu outro, ou se vendeu e cumpriu o prometido é outro caso.

Antigamente, antes dos celulares e das fotos tb vendiam votos, o cara pegava um pé de sapato dado pelo candidato e se ele se elegesse o imbecil pegava o outro pé depois da eleição.

Ou não, se o candidato não quisesse.


Offline Brienne of Tarth

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #505 Online: 14 de Agosto de 2015, 12:58:55 »
Mas...

Art. 88. Na cabina de votação é vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação, ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, devendo ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando (Lei nº 9.504/97, artigo 91-A, parágrafo único). Fonte

Grifo meu. Como assim comprometer o sigilo? Confesso que li estarrecida essa Resolução, muita futilidade legalizada e descaso real com a segurança do meu voto... E se cada um tirasse uma foto da tela ao confirmar o voto e houvesse uma acareação com o resultado final? É disso que eles tem medo?

Já questionei aqui como as duas menos populosas regiões do Brasil podem ter decidido uma eleição, se os bolsa whatever realmente compraram votos, o Centro-Oeste e o Sudeste deveriam ter eleito Dilmãe de lavada...
« Última modificação: 14 de Agosto de 2015, 13:03:22 por Brienne of Tarth »
GNOSE

Offline Johnny Cash

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #506 Online: 14 de Agosto de 2015, 13:07:34 »
Ah, tomara que façam uma lei proibindo ser criminoso, então! Aí acaba o crime.  :lol:

Offline Sergiomgbr

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #507 Online: 14 de Agosto de 2015, 13:17:50 »
A única segurança possível nas urnas, é quando o povo parar de querer mais direitos do que deveres.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Johnny Cash

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #508 Online: 14 de Agosto de 2015, 13:30:48 »
A única segurança possível nas urnas, é quando o povo parar de querer mais direitos do que deveres.


Entendi.

Skorpios

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #509 Online: 14 de Agosto de 2015, 16:19:54 »
Ah, tomara que façam uma lei proibindo ser criminoso, então! Aí acaba o crime.  :lol:

É isso mesmo. Excelente matéria a respeito do Prof.Luiz Flavio Gomes que já postei aqui num tópico sobre trânsito, já que dizia respeito a mortes no mesmo.
Mas a mentalidade do brasileiro é essa mesmo. Faz-se uma lei a respeito e está resolvido.
Abaixo um trecho do artigo, aue importa aqui:
Citar
Nós acreditamos na eficácia da lei. Não há meio de o brasileiro escapar da armadilha histórica (ibero-americana) que o conduz a acreditar na força das leis e dos regulamentos. A lei é publicada no diário oficial e nós já achamos que isso seja a solução (daí nosso enorme desleixo ou pouco caso com todos os 5 vetores que solucionam de verdade o problema: educação – conscientização -, engenharia, fiscalização, primeiros socorros e punição – certeza do castigo). “Escapa-nos esta verdade de que não são as leis escritas, fabricadas pelos jurisconsultos, as mais legítimas garantias de felicidade para os povos e de estabilidade para as nações” (S. B. De Holanda, Raízes do Brasil, p. 178). Achamos que os bons regulamentos e os preceitos abstratos representam, por si sós, a floração ideal de uma apurada educação política, da alfabetização, da aquisição de hábitos civilizados [sobretudo quando somos motoristas] e de outras condições igualmente excelentes (Raízes do Brasil, p. 178).

Não nos aprimoramos no desenvolvimento da capacidade de disciplina espontânea. O cumprimento de deveres (especialmente dos relacionados com o ato de dirigir) não brota (em regra) do nosso interior (da nossa subjetividade). Ao contrário, como somos personalistas (alguns ainda aristocráticos), temos enorme dificuldade de obedecer às leis gerais e impessoais (válidas para todos) (veja Roberto DaMatta). Odiamos (em geral) o princípio da igualdade de todos perante a lei. Sempre procuramos nos diferenciar.

Um país com média educacional de 7,2 anos de escolaridade (igual a Zimbábue), “acredita sinceramente que da sabedoria e, sobretudo, da coerência das leis depende diretamente a perfeição dos povos e dos governos” (autor citado, p. 179). Firme nessa crença, o legislador brasileiro já reformou nossas leis penais 158 vezes de 1940 até julho de 2015. Nenhum crime, a médio prazo, diminuiu. Nós continuamos acreditando, no entanto, no efeito mágico da edição das leis. Não lutamos pela certeza do castigo (muito menos pela educação de qualidade para todos), sim, pela publicação de mais leis. O tempo todo só falamos em mais leis penais e sempre queremos que a última seja mais dura que as anteriores. Somos um paraíso para os políticos e os demagogos. Ocorre que, no trânsito, quem pega o caminho errado entra (frequentemente) na contramão e é capaz de matar 45 mil pessoas por ano: isso é o Brasil (que já evoluiu bastante, mas ainda continua com crenças e hábitos arcaicos e neofeudais arraigados).

Offline FZapp

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #510 Online: 16 de Agosto de 2015, 15:51:06 »
Engraçadinho, mas a enorme maioria das empresas do mundo fazem mais de 90% dos seus pagamentos de forma eletrônica e segura.
Você está comparando um sistema onde há todo um incentivo de poder por trás. Não há dúvidas que sistema de voto pode em teoria ser "seguro", mas também não há dúvidas que na política você encontra um número elevadíssimo de picaretas e das piores pessoas da sociedade e que eles tem o comando disso.

A maioria dos golpes acontece no sistema financeiro, então a sua comparação não é valida.
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #511 Online: 17 de Agosto de 2015, 03:19:22 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

O sujeito não leva a cédula para casa, é para simples conferência com os votos eletrônicos registrados na urna.

Tenho 200 votos impressos depositados na urna e 350 eletrônicos registrados na mesma urna, qual é o número de eleitores registrados na seção? São 200? OK, descobrimos uma fraude aqui.

Quem vende voto vai continuar tirando foto com celular.

Já expliquei acima a diferença entre tirar foto da urna e tirar foto de um comprovante pós-voto. Pensem em outra 'solução'.

Claro que tem como provar, com um toque no mesmo celular que fotografaria inutilmente a urna, é possível filmar o processo de confirmação do voto e aí sim ter validade.
Ah, obrigado, cara!!! O FEDERUNIVERSAL aqui já estava colapsando vendo tão tamanho absurdo! É impressionante como a obviedade é embarreirada por bloqueios 'sei-lá-quais' que sabe-se muito bem o que são afetam as mais 'face-esfregantes' coisas...







Mas...

Art. 88. Na cabina de votação é vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação, ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, devendo ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando (Lei nº 9.504/97, artigo 91-A, parágrafo único). Fonte

Grifo meu. Como assim comprometer o sigilo? Confesso que li estarrecida essa Resolução, muita futilidade legalizada e descaso real com a segurança do meu voto... E se cada um tirasse uma foto da tela ao confirmar o voto e houvesse uma acareação com o resultado final? É disso que eles tem medo?

Já questionei aqui como as duas menos populosas regiões do Brasil podem ter decidido uma eleição, se os bolsa whatever realmente compraram votos, o Centro-Oeste e o Sudeste deveriam ter eleito Dilmãe de lavada...
Não sei se entendi direito... Estás se declarando contrária ao sigilo do voto?! Se sim, tamos aí!!! Estarrecedor que isso seja cláusula pétrea daquela bíblia para crentes de direito errado.








A única segurança possível nas urnas, é quando o povo parar de querer mais direitos do que deveres.


Entendi.
Aposto que não...

Offline Johnny Cash

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #512 Online: 17 de Agosto de 2015, 08:30:03 »
Hoje ninguém vende voto, não tem como. Simplesmente não tem como provar que você votou em quem foi pago pra votar. Se começar a imprimir o voto, é a oficialização do retorno do voto de cabresto. Simples assim.

Que encontrem outra forma de dificultar fraudes. É impossível que imprimir o voto seja a única solução encontrada, por favor.

O sujeito não leva a cédula para casa, é para simples conferência com os votos eletrônicos registrados na urna.

Tenho 200 votos impressos depositados na urna e 350 eletrônicos registrados na mesma urna, qual é o número de eleitores registrados na seção? São 200? OK, descobrimos uma fraude aqui.

Quem vende voto vai continuar tirando foto com celular.

Já expliquei acima a diferença entre tirar foto da urna e tirar foto de um comprovante pós-voto. Pensem em outra 'solução'.

Claro que tem como provar, com um toque no mesmo celular que fotografaria inutilmente a urna, é possível filmar o processo de confirmação do voto e aí sim ter validade.
Ah, obrigado, cara!!! O FEDERUNIVERSAL aqui já estava colapsando vendo tão tamanho absurdo! É impressionante como a obviedade é embarreirada por bloqueios 'sei-lá-quais' que sabe-se muito bem o que são afetam as mais 'face-esfregantes' coisas...


Não há de quê. Tô aqui é pra isso mesmo.


A única segurança possível nas urnas, é quando o povo parar de querer mais direitos do que deveres.


Entendi.
Aposto que não...

Adivinhão!


 :lol:

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #513 Online: 20 de Novembro de 2015, 07:26:44 »
A respeito do recibo da urna.

Citar
Congresso derruba veto à impressão de voto pela urna eletrônica

O Congresso Nacional decidiu, na noite desta quarta-feira (18), derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao trecho da reforma política que previa a impressão, pela urna eletrônica, do registro do voto do eleitor.

Segundo o projeto, esse comprovante seria depositado em um local lacrado após a confirmação pelo eleitor de que a impressão estava correta. Ao justificar o veto, Dilma argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manifestou-se contrariamente à sanção do item porque isso geria "altos custos", com impacto de R$ 1,8 bilhão.

Primeiro, a Câmara apreciou o veto. Foram 368 votos pela derrubada, 50 pela manutenção e uma abstenção. Eram necessários ao menos 257 votos contrários ao veto. No Senado, também foi alcançado o mínimo necessário de 41 votos pela derrubada. Ao todo, foram 56 votos pela derrubada e 5 pela manutenção. Para a derrubar de um veto, é necessário que as duas casas tomem a decisão nesse sentido.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou a emissão de recibo nas urnas e destacou que isso vai gerar despesas. “Esse projeto é inconstitucional, aliado ao custo adicional que isso vai promover”, afirmou.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu a derrubada do veto. Para ele, a impressão de comprovante nas urnas vai dar “transparência” ao processo eleitoral. “É um instrumento que vai melhorar o sistema político e dar mais transparência às eleições”, declarou.

Na mesma linha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu a emissão de recibo, para que o resultado eleitoral possa ser conferido, se houver auditoria determinada pela Justiça Eleitoral.

“Considero a urna eletrônica um passo muito importante. O que se busca aqui é um aprimoramento a mais. Hoje, pesquisas mostram que oito em cada 10 eleitores acham positivo que numa eventualidade, determinada por juiz eleitoral, possa haver a conferência dos votos”, afirmou.

Doação empresarial

Mais cedo, o Congresso decidiu manter o veto da presidente Dilma Rousseff a trecho da reforma política que permitia a doação de empresas a partidos políticos. O veto de Dilma atendeu a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do dia 17 de setembro, de declarar inconstitucional o financiamento empresarial de campanha.

A doação de pessoas físicas continua permitida, num limite de até 10% de seu rendimento no ano anterior à eleição. O artigo do projeto de reforma política que trata de doação de empresas e que teve o veto mantido diz o seguinte: "Doações e contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais poderão ser feitas para os partidos políticos a partir do registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações".

Ao justificar o veto, a presidente Dilma Rousseff se baseou na decisão Supremo. "A possibilidade de doações e contribuições por pessoas jurídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais, que seriam regulamentadas por esses dispositivos, confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático, como decidiu o Supremo Tribunal Federal - STF", diz a justificativa.

Outros vetos

Nesta quarta, os deputados também mantiveram outros dois vetos da presidente Dilma Rousseff e derrubaram outro. Um dos vetos mantidos excluiu a extensão da política de reajuste real do salário mínimo para todos os aposentados e pensionistas. A regra de aumento do mínimo consiste na variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, mais a inflação.

O governo batalhava para manter o veto com o argumento de que a extensão das correções para aposentadorias geraria um gasto adicional de R$ 300 milhões em 2016. Nos próximos quatro anos, a despesa somaria R$ 11 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Planejamento.

Outro veto preservado impede a aplicação de alíquota diferenciada sobre a folha de pagamento do setor de vestuário. O projeto aprovado pelos deputados previa alíquota de 1,5% sobre o faturamento. Com o veto, a alíquota passa a ser de 2,5%. Os deputados mantiveram esse veto, por entender que reduziria a arrecadação do governo.

Na noite de terça (17), os parlamentares mantiveram o veto de Dilma ao reajuste de servidores do Judiciário, um dos temas que mais preocupavam o governo. O custo da correção salarial seria de R$ 5,3 bilhões no ano que vem, de acordo com cálculo do Ministério do Planejamento. Em quatro anos, até 2019, o custo total seria de R$ 36,2 bilhões.

O único veto derrubado é o que extinguia o prazo de 15 dias para que os bancos repassem 70% dos valores de depósitos judiciais aos estados, municípios e ao Distrito Federal. Esse prazo de 15 dias constava da proposta inicial aprovada pelo Legislativo, mas acabou vetado pelo governo sob o argumento de que a nova lei não previa um período para que as instituições financeiras desenvolvessem a tecnologia necessária para implementar as regras, “o que levaria a severa dificuldade de sua concretização”.

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #514 Online: 20 de Novembro de 2015, 09:34:48 »
Nossa, como a Dilma se preocupa com gastos! Realmente, 1.8 bilhão é uma despesa grande (dá bilhão?). Espero ansiosamente que ela e seu partido abram mão dos quase 1 bi do fundo partidário.
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Offline Fabrício

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #515 Online: 20 de Novembro de 2015, 09:37:56 »
Não partilho das teorias da conspiração a respeito das urnas eletrônicas, mas é óbvio que algum tipo de auditoria e fiscalização é necessário.
"Deus prefere os ateus"

Offline DDV

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #516 Online: 20 de Novembro de 2015, 11:24:38 »
Aplicando o princípio usado por Arcanjo Lúcifer ("se o PT defende algo, alguma coisa errada há nele"), que tem se mostrado acertado na maioria dos casos vistos até agora, eu diria que o fato do PT ser contra a impressão do voto, que inegavelmente dará mais transparência ao processo, com uma desculpa esfarrapada (gastos) e nonsense (inconstitucional) certamente diz algo.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #517 Online: 20 de Novembro de 2015, 11:47:52 »
Eu não entendo como alguém pode honestamente ser contra isso. Só com uma fé cega no estado mesmo. Ao menos quando este está majoritariamente composto de membros do  partido ao qual se é fiel -- talvez se fosse algum rival, a coisa fosse diferente.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #518 Online: 20 de Novembro de 2015, 12:09:29 »
Aplicando o princípio usado por Arcanjo Lúcifer ("se o PT defende algo, alguma coisa errada há nele"), que tem se mostrado acertado na maioria dos casos vistos até agora, eu diria que o fato do PT ser contra a impressão do voto, que inegavelmente dará mais transparência ao processo, com uma desculpa esfarrapada (gastos) e nonsense (inconstitucional) certamente diz algo.



Reparou que os petistras são os maiores adversários do voto impresso? Qual é o problema real do eleitor conferir o voto antes de depositar na urna?

Citar
Segundo o projeto, esse comprovante seria depositado em um local lacrado após a confirmação pelo eleitor de que a impressão estava correta. Ao justificar o veto, Dilma argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manifestou-se contrariamente à sanção do item porque isso geria "altos custos", com impacto de R$ 1,8 bilhão.

1-Sabem que existe uma fraude e querem impedir a possibilidade de uma recontagem onde seja descoberta.

2-SE existir mesmo algum vírus nas urnas, um vírus que altere a contagem dos votos, talvez isso fique claro nas próximas eleições SE ele ainda estiver no sistema, quando as urnas darão problemas.

Citar
Segundo o projeto, esse comprovante seria depositado em um local lacrado após a confirmação pelo eleitor de que a impressão estava correta. Ao justificar o veto, Dilma argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manifestou-se contrariamente à sanção do item porque isso geria "altos custos", com impacto de R$ 1,8 bilhão.

O mesmo TSE que nas eleições passadas afirmava que as urnas eram seguras e ponto final....

Não dá para desconfiar de algo nisso?






Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #519 Online: 20 de Novembro de 2015, 12:15:44 »
Nossa, como a Dilma se preocupa com gastos! Realmente, 1.8 bilhão é uma despesa grande (dá bilhão?). Espero ansiosamente que ela e seu partido abram mão dos quase 1 bi do fundo partidário.


Só o que roubaram de Pasadena já supera o valor das impressoras, pode acreditar que eles não querem votos impressos por conveniência própria.

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #520 Online: 21 de Novembro de 2015, 15:56:59 »
Nossa, como a Dilma se preocupa com gastos! Realmente, 1.8 bilhão é uma despesa grande (dá bilhão?). Espero ansiosamente que ela e seu partido abram mão dos quase 1 bi do fundo partidário.


Só o que roubaram de Pasadena já supera o valor das impressoras, pode acreditar que eles não querem votos impressos por conveniência própria.


Pois é. Ser contra o voto impresso é ter muita cara de pau, fica cada vez mais claro que estão escondendo algo. Eles não fazem nenhum esforço para parecerem honestos.
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Offline Gabarito

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #521 Online: 21 de Novembro de 2015, 16:09:52 »
Nossa, como a Dilma se preocupa com gastos! Realmente, 1.8 bilhão é uma despesa grande (dá bilhão?). Espero ansiosamente que ela e seu partido abram mão dos quase 1 bi do fundo partidário.


Só o que roubaram de Pasadena já supera o valor das impressoras, pode acreditar que eles não querem votos impressos por conveniência própria.


Pois é. Ser contra o voto impresso é ter muita cara de pau, fica cada vez mais claro que estão escondendo algo. Eles não fazem nenhum esforço para parecerem honestos.



Offline Buckaroo Banzai

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #522 Online: 21 de Novembro de 2015, 17:24:11 »
O problema é que votos impressos ainda não são uma salvação garantida.

Pode-se perfeitamente usar-se urnas-impressoras, que talvez nem precisariam ser adulteradas, para criar tanto versões digitais quanto físicas de votos fraudulentos.

Se a coisa não é independentemente fiscalizada em vários pontos estratégicos, acho que o voto impresso não é uma segurança adicional tão significativa.


Mas sem dúvida cria alguma dificuldade logística adicional. Tempo de impressão, e etc. Mas deve ser também necessário algo como uma espécie de autenticação criptográfica de votos impressos, ou algo assim.



Quais são os sistemas considerados mais seguros pelo mundo?

Offline Lorentz

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #523 Online: 21 de Novembro de 2015, 18:15:31 »
Quais são os sistemas considerados mais seguros pelo mundo?

Voto facultativo?
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Offline DDV

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Re:A segurança do voto na urna brasileira
« Resposta #524 Online: 21 de Novembro de 2015, 18:51:46 »
O voto impresso permite que o próprio eleitor veja o seu voto e saiba que está realmente indo para o candidato que ele deseja (ao invés de um candidato aparecer na tela e o voto ser computado para outro). Não é necessário muita sofisticação.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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