Ontem eu estava lendo um gibi, Demolidor vs Justiceiro (desculpa lá, Pio, sei que é uma traição imperdoável ler esse lixo norte-americano quando temos tanto gibi nacional sendo desprezado). Demolidor é o clássico super-héroi, mas o Justiceiro é mais complicado.
Demolidor, que também é advogado na sua identidade secreta, tem por princípio que matar é crime, então ele não mata. Nem sequer aos bandidos. prá ele, bandido tem que responder pelos seus crimes em tribunais. Ele é um homem dividido, mas ambas identidades possuem o mesmo princípio: matar é crime, logo eu não mato. Ninguém.
O Justiceiro não tem identidade secreta. Todo mundo sabe que o Justiceiro é Frank Castle. Frank também tem um princípio: inocentes vítimas de crimes devem ser vingados na mesma moeda ou pior. Inocentes não devem ser mortos, mas bandidos, esses
merecem morrer (ou se o crime não foi grave, levar uma boa taréia - tá vendo, Pio? eu também sei Português).
Então nesse gibi, o Frank tava quase matando um chefão do crime local, quando o Demolidor se interpôs e salvou o bandido. Frank não gostou, pois segundo seus princípios o cara era responsável por muitas mortes de inocentes, entre outros crimes, e tinha mais era que morrer. Ele não gosta do Demolidor porque acha o cara muito frouxo, que fica tratando com luvas de pelica gente que não merece (os bandidos).
O Demolidor também nõa gosta do Frank e dos seus métodos. Ele acha o cara muito psicopata e contra a Lei. Ele também não gostou nada de ter defendido o bandidão, mas ele não poderia agir de outra forma, já que segundo seus princípios matar é crime e lugar de bandido é na cadeia, não no necrotério.
Por que estou dizendo isso tudo, Piozinho? para exemplificar o que é agir por princípios, que é o oposto ao agir por conveniência. Se o Demolidor pregasse a repulsa à morte do bandido mas deixasse o Frank mata-lo, já que a morte do cara seria um alívio prá cidade toda, o Demolidor estaria sendo
hipócrita, agindo contra seus princípios por uma questão de conveniência. Como ele não era, ele defendeu o vilão.
Se Frank matasse inocentes de vez em quando, caso isso fosse de sua conveniência, ele também seria hipócrita. Mas ele não faz isso. Ele só mata bandido.
Por que eles fazem isso? porque eles são
íntegros, eles são
honestos consigo mesmos e com os outros. Eles não são hipócritas, fingidos, mentirosos.
Já você, Pio, chegou aqui armado em cavaleiro defensor da língua pátria, criticando todos que não usam termos portuguêses em preferência à estrangeirismos, como sendo traidores da pátria, burguêses vendidos, superficiais, amigos do imperialismo, apáticos da cultura nacional, etc, quando na verdade você mesmo faz exatamente o mesmo que os outros. A Bíblia tem uns discursos do personagem Jesus bem interessantes sobre esse tipo de gente, os Fariseus, "sepulcros caiados", bonitos por fora mas podres por dentro.
Ora bem, Pio
xote de la Nódoa, você chegou aqui todo arvorado em cara íntegor e justo, apregoando o princípio de que termos estrangeiros sendo usados quando existem termos nacionais equivalentes é "frescura", coisa de "burguês vendido" de gente que não sabe ou não quer valorizar a cultura nacional e apoia a "invasão cultural" do "imperialismo" norte-americano.
Aí eu mostro que "Euzébio"
não é Português e que o vocábulo equivalente seria "Pio".
Se, um grande "se", você fosse um cara humilde, reconheceria seu erro de que não se pode ser inflexível dessa forma em se tratando de cultura. Culturas evoluem. Culturas se misturam. Culturas mudam. Culturas morrem e nascem. Não há regras para isso e cada uma dessas dinâmicas terão trocentas razões e motivos para ocorrem, sendo muitas delas baseadas em conveniências. Culturas não possuem princípios motores, possuem conveniência motores. Como não juram fidelidade à nenhum princípio, não podem ser hipócritas.
Mas como você jura lealdade ao princípio do uso de termos ncionais para vacábulos estrangeiros equivalentes
e ao mesmo tempo se vale de
conveniências para burlar esse mesmo princípio, isso me permite classifica-lo, sem a menor sombra de dúvidas, como sendo hipócrita, fingido, desonesto e imoral.
Quando lhe disse que "Euzébio" não é Português, você arrumou a desculpa, a conveniência, de que "Euzébio" era Português porque era usado na língua portuguesa.
Insisti que isso não desmente o fato de "Euzébio" não ser português. Insisti que isso era diferente do que tinha proclamado antes. Apontei até que "Euzébio" é Português errado. O correto é "Eusébio".
Mesmo assim prefere se valer da conveniência ao invês de reconhecer o erro, tamanha é sua vaidade. Então resolve apelar para seus pais:
Não posso condenar os meus pais por me batizarem com este nome, Jimmy. Bom seria se os filhos pudessem escolher seus próprios nomes, não é mesmo?
Ora bem:
1) Preferência aos termos em portuguêses quando na existência de equivalentes dos termos estrangeiros.
2) Tempo e uso validam o uso de termos estrangeiros,
mesmo quando na existência de termos portuguêses equivalentes (como no caso "Eu
sébio).
3) Respeito à escolha dos pais.
Quando lhe
convém, você assume o princípio 1, mas quando
não lhe conveio, por vergonha de voltar atrás, sei lá, apelou, ou melhor, inventou as exceções 2 e 3.
Por conveniência, quando quer dar uma de gostosão, usa a 1, para sair por aqui atacando tudo e todos e dar uma de superior. Coisa de pirralho inseguro, na minha opinião.
Por conveniência, para não passar pela vergonha de admitir que errou, como se erro fosse vergonha (tem idéias muito altas de si mesmo, né?), quebrou o princípio 1, acrescentando-lhe o 2. Por conveniência continua recusando "mouse", que por "2" teria seu uso justificado.
Por conveniência, por não conseguir fugir da verdade nua e crua que
Euzébio NÃO é Português, é estrangeirismo e é uma adaptação ortograficamente INCORRETA, inventou "3".
E eu, Hendrik, Hendrix, Jimmy, Dik, Dicó, Henrique, Henry, Enrico, gabriel, Frei Nicolau, El Mestiço, etc - já que tou cagando e andando pelos nomes que me chamam, não é isso que uso prá me definir como pessoa - agora venho humildemente lhe informar que sim, Pio, você pode mudar seu nome, desde que seja de maior e/ou tenha havido erro no cartório, como referiu.
Se por um imenso milagre você fosse honesto, conosco e consigo próprio, agora seria a altura ideal para dizer: "Mas, pô, Pio é feio demais. Euzébio é mais bonito. Se mudar prá Pio vai ser uma gozação só lá no Jardim Infantil onde estudo."
Mas claro, isso seria o equivalente à você ter de admitir que estrangeirismos podem ser adotados e usados, por conveniência da siatuação, como no Brasil todo mundo já relacionar "mouse" com o periférico carregador de dados roubado, digo, desenvolvido pelo tio Bill, né?
Só que isso iria a obriga-lo a despir essa magnífica armadura de cavaleiro que você, Don Pioxote, insiste em querer mostrar como magnífica, quando na verdade não passa de ferro-velho, e a ter de admitir que é um velho maluco investindo contra moinhos.
Essa, Pio, é a razão única de você não dar o braço a torcer e passar sua medíocre vidinha inventando desculpas esfarrapadas para se livrar de saias justas. Por isso você é uma pessoa vã, desonesta e fingida. Não é por possuir princípios elevados. É por ser babaca mesmo.
Então eu deveria dizer môuse, que é como se diz ao encontro destas duas vogais (o e u). Ou então eu deveria escrever mause, que é como se lê em inglês. No entanto, eu vejo a palavra escrita 'mouse' e lida 'mause', não lhe parece incoerente?
Não. É um termo recente
e já não vivemos em tempos tão isolados quanto à uns anos atrás, quando "Eusebes" virou "Eusebius", que virou "Eusébio", que virou o errado "Euzébio".
Mas é bom ver que relaxou quanto ao pobre do mouse. Não sei o que será dele. Se vai virar mause ou mauze, à semelhança do seu nome estrangeiro. Também "tou-me nas tintas" (eita bixiga, mais Português original, hein?) para isso. Já disse que
para mim a Linguagem tem como função e razão mesma de existir o podermos nos comunicar e expressar no nosso meio. Se a Linguagem falhar nesse propósito, então vou considerar que há um problema de Linguagem. Se não, é frescura. Prefiro deixar a cultura correr livre ao invês de me arvorar em definidor dela.
Outrossim, me cite uma única nação que não seja a mistura desta e daquela outra nação, e lhe mostrarei uma nação privilegiada.
BWAHAHAHAHA!!! o que acontece com sistemas fechados? algo a ver com entropia, sei lá...
Me mostre uma nação isolada, ou que se isole, e lhe mostrarei uma naçõa podre ou fadada à necrose profunda.
Hitler tinha umas idéias bem parecidas com as suas, senhor 'sou contra imperialismos"... coisas como ser contra a mistura da grande raça ariana com outras raças e como eles eram privilegiados por serem puros, sem misturas...
O ditado então é verdade: os extremos se tocam. Você é tão fanaticamente e cegamente conta "imperialismos", "invasões" e "purezas" que acaba sendo imperialista você mesmo, invasor vocês mesmo e impuro você mesmo.
Como já o disse, não posso responder pelos erros dos meus pais. No entanto, penso que este pequeno erro de grafia trouxe ao meu nome um charme todo especial, afinal, Eusébio não é um nome muito fácil de se carregar.
Conveniência... olha minha cara de peninha, olha...
"Eusébio" e muito menos "Euzébio"
continuam sendo estrangeirismos.
Continuam possuindo equivalentes em Português (princípio segundo o qual você defende que os estrangeirismos poderiam e devem ser subistituídos) e, pior ainda, "Euzébio" é ortograficamente incorreto.
Eis a prova cabal do que eu disse, Jimmy: você não lê com atenção - só com preconceitos - o que eu escrevo.
Eu disse que se encontrasse uma figura do nosso folclore com esta mesma expressão cínica - típica dos americanos - eu trocava imediatamente de avatar.
Oh, não, Pio, eu li isso sim. Achei que por o Lord barata já ter comentado que isso era conveniência sua que não precisava eu repetir o rapaz. Pelos vistos me enganei, então lá vai: isso é conveniência, seu hipócrita!
E desde quando cinismo é típico dos americanos? lembro-lhe que
nós somos americanos.
[]'s
Hendrik