Estou assumindo uma posição para discutir. Não que tenha-a como verdade indubtável. Assumo que o chão na minha frente é real, caso contrário nem andaria, mas ainda duvido de sua existência. Não chega a ser dogma, não é nada imposto, creio eu, que você sabe o racíocinio envolvido para chegar a essa sentença.
E ainda quer ser chamado de cético, né? Ou você não entendeu nada, ou tá se fazendo de bobo.
Seja mais claro, assim está muito vago, está querendo dizer o que?
Na verdade não é que você é burro, mas você
exagera nas suas posições filosóficas. Por que motivo você duvidaria que o chão que há na sua frente não existe? Mesmo que não seja de uma maneira que é aceita pela maioria das pessoas, ele ainda está na sua frente e ainda se comporta como se comportaria qualquer outro pedaço de chão. Nada indica que isso vai mudar, mesmo que não compreendamos o chão.
O que eu quero dizer é que com provas empíricas, não temos motivos para duvidar do que foi provado usando este método. Pode-se desejar complementar as informações, mas se elas indicam a presença de algo, então é porque algo existe.
Está entendendo o que eu estou dizendo?
A posição cética que nós temos diz:
- Se algo foi provado que existe, então existe algo.
- Se algo foi provado que não existe, então não existe algo.
- Se algo não foi provado nem que existe, nem que não existe, então esperamos acontecer algo para ver.
Não se duvida de tudo. Se duvida que o que não foi provado exista mesmo, ou que o que foi provado não seja como foi provado. Essa dúvida serve para que possamos analisar de uma maneira mais isenta as alegações das pessoas que tentam mostrar que algo é diferente. Se ela conseguir, ótimo! Se não, ignoramos essas alegações.
Sobre a vida após a morte mesmo, não há nada que acontece que indique que isso acontece. Por que nós devemos acreditar nisso? Qual o motivo? O que aconteceu para que a idéia fosse levada em conta?
Geralmente, o motivo são alegações de espíritos, mas estes fogem quando tentamos analisá-los ceticamente. Nâo é conclusivo que eles não existam, mas o fato de ser impossível analisá-los indica que a chance disso ser verdade é ínfima, quase nula, enqaunto que a chance das testemunhas de alegação estarem mentindo são muito mais altas.
Se formos depositar nossas apostas em algo, que seja em algo bem provável. No caso, de que os alegantes estejam mentindo. Por que dar atenção para eles se são eles que devem mostrar que o que dizem é verdade?